Livros só mudam pessoas http://www.livrosepessoas.com Thu, 08 Jun 2017 13:00:26 +0000 pt-BR hourly 1 18017189 livrosepessoashttps://feedburner.google.com Mãe denuncia racismo em livros didáticos utilizados em escola do Recife http://feedproxy.google.com/~r/livrosepessoas/~3/xPu1XqMeib8/ http://www.livrosepessoas.com/2017/06/08/mae-denuncia-racismo-em-livros-didaticos-utilizados-em-escola-do-recife/#respond Thu, 08 Jun 2017 13:00:26 +0000 http://www.livrosepessoas.com/?p=61571

Livro didático utilizado em escola no Recife é denunciado por conteúdo racista (Foto: Reprodução/TV Globo)

Livro didático utilizado em escola no Recife é denunciado por conteúdo racista (Foto: Reprodução/TV Globo)

Publicação traz personagens negros como figuras tristes e como faxineiro em exercícios pedagógicos. Segundo Aline Lopes, conteúdo reforça estereótipos e preconceito de cor.

Publicado no G1

A funcionária pública Aline Lopes pretende ir ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciar por racismo o conteúdo de um livro didático utilizado na educação de crianças de três anos. Os exercícios na publicação, da editora Formando Cidadãos, propõe que os estudantes circulem o lar em que as pessoas estão felizes, mostrando uma família negra triste e outra família feliz, de cor branca.

Segundo Aline, que é mãe de duas crianças negras, os exercícios reforçam os estereótipos e o preconceito de cor. Há dois meses, a tarefa de casa da página 16 pedia para que o estudante circulasse a imagem de pessoas felizes.

A figura de negros tristes e brancos felizes chamou a atenção da filha mais velha de Aline, de cinco anos. “Minha filha, quando viu a página, perguntou ‘por que a família negra é triste? Eu sou negra e não sou triste’. Isso, para uma criança, é muito sério”, disse Aline.

Em maio, outra atividade incomodou a funcionária pública. A criança precisa cobrir a linha pontilhada para ligar o profissional à área de trabalho. E a única figura negra está com uma vassoura e é representada por um servente.

“Meu filho, de três anos, já entende o que é para fazer nos exercícios e, ao abrir a tarefa, já começou a fazer rapidamente. Analisando o conteúdo, eu vi do que se tratava. O problema não é a função de ser servente, é que esse papel seja sempre creditado apenas aos negros”, aponta.

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Segundo Aline, que não quis revelar o nome da escola em que os livros são utilizados, a instituição se mostrou receptiva às reclamações e afirmou que não compactua com o reforço dos preconceitos e que vai realizar um trabalho pedagógico com os estudantes sobre o assunto. “Eu tirei meus filhos de outra escola justamente porque a discussão não é tão abrangente. Nesta, a situação é melhor e eles se comprometeram a cobrar da editora dos livros medidas para resolver o caso”, explicou.

Em nota, a editora Formando Cidadãos, responsável pelo livro, disse que repudia qualquer tipo de intolerância e preconceito e ressaltou que todo o material é bem representativo quanto às etnias. A empresa informou, ainda, que o fato ocorrido nas páginas 16 e 32 do livro ‘Natureza e Sociedade – 3 anos’ é um tema importante e, por esse motivo, dedicaria esforços para resolver o caso e que, em 2018, na próxima edição, a situação estaria resolvida.

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Escola no Brasil reproduz loucamente a desigualdade, declara pesquisador http://feedproxy.google.com/~r/livrosepessoas/~3/zgmU8ZU9Z-4/ http://www.livrosepessoas.com/2017/06/07/escola-no-brasil-reproduz-loucamente-a-desigualdade-declara-pesquisador/#respond Wed, 07 Jun 2017 20:00:42 +0000 http://www.livrosepessoas.com/?p=61568

O pesquisador Ricardo Paes de Barros

O pesquisador Ricardo Paes de Barros

Érica Fraga, na Folha de S.Paulo

As escolas no Brasil não oferecem aos alunos de baixa renda oportunidades de ascensão social. Ao contrário, elas reforçam as diferenças educacionais herdadas do ambiente familiar.

“A escola brasileira é loucamente reprodutora de desigualdade”, diz o pesquisador Ricardo Paes de Barros.

PB, como é conhecido, se tornou referência no estudo de temas como pobreza, desigualdade de renda, mercado de trabalho e educação.

Depois de quatro anos como subsecretário de Ações Estratégicas no governo de Dilma Rousseff, assumiu o posto de economista-chefe do Instituto Ayrton Senna (IAS) e passou a lecionar no Insper.

Desde então, tem se dedicado a buscar e testar evidências de que a introdução de habilidades socioemocionais nos currículos tem impacto educacional positivo.

Para ele, se a escola brasileira sair na frente com um ensino que estimule características como curiosidade, criatividade e persistência, talvez elimine uma década de atraso na educação:

“É importante que a escola estimule a curiosidade, a flexibilidade para buscar diferentes caminhos. Se a escola faz o contrário e destrói a autoconfiança do aluno, ela matou o aluno pobre.”

RAIO-X

RICARDO PAES DE BARROS, 62

Formação
Mestrado em estatística pelo Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada) e doutorado em economia pela Universidade de Chicago

Cargo atual
Economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor do Insper

Carreira
Pesquisador do Ipea por mais de 30 anos e subsecretário de Ações Estratégicas da Presidência da República (2011-2015)

*

Folha – O que te atraiu na pesquisa sobre habilidades socioemocionais?
Ricardo Paes de Barros – Foi a Viviane [Senna, presidente do IAS] que mandou [risos]. Eu acredito nas preocupações dela.

