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Professor cego mostra em livro como ensinar física para quem não enxerga
0Eder Camargo pesquisa formas não visuais de ajudar no ensino da matéria.
Ele perdeu visão aos 9 anos e hoje tem pós-doutorado pela Unesp.

Com pedaços de plástico e diferentes tipos de barbante é possível criar modelos táteis para ensinar conceitos de óptica, explica o professor Eder Camargo, da Unesp (Foto: Arquivo pessoal/Paulo Maciel)
Ana Carolina Moreno, no G1
O professor de educação para a ciência Eder Pires de Camargo, que dá aulas na Universidade Estadual Paulista (Unesp), reuniu em um e-book ferramentas úteis para professores ensinarem física a alunos que não enxergam. Lançado neste ano pela Editora Unesp, o livro avalia os obstáculos para incluir os estudantes cegos no aprendizado de conhecimentos como óptica, eletromagnetismo, mecânica, termodinâmica e física moderna, e sugere formas de viabilizar a participação e o entendimento desses alunos. O livro pode ser acessado gratuitamente pela internet.
Em entrevista ao G1, Camargo explicou que este é o terceiro livro produzido por ele a respeito da educação inclusiva de conteúdos de física. Seu quarto livro, no qual ele pretende propor modelos teóricos para melhorar a formação dos professores nesta área, já está nos planos.
Desde 2007, ele dá aulas na Unesp para futuros professores de física e afirma que já tem obtido resultados interessantes. O professor explica que decidiu pesquisar o tema, entre outros motivos, porque perdeu a visão a partir dos 9 anos de idade. Além disso, “em ordem primeira de importância, este é tema de grande necessidade social”, disse o professor.
“Pensei em estudar formas de ensinar física para um aluno com a mesma deficiência que a minha, para facilitar o acesso desse aluno a um tipo de conteúdo amplamente relacionado à visão, não que em sua natureza seja, mas por uma cultura de videntes esta área do conhecimento acabou sendo tornada dependente da visão”, afirmou Camargo. Hoje, aos 40 anos, ele tem pós-doutorado e dá aulas na graduação e pós-graduação da Unesp em Bauru e em Ilha Solteira.
O livro é resultado da pesquisa de pós-doutorado do professor, realizada a partir de 2005 sob a supervisão do professor Roberto Nardi, da Unesp de Bauru. Ele tenta driblar costumes que estão enraizados na dinâmica de uma sala de aula, onde o professor usa ao mesmo tempo sua fala e a informação visual para se comunicar com os alunos. “Se utiliza muito um tipo de linguagem que envolve o áudio e a visualização simultânea da informação. Por exemplo: ‘note as características desse gráfico’ (professor indica o gráfico na lousa), ‘isto mais isto dá isto’ (indica a equação)”, explicou ele.
Dessa forma, segundo Camargo, o estudante cego não consegue participar da aula e sequer tem condições para formular perguntas a respeito do que está sendo ensinado, porque só tem acesso parcial ao conteúdo. “Mais de 90% dos momentos de comunicação em sala de aula de física utilizam o perfil que descrevi. Nisto reside uma parte das dificuldades enfrentadas pelo aluno cego.”
Segundo ele, não há soluções definitivas para ensinar todos os conteúdos de física para quem não vê, mas é preciso dar mais atenção a outros canais de comunicação. “De um lado, não podemos comunicar coisas estritamente visuais a um cego total de nascimento. Contudo, de outro, nos faz pensar que as outras experiências (táteis, auditivas etc) são fundamentais para a construção de realidade, pois, pelo contrário, como estaria o cego no mundo? Ele é um individuo que está ai, pensa, vive e muito bem sem a visão.”

