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Concurso Cultural Literário (11)
16Viver não dói, publicação da Principium, é o terceiro livro da jornalista mineira Leila Ferreira, que chegou à lista dos mais vendidos com Mulheres: por que será que elas…? e A arte de ser leve. Nesta obra, ela pretende mostrar que viver não é fácil, como todos nós sabemos, e até os mais otimistas concordam que a vida é osso duro de roer. Mas é também um exercício apaixonante, que exige apetite, persistência e dentes afiados. “Claro que viver dói, mas dói mais ainda não viver, porque quem não aproveita a vida acaba sendo poupado do medo e do susto, mas deixa de desfrutar paisagens, deixa de ter a própria identidade”, destaca a autora.
O livro, que conta com 48 crônicas, e que pode ser comprado em capítulos, em ebook – um deles pode ser baixado e lido gratuitamente –, começa com um belo verso de Emílio Moura, poeta modernista, mineiro e um dos grandes amigos de Carlos Drummond de Andrade: “Viver não dói, o que dói é a vida que se não vive, tanto mais bela sonhada quanto mais triste perdida”. E é usando essa frase como inspiração que Leila Ferreira passa a escrever sobre como é importante viver, ser feliz todos os dias em doses homeopáticas, e não buscar a felicidade única, porque quem procurar vai buscar a vida inteira e não conseguirá perceber como era possível ter sido feliz ao longo do caminho.
Nas crônicas de Viver não dói, Leila Ferreira coloca em evidência vários assuntos: amor, sexo, felicidade, despedidas, gentilezas, manias de dieta, obsessão por celulares, o envelhecer, o prazer por solidão, entre outros temas. Ao final, há uma coletânea de frases como: “Felicidade não se compra, não se empresta, não se arrenda. A gente é feliz quando consegue, quando a vida permite, quando dá para ser” ou “Vida a dois é coisa que não se copia. É igual antidepressivo e dieta para emagrecer – o que funciona maravilhosamente bem para seus amigos pode ser um desastre para você”.
No texto “Respeito é coisa do passado”, por exemplo, a autora relembra a expressão do historiador e filósofo inglês Theodore Zeldin “Ninguém previu a escassez mundial de respeito” ao contar o caso de um vizinho de poltrona no avião, que resolveu cortar as unhas em pleno voo e deixar cair sobre ela as unhas cortadas. E esse é apenas um dos casos de falta de respeito visto dentro de aviões que Leila resgata. Ela não poderia deixar de falar sobre sexo, afinal de contas praticar ou não sexo também faz parte de viver. Na crônica “Na cama com a sogra”, que trata do tema, a autora conta uma história curiosa: a esposa que, depois de vinte anos de casamento, pede ao marido para que não transem mais, porque ele está parecido com a sogra. E, é claro, elas nunca se deram bem.
Quer concorrer a 3 exemplares de “Viver não dói“?
Basta deixar na área de comentários a sua resposta para a questão abaixo:
Qual a sua dica para ter uma visão otimista da vida e buscar ser feliz todos os dias?
O resultado será divulgado no dia 19/9 às 17h30 neste post e no perfil do twitter @livrosepessoas.
Boa sorte! 🙂
PS1: Se você participar através do Facebook, por gentileza deixe um e-mail de contato junto com sua resposta.
PS2: O trecho disponível neste post pode ser baixado gratuitamente na web. E, uma novidade: no formato ebook o livro pode ser comprado inteiro ou em capítulos separados.
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Parabéns: Janis Souza, Marcela Medeiros e Thalia Gonçalves. =)
Enviar seus dados completos para [email protected] em até 48hs.
Internet estimula criatividade, mas afeta a escrita dos jovens, diz estudo
0Entre os problemas, alunos precisam distinguir linguagem formal e informal.
Pesquisa foi realizada com 2.462 professores de escolas norte-americanas.
Publicado por G1
Internet, redes sociais e celulares conectados ajudam estudantes a melhorar a criatividade e a se expressarem melhor. Por outro lado, os jovens têm problemas na escrita, como a troca da linguagem formal pela informal, a cópia de textos publicados por outros autores e a dificuldade em ler e compreender textos longos ou complexos.
