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Michelle Obama vai lançar livro de memórias em novembro
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“Becoming” vai ser publicado em 24 idiomas simultaneamente
Alessandra Balles, na Claudia
Michelle Obama, 54 anos, ex-primeira-dama dos EUA, anunciou que vai lançar um livro de memórias em 13 de novembro. “Becoming” será publicado simultaneamente em 24 idiomas.
“Escrever ‘Becoming’ tem sido uma experiência profundamente pessoal”, postou Michelle em seu Twitter. “Permitiu, pela primeira vez, refletir honestamente sobre a trajetória inesperada da minha vida… Como uma pequena garota do lado sul de Chicago encontrou sua voz e desenvolveu a força para usá-la para capacitar os outros.”
Ela já havia lançado um livro em 2012, “American Grown”, sobre suas iniciativas de nutrição na Casa Branca, por exemplo, a horta no jardim da residência oficial.
Sobre “Becoming”, Markus Dohle, CEO da Penguin Random House, editora do livro, declarou que é “inusitadamente íntimo de uma mulher de alma e substância que desafiou constantemente as expectativas, e cuja história nos inspira a fazer o mesmo”.
Barack Obama também está escrevendo suas memórias presidenciais, com lançamento esperado para 2019.
Segundo a editora, 1 milhão de livros serão doados em nome do casal Obama para um programa educacional sem fins lucrativos chamado First Book.
Em seu número reduzido de aparições públicas desde a saída da Casa Branca, Michelle deu algumas dicas sobre o livro, dizendo principalmente que espera ser inspirador.
“O que as meninas e os jovens precisam é um amor e um apoio consistentes e a confiança de que são dignos. Eu tinha isso”, disse sobre a família.
Além de histórias inspiradoras, os leitores também podem esperar uma visão de seu tempo na Casa Branca.
“Quando você está nisso, você não tem um momento, um segundo, para pensar”, disse ela durante uma conversa em setembro passado, de acordo com a CNN.com. “Esta é a primeira vez, em oito anos, provavelmente dez anos, que terei a chance de pensar sobre o que tudo significou.”
Professor entra nos mais vendidos da Amazon por coincidência com nome de obra sobre Trump
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(Foto: AFP)
O livro sobre a Segunda Guerra Mundial coincide em nome com o relato de Michael Wolff sobre a Casa Branca. Obra havia sido publicada há dez anos
Publicado em O Povo
O professor Randall Hansen, diretor da Escola Munk de Assuntos Globais da Universidade de Toronto, teve uma boa surpresa. Seu livro “Fire and Fury: The Allied Bombing of Germany 1942-1945” (“Fogo e Fúria: O Bombardeio dos Aliados na Alemanha 1942-1945”, em tradução livre) entrou na lista dos 100 livros mais vendidos em três categorias do site da Amazon. O motivo para o alavancar das vendas mesmo após dez anos da publicação foi uma coincidência: a similaridade do título com “Fire and Fury: Inside the Trump White House” (“Fogo e Fúria: Dentro da Casa Branca de Trump”, em tradução livre), o relato de Michael Wolff sobre a Casa Branca e Donald Trump.
Mesmo com um subtítulo diferente e a capa com um gigantesco avião da Segunda Guerra Mundial lançando bombas, milhares de pessoas adquiriram o livro de Hansen desde a publicação do controverso relato de Wolff sobre o primeiro ano de Trump na presidência dos Estados Unidos.
“Vi que o meu livro, que surgiu há dez anos e esteve perdendo forças há tempo em termos de vendas, de repente estava em três das listas dos mais vendidos do Amazon. Não pude parar de rir”, disse o professor sobre a boa sorte.
“Fire and Fury: Inside the Trump White House” é fruto de uma apuração do jornalista Michael Wolff, que passou 18 meses rondando o entorno político de Donald Trump, da campanha eleitoral à chegada à Casa Branca. O presidente dos Estados Unidos chegou a tentar proibir a obra, que segue em primeiro lugar nos mais vendidos da Amazon.