O ensino dessas habilidades tem impacto positivo?
Cientificamente, a gente sabe que isso é a questão? Não. Mas tem um monte de evidência que aponta que talvez seja, sim. Os problemas humanos hoje são muito menos do tipo ter uma doença que não sabemos de onde vem, e muito mais o fato de que as pessoas não conseguem se entender.
Falta capacidade para resolver conflitos, ter compaixão e lidar com a diversidade. Numa economia que é mais globalizada, se você não tem essas características, vai gerar mais conflito e confusão do que não saber trigonometria ou geometria espacial.

Por que esse tema está em evidência? Há quem cite mudanças no mercado de trabalho.
Eu tenho dúvida. Acho que as pessoas estavam muito preocupadas com letramentos básicos, saber ler, escrever, fazer contas. Depois que você supera isso, o cara fala “bom, espera aí, será que educação é só isso?” É a mesma coisa que qualidade de vida. A gente começa perguntando se você passa fome, se sua casa tem luz, saneamento. Mas, quando você faz pesquisa sobre qualidade de vida na Suécia, tem que usar uma dimensão mais sofisticada.

Faz sentido focar nesse tipo de ensino Brasil, onde ainda não atingimos o domínio de letramentos básicos?
É uma boa questão. Não acho que você tenha uma demonstração definitiva disso. Mas o Brasil está tão atrasado que, se continuar andando na velocidade de todo mundo, nunca vai chegar lá.
Investir nisso pode te permitir andar mais rápido do que os outros. A noção de escola e o que a escola faz está mudando. A Coreia e a Finlândia estão desesperadas tentando descobrir para onde vão suas escolas. O Brasil tem que dar um salto para, em vez de seguir todo o caminho dos outros caras, dar um balão e encontrar o cara.

Nesses países, a preocupação é que, se você estimular a criatividade, o pensamento crítico, a curiosidade, pode dar um salto, porque o cara com essas características quase aprende sozinho.
Mas, para isso acontecer, ele tem que saber aprender, tem que ter meta, ser criativo, curioso. Se você criar uma geração de crianças que já tenham isso, pode ser então que você dê um salto.

Os estudos que vocês têm feito mostram que isso é possível?

A evidência não prova que isso é verdade, mas é consistente com que seja. Se você fala “deixa a Finlândia fazer isso” você pode estar naturalizando décadas de atraso.

A escola no Brasil contribui para reduzir a desigualdade?
A escola brasileira é loucamente reprodutora de desigualdade. O Brasil é um dos países onde o ambiente familiar mais influencia o resultado educacional. Não só temos pouca escolaridade, mas a escolaridade que temos é completamente dependente do ambiente familiar, o que é um absurdo.
Por isso, é importante que a escola estimule a curiosidade, estimule a ter flexibilidade para buscar diferentes caminhos. Se a escola faz o contrário e destrói a autoconfiança do aluno, ela matou o aluno pobre. Porque se ela afeta a autoconfiança do aluno rico, a mãe e o pai chegam lá e a reconstroem, eles falam “esquece esse professor, ele é maluco”. Agora, se o professor destrói a autoconfiança do aluno pobre, a mãe vai e destrói junto. Ela acredita que, se a escola disse que o aluno é burro, é porque ele é burro mesmo. Se a escola ensina para o aluno que o mundo é diverso e flexível e que ele precisa ter autoconfiança e persistir, ela elimina o impacto do ambiente familiar.

Colocar o ensino de habilidades socioemocionais na base [nacional comum curricular] é uma aposta de que isso poderá nos fazer ganhar uma década.

Como avançar da base para a prática em um país tão grande e diverso como o Brasil?
O fato de o país ser diverso não me assusta. Você precisa fazer com que o aluno seja curioso, criativo, tenha senso crítico. O básico é o mesmo para todo mundo. Mas estamos longe de especificar o básico. O que está escrito na base é muito amplo.

Como deveria ser?
A base australiana ou as bases das províncias do Canadá são muito mais específicas sobre o que significa cada coisa que você tem que ensinar e dão muito mais dicas ao professor sobre como ensinar. Os Estados e os professores em sala de aula vão ser obrigados a fazer isso aqui.

Qual é o impacto da crise atual para a educação?

Claro que é péssimo, tira um monte de dinheiro da educação porque a arrecadação cai, atrapalha a pobreza.
Mas mostra o quanto o socioemocional é importante, porque estamos falando de valores, ética. Você tem uma crise em que as pessoas perderam a noção do que é certo e errado, de ética, do que pode e não pode fazer. No Japão, metade das pessoas já teria se suicidado se tivesse se envolvido numa coisa dessa magnitude. Ou seja, a noção do certo ou errado é mais sólida.
O cara falsifica carne e perde mercado. Não tem nada de produtivo nisso, é um problema de um querendo levar vantagem no outro, escondendo, mentindo. Não estamos sabendo resolver certos conflitos, se fazer greve é bom ou ruim. Daqui a pouco, as pessoas vão começar a se questionar se pagam imposto ou não. Isso é um problema socioemocional, de valor, atitude, ética, de tomar decisões coletivas.

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Uma brasileira na escola mais verde do mundo http://feedproxy.google.com/~r/livrosepessoas/~3/EBj899oFI2w/ http://www.livrosepessoas.com/2017/06/07/uma-brasileira-na-escola-mais-verde-do-mundo/#respond Wed, 07 Jun 2017 18:00:07 +0000 http://www.livrosepessoas.com/?p=61562

Neste ano, Janaina tem alunos de 11 diferentes nacionalidades em sua turma

Neste ano, Janaina tem alunos de 11 diferentes nacionalidades em sua turma

Thais Paiva, no Carta Educação

Praias paradisíacas e exuberantes florestas tropicais são alguns dos atributos que colocaram a pequena Bali, na Indonésia, em evidência no mapa. Recentemente, porém, outro mérito vem chamando a atenção do mundo para a ilha: lá está localizada a escola mais sustentável do mundo, a Green School.

Com estrutura inteiramente erguida em bambu (material renovável muito comum na região), paredes vazadas que integram o espaço à rica vegetação local e captação de 80% da energia elétrica consumida por meio de painéis solares, a escola internacional privada tornou-se referência quando o tema é uma educação holística.