As conclusões fazem parte de um estudo divulgado nesta terça-feira (16) pelo Centro Pew de Pesquisas de Internet. A pesquisa foi feita com 2.462 professores do Ensino Fundamental e do Ensino Médio nos Estados Unidos, em Porto Rico e nas Ilhas Virgens.
Entre nove habilidades de escrita avaliadas, os estudantes tiveram melhor desempenho em estruturar raciocínios ao escrever textos e em considerar diferentes pontos de vista na hora de tratar de determinado assunto.
Dos professores entrevistados, 96% afirmam que as ferramentas digitais permitem aos estudantes compartilhar o que escrevem com um grupo maior e mais variado de pessoas, enquanto 79% também apontam o aumento da colaboração positiva entre os alunos. O aumento da exposição do trabalho incentiva os jovens a investirem mais tempo e atenção no que escrevem.
Estudo da USP e UFSCar usa terapia de luz para a redução da obesidade
0Técnica inédita utiliza leds no corpo para aumentar a eficiência do exercício.
Universidades recrutam pessoas para participar da pesquisa em São Carlos.
Publicado por G1
Um estudo inédito realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos (SP) desenvolve tratamentos de controle e redução da obesidade a partir da combinação de atividades físicas e terapia de luz, conhecida como fototerapia. “A ideia é adicionar uma nova ferramenta para aumentar a eficiência do exercício – que já é conhecida – contra a obesidade”, explicou o orientador do estudo e professor titular de Fisioterapia da UFSCar, Nivaldo Antonio Parizotto. As universidades recrutam voluntários que queiram participar da pesquisa.
A fototerapia é usada no tratamento de lesões e agora sua aplicação foi estendida, já que diversos estudos acadêmicos indicam que a incidência de luz atua positivamente nas atividades celulares. “Nós usamos fontes específicas de luz como laser e led. E já temos algumas evidências em animais que isso realmente acelerou o efeito do exercício”, falou Parizotto.
A pesquisa é realizada pelo aluno de doutorado Antonio Eduardo de Aquino Junior e também tem a orientação do professor Vanderlei Bagnato do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP). “Além de reduzir o peso, nós pudemos perceber uma série de melhoras adicionais muito importantes, como a potencialização do metabolismo celular, diminuição de toda massa de gordura do corpo e redução do perfil lipídico, que são triglicérides e colesterol”, destacou Aquino Junior.
Aplicação
Para a pesquisa, são aplicados feixes de lasers que possuem baixa intensidade de energia, por isso não provocam danos durante o processo. “A gente produziu uma tecnologia nova para esse experimento; uma manta de led que pode ser entendida como uma espécie de cobertor pequeno, cheio de leds, feito com um material plástico que vai cobrir determinada região como, por exemplo, a coxa. Essa manta vai irradiar a coxa de todos os lados por alguns minutos, o que já é suficiente para cuidar melhor da região”, detalhou Parizotto.
A proposta é justamente desenvolver um estudo que possa ser aproveitado por muitas pessoas. “Temos que transformar a pesquisa acadêmica em benefícios para a população. Com esse estudo, tentamos ampliar as estratégias clínicas de baixo custo para o controle da obesidade e melhorar a qualidade de vida das pessoas”, afirmou o Aquino Junior.
Voluntários
Para a elaboração dos estudos, os pesquisadores convidam homens e mulheres com idades entre 20 e 40 anos e índice de massa corporal maior que 30 (calculado pelo peso dividido pela altura ao quadrado).
Os voluntários devem ter disponibilidade de horário no período da manhã ou tarde para participar da intervenção interdisciplinar em obesidade, que contará com exames clínicos e físicos previstos na terapia.
O atendimento tem duração de três meses, com início previsto para junho. Numa primeira fase, os voluntários serão submetidos a uma sessão de exercícios aeróbios e musculação combinados com sessões de terapia de luz, avaliação física e análises clínicas laboratoriais.
Na segunda etapa, os exercícios físicos com tratamentos em fototerapia serão mantidos durante três meses de intervenção, com três sessões semanais de uma hora. Também serão promovidas palestras e orientações nutricionais. A ideia é recrutar 250 voluntários no total.