Camargo decidiu estudar a educação inclusive em
física porque, além de ele não enxergar desde os
9 anos, ele afirma que, “em ordem primeira de
importância, este é tema de grande necessidade
social” (Foto: Arquivo pessoal/Paulo Maciel)
Metodologia
Para entender como superar esse obstáculo, ele passou um ano coletando dados com a ajuda de estudantes de licenciatura em física e 35 alunos videntes e dois cegos. “Na primeira parte, desafiamos futuros professores de física da Unesp de Bauru a planejarem materiais e atividades de ensino de física adequadas para a participação de alunos com e sem deficiência visual. Na segunda parte da pesquisa, esses futuros professores aplicaram módulos de ensino de física sobre cinco temas. O curso todo levou 80 horas.”
As aulas foram gravadas em vídeo e, depois do curso, todos os participantes da pesquisa foram entrevistados. “A análise desses materiais foi realizada durante os outros anos da pesquisa, 2006 a 2009”, explicou Camargo.
Não sei por que, depois de um tempo, na escola tudo se torna enlatado em livros e lousa e giz, de tal forma que toda aquela criatividade do ensino infantil é esquecida”
Eder Pires de Camargo
professor da Unesp
Segundo ele, uma das formas pelas quais é possível driblar os hábitos de comunicação excludente na sala de aula é ensinando por meio de maquetes táteis. Ao transferir o conteúdo dos gráficos e esquemas da lousa para um modelo 3D, não só é possível incluir os alunos cegos, mas a ferramenta também pode facilitar o processo de aprendizado dos colegas videntes, além de incentivar a interação entres os alunos.
Outros materiais que podem ser usados são barbante, arame, massa de modelar, isopor e pregos, entre outros. “Não sei por que, depois de um tempo, na escola tudo se torna enlatado em livros e lousa e giz, de tal forma que toda aquela criatividade do ensino infantil é esquecida. Não estou dizendo contra livros e lousa, e sim criticando seus usos exclusivos”, afirmou Camargo.
Além disso, outra diferença nos hábitos do professor, na hora de pensar em como dar uma aula acessível para quem não consegue enxergar, é a necessidade de planejamento com maior antecedência. Isso permite a construção dos modelos adequados para o ensino do conteúdo específico da aula. Por isso, ele defende que, além do incentivo à formação qualificada do professor, é preciso que o governo dê, no caso das escolas públicas, a infraestrutura necessária para que o trabalho seja feito.
Na opinião do professor, essas condições ainda não são satisfatórias. Mas Camargo defende que de nada adianta constatar o estado das coisas hoje, principalmente considerando o sistema atual de ensino. “Eu diria que torna-se muito complexo e contraditório falar em inclusão no atual modelo de escola e sociedade, cujo ensinamento central é a competitividade e o acúmulo, valores divergentes aos apregoados pela inclusão.
Por isto, é preciso falar em inclusão em seu sentido prospectivo, porque a inclusão não está pronta, constituindo uma meta a ser atingida, uma meta de uma nova sociedade e de um novo modelo social.”
Documentário mostra como a escola mudou a vida de meninas em 9 países
0Ao terem acesso à escola, elas quebram ciclo de pobreza, diz produtor.
Filme retrata histórias em países como Haiti, Peru, Afeganistão e Etiópia.

As nove protagonistas do filme: Senna, Wadley, Suma, Amina, Sokha, Ruksana, Mariama, Yasmin e Azmera (Foto: Divulgação/Girl rising)
Ana Carolina Moreno, no G1
Um documentário lançado em março deste ano nos Estados Unidos sobre os efeitos transformadores que a educação tem na sociedade foi exibido pela primeira vez no Brasil nesta quarta-feira (14) em uma sessão na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). O filme “Girl rising” (“A ascensão da garota”, em tradução livre do inglês) retrata a história de nove meninas de 7 a 16 anos que vivem em comunidades de países pobres e recebem a oportunidade de ir à escola.
De acordo com Justin Reever, um dos produtores do documentário, o filme mostra que dar às garotas acesso à educação é uma maneira de “quebrar ciclos de pobreza, acabar com longas tradições de injustiça e educar filhos e filhas de maneira igualitária”.
