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Ana Maria Machado diz que prêmio é ‘reparação de injustiça’
0Escritora venceu o Passo Fundo Zaffari & Bourbon com ‘Infâmia’
Maria Fernanda Rodrigues, no Estadão
Ana Maria Machado já ganhou muitos prêmios, como o Hans Christian Andersen, o mais importante do mundo para a literatura infantil, e o Machado de Assis, pelo conjunto da obra. Mas nada repercutiu tanto quanto a derrota que sofreu no Jabuti, no ano passado. Ela era a favorita de dois dos três jurados, mas sua obra perdeu por causa desse terceiro, o famoso jurado C, que deu zero para seu livro.
O título em questão era Infâmia (Alfaguara), e a hora dele finalmente chegou. Terça, na abertura da 15.ª Jornada de Literatura de Passo Fundo (RS), ele foi anunciado como o romance vencedor do 8.º Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura, no valor de R$ 150 mil – um dos mais altos do País. Concorreram obras escritas em português e publicadas no Brasil nos últimos anos. Ao lado dela, na lista de finalistas, nomes como João Gilberto Noll e Luiz Ruffato.
“Quando soube do prêmio, a sensação de reparação de uma injustiça entrou forte na alegria”, comentou ontem, em Passo Fundo. “Na vida, as coisas tendem a seguir um equilíbrio. Talvez a linguagem popular dissesse ‘O que é do homem o bicho não come’. Talvez o Zagalo dissesse ‘Tiveram que me engolir’”, brincou a imortal e presidente da Academia Brasileira de Letras.
Baseado em fatos reais, Infâmia fala do limite entre o verdadeiro e o falso. São dois os personagens principais: um embaixador que recebe um envelope com documentos sobre sua filha morta e um funcionário público falsamente acusado de corrupto.
Ana Maria terminou há pouco um infantil, que está descansando “na nuvem”. Entre outubro e novembro lança, pela Objetiva, a novela juvenil Enquanto o Dia Não Chega – uma história que se passa no século 17 e se alterna entre uma aldeia africana e outra portuguesa e um colégio de jesuítas.
Seus leitores adultos, porém, devem esperar um pouco mais por outro romance. “Estava com uma história na cabeça, mas aí alguém publicou um livro sobre o assunto. Desisti do projeto. Mas, com o prêmio, vou poder parar um tempo e financiar um silêncio para mim e ver como dar rumo, ou não, a esse tema que me assombra”, conta.
Ela não revela o assunto por medo de perdê-lo. “O momento de escrever é muito próximo do inconsciente. Pôr em palavras, é dar uma forma verbal a certas sensações que são ainda muito difusas e a certas percepções inconscientes. Na hora de botar no papel, ela perde a espontaneidade”, conclui.
Startup brasileira “inventa” escrita colaborativa e ganha apelido de “YouTube dos livros”
0Widbook funciona como rede social: internauta curte textos e segue autores
Felippe Constâncio, no R7

Da esquerda para a direita os fundadores da startup, André Campelo, Joseph Bregeiro e Flávio Aguiar / Divulgação
A história da startup brasileira Widbook faz jus ao dito popular: “a necessidade é a mãe da criatividade”. Isso porque o professor de química da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) precisava ouvir questões e observações de alunos que lessem seus textos, mas com apontamentos no próprio projeto.
Os programadores Flávio Aguiar, André Campelo e Joseph Bregeiro então criaram e aperfeiçoaram ferramentas colaborativas – o que deu origem a uma rede de escrita inédita – a Widbook, fundada em junho de 2012, com o aporte financeiro do fundo W7 Brazil Capital.
Batizada pelo site de Mashable de “YouTube dos livros”, a startup funciona como uma rede social em que os amantes de livros têm que ser convidados a participar. Como em outras redes, eles criam uma conta e em seguida já podem socializar.
— O usuário cria uma estante com seu perfil literário, mas o Widbook não é só para escritores. A pessoa pode publicar seu projeto. Outra veem e faz uma observação. O autor inicial pode concordar ou não. Se ele aceitar, o nome do segundo usuário já entra como coautor. A obra final pode ser criação de bastante gente.
A Widbook permite também que o usuário siga seus inspiradores ou autores favoritos, “curta” obras e convide membros para escrever em parceria. Qualquer membro pode compartilhar conteúdos, criticar, revisar ou editar – tudo depende da aprovação ou não da intervenção no texto, como conta o cofundador Joseph Bregeiro.