“A princípio não há contraindicação para pessoas obesas e podemos trabalhar com pessoas de qualquer município. A única questão é que não temos verba para pagar o transporte desses voluntários, mas será muito bom tê-los conosco”, falou Parizotto.
Como participar
As intervenções ocorrem em uma academia localizada na região central de São Carlos. Os interessados podem entrar em contato para agendamento pelo telefone (16) 3351-8452, das 8h às 15h.
Os segredos envolvendo o novo livro de Dan Brown
0A trama parece digna do criador de ‘O código Da Vinci’: isolados num ‘bunker’ na Itália e cercados por um forte esquema de segurança, 11 tradutores passaram sete semanas mergulhados em ‘Inferno’, nova obra do autor, que chega no dia 24 ao Brasil
Publicado em, O Globo
RIO – Livros secretos, códigos de segurança, armas de fogo, bunkers, informações ocultas. Na história a seguir, há tudo isso. E, embora se trate de Dan Brown, o autor de “O código Da Vinci”, não há ficção nenhuma aqui. Tudo começou no dia 18 de fevereiro, em um esconderijo subterrâneo vigiado por dois seguranças armados, apelidado de “o bunker”. Lá dentro, 11 indivíduos que não falam a mesma língua: ouvem-se frases em alemão, francês, português, espanhol, catalão e italiano. Dada a segurança da operação, o bunker fica no último lugar em que alguém iria procurá-lo: embaixo de um prédio frequentado diariamente por 400 jornalistas — o edifício Mondadori, sede da editora de mesmo nome, projetado por Oscar Niemeyer, às portas de Milão. Assim que entram no bunker, as 11 pessoas têm seus celulares apreendidos, bem como quaisquer outros dispositivos com que possam se comunicar com o exterior. Tudo o que têm é um crachá e alguns cigarros — para os que fumam. Lá fora, o dia. Logo vai nevar, mas o clima pouco importa quando se é obrigado a permanecer em um bunker durante dois meses, incluindo os domingos. Não interessa em quantas semanas os “reclusos” levarão a missão a cabo. Nenhum deles poderia abandonar o local definitivamente antes de 5 de abril. E, no dia de “relaxamento”, nenhum deles seria mais como antes.
Estamos falando de um mistério dentro do mistério: a gênese “europeia” de “Inferno”, o mais novo livro de Dan Brown, o quarto protagonizado pelo professor de História da Arte e Simbologia Robert Langdon, que será lançado no Brasil no dia 24 de maio, pela editora Sextante.
Os “reclusos” são os tradutores do livro (dias depois, dois editores se somariam a eles), chegados da França, da Espanha, da Alemanha, do Brasil e da Itália. A cada manhã, uma van particular os levava até o bunker. Todos trabalhavam ali, sem descanso, diariamente, até as nove da noite, quando novamente entravam na van e eram conduzidos de volta. Cada movimento deles era anotado num registro. Consultá-lo, agora, significa ter uma ideia mais precisa do seu dia a dia: “Pausa para fumar”, “Passeio rápido”, “Refeição”, “Olhar a neve”. Sim, a neve. Fabiano Morais, um dos tradutores do Brasil, nunca a tinha visto. Quando notou, através de frestas nas janelas, que caíam alguns flocos de neve, pediu para sair, para descobrir que efeito tinha.
Tudo aconteceu sob os olhares de guardas armados, segundo um rígido código de segurança: nenhum documento podia sair do bunker. Nenhum telefonema era admitido. Os computadores em que se faziam as traduções não tinham acesso à internet: havia terminais à parte, para pesquisas, vigiados por membros da segurança. Nenhum dos tradutores podia sequer revelar o motivo pelo qual estava ali: cada um tinha uma espécie de “álibi”, uma história para despistar os curiosos, que também não pode ser revelada, nem mesmo agora que a operação de tradução já está concluída e os documentos em papel (que, obviamente também eram secretos), destruídos.