Em meio à diversidade de nacionalidades de alunos e docentes, uma brasileira ensina crianças de 4 e 5 anos conhecimentos sobre música, ciência, artes e meditação. Primeira professora latino-americana contratada pela escola, Janaina Ricci conta que passou por um exaustivo processo seletivo para chegar ali.

Depois de ver um vídeo sobre a instituição e visitar seu site, Janaina descobriu que havia uma vaga aberta com data de expiração para dali a dois dias. “Em menos de 24 horas, atualizei meu currículo, escrevi uma carta de apresentação e torci para eles entenderem que eu não teria tempo para gravar um vídeo falando sobre mim”. Depois seguiram-se uma série de entrevistas por Skype até Janaina ter a confirmação de que era a escolhida dentre mais de 700 candidatos.

Além dos professores estrangeiros, que ministram as aulas em inglês, todas as classes possuem um professor local que é responsável pelo ensino do idioma e cultura indonésia. “Na minha sala, trabalho com duas balinesas incríveis. Acabo ensinando muito da cultura brasileira para as crianças, elas amam as histórias do nosso folclore e também as brincadeiras”, diz Janaina que, neste ano, tem alunos de 11 diferentes nacionalidades em sua turma entre indianos, russos, suíços, chineses, italianos, americanos e filipinos.

O currículo da Green School é sustentado por uma pedagogia segundo a qual deve-se trabalhar de forma integrada quatro dimensões do ser humano: emocional/afetiva, espiritual/intrapessoal, cognitiva/intelectual e sinestésica/movimento. “Em uma mesma aula, saímos pelo campus e plantamos na horta (sinestésica/movimento), observamos os vegetais que já cresceram, seu caule, raízes, folhas (cognitiva/intelectual), desenhamos estes mesmo vegetais e/ou cantamos músicas que falem sobre plantas (emocional/afetiva) e terminamos numa grande roda dividindo o que sentimos durante essa aula (intrapessoal/espiritual)”, explica Janaina.

O meio ambiente também atua como “professor” das crianças

O meio ambiente também atua como “professor” das crianças

 

Integrada ao ecossistema, na Green School a natureza também atua como um “professor”. “Podemos sentar próximos à horta e fazer desenhos de observação, coletar pedras para as aulas de ciências na margem do rio ou colher ervas para fazer uma sopa na aula de culinária”.

Às vezes, um cachorro invade a sala, uma borboleta pousa em uma criança ou formigas atacam a cesta com os lanches. Todos esses “imprevistos” são transformados em momentos de aprendizado. “No caso das formigas, acabamos pegando lupas para descobrir de onde elas vinham e criando um “restaurante” fora da sala para que elas parassem de roubar nosso lanche. Por incrível que pareça, funcionou!”.

O fato das crianças passarem uma grande parte do tempo fora da sala de aula, desempenhando atividades diversas que demandam energia, na opinião de Janaina, faz com que casos de hiperatividade e déficit de atenção sejam praticamente inexistentes na escola. “Isso me leva a questionar se o aumento de casos no Brasil e outras partes do mundo são resultado de uma prática educacional inapropriada”, diz a professora referindo-se ao modelo tradicional de ensino que obriga os alunos a passarem muito tempo confinados e sob a lógica das aulas expositivas.

A professora conta que os educadores são constantemente desafiados a repensar suas práticas em sala de aula de modo a deixá-la mais sustentável. “Temos diversas comissões na escola que cuidam dos mais variados assuntos, e todas estas comissões incluem pais, alunos e professores. Há comissões encarregadas da parte da comida, segurança, saúde, bem-estar”.

O uso do óleo de palma, por exemplo, que é um dos principais causadores das queimadas das florestas em Sumatra e Bornéu, foi banido da escola há 2 anos. A instituição busca ainda fornecer apenas alimentos produzidos localmente. Não há copos descartáveis em suas dependências, toda a comunidade usa garrafas trazidas de casa. No último ano, criou-se um sistema de transporte para alunos e professores utilizando um ônibus movido a biodiesel produzido com os resíduos de óleo de cozinha da escola, casas e restaurantes nos arredores. “Além do biodiesel, estamos agora produzindo sabão que aos poucos é utilizado nos banheiros e demais áreas”.

Um dos espaços da escola Green School, localizada em Bali

Um dos espaços da escola Green School, localizada em Bali

 

Ainda um centro de reciclagem que não só ajuda a comunidade a dar um destino correto ao lixo, mas também capta dinheiro por meio da venda de materiais. “Uma grande parte dos meus projetos de arte utiliza materiais que encontro nesse centro de reciclagem”.

Mas nem tudo é um mar de rosas. Sobre os desafios de lecionar na escola, Janaina destaca lidar com o calor intenso e as doenças que uma floresta subtropical trazem, o acesso ao local que fica longe de onde mora, aprender a trabalhar em um lugar onde os pais têm acesso integral e ainda lidar com a escassez de recursos materiais. “Esses dois últimos pontos foram questões positivamente desafiadoras. Conheci e fiquei amiga de muitos pais, aprendi muito com eles e descobri que posso fazer muito mais coisa do que imaginava usando minha criatividade”, conta.

Em uma perspectiva comparativa, a professora coloca que a Green School tem muito a ensinar às escolas brasileiras e vice-versa. “Somos naturalmente inclusivos com o estrangeiro, algo que não acontece na Europa ou Estados Unidos”. Por sua vez, a escola indonésia sai na frente quando o assunto é a valorização de todas as formas de inteligência. “Ela incentiva seus alunos a aprimorar aquilo que eles têm de melhor, seja esse talento intelectual, artístico ou afetivo”.

