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Saiba quais são as melhores livrarias de Buenos Aires
0A capital portenha tem mais livrarias por habitante do que qualquer outro destino do mundo. Veja as melhores para incluir em um roteiro pela cidade
Publicado no Pure Viagem
Título original: Buenos Aires: as melhores livrarias da cidade
Além da fama de ser um excelente destino de compras, entretenimento e boa comida, Buenos Aires é notoriamente uma cidade cultural que reserva ao turista uma infinidade de atrações, como museus (são mas de 120), galerias de arte, teatros, cinemas e uma extensa programação de eventos e festivais ao longo do ano.
A capital da Argentina é também um paraiso para os amantes dos livros. A quantidade de livrarias espalhadas pela cidade reflete o hábito da leitura tão presente na vida dos portenhos. De acordo com um estudo da World Cities Culture Forum, Buenos Aires tem cerca de 25 livrarias para cada cem mil habitantes – o maior número de lojas literárias por pessoa do mundo. Em 2011, a Unesco concedeu à metrópole o título de “Capital Mundial do Livro”, em reconhecimento a sua vocação editorial.
O melhor é que muitos estabelecimentos que vendem livros têm cafés onde você pode passar um dia inteiro cercado por prateleiras e estantes, enquanto bebe um cappuccino e come medialunas. Para os caçadores de títulos raros, há aproximadamente cem livrarias na cidade com itens usados e de colecionadores, a maioria delas situada ao longo da Avenida Corrientes.
Conheça, a seguir, a nossa seleção com as melhores livrarias de Buenos Aires:
Librería de Ávila – Está no mesmo local onde funcionou a primeira livraria de Buenos Aires, a “Librería del Colégio”. Oferece uma boa variedade de livros antigos, desde história argentina e americana a temas antropológicos e folclóricos. (Endereço: Alsina, 500 – San Telmo)
Walrus Books – Pequena livraria especializada em livros usados escritos na língua inglesa. São mais de cinco mil títulos novos e usados, incluindo romances clássicos, guias de viagem de segunda mão e história latino-americana. O ambiente é sossegado, com boa trilha sonora e serviço cortês fornecido pelo proprietário Geoffry e sua esposa, Josefina. (Endereço: Estados Unidos, 617 – San Telmo)
Libros del Pasaje – A organizada e aconchegante livraria é ideal para dar uma pausa no roteiro e ler um bom livro enquanto toma um café. Há de tudo um pouco: gêneros eruditas, clássicos, guias de viagem, romances, poesia, literatura argetina e uma seção com títulos infantis. (Endereço: Thames, 1762 – Palermo Soho)
Eterna Cadencia – Livraria elegante com ambientes acolhedores. Os sofás na parte de trás da casa são excelentes para ler um livro e nem ver a hora passar. O loca oferece uma ampla gama de atividades culturais, como oficinas, apresentações, debates, exposições de arte e palestras com autores. No pátio interno (mais…)
Cidades brasileiras têm poucas livrarias e bibliotecas, diz estudo
0Dados colhidos pelo Fórum Mundial de Cidades Culturais revelam que o Rio de Janeiro e São Paulo estão entre a piores cidades analisadas no quesito leitura e perdem feio para Buenos Aires
Publicado no Jornal do Commércio
Possivelmente o leitor já ouviu falar na lenda que diz que existem, só dentro da cidade de Buenos Aires, na Argentina, mais livrarias que no Brasil todo. Um relatório do Fórum Mundial de Cidades Culturais, composto por 27 cidades de todo o mundo, divulgou os seus dados sobre a presença de livrarias, cinemas, casas de show e bibliotecas, entre outros. Os números desmentem a famosa conta, apesar de mostrarem que as cidades brasileiras estão entre as piores estudadas pela pesquisa.
No documento, é divulgado que Buenos Aires possui 734 livrarias, um número altíssimo, mas inferior ao de 3,1 mil livrarias, usado oficialmente pela Associação Nacional de Livrarias (ANL) para anunciar o número de lojas.
No entanto, segundo o documento, a capital argentina é a cidade número um do mundo – entre as 27 que divulgaram seus dados, incluindo Berlim, Nova York, Londres, Paris, Madri, Tóquio e Amsterdã, – no índice de livrarias a cada 100 mil habitantes, que mede essa quantidade proporcionalmente. São impressionantes 25 locais de vendas de livro para cada centena de milhares de portenhos. Para se ter uma ideia, as duas cidades brasileiras presentes no estudo, Rio de Janeiro e São Paulo, tem um índice de 5 e 3,5, respectivamente.
OUTROS DADOS
Segundo o relatório, São Paulo e Rio de Janeiro ainda contam, juntas, com 686 livrarias. O Fórum Mundial de Cidades Culturais ainda afirma que o país publica cerca de 57,6 mil títulos por ano, segundo dados da Câmara Brasileira do Livro de 2009.
