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Rio recebe pela primeira vez o evento Jabuti entre autores e leitores
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Casa Brasil sedia bate-papos com autores premiados como parte da programação que apresentará, entre outras atividades, a diversidade cultural do País durante os Jogos Olímpicos
Publicado no Jornal Dia a Dia
Nos dias 13 e 14 de agosto, cariocas e turistas terão pela primeira vez a oportunidade de se encontrar com autores consagrados pelo Prêmio Jabuti no espaço localizado na recém-revitalizada Praça Mauá. Criada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), a série de encontros Jabuti entre autores e leitores, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção e Exportações e Investimentos Brasileiros (Apex-Brasil), levará os escritores Edney Silvestre, Miriam Leitão, Ruy Castro e Sérgio Rodrigues para dois bate-papos com o público, mediados pelo editor de livros Carlos Andreazza, na Casa Brasil – espaço de promoção do Brasil no Rio de Janeiro durante o período dos Jogos.
Em sintonia com o clima esportivo vivido no Rio de Janeiro, Ruy Castro, ganhador de dois prêmios Jabuti, em 1996 com o livro “A estrela Solitária” e em 2006 com “Carmem: uma biografia” e Sérgio Rodrigues, finalista em 2014 na categoria Romance com a obra “O Drible”, falam sobre a “Literatura e Futebol do Brasil para o mundo” no dia 13, às 16 horas.
Da cobertura jornalística para a literatura, Miriam Leitão, ganhadora do melhor livro de Não-Ficção 2012 com a obra “Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda” e Edney Silvestre, 1º Lugar na categoria Romance em 2010 com o título “Se eu fechar os olhos agora”, conversam com o público no dia 14, também às 16 horas, sobre a “Literatura Brasileira de hoje para o mundo de hoje”.
O projeto Jabuti entre Autores e Leitores, que já teve outras 11 edições de sucesso em São Paulo, chega à sua primeira sessão inédita no Rio de Janeiro, mantendo seu objetivo de tornar o Prêmio, suas obras e autores mais conhecidos, além de estimular a leitura e despertar interesse do público pelos mais variados gêneros literários.
Após o encontro os autores autografarão suas obras que estarão disponíveis para venda no local do evento.
Livros físicos podem ter preços congelados no Brasil por causa da Amazon
0Nilton Kleina, no Tecmundo
A venda de livros físicos pela Amazon no Brasil, iniciada na última quinta-feira (21), pode desencadear uma verdadeira guerra no comércio nacional de livros. Segundo o site PublishNews, grupos do setor editorial não descartam pedir o congelamento dos preços para evitar que a mais nova concorrente receba muito destaque por conta de descontos e promoções.
Uma reunião entre CBL (Câmara Brasileira do Livro), Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), Libre (Liga Brasileira de Editoras) e ANL (Associação Nacional de Livrarias) teria acontecido na semana passada, durante a Bienal do Livro de São Paulo, para analisar a situação e buscar um consenso.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, uma carta será produzida e entregue aos candidatos à Presidência do país contendo propostas de regulamentação do mercado. Elas incluiriam incentivo a pequenos e médios editores e publicadores, melhorias na distribuição de produtos e a tão polêmica medida para fixar preços — algo que ainda não é unânime nem mesmo entre os tais órgãos, mas é defendido por uma boa parcela.
Essa medida impediria descontos, especialmente em lançamentos, e fixaria um preço por tempo limitado para obras. Ainda assim, ela talvez não vire uma realidade, já que nem foi formalizada porque não são todas as entidades que concordam com a proposta.
A França já adota essa fórmula e outros países criticam duramente a Amazon por conta da prática “predatória” de descontos considerados abusivos ou muito abaixo da taxa de mercado e frete grátis, entre outros exemplos.
Tiragens iniciais gigantescas de livros indicam tendências de mercado e estratégia de vendas
0Mais do que best-sellers, buscam-se agora os títulos capazes de romper a barreira de 1 milhão de exemplares vendidos
Marcelo Gonzatto no Zero Hora

Foto: Fernando Gomes / Agencia RBS
O lançamento de 1889, livro de Laurentino Gomes que sai este mês com tiragem inicial gigantesca para um volume sobre história do Brasil, ilustra o sistema de grandes apostas que move o mercado editorial brasileiro. Mais do que best-sellers, buscam-se agora os chamados mega-sellers – títulos capazes de romper a barreira de 1 milhão de exemplares vendidos.
Esse time seleto de candidatos a fenômeno comercial, integrado por um crescente número de autores nacionais, foi crucial para inflar as vendas de obras de caráter geral no ano passado e evitar a mesma queda sofrida pelos setores didático e religioso. Por esse motivo, são alvo de uma intensa disputa entre editoras em busca de um final feliz para seus lançamentos.
:: Saiba quais são os livros com maior tiragem no Brasil
Laurentino é um exemplo do esforço das editoras para atrair possíveis campeões de popularidade. O primeiro livro da série sobre história do Brasil, 1808, saiu pela Planeta, e o segundo, 1822, pela Nova Fronteira: juntos, já venderam mais de 1 milhão de exemplares. Sua nova obra será publicada pela Globo Livros, com tiragem inicial de 200 mil exemplares – a média nacional é 4,5 mil. Assim, é possível medir a expectativa da editora em relação ao título.
Como resultado da disputa por escritores bons de venda, o valor pago em adiantamento para firmar contrato com autores desse calibre disparou.
– Há cinco anos, pagava-se cerca de US$ 5 mil a um escritor de ponta. Hoje, chega a mais de US$ 50 mil – revela a presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Karine Pansa.
Laurentino se junta no olimpo comercial a outros brasileiros como Padre Marcelo – que fez milagre ao vender mais de 8 milhões de exemplares de Ágape e largar com 500 mil de Kairós –, e Cristiane Cardoso, filha do bispo Edir Macedo, também ele integrante dessa elite com a biografia Nada a Perder. A nova geração nacional de mega-sellers, muitos deles ligados à fé, divide espaço com estrangeiros de apelo mundano como E.L.James (da série 50 Tons) e Dan Brown (de Inferno). Esse grupo sustenta o crescimento do filão literário a que pertence. Como mostra a pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, o segmento geral vendeu 4,2% mais livros em 2012 do que em 2011, enquanto o didático caiu 10%, e o religioso,18% (setor que não inclui fenômenos como Padre Marcelo por escolha de classificação das editoras).
– Os megalançamentos, como esse do Laurentino, é que estão puxando o crescimento – analisa Karine.
O consultor editorial Carlo Carrenho afirma que as tiragens iniciais gigantescas não refletem apenas uma expectativa, mas também uma estratégia de mercado. É como uma profecia que se autocumpre: as livrarias interpretam a impressão volumosa como garantia de que a editora vai investir pesado para divulgar e distribuir o livro. Assim, sentem-se seguras para comprar mais exemplares e vendem mais para o público.
– A primeira coisa que as livrarias perguntam é qual a tiragem inicial. Usam a informação para avaliar o tamanho da aposta naquele título – explica Carrenho, destacando que o estratagema não elimina o risco:
– O mercado de livros se parece realmente com um jogo. Nunca dá para garantir que vai vender bem.
As apostas, porém, estão em alta no Brasil.