Nele, são contadas as histórias de garotas como Azmera, uma etíope que, aos 13 anos, se recusou a casar à força, Ruksana, uma menina que vivia nas ruas da Índia e cujo pai se sacrificou para garantir educação à filhas, e Wadley, uma menina de 7 anos que mora no Haiti e, mesmo sendo rejeitada pelos professores, volta à escola todos os dias para exigir seu direito de estudar.
As outras protagonistas do documentário são Senna, uma poeta do Peru, Sokha, uma órfã do Cambódia, Suma, uma musicista do Nepal, Yasmin, uma pré-adolescente do Egito, Mariama, uma radialista de Serra Leoa, e Amina, que vive no Afeganistão.
Solução para quebrar ciclos
Em entrevista ao G1, Justin, que trabalha como diretor de parcerias do The Documentary Group, produtora do documentário, afirmou que, apesar de as histórias mostrarem vidas difíceis e impactantes, o filme traz uma mensagem de esperança.
Segundo ele, a ideia do filme surgiu há mais de cinco anos, antes do ataque contra Malala Yousafzai, uma garota paquistanesa que foi baleada na cabeça pelos radicais do Talibã por defender seu direito à escola e trouxe à tona o debate sobre a discriminação de gênero na educação em diversas partes do mundo.
Em uma pesquisa em vários países, os produtores de “Girl rising” visitaram diversas comunidades empobrecidas para entender as causas da miséria e as alternativas e soluções para o problema.
“Em comunidades presas em situações de pobreza, o que a gente encontrava é que havia muitas maneiras de acabar com esse problema, mas uma solução simples era educar as garotas”, contou ele. Foi assim que surgiu a ideia de encontrar e retratar histórias de meninas que ajudaram a transformar sua comunidade depois de receberem a oportunidade de ir à escola.
A partir daí, a equipe formou parcerias com sete ONGs de setores como promoção da saúde, construção de bibliotecas e mobilização internacional, e visitou nove países selecionados e conhecer dezenas, às vezes centenas, de meninas. Depois de passar alguns dias com elas, os produtores pré-selecionavam cerca de cinco garotas com histórias ou características que chamavam sua atenção.
A escolha final das nove protagonistas foi feita pelas nove escritoras contratadas como autoras de cada capítulo. Elas também eram dos mesmos países e foram escolhidas para produzir os roteiros. As filmagens aconteceram entre 2010 e o fim de 2012.
Ainda de acordo com Justin, o diretor Richard Robbins usou nove técnicas cinematográficas diferentes para dar a cada história um toque específico. O capítulo de Senna, a adolescente peruana estimulada por seu pai a se dedicar aos estudos, foi filmado em preto e branco, por exemplo. Ao contar a história da radialista Mariama, foram usados efeitos de animação.
Para narrarem os capítulos, a produtora convidou atrizes como Meryl Streep, Anne Hathaway, Salma Hayek e a cantora Alicia Keys, que doaram suas vozes ao projeto.
Desde o lançamento do documentário, em março, mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 2,3 milhões) já foram arrecadados para as ONGs que apoiam as protagonistas e outras garotas pelo mundo que ainda não têm acesso à escola.
No Brasil, o documentário ainda não tem previsão de lançamento nas salas de cinema. Além do evento na USP, a Intel, que financiou a produção do filme, pretende organizar exibições em Campinas, no fim de agosto, e no Rio de Janeiro, ainda sem previsão. Segundo Justin, pelo site oficial do filme é possível agendar exibições pontuais, e uma campanha está sendo feita para que diversos apoiadores transmitam o filme no mesmo dia, em 11 de outubro, quando se celebra o Dia Internacional da Menina.
Distrito escolar nos EUA troca livros e cadernos por laptops a 24 mil alunos
0‘Conversão digital’ foi feita nas 42 escolas de Huntsville, no Alabama.
Segundo o distrito, proficiência em matemática subiu de 48% para 78%.