Sexo na Casa Branca
0Livro narra em detalhes os maiores escândalos envolvendo presidentes e primeiras-damas dos EUA e mostra que as traições conjugais existem desde a independência do país
Ivan Claudio, na Isto É
Bem antes do escândalo envolvendo a estagiária Monica Lewinski e o presidente americano Bill Clinton, em 1998, os seguranças do governo já sabiam de seus encontros furtivos. Criaram até um tipo de aposta: quanto tempo Clinton levaria para ir da área residencial da Casa Branca até a ala oeste onde ficam as salas de despachos – isso era cronometrado após a chegada de Monica aos domingos. A traição se mostrava tão evidente que o vice-chefe do Estado-Maior, Harold Ickes, uma vez se juntou a um oficial do serviço secreto e resolveu fazer uma surpresa ao seu superior. Bateu na porta do Salão Oval gritando: “Senhor presidente! Senhor presidente!” Clinton saiu correndo – e levantando as calças – por uma porta, enquanto Monica desaparecia pela outra. O episódio está contado no livro “Sexo na Casa Branca” (Gutenberg), de autoria do historiador David Eisenbach e do editor da revista pornográfica “Hustler”, Larry Flynt. Em 300 páginas, a dupla narra em detalhes a intimidade de chefes de Estado, primeiras-damas e assessores dos EUA num mapeamento surpreendente pela credibilidade das fontes.
O “monicagate” é um dos casos mais recentes, mas o entra e sai de amantes na sede do governo vem de longe. Durante o governo de Franklin Delano Roosevelt (1933-1945), por exemplo, o prédio serviu de residência para duas mulheres sem nenhuma ligação com a família: Marguerite LeHand e Lorena Hickok. A primeira saltou de secretária à “primeira-dama informal’, prestando ainda serviços de enfermeira – Roosevelt não conseguia andar devido a uma poliomielite. A outra convidada era uma jornalista com passagem pelo jornal “The New York Times”, que manteve por 30 anos um romance com Eleonor, a mulher do presidente. Sempre que acontecia um encontro oficial no Salão Vermelho com o Comitê Nacional Democrata, do qual Lorena fazia parte, a primeira-dama a cumprimentava com efusão. “Fazia isso como se não me visse há um mês, apesar de termos tomado café da manhã juntas”, escreveu a jornalista em suas memórias. O presidente e a primeira-dama sabiam das respectivas traições e as incentivavam, já que nem sequer dormiam juntos desde que Roosevelt caíra de amores pela secretária da esposa, Lucy Mercer. Antes de morrer, ele destinou a Lucy metade de sua herança. “As crianças podem cuidar de si mesmas”, teria dito.
A forma como o staff governamental tratava tais aventuras amorosas muda de acordo com o mandato, em um cerimonial de regras elásticas. O humor, contudo, está sempre presente. Durante a gestão de John Kennedy (1961-1963), que sentia enxaquecas caso não fizesse sexo diariamente – e com uma mulher diferente –, duas funcionárias de sua predileção ficaram conhecidas pelos codinomes “Conversa” e “Fiada”. Jacqueline Kennedy sabia dessas e de outras conquistas, mas só se sentiu humilhada – e com toda razão – quando sua irmã Lee contou a ela sobre as escapadas do marido com a atriz Marilyn Monroe. Retribuiu na mesma moeda: viajou para a Itália e passou mais de um mês em companhia do empresário Gianni Agnelli, dono da Fiat.
Baseado em documentos guardados na Biblioteca do Congresso e nos museus dedicados à vida de presidentes, o livro mergulha no passado atrás de indiscrições – e encontra bastante. Identifica um político gay a conduzir o país, James Buchanan, que viveu 16 anos com
o sulista Rufus King, de ideologia escravagista. Andrew Jackson, o sétimo presidente dos EUA, chamava-os de Tia Fancy (King) e Senhora Nancy (Buchanan).
Entre os chamados “fundadores da nação”, Abraham Lincoln permanece o mais enigmático em sua vida privada. Os autores lançam suspeita sobre a sua relação com um amigo de juventude, o fazendeiro Joshua Speed, de quem foi sócio – a partida dele deixou Lincoln devastado. Já na Presidência, ficou amigo do capitão David Derrickson, a quem poupou de ir ao campo de batalha durante a Guerra Civil. Nessa época, as más línguas já comentavam sobre o assunto delicado. A filha de um ministro chamada Virginia Woodbury Fox escreveu: “Há um soldado Rabo de Cervo (nome da brigada de Derrickson) que anda com ele (Lincoln) e, quando a sra. L. não está em casa, dorme com ele.” Isso foi o que Virginia anotou em seu diário em 16 de novembro de 1862. Os autores defendem que a vida privada (a sexual incluída) de políticos determina os caminhos de um país. Em certos casos, sim. Mas a generalização é um exagero.