Um dado preocupante do relatório é o número de bibliotecas públicas para cada 100 mil habitantes no Rio de Janeiro e em São Paulo: só uma. Buenos Aires, mesmo com mais livrarias, ainda têm 3 bibliotecas para cem mil pessoas. O índice das metrópoles brasileiras só é maior que o de cidades como Istambul (Turquia), Bombaim (Índia) e Cingapura. A líder do mundo no quesito é a capital francesa, Paris, que tem 7 bibliotecas para cada centena de milhares de habitantes.
O Brasil também tem um número decepcionante de empréstimos de livros em suas bibliotecas públicas. Segundo a estimativa, cada morador do Rio de Janeiro pega 0,03 livros emprestados por ano; em São Paulo, o número é um pouco maior, com 0,07 obras emprestadas a cada pessoa. Só uma cidade da pesquisa tem um número menor: novamente Istambul, que empresta a cada um de seus habitantes 0,01 livros a cada 12 meses. Para se ter uma ideia, a líder no ranking, Toronto, tem uma média de 12,24 livros emprestados para cada morador.
{pra começar} Onde moram as histórias
1Publicado por Virada No Saci
Já compartilhei nesse post aqui a minha paixão por fotos. Minha paixão mais antiga, no entanto, aquela que carrego desde a infância, um dos hábitos que mais gosto de ter na vida, até hoje, é a leitura de um bom livro.
Pra mim, ler sempre era muito mais interessante do que brincar de Barbie, por exemplo, então imaginem que sofri certo bullying quando menor.
Imaginem o que era Otelo, de Shakespeare, Dom Casmurro, de Machado de Assis ou Senhora, de José de Alencar se comparados a qualquer história que eu pudesse inventar durante uma brincadeira. Minha capacidade criativa nunca chegaria a tamanha genialidade, então a brincadeira nunca me despertava maior interesse se comparada a leitura.
Meu maior orgulho foi ter completado, aos 12 anos, a carteira de empréstimos de livros da biblioteca. haha
Engraçado lembrar que, durante algum tempo, ainda quando era mais nova e carregava as inseguranças infantis/adolescentes, escondia, de certo modo, os livros que pegava e os momentos em que lia, porque em geral percebia uns olhares meio esquisitos e já ouvi alguns comentários bem preconceituosos sobre o fato de estar lendo ao invés de interagindo com as outras pessoas e isso não ser saudável.
Hoje em dia sei que nenhuma aula de português me rendeu tanto quanto o meu gosto pela leitura, que jamais deixei de me divertir e conquistar amigos por isso e que, sim, ler é um hábito solitário que nunca me trouxe qualquer tipo de malefício, afinal, se você não sabe conviver bem consigo mesmo, que dirá com uma sociedade inteira cheia de gente maluca.
É por todo esse meu apreço por livros – e aqui falo de livros em si, com folhas de papel e capa, porque ainda não consigo me adaptar a essa modernidade de e-books – que um dos lugares no mundo onde me sinto mais a vontade é em livrarias e bibliotecas. Sou capaz de gastar bastante tempo folheando e lendo trechos de livros sem problema algum.
Adoro de verdade a sensação de estar diante de tantas histórias boas e da possibilidade de conhecer o mundo inteiro e pessoas interessantes de dentro da minha própria casa. Sim, porque sou dessas que passo tranquilamente horas inteiras lendo, me apego de verdade aos personagens e o mais fácil de acontecer é você me pegar aos prantos com um livro nas mãos. (Essa sou eu. haha)
Confesso que, no momento, deixei de frequentar livrarias (sites inclusos) porque tenho uma lista de livros na minha prateleira esperando para serem lidos, mas ainda assim não resisto a uma boa história e sempre acabo adquirindo mais algum exemplar.
Imaginem então como fiquei quando encontrei as imagens dessas livrarias e bibliotecas que trouxe abaixo.
Se entro em alguma dessas juro que não sei se sairia, e se saísse, com certeza seria falida.
Selexyz Dominicanen Boekhandel
O nome é difícil, mas a pessoa chora com essa livraria holandesa sim ou sim? Ela fica localizada onde anteriormente havia uma igreja anglicana datada do século de XII. No momento da reforma os arquitetos decidiram manter a antiga estrutura gótica e adicionaram modernas estantes para armazenar os livros. É por causa dessa mistura que o local é tão maravilhoso a ponto de já ter sido escolhida como a livraria mais bonita do mundo pelo The Guardian.
Biblioteca Real Gabinete Português de Leitura
Qualquer um de nós poderia facilmente imaginar que essa biblioteca fica localizada em algum local da Europa, mas ela fica aqui mesmo, pertinho da gente, no Rio de Janeiro. Trata-se de um presente deixado pelos nossos queridos colonizadores portugueses. Felizmente esse é um bom presente. A biblioteca foi inaugurada em 1887 e é considerada como a maior biblioteca de obras de autores portugueses fora de Portugal. A visitação é permitida até hoje e vale a pena, né?