Janaina também relata como positivo o protagonismo dado aos professores dentro da escola. “Nós, professores, exercemos um papel muito importante na mudança da sociedade. Eu vim para Bali porque sempre acreditei nisso e queria poder inspirar e, consequentemente, emponderar outros professores”, conclui.

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Estudantes perdem vagas em Harvard por memes ofensivos no Facebook http://feedproxy.google.com/~r/livrosepessoas/~3/UMdifmf2WMk/ http://www.livrosepessoas.com/2017/06/07/estudantes-perdem-vagas-em-harvard-por-memes-ofensivos-no-facebook/#respond Wed, 07 Jun 2017 16:00:27 +0000 http://www.livrosepessoas.com/?p=61559

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Posts ofensivos compartilhados em grupos privados de mensagens na rede social teriam causado a expulsão de 10 calouros da universidade.

Publicado no IDGNow

Pelo menos 10 calouros perderam suas vagas na universidade de Harvard, nos EUA, uma das mais prestigiadas e caras do mundo, no último mês de abril após a direção da instituição descobrir a participação dos estudantes na criação e publicação de memes preconceituosos e ofensivos em grupos no Facebook.

Segundo o jornal da universidade, o Harvard Crimson, que obteve screenshots dos memes, os posts ofensivos que causaram a expulsão dos estudantes faziam piadas com assuntos como o Holocausto, abuso infantil, assédio sexual e minorias – um dos memes chamada o hipotético enforcamento de uma criança mexicana de “piñata time”.

A reportagem do Crimson aponta ainda que esses memes eram compartilhados principalmente em um grupo privado de mensagens chamado “Harvard Memes For Horny Bourgeois Teens” (algo como “Memes de Harvard para Jovens Burgueses Excitados”).

Esse grupo de mensagens privado teria sido criado por alguns alunos que participavam de outro grupo no Facebook, chamado Harvard College Class of 2021, no Facebook, segundo revelou a estudante da turma Cassandra Luca em uma entrevista ao Crimson, sem ter nenhuma relação direta com a universidade.

“O Comitê de Admissões ficou desapontado em saber que vários estudantes em um grupo privado de mensagens para a Turma de 2021 enviaram mensagens que continuam mensagens ofensivas e explícitas”, afirma um e-mail obtido pelo Crimson que teria sido enviado pela universidade para os estudantes envolvidos no caso.

De acordo com o Crimson, a decisão de Harvard pela não aceitação dos calouros é final. A expulsão dos estudantes foi chamada de radical por algumas partes, que destacaram que tratava-se de um grupo privado na rede social e sem nenhum afiliação oficial com a universidade.

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Esta página transformou memes em capas de livros clássicos http://feedproxy.google.com/~r/livrosepessoas/~3/tBIxPEadvVI/ http://www.livrosepessoas.com/2017/06/07/esta-pagina-transformou-memes-em-capas-de-livros-classicos/#respond Wed, 07 Jun 2017 13:30:28 +0000 http://www.livrosepessoas.com/?p=61549

Publicado no Catraca Livre

A página Obras literárias com capas de memes genuinamente brasileiros conseguiu unir o que de melhor há na internet com livros clássicos nacionais e internacionais. As releituras bem-humoradas dos livros estão fazendo sucesso. Com mais de 180 mil fãs, a página afirma que um de seus objetivos é despertar no público a vontade de ler.

Confira as melhores capas com memes:

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Clique aqui para ver mais capas postadas na página.

Créditos: Reprodução/Obras literárias com capas de memes genuinamente brasileiros

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Filho de porteiro dá uma resposta à festa ‘se nada der certo’ no vestibular http://feedproxy.google.com/~r/livrosepessoas/~3/22G78Pr1as8/ http://www.livrosepessoas.com/2017/06/06/filho-de-porteiro-da-uma-resposta-a-festa-se-nada-der-certo-no-vestibular/#respond Tue, 06 Jun 2017 18:00:09 +0000 http://www.livrosepessoas.com/?p=61546

 

Publicado no Carta Campinas

Segundo postagens no Facebook e matéria no HuffPostBrasil, alunos do terceiro ano de dois famosos colégios particulares do Rio Grande do Sul organizaram uma festa sobre o que aconteceria com eles “se nada der certo” no vestibular.

Os alunos, expondo a construção ideológica do apartheid social, foram de fantasias de faxineiras, atendentes do McDonalds, vendedores ambulantes, lixeiros, vendedoras do Boticário, entregadores de pizza.

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Um dos eventos aconteceu no Colégio Marista em 2015. Veja nota do Colégio. A mesma festa teria acontecido no Instituto Evangélico de Novo Hamburgo (RS).

Em resposta, Márcio Ruzon, escreveu um belo texto:

Ao Colégio Marista:

Meu pai aposentou-se como porteiro. O mesmo que vocês têm aí na entrada do Colégio, que os pais “que deram certo” passam e nem cumprimentam.
Então, falando do meu pai, ele trabalhava feito um condenado (aliás, mesmo depois que se aposentou teve que voltar à portaria pra completar a renda). O que meu pai recebia de salário era uma mensalidade que as famílias “que deram certo” pagam pra vocês ensinarem essa ética (ou falta dela) aos estudantes.

Ele tinha uma Barra forte preta e com ela ia de sol a sol, chuva a chuva, noite a noite, cuidar de fábricas ou de condomínios ao estilo que os alunos moram ou que os pais “que deram certo” trabalham como Diretores, Gerentes.
Aprendi a profissão com meu pai. Fui porteiro por anos. Vi o que é você comer em pé ou no banheiro porque não tem ninguém pra substituí-lo nos intervalos. Cansei de atender pessoas na guarita enquanto mastigava um ovo frio.

Já usei papelão como mesa em cima da privada para almoçar.
Colégio Marista, meu pai não deu certo. Criou três filhos junto com a minha mãe que ficava apreensiva em casa: -” Será que ele volta?” Porque meu pai pegava estradas perigosas de madrugada, aliando-se ao fato de muitas vezes cuidar de galpões abandonados,que era alvo de bandidos.