Excessos? Não propriamente quando se observam os números: “O código Da Vinci” vendeu, em todo o mundo, 80 milhões de cópias (1,9 milhão só no Brasil). Ao todo, Dan Brown vendeu 150 milhões de livros (4,7 milhões no Brasil). Os dois filmes com Tom Hanks baseados em suas obras (“O código Da Vinci” e “Anjos e demônios”) renderam US$ 1,25 bilhões.
Aproximar-se do bunker, portanto, era impossível: só se pode reconstituir o que aconteceu nos dois meses de trabalho falando com os tradutores, depois de voltarem a suas casas. E a descrição de seu dia a dia mereceria — ela também — um romance.
— Viver em um bunker e dormir em um hotel, desconectados da realidade — explica Alejo Montoto, tradutor espanhol.
— Foi uma experiência verdadeiramente insólita, porque o nosso trabalho é muito solitário — acrescenta o alemão Rainer Schumacher.
— Éramos como marinheiros no mesmo barco — comenta o francês Dominique Defert.
— A experiência nos permitiu mergulhar completamente no livro de Dan Brown — explica Carole Delporte, também francesa. — Mas, estar distante da minha família por tanto tempo, foi fatigante.
Esthel Roig, tradutora catalã, terminou a operação exausta:
— Eu dormia em um hotel, no meio do nada. O resto era trabalho no bunker. Agora, só tenho vontade de estar um pouco com o meu gato.
Nicoletta Lamberti, a terceira tradutora italiana, acrescenta:
— Eu sofri, por não poder traduzir com a música a todo o volume. Meu outro hábito é trabalhar descalça: depois dos primeiros dias, muito formais, não fiz por menos. E ninguém se escandalizou.
Agora, com o livro já impresso e o primeiro capítulo já divulgado, sabe-se que, desta vez, o professor Robert Langdon se vê envolvido com uma organização chamada O Consórcio. Ele irá tentar decifrar um enigma que tem como pano de fundo o italiano Dante Alighieri, autor de “A divina comédia”. O resto é mistério…
10 MANDAMENTOS:
“Inferno”: Os tradutores não podiam falar com ninguém sobre a trama
Papelada: Eles não podiam levar para fora do bunker qualquer material sobre o livro, fosse impresso ou digital
Telefones: Celulares e outros instrumentos de comunicação eram vetados
Conexão: Dispositivos pessoais conectados à internet eram proibidos
Circulação: Não era permitido andar pelo edifício Mondadori, com exceção do refeitório e do café
Identificação: Os tradutores deviam estar sempre de crachá
Explicações: A equipe não devia falar sobre os motivos de sua presença no prédio
Acesso: Só tradutores, editores e seguranças podiam entrar no bunker
Idas e vindas: Eles deviam assinar um papel toda vez que precisassem sair do local
Pesquisa: Os tradutores podiam acessar a internet em computadores vigiados por seguranças
Meu primeiro e-book
0Caue Fonseca, no Mundo Livro
Aprecio a ideia de vida .zip. Objetos que tornam o cotidiano mais prático e o apartamento mais espaçoso se compactados ao menor volume possível. Isso vale para tudo: TVs, notebooks, celulares… menos para livros. Estes, faço questão de apreciar as capas, curtir o passar de páginas, marcá-las com sachês dos cafés que sediaram minhas leituras e, ao final, de colocá-los na prateleira. Muito me orgulha a estante ainda modesta, mas já com livros sobrepostos, caoticamente organizados pelo encaixe geométrico uns aos outros.
De modo que torço o nariz para as versões eletrônicas deles, os e-books. Ao contrário de ouvir um álbum, por exemplo, a ideia de ler um romance na tela do iPhone e depois vê-lo resumido a um ícone me entristece. Mas, motivado por uma reportagem sobre o assunto e pelo atraso de uma amiga a um compromisso, resolvi comprar meu primeiro livro eletrônico à mesa de um bar. Descrevo em tópicos o que me chamou a atenção ao longo das 627 páginas (calma, elas são menores no celular) vencidas no passar de dedos pelo touchscreen.
