‘O Conto de Aia’, de Margaret Atwood, será ‘escondido’ em 11 cidades

Livro lançado na década de 1980 e transformado em série está, infelizmente, mais atual do que nunca; iniciativa é uma parceria da Rocco e do Leia Mulheres
Maria Fernanda Rodrigues, no Babel
Romance distópico lançado por Margaret Atwood em 1985, O Conto da Aia (The Handmaid’s Tale) voltou aos debates no mundo inteiro depois da eleição de Donald Trump, em 2016, e também às listas de mais vendidos dos Estados Unidos – assim como 1984, de George Orwell.
O livro é situado num futuro próximo em que fundamentalistas de direita tomam o poder nos Estados Unidos e criam a República de Gilead – um estado totalitário e teocrático em que mulheres férteis são feitas escravas sexuais para criarem novas vidas.
Na Marcha das Mulheres Contra Trump, no ano passado, eram vistos cartazes com os dizeres: Make Margareth Atwood Fiction Again, em referência ao slogan do então candidato (Make America Great Again), e ao medo de que o que a autora canadense escreveu fosse premonitório.

Recém-adaptado pelo serviço de streaming Hulu, O Conto de Aia é alvo de uma parceria entre a Rocco, que edita a obra no Brasil, e o projeto Leia Mulheres, que organiza clubes de leitura – só de obras escritas por mulheres – em mais de 40 cidades.
No próximo fim de semana, 15 e 16, exemplares do livro serão escondidos em 11 cidades: São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Brasília, Boa Vista, Maceió, Curitiba, Ribeirão Preto, Niterói e Natal. Os livros serão deixados com um bilhete para os leitores com as hashtags #LeiaMulheresERocco e #AcheOContoDaAia, para que eles possam compartilhar o achado nas redes sociais.
Uma prévia da ação foi realizada recentemente no Rio de Janeiro, com exemplares espalhados por diferentes bairros. A inspiração para ação veio de Emma Watson, que fez isso em Paris.
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