Cantora Patti Smith ganha prêmio literário nos EUA
A noite teve espaço para piadas sobre a condição atual da indústria editorial de livros, que está vivendo um período conturbado com o surgimento do mercado de livros eletrônicos.
Smith, uma cantora, compositora e poeta norte-americana de 63 anos, se emocionou ao receber o prêmio de não-ficção por “Só Garotos”, sobre suas dificuldades durante a juventude e o relacionamento com o fotógrafo americano Robert Mapplethorpe.
“Não existe nada mais belo que um livro, o papel, a fonte, o tecido”, disse Smith, cujo livro foi publicado pela Ecco, da HarperCollins. “Por favor, não importa o quanto avancemos tecnologicamente, por favor nunca abandonem o livro.”
Wolfe, de 79 anos, um dos defensores do estilo “novo jornalismo” nos anos 1960, lembrou de seus primeiros trabalhos de reportagem e deu o conselho aos futuros romancistas: “Primeiro, deixe o prédio e depois sente para escrever.”
O prêmio de poesia foi para Terrance Hayes por sua quarta coleção “Lighthead”, da Penguin Books.
Kathryn Erskine venceu o prêmio de literatura para jovens, por “Mockingbird“, publicada pela Philomel Books, da Penguin Young Readers Group.
Na lista de um dos prêmios literários mais importantes dos Estados Unidos estavam 13 mulheres entre os 20 finalistas. Segundo a Fundação Nacional do Livro norte-americana foi o maior número de mulheres indicadas na história da premiação. Cinco finalistas disputam cada uma das quatro categorias, e o vencedor recebe 10 mil dólares.
Fonte: Folha de S. Paulo
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É mais do que honroso perceber que a participação feminina no âmbito literário é crescente.
O que me deixa instigado é se a qualidade literária americana se perdeu como a brasileira. Digo, será que lá tais escritores têm seus lauréis alcançados por culpa de sobrenomes, como no Brasil acontece com Buarques de Holanda (afinal Smith é cantora também) ou é por qualidade e desenvoltura literária decente?
Há uma dúvida que paria, ainda mas depois de ler livros advindos de lá, em sua imensa maioria, apenas livros de venda: ridículos.