1. Facilidade
Com 3G em boas condições e nenhum conhecimento prévio, pesquisei títulos na iBook Store, instalado automaticamente na última atualização do iPhone, e optei por Carcereiros, uma espécie de apêndice de Estação Carandiru, livro que deu fama ao médico escritor Drauzio Varella (leia entrevista com o autor aqui). Paguei US$ 12 e o livro baixou em segundos. Na tela, ele fica disponível com capa e tudo, em uma simpática prateleirinha de madeira virtual. Essa facilidade para espantar o tédio a nem tão módicos R$ 25 assusta um pouco. Como ocorre com as músicas do iTunes, é preciso resistir à compra compulsiva que só pesará no fim do mês, na fatura do cartão de crédito.
2. Velocidade
Simultaneamente a Carcereiros, comecei a ler Segundos Fora, romance bem interessante de Martín Kohan, em versão impressa. Pois desde que o autor argentino começou a concorrer com Varella, o livro virtual levou larga vantagem. A título de comparação, Carcereiros tem 262 páginas na versão impressa. Venci elas na tela do celular em dias, enquanto Segundos Fora, aqui na mochila, está parado na página 72. São dois os motivos para isso, e nenhum deles é a qualidade das narrativas.
Todo bom leitor sabe o quão importante é ter um livro sempre à mão, para horas de ócio imprevisíveis, como uma fila inesperadamente comprida (o Carlos André, dono deste blog, por exemplo, era um goleiro que costumava ler trechos sob as traves enquanto o time apertava a defesa adversária). O celular, mais compacto do que um livro e sempre à mão, otimizou essa leitura incidental. Dependendo do número de velhinhos à frente, dá pra ler um capítulo na fila para pesar as frutas.
O segundo motivo, chuto eu, é o tipo de narrativa. Fiz questão de escolher um livro de não-ficção como primeiro e-book, pois é uma leitura mais propensa a ser abandonada e retomada o tempo todo. Fosse um romance como o de Kohan, cuja história se passa em três cenários e tempos diferentes, creio que seria mais difícil de mergulhar na história dos personagens – e até de apreciar a qualidade do texto – cada vez que a namorada se maquia.
3. Consumo
Eis uma vantagem do livro impresso. Ler no celular exige a tela ligada 100% do tempo de leitura, e isso consome uma bateria medonha. Desde que comecei a ler Carcereiros, não houve dia em que o iPhone não chegasse em casa pedindo penico. Em dias em que você passará muito tempo longe de uma tomada, é preciso cancelar leituras para não correr o risco de ficar incomunicável mais tarde. E-readers com o Kindle, da Amazon, ou o Kobo, da Livraria Cultura, não têm esse problema. Mas, por servirem só para ler, eles perdem esse fator incidental de ler no telefone. A chance de ter um Kindle na mochila ou na bolsa para distrair-se em uma fila qualquer é a mesma de ter um livro físico.
4. Conforto
É besteira a história de que ler em um meio digital cansa. No trabalho, a maioria de nós já passa o dia em frente ao computador. A não ser que o sujeito seja um leitor voraz, uns minutos a mais ou a menos olhando para a telinha não fazem a menor diferença. Em ambientes escuros, como uma viagem noturna, o celular é até mais confortável, pois tem luz própria. O passar de páginas com uma mão só (em um movimento patenteado pela Apple de tão bacaninha) e o tamanho das letras tampouco incomodam, já que o telefone pode ser aproximado “das vistas”, como diriam as nossas avós.
5. Falta de charme
É pura vaidade, mas eu gosto de ser visto lendo e também de ver pessoas lendo. Pessoas interessantes leem. Uma mulher lendo, então, não sendo Cinquenta Tons de Cinza, é a dona de qualquer lugar em que eu esteja. Por outro lado, qualquer babaca brinca no celular. E quando você está praticamente dentro do aparelho distraído com a leitura, não só não parece que está lendo, como projeta a imagem de que é um daqueles louquinhos que não sai do Facebook. A mesma falta de charme se estende à ausência do livro na estante após a leitura. Ler um e-book, portanto, é consolar-se com o ser interessante sem parecer interessante. E, poxa vida, isso faz toda a diferença.
Dica do Tom Fernandes