Sala de aula no distrito escolar de Huntsville: só o laptop na carteira (Foto: Divulgação/Huntsville City Schools)
Ana Carolina Moreno, no G1
Um distrito escolar nos Estados Unidos decidiu mergulhar de cabeça na “conversão digital” há um ano e, hoje, colhe frutos como o aumento da proficiência dos alunos e a redução dos casos de indisciplina. No início do ano letivo de 2012-2013, o distrito de escolas de Huntsville, no Alabama, aboliu os livros didáticos e os cadernos em 100% de suas 42 escolas, que têm 24 mil alunos. Eles foram trocados por laptops para todos os alunos e professores, que podem levar o equipamento para casa. Os computadores foram equipados com um currículo digital que inclui, além de livros eletrônicos, conteúdo interativo e multimídia.
No caso das crianças da pré-escola ao segundo ano, tablets com aplicativos educacionais são guardados nas salas de aula e usados de acordo com a atividade preparada pelo professor. Para garantir a conectividade, o distrito instalou wifi nas escolas e nos ônibus escolares. Além disso, a maioria das salas de aula foram equipadas com lousas inteligentes.
Segundo Rena Anderson, diretora de engajamento comunitário do distrito, isso tudo foi feito sem o aumento do orçamento das escolas. “Nós redirecionamos o orçamento, gastando o que normalmente usamos em livros didáticos, por exemplo”, afirmou ela ao G1.
Os resultados preliminares deixaram todos no distrito “muito surpreendidos”, contou Rena. Três vezes ao ano (no outono, inverno e primavera no Hemisfério Norte), todos os alunos do primeiro ao último ano do ensino básico passam por um teste em matemática e leitura. Desde a implantação do sistema 100% digital, os resultados melhoram a cada avaliação. De acordo com Rena, entre o outono de 2011 e a primavera de 2013 a porcentagem média de alunos de todos os anos proficientes em matemática subiu de 48% para 78%.
No quesito leitura, a média de proficiência era de 46% no outono de 2011. No último teste, feito na primavera de 2013, ela subiu para 66%. O resultado representa a média de todos os alunos dos doze anos do ciclo básico (do 1º ao 12º ano).

Alunos mais novos ganham tablets; os maiores,
laptops; no ônibus, wifi garante o acesso à web
(Foto: Divulgação/Huntsville City Schools)
Modelo para o país
Rena afirma que muitas escolas já estão fazendo a migração digital, mas Huntsville foi, segundo ela, o primeiro distrito escolar a fazer isso para todas as suas escolas de uma vez. “Dois anos atrás, começamos um programa-piloto com todos os alunos do sexto ano. Todo eles receberam um netbook para levar para casa. Depois daquele primeiro ano, tudo pareceu dar certo, e decidimos que iríamos pular com os dois pés”, explicou ela.
Huntsville agora virou inspiração para outras regiões dos Estados Unidos, e Rena afirma que suas escolas recebem cerca de 100 visitantes por mês de outros distritos, interessados em conhecer de perto a experiência. Segundo ela, o governo da Flórida atualmente estuda implantar o sistema em todas as escolas do estado. Rena sugere a todos os visitantes que não tenham medo de “se adaptarem aos tempos”.
A princípio, a maior resistência veio dos pais, que não sabiam como poderiam ajudar seus filhos a irem bem na escola. Por isso, oficinas foram feitas para mostrar como os pais também teriam acesso, mesmo no computador de casa, às aulas, lições de casa, boletins e relatórios de frequência.
Já os alunos mostraram retorno imediato ao novo sistema. Com a liberdade de progredirem em seu próprio ritmo, o engajamento dos estudantes às aulas aumentou e, com isso, os atos de indisciplina diminuíram. De acordo com um relatório disponível no site oficial do distrito, nove semanas após a conversão, o número de alunos que receberam alguma suspensão por mau comportamento caiu 45%.
Além do currículo digital, Huntsville também testou diversos filtros para garantir que os estudantes não se distraiam navegando pela internet. Atualmente, eles adotaram um sistema que bloqueia conteúdos como redes sociais e jogos nas máquinas dos alunos, mas os permite na dos professores. Além disso, o professor pode acessar, em seu laptop, a tela do computador de um aluno, para saber o que ele está fazendo. Por fim, o filtro bloqueia os serviços de e-mail nos computadores dos estudantes durante o dia, para evitar que eles desperdicem tempo trocando mensagens, mas permite seu uso após o horário escolar, quando eles levam o laptop para casa.