Mas ele não deu certo.
Conseguiu sustentar 3 filhos (e minha mãe administrando como uma Economista) com pouco mais de um salário, hoje todos bem e com família, mas infelizmente ele não deu certo.
Meu pai não é desses pais bacanas que param aí na frente do Colégio, com Cherokees, Tucson, sorrindo pra quem convém e pisando nos descartáveis.
Meu pai tem um Palio que vive quebrando, e mesmo debilitado pela idade, levava todos os netos às escolas públicas. Levava e buscava.

Mas, que pena! Meu pai não deu certo.
Quem deram certo foram essas famílias que dependem da faxineira, do porteiro, do zelador, da cantineira, do gari, da empregada doméstica. Eles deram certo!
Ainda bem que muita gente “dá errado” na vida, senão quem iria preparar o lanche dos filhos que vão para o Colégio Marista? O pai? A mãe? Não sabem nem como ligar um fogão! Mas deram certo, não é?

Fique um dia sem um gari na sua rua e no dia seguinte você já está ligando na prefeitura fazendo birra! Ué? Pega uma vassoura e varre! Você não “deu certo”?
Fique sem porteiro no condomínio e mundo para. Não sabem descer pra atender o motoboy? Tem medo de quem seja? Pode ser um ladrão, não é? Deixa que o porteiro arrisca (sem seguro de vida) a vida por você (com seguro de vida).

Gente que não deu certo existe pra isso: mimar os que deram certo.
Tenho orgulho de ter um pai que não deu certo, Colégio Marista. E eu tenho orgulho de não ter dado certo também. Já pensou, criar minha filha num ambiente que debocha de profissões, que em vez de promover a isonomia e empatia, fomenta a segregação e a eugenia?
Deus me livre!

Aliás, por falar em deus, vocês são de formação católica certo?
Se nada der certo, vocês vão virar carpinteiro também? Embora eu sendo agnóstico, respeito muito um carpinteiro que “não deu certo” e que vocês finjem amar. Que feio, Colégio! Ensinando crianças a desprezarem seu Mestre?

Enfim, falei demais. Obrigado pela lição de hoje. Talvez tenha sido o único ensinamento que vocês deixaram:
Se nada der certo, vou para o Colégio Marista. Lá pelo menos eu posso esconder meu ser vazio atrás de um patrimônio que consegui pisando nos outros.
Viu, a lição de vocês acabou “dando certo”!

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20 livros para ler antes de abrir o seu próprio negócio http://feedproxy.google.com/~r/livrosepessoas/~3/oFj3HE1cDOk/ http://www.livrosepessoas.com/2017/06/06/20-livros-para-ler-antes-de-abrir-o-seu-proprio-negocio/#respond Tue, 06 Jun 2017 16:00:54 +0000 http://www.livrosepessoas.com/?p=61543

20 livros para ler antes de abrir o seu próprio negócio  |  Fonte: Shutterstock

20 livros para ler antes de abrir o seu próprio negócio | Fonte: Shutterstock

 

Publicado no Universia Portugal

Começar um negócio próprio requer muita dedicação e preparação. Por isso, estar pronto para encarar desafios é essencial na vida de qualquer empreendedor. Muitos dos grandes empresários não têm formação universitária e muitas vezes trilharam caminhos difíceis. Nada melhor do que aprender com aqueles que já estiveram na situação em que se encontra agora. Selecionámos 20 livros que o vão ajudar a dar o passo inicial. Saiba quais são:

1. Will it fly?, de Thomas K. McKnight

A primeira questão levantada por aqueles que decidem abrir seu próprio negócio é “será que vai dar certo?”. Para fazer o seu negócio arrancar, McKnight escreveu o livro “Will it fly?”, em tradução literal “Será que vai voar?” com 44 capítulos de dicas pessoais e profissionais para quem quer ter sucesso como empreendedor.

2. Sorte ou talento, de Bo Peabody

Ser bem-sucedido é uma questão de sorte ou talento? Esta é a questão levantada por Bo Peabody no seu livro, que visa ajudar aqueles que querem abrir o seu próprio negócio mas não sabem exatamente como. O autor defende que os dois conceitos caminham lado a lado, já que é preciso ser suficiente inteligente para perceber o momento em que a pessoa está a ter sorte para continuar a avançar.

3. The Fire Starter Sessions, de Danielle LaPorte

Se ainda não teve coragem de dar o primeiro passo para abrir o seu negócio, o texto de LaPorte é o impulso que lhe estava a faltar. Cheio de frases motivacionais, o livro conta com 16 sessões que o ajudarão a iniciar a sua nova etapa.

4. Consultor de Ouro, de Alan Weiss

Considerado a “bíblia” dos empreendedores, o livro de Weiss ajuda os empresários a colocar os conceitos em prática: dicas de como montar o seu escritório e até o modo mais eficiente de distribuir funções estão descritos no texto que deu ao autor o título de “Estrela dos negócios”.

5. Start Run & Grow a Successful Small Business, de Toolkit Media Group

O passo a passo para montar o seu pequeno negócio está no livro de Toolkit Media Group, que ensina técnicas de planeamento e de estudo de mercado entre outros recursos necessários para sobreviver no meio.

6. O Executivo Descalço, de Carrie Wilkerson

Se a sua ideia é iniciar um projeto em casa ou online, este é o livro ideal para si. A história de Wilkerson, juntamente com os métodos utilizados pelo autor para estabelecer a sua própria fonte de rendimento servem como norte a todos aqueles que desejam seguir o mesmo caminho que ele.

7. The Business Start-Up Kit, de Steven D. Strauss

Em tradução literal “O kit para começar negócios”, foi escrito por Strauss, colunista no site USAToday.com e uma das maiores autoridades norte-americanas sobre pequenos negócios. Além de dicas e métodos, o livro serve como grande apoio àqueles que desejem iniciar o seu próprio negócio.