— Além de unir quem é bom em iniciar um projeto e depois não consegue tocar com um que sabe continuar, a plataforma é ótima para quem quiser ter uma publicação em outro idioma. Por ser global, a Widbook permite que o falante de outro idioma observa algum deslize em sua língua na obra traduzida.
Um exemplo recente de título escrito de forma colaborativa é o Lollapoloza. O livro tem quatro autores que fizeram a cobertura do evento e está disponível em português, inglês e espanhol.
Hoje, a Widbook tem mais de 30 mil membros, com maior concentração nos Estados Unidos, no Brasil e na Índia. Em pouco mais de um ano, a rede acumulou mais de 1.100 livros virtuais já publicados e outros seis mil em confecção.
Ex-aluno invade alojamento da USP, agride estudante e faz vários disparos
0Vítima levou coronhada; moradores não foram atingidos em São Carlos, SP.
Suspeito, que denunciou ter sido vítima de abuso sexual em trote, fugiu.
Publicado por G1
Um ex-aluno da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos (SP) invadiu o alojamento do campus com uma arma, agrediu um estudante com coronhadas e fez vários disparos na noite desta quarta-feira (28). Ninguém foi atingido pelos tiros. O suspeito é o rapaz de 23 anos que denunciou ter sido vítima de abuso sexual durante um trote com veteranos, em março. Ele fugiu do local. A USP ainda não se pronunciou sobre o assunto.
De acordo com a Polícia Militar, o rapaz invadiu o alojamento armado e deu uma coronhada na cabeça de um estudante que mora no local. A vítima, que teria tentado conter o suspeito, foi socorrida e levada para a Santa Casa. O estado de saúde dele não foi divulgado.
Segundo testemunhas, o ex-aluno ainda fez vários disparos que acertaram as paredes e as janelas do alojamento, mas não atingiram ninguém. Alguns alunos disseram que ele dizia que queria vingança.
Em seguida, o rapaz fugiu e está sendo procurado pela Polícia Militar. Com medo, os moradores do alojamento saíram do local para dormir na casa de amigos. A Perícia Técnica foi ao local. A USP ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.
O caso
Em entrevista ao G1 no dia 25 de abril, o rapaz, que cursava o 1º ano de ciências exatas, tinha decidido que desistiria do curso por estar sofrendo ameaças e discriminação. “Vou fazer o meu desligamento. Após esse constrangimento todo, não existe mais ambiente para estudar na USP. Vou ficar marcado e desmoralizado”, afirmou na ocasião.
O suposto abuso aconteceu no início da madrugada do dia 4 de março. Depois de uma reunião sobre as normas de funcionamento do alojamento onde conseguiu uma vaga, o rapaz entrou em uma área que dá acesso aos apartamentos, onde acontecia uma festa.
Segundo o estudante, um grupo foi até ele e começou a gritar. “Eles falavam repetidamente ‘chupa bixo’ e me cercaram, fizeram uma espécie de uma roda e não tive como sair dali. Eles aparentavam estar muito embriagados e se faziam de homossexuais, gritavam ‘bixo homofóbico’. Eu falava para não encostarem, mas três deles começaram a se esfregar em mim e chegaram a abaixar as calças. Um deles também abaixou a cueca. Eles pareciam ter prazer”, disse.
Os envolvidos dizem que tudo não passou de uma brincadeira durante um trote. O caso, que chegou a ser registrado pela Polícia Civil como estupro e foi alterado para injúria, teve a primeira audiência no dia 24 de abril no Fórum Criminal da cidade, mas não houve acordo ente os estudantes envolvidos.
Uma sindicância foi aberta pela USP, mas o resultado ainda não foi divulgado. Em maio, a Justiça pediu que a Polícia Civil levantasse mais testemunhas sobre caso, que ainda continua indefinido.
O maior dominó de livros do mundo
0Publicado por Publiki
Como parte de uma campanha de incentivo à leitura, o pessoal da Biblioteca Pública de Seattle decidiu quebrar o recorde mundial de maior dominó de livros.
Os 27 voluntários tiveram horas de trabalho, eles organizaram os 2131 livros (que formam a palavra “read” em uma determinada parte do dominó) e o efeito só deu certo na quinta tentativa. Os livros utilizados foram doados ou eram livros desatualizados e que já estavam foram do acervo de circulação da Biblioteca.