Nos ônibus escolares que fazem as rotas mais compridas, também foram instaladas conexões sem fio. Assim, os estudantes podem estudar, fazer lição de casa ou se entreter no caminho para casa. O distrito ainda lista, em seu site, os hotspots de internet em locais públicos e privados da cidade, para facilitar o acesso dos alunos à rede.
Custos da conversão digital*:
Laptops, currículo e treinamento: R$ 1.020 por aluno (por ano)
Infraestrutura: R$ 440 por aluno (gasto pontual)
*Fonte: Distrito Escolar de Huntsville, Alabama
Remanejando custos
São quatro os tipos de gastos que o distrito teve para fazer a conversão digital: os equipamentos individuais dos estudantes, o conteúdo didático digital, a infraestrutura de internet e o treinamento de professores. Em vez de comprar os computadores, eles são alugados por um período de três anos, já que até o fim do contrato novos e melhores modelos estarão disponíveis.
O custo por aluno por ano desse aluguel é de US$ 245 (cerca de R$ 540). O currículo digital que será instalado nos computadores portáteis custa US$ 120 dólares por aluno por ano (cerca de R$ 260).
Já o treinamento dos professores, que inclui o acompanhamento e assessoramento in loco do trabalho dos docentes, custa US$ 100 por ano por aluno (cerca de R$ 220). Por fim, Rena explica que há um custo para aumentar a banda da internet e expandir a rede de conexão sem fio, pago uma vez só, no valor de US$ 200 por aluno (cerca de R$ 440).
No total, o custo por aluno por ano gasto no sistema 100% digital para a sala de aula é de R$ 1.020, ou cerca de R$ 24,5 milhões, no caso de todo o distrito de Huntsville, mais o investimento de R$ 10 milhões em infraestrutura.
Para o cientista e professor Rob Kadel, do Centro de Pesquisas de Aprendizagem Online e Rede de Inovação da Pearson nos Estados Unidos, os custos não são necessariamente altos se for levada em conta a economia feita com a conversão. Ele estima que uma escola do ensino médio no país gaste, em média, 150 mil folhas de papel por ano em cartazes e recados para os pais, sem contar os equipamentos como impressoras e máquinas de fotocópia, e os cartuchos de tinta usados para a produção de material impresso.
Segundo o pesquisador, que nos próximos vezes vai aplicar uma série de testes para avaliar o desempenho dos alunos de Huntsville, a alfabetização é um dos poucos momentos em que os cadernos ainda estão presentes na sala de aula, mas as crianças aprendem a escrever em letra cursiva ao mesmo tempo em que também começam a praticar a digitação.
Professores facilitadores
Kadel, que veio ao Brasil nesta semana para falar sobre tecnologia educacional, explicou ao G1 que, mais do que a mudança de equipamentos, é necessário promover uma mudança cultural dentro da sala de aula antes de esperar resultados concretos da tecnologia.
“Não é só aprender sobre como clicar nesse botão ou como abrir aquele site, mas como pensar sobre quais são as maneiras mais eficazes para usar esses computadores”, disse ele, que sugere aos gestores escolares primeiro decidirem o que querem fazer com a tecnologia para depois decidir que equipamento comprar.
Segundo ele, também é necessário engajar os professores, que muitas vezes ficam apreensivos a respeito de sua função na sala de aula. Para Kadel, a tecnologia permite que o docente acompanhe com mais facilidade o progresso individual de cada aluno e, por isso, seu papel passa a ser mais o de um facilitador: para os estudantes mais avançados, os currículos digitais permitem que eles vão comprovando o domínio dos conteúdos e avançando sem precisar esperar os demais. Já no caso dos alunos com alguma dificuldade, o professor pode dar um atendimento diferenciado e garantir que eles aprendam.