8. Start Your Own Business, de Rieva Lesonsky

Juntamente com os editores da revista Entrepreneur, Lesonsky escreveu um livro sobre as primeiras iniciativas a serem tomadas por aqueles que desejam começar o seu próprio negócio. Com mais de 200 mil cópias vendidas, o livro tem como slogan a promessa “O único livro de iniciação de que vai precisar – isso porque o seu negócio vai dar certo!

9. A arte do começo, de Guy Kawasaki

Com dicas que vão desde como economizar dinheiro até como motivar a sua equipa, o livro de Kawasaki é um manual para iniciantes no empreendedorismo que auxiliará todos aqueles que resolvam arriscar nos negócios.

10. Fuga da Nação dos Cubículos, de Pamela Slim

Guia e motivação são palavras -have para descrever “Fuga da nação dos cubículos”. O livro foi escrito para aqueles que, embora estejam no escritório e trabalhando para um chefe, sonham em começar o seu próprio negócio. Nele, Slim dá dicas de como atrair clientes e manter-se no mercado de trabalho.

11. Guia Prático de Planeamento de Negócios, de David H. Bangs Jr.

Bangs Jr., banqueiro e empresário, escreveu este guia visando ajudar todos aqueles que são iniciantes no mundo dos negócios. Modos de encarar oportunidades a adversidades, como analisar possíveis fraquezas e pontos fortes dentro do próprio negócio, além da análise de mercado são temas abordados no livro.

12. Startup from the Ground Up, de Cynthia Kocialski

Para aqueles que querem começar o seu próprio negócio, mas não fazem ideia do caminho a seguir, o livro de Kocialski é perfeito. Nele, é possível aprender a transformar uma grande ideia num grande negócio, além de dicas para montar a sua equipa.

13. The $100 Startup, de Chris Guillebeau

Começar um negócio não é fácil. Com apenas 100 dólares parece impossível. Não para Guillebeau, o autor e empresário conta como é possível ser um empreendedor com um investimento inicial de apenas US$100,00, e ainda a ter prazer ao trabalhar.

14. A Startup Enxuta, de Eric Ries

Para os interessados em negócios que envolvem a tecnologia, o livro de Ries é a opção correta. Aqui aprende a manter-se atualizado na era digital. O livro dá ainda de como se manter competitivo no mercado perante tantos concorrentes.

15. O Mito do Empreendedor, de Michael Gerber

O livro de Gerber vai guiá-lo num passo a passo da elaboração do seu negócio: desde o nascimento da ideia, até ao estabelecimento e sucesso do empreendimento no mercado.

16. Startup: Manual do Empreendedor, de Steve Blank

A quase enciclopédia de Blank será o braço direito para aqueles que desejam abrir a sua própria empresa. O livro traz o princípio científico de testar e de falhar para os negócios, e garante a fórmula para o sucesso. Este é considerado um dos melhores livros com dicas práticas disponíveis.

17. Rework, de Jason Fried e David Hansson

Os autores apontam estratégias e filosofias a serem adotadas pelas novas empresas a fim de obterem resultados positivos. Dicas de como começar e manter-se no mercado também estão descritas nas páginas do livro.

18. Trabalhe 4 horas por semana, de Timothy Ferriss

Em tom divertido e interessante, o livro de Feriss faz-nos questionar: “Não serei demitido trabalhando apenas quatro horas por semana?” A resposta é simples: não, se for você o chefe! Para isso, o livro estabelece dicas para aqueles que desejam abrir o seu próprio negócio.

19. Flying Without a Net, de Thomas J. DeLong

O livro de DeLong não fala especificamente de como começar um negócio, contudo, dá dicas de como se deve manter firme num mercado com tantos concorrentes e práticas que encorajam a fazer as coisas certas e bem-feitas.

20. Founders at Work, de Jessica Livingston

A coleção de entrevistas com fundadores de grandes e multimilionárias empresas, feitas por Jessica Livingston contém muito mais inspiração do que informações técnicas. Descobrir com grandes empreendedores transformaram suas ideias em milhares de dólares vai motivá-lo a ser o próximo empreendedor bem-sucedido.

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Alunos fazem festa com tema ‘se nada der certo’ e se fantasiam de faxineiro, ambulante e cozinheiro http://feedproxy.google.com/~r/livrosepessoas/~3/wWXcgsOslBY/ http://www.livrosepessoas.com/2017/06/06/alunos-fazem-festa-com-tema-se-nada-der-certo-e-se-fantasiam-de-faxineiro-ambulante-e-cozinheiro/#respond Tue, 06 Jun 2017 13:30:13 +0000 http://www.livrosepessoas.com/?p=61526

Festa sugerida por alunos do 3º ano do ensino médio do colégio IENH, em Novo Hamburgo, pegou mal nas redes sociais.

Luiza Belloni, no HuffpostBrasil

Uma festa com o tema “Se nada der certo” dos secundaristas do Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH), no Rio Grande do Sul, repercutiu nas redes sociais.

Em uma das típicas comemorações do 3º ano do ensino médio, alunos da escola na região metropolitana de Porto Alegre se fantasiaram de profissões que julgaram ser “alternativas” se nada der certo na vida profissional.

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Entre elas estavam cozinheiro, churrasqueiro, faxineiro, revendedor de produtos de beleza, mecânico, atendente de supermercado…

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Outros se fantasiaram de ambulante…

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Entregador de jornal…

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E até churrasqueiro…

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E outros aproveitaram o tema para se “fantasiar” de ladrão e morador de rua…

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Reprodução/Bombors

 

As fotos da festa, que aconteceu no dia 17 do mês passado, começaram a circular nas redes sociais e a escola particular foi alvo de críticas. Segundo usuários, o tema humilhou pessoas que sobrevivem destas profissões.

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As pessoas também invadiram a página do Facebook do colégio com críticas sobre a festa.

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Procurado pelo HuffPost Brasil, o colégio EINH informou que, em momento algum teve a intenção de discriminar determinadas profissões, “até porque muitas delas fazem parte do próprio quadro administrativo e são essenciais para o bom funcionamento da Instituição”.

A nota acrescenta que o objetivo da atividade foi trabalhar um possível cenário de não aprovação no vestibular, e não teve intenção de fazer referência à frase “não dar certo na vida”.

“A atividade ‘Se nada der certo’ faz parte do projeto Dia D, prática comum nas escolas da região e grande Porto Alegre, que tem como objetivo promover momentos de integração e descontração entre os formandos do Ensino Médio, tendo em vista o encerramento da etapa que culmina com a busca da aprovação no vestibular e ingresso no ensino superior.”

A nota publicada nas redes sociais do colégio também pede desculpas pelo “mal entendido”. “Também destacamos que todas as colocações e situações oriundas certamente serão temas de discussão e aprendizado em sala de aula”, finalizou.

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Não é a primeira vez

O tema “Se nada der certo” já foi trabalhado em uma festa do terceiro ano do ensino médio no Colégio Marista Champagnat, em Porto Alegre, também no Rio Grande do Sul. Em outubro de 2015, os estudantes se fantasiaram de profissões que poderiam seguir se “nada desse certo” na vida.

Com a repercussão da festa do IENH, usuários relembraram as fotos do evento de dois anos atrás do Marista Champagnat e o colégio está sendo alvo de críticas. As fotos foram compartilhadas nas redes e o evento foi deletado do site da instituição.

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Mauricio de Sousa lança autobiografia em que relata sua infância até o sucesso como desenhista http://feedproxy.google.com/~r/livrosepessoas/~3/cesn-C4ndWY/ http://www.livrosepessoas.com/2017/06/05/mauricio-de-sousa-lanca-autobiografia-em-que-relata-sua-infancia-ate-o-sucesso-como-desenhista/#respond Mon, 05 Jun 2017 20:00:20 +0000 http://www.livrosepessoas.com/?p=61522

A estreia em grandes jornais do ‘pai da Mônica’ se deu no Estado de Minas

Ana Clara Brant, no UAI

No começo dos anos 1960, um desenhista de Santa Isabel, no interior de São Paulo, começava a dar os primeiros passos na profissão e decidiu enviar seu trabalho para os principais jornais do país. Seus quadrinhos contavam a história de três personagens: o cachorrinho Bidu; Cebolinha, um menino que falava errado; e Piteco, um homem da Idade da Pedra. O primeiro veículo de alcance nacional que decidiu publicar as tirinhas funcionava na Rua Goiás, no Centro de Belo Horizonte.

“O Estado de Minas foi o primeiro grande jornal a publicar as minhas historinhas. Já publicava em São Paulo e no interior, mas se quisesse mesmo multiplicar a clientela, o jeito era chegar a outros estados. Então, desenvolvi um método: enviava uma versão postal oferecendo meu trabalho. Lembro-me de que, 15 dias após o envio, o Estado de Minas aceitou minha proposta. Não me lembro das tiras que publicaram, mas foi uma parceria que durou muito tempo. Fiquei muito contente na época. A minha ligação com os mineiros vem de longa data, já que minha filha Magali mora em BH. Tenho netos e bisnetos aí. Aliás, estou precisando visitá-los”, afirma Mauricio de Sousa.

Mauricio de Sousa se orgulha de ajudar a alfabetizar milhões de brasileiros com suas HQs (foto: Fotos: Márcio Bruno/divulgação)

Mauricio de Sousa se orgulha de ajudar a alfabetizar milhões de brasileiros com suas HQs (foto: Fotos: Márcio Bruno/divulgação)

 

Essa e outras histórias estão na autobiografia que o gênio das HQs, de 81 anos, acaba de lançar pela Editora Sextante (selo Primeira Pessoa). Mauricio – A história que não está no gibi vem acompanhado de um caderno de fotos do arquivo pessoal do ilustrador. A primeira biografia completa do criador da Turma da Mônica, que chega às livrarias na segunda-feira, narra em primeira pessoa a trajetória pessoal e profissional do artista. “Queria fazer uma trilogia, mas não deixaram”, brinca ele.

Na verdade, Mauricio tem a intenção de fazer um livro contando causos de sua infância, sobretudo, da época em que morou em Mogi das Cruzes, perto de sua terra natal. “Foi um período muito rico da minha vida. Eu era o Chico Bento, com todas aquelas coisas maravilhosas que ele faz. O menino do interior que nada no rio, brinca na rua, pega fruta no pé. Na minha cabeça, tem a possibilidade de continuação.”

Durante um ano e quase sempre às segundas-feiras, Mauricio separava um momento para conversar com o jornalista e escritor Luís Colombini. Apesar de ter memória prodigiosa, o cartunista, ou melhor, o desenhista – ele gosta de frisar que “cartunista é coisa de norte-americano” – contava com a ajuda do repórter para recordar detalhes. “Ele preenchia os vazios com datas, nomes, referências. O livro foi focado no meu depoimento, mas tivemos conversas com pessoas ligadas a mim para ajudar”, diz.

O pai da Mônica e de Cebolinha revela que há muitos anos um grupo de jornalistas quis escrever sua biografia. No entanto, ele se adiantou. “Ameaçaram escrever e fiquei meio preocupado. Decidi fazer uma série de crônicas em um jornal contando vários casos da minha vida para deixar isso como legado. Queria dar a minha visão. Acabaram saindo dois livros com essas crônicas e os jornalistas esqueceram o assunto”, comenta.

A autobiografia traz detalhes, curiosidades e bastidores das mais de oito décadas de estrada de Mauricio de Sousa. Mostra como ele transformou seus desenhos em indústria de entretenimento, além de passear pelo universo de mais de 50 anos de realizações em meio a transformações sociais, políticas, econômicas e culturais.

(foto: Márcio Bruno/divulgação)

(foto: Márcio Bruno/divulgação)

 

PERSEVERANÇA Repórter policial com passagens pela vida artística como cantor e ator de radionovelas, foi entre os lápis e papéis que Mauricio encontrou sua vocação. “O que mais encanta nesse ofício é a capacidade de criar, de inventar, de trazer alguma coisa que não existe, de jogar no papel e disseminar isso para outras pessoas. E sempre com uma mensagem filosófica e comportamental”, observa.

A publicação revela a persistência de Mauricio, que, apesar das adversidades, não abriu mão de seus sonhos. “Nunca desisti, porque nunca duvidei daquilo que estava fazendo profissionalmente. Além disso, sempre fui conhecido na minha família como turrão, teimoso, que bota a coisa na cabeça e não desiste nunca”.

Uma das passagens mais interessantes é o relato de como ele conheceu a primeira mulher, Marilene, que viria a ser mãe de quatro de seus 10 filhos – Mariângela, Mônica, Magali e Maurício. “No início de 1958, uma criança desapareceu durante sua festa de aniversário. O caso foi parar na polícia, justamente na delegacia em que eu dava plantão. O principal suspeito do rapto era a fotógrafa contratada para registrar a comemoração. O caso seria esclarecido no dia seguinte. De fato, conforme as investigações apuraram, tinha sido ela mesma, que confessou que gostou tanto do aniversariante que quis levá-lo para casa. Mas, enquanto não se desvendava o mistério, a polícia intimou várias fotógrafas a comparecer à delegacia. São Paulo já era uma metrópole, mas não havia muitas mulheres especializadas em registros de festas infantis e retratos de crianças. Quando vi uma daquelas moças, fiquei embevecido, completamente bobo. Nem lembrei que era tímido. Decidi ali, naquele momento, que ia casar com ela. No dia seguinte, pedi ao escrivão da Deic (Divisão Especial de Investigação e Capturas), meu amigo, o endereço daquela fotógrafa alta e elegante, que, descobri então, se chamava Marilene Spada. ‘Vou conhecer minha futura esposa’, falei, para reforçar a importância do pedido”, conta ele no livro.

“Foi desse jeito mesmo. Voltei para a redação do jornal pulando de mesa em mesa, cantando e dançando de tanta felicidade”, relata. Hoje, ele é casado com Alice Takeda, diretora de arte da Mauricio de Sousa Produções.

ORGULHO Quando olha para trás, o que mais o deixa orgulhoso é ter conseguido alfabetizar milhões de brasileiros com seus quadrinhos. “Ver que as nossas revistinhas se transformaram em cartilha de formação e informação é algo que me deixa muito contente. Sempre me preocupei demais em ter um português correto, mesmo com o ‘caipirês’ do Chico Bento. Temos muito cuidado, vários revisores, mas o ser humano é suscetível ao erro”, diz.

Questionado se já se arrependeu de algo, Mauricio é taxativo: “Se me arrependesse de alguma coisa que fiz, não estaria agora aqui falando com você sobre a minha trajetória. Então, acredito que tudo deu certo”.

Cinema

No segundo semestre, começa a ser rodado Laços, filme que vai mostrar a Turma da Mônica clássica, com personagens ainda crianças. No momento, são realizados testes com atores mirins. Outro longa terá a Turma da Mônica jovem, que vai contar com elenco de adolescentes. Em 2018, a vida de Mauricio de Sousa vai ganhar as telas de cinema. Direitos da biografia lançada agora foram negociados para virar documentário. Um projeto em live-action também está em andamento.

Almanaque

Na semana passada, chegou às livrarias a edição nº 1 do SuperAlmanaque Turma da Mônica. Com o mesmo formato das revistinhas mensais, reúne em suas 300 páginas histórias lançadas nas últimas décadas. Há também quadrinhos de Penadinho, Horácio, Tina, Piteco, Jotalhão, Papa-Capim e Astronauta. A periodicidade será semestral. O preço de capa é R$ 15.

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Livro infantil que sugere casamento entre pai e filha é recolhido no ES http://feedproxy.google.com/~r/livrosepessoas/~3/7-mNaMYsd8s/ http://www.livrosepessoas.com/2017/06/05/livro-infantil-que-sugere-casamento-entre-pai-e-filha-e-recolhido-no-es/#respond Mon, 05 Jun 2017 18:00:25 +0000 http://www.livrosepessoas.com/?p=61518

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Obra de autor capixaba é usada no programa de alfabetização por crianças de 6 a 8 anos

Carolina Samorano, no Metropoles

Um livro infantil usado na educação básica pública no Espírito Santo tem causado polêmica no estado ao sugerir, em um dos seus contos, um casamento entre pai e filha. As prefeituras das cidades onde ele é lido em sala já avisaram, na última semana, que vão recolher os exemplares.

“Enquanto o sono não vem”, do autor capixaba José Mario Brant é um livro de contos que faz parte do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), do Ministério da Educação. As obras do PNAIC passam por revisão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

No conto “A triste história de Eredegalda”, um dos personagens sugere se casar com uma das filhas, que acaba morrendo no fim da história.

livro

Ao site G1, o escritor, disse que conta a história publicada há mais de 25 anos e ficou surpreso pela reclamação dos professores.

Há uma desinformação do que é o conto folclórico e o de fada, que são territórios que abordam assuntos delicados”, disse. “A gente está falando de um universo simbólico. É uma história que dá voz a uma vítima”.

A UFMG também saiu em defesa do livro e justificou que a polêmica é fruto de um “julgamento indevido construído por leitura equivocada”.

No projeto, o livro é destinado a alunos do primeiro ao terceiro ano, com entre 6 e 8 anos de idade. Brant, no entanto, diz que pensou a obra para “leitores jovens”, mas que ela poderia ser aplicada a crianças, desde que com bom trabalho pedagógico.

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