El Pendulo
Uma livraria com uma decoração bem inusitada composta por prateleiras repletas de livros, um café-restaurante, um bar e …várias plantas em seu interior. É considerada a livraria mais charmosa do México e frequentemente oferece consertos e cursos bem concorridos.
Shakespeare and Company
A Shakespeare and Company é meu xodó. Se comparada à outras, é uma livraria bem pequena localizada em Paris, mas é super charmosa e com muita história pra contar. Foi fundada originalmente em 1919 e era frequentada por um pessoal como Hemingway, Scott Fitzgerald e James Joyce. Durante a Segunda Guerra Mundial foi fechada, mas felizmente foi reaberta em 1951 por George Whitman. Hoje em dia, além de livraria, fiquei sabendo que ela também funciona como biblioteca e também como uma espécie de hotel para autores iniciantes.
Biblioteca do Vaticano
Acho que nem preciso apresentar essa. É a biblioteca mais famosa do mundo, contando com nada menos que 1,1 milhão de livros impressos, 150 mil manuscritos, 300 mil moedas e medalhas e mais de 70 mil pinturas e gravuras! Foi reaberta para a visitação há alguns anos e, além da arquitetura maravilhosa e de uma quantidade inimaginável de livros de grande valor histórico para o mundo, ainda abriga o mistério da sala de livros secretos, que a Igreja Católica não abre nem por ordem do Papa! haha Infelizmente, para ter acesso à biblioteca é preciso ser um especialista em publicações, professor universitário ou estudioso que prepara um doutorado.
El Ateneo
Essa livraria está localizada em Buenos Aires, onde anteriormente havia um teatro dos anos 20 e foi escolhida pelo The Guardian como a segunda livraria mais linda do mundo (a primeira é a a Boekhandel Selexyz Dominicanenl, que tá ali em cima). O palco – onde até Carlos Gardel se apresentou – virou um café, com piano ao vivo e além dele há mais cinco andares por onde vale a pena gastar o tempo, o dinheiro e a câmera fotográfica.
Uma semana de boas leituras.
Ceci.
Imagens: Cush Design Studio, Tudo Sobre Leitura, De Llibreries, CristinaMello, G1, Blog da Marília Veiga, Nemira.
dica da Maria Cecíllia Magalhães
As dez livrarias mais interessantes do mundo
0Euler de França Belém no Jornal Opção
María Luisa Fundes, do “ABC” (edição de 25 de novembro), de Madri, reuniu fotografias e escreveu pequenos textos sobre as dez livrarias mais interessantes do mundo. “Para os aficionados à leitura, as livrarias são paraísos inigualáveis e incomparáveis.” Lá, entre as estantes, descobre-se o universo, globaliza-se o conhecimento. Muitas pessoas passam horas circulando entre as estantes, folheando e lendo algumas páginas dos livros. Há aqueles que se empolgam com as capas, e até com o papel, por exemplo o pólen (que não gera reflexos). Às vezes entra-se numa livraria com o objetivo de comprar determinado livro, mas, ao perceber um lançamento interessante, o indivíduo o coloca na sua cesta. Pode ser Joyce, Proust, Thomas Mann, Tolstói, Machado de Assis, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Bernardo Élis ou Afonso Felix de Sousa. As livrarias bonitas, como as citadas, são uma atração à parte. El Ateneo, de Buenos Aires, assim como outras, é uma atração turística. Os apaixonados pelos livros acabam se tornando também apaixonados pela livraria. É raro uma pessoa sair de lá sem fazer ao menos uma fotografia. Trata-se de uma livraria-museu, que já foi um teatro
1 — El Ateneo, Buenos Aires







Bons ares, bons livros, capital argentina une viagem e literatura
0Conhecida por sua veia cultural, Buenos Aires é das poucas cidades no mundo que podem se gabar de ter tão profunda relação com seus escritores
Publicado na Rede Brasil Atual
Entre os muitos caminhos possíveis a trilhar numa cidade com a riqueza histórica e cultural de Buenos Aires, estão os roteiros inspirados na vida e na obra de mestres como Julio Cortázar, Jorge Luis Borges e Ernesto Sábato, ou ainda de estrangeiros como Federico García Lorca e Antoine Saint-Exupéry, ambos com passagens marcantes pela capital argentina.
A geografia literária de Cortázar inclui locais como a Plaza de Mayo, a Galería Güemes e as grandes avenidas do centro, presentes em livros como Bestiário, Histórias de Cronópios e de Famas e O Jogo da Amarelinha, este tido como sua obra-prima. Uma das grandes joias arquitetônicas da cidade, a Güemes é o cenário do conto “O Outro Céu”, lançado em 1966, no livro Todos os Fogos o Fogo. Nele, o personagem entra pela bela galeria portenha e é lançado à Galeria Vivienne, em Paris, cidade que também foi morada do escritor por muitos anos. Inaugurada em 1915, no número 165 da Calle Florida, a Güemes é um dos notáveis exemplos de art nouveau da cidade, e foi bastante frequentada por Cortázar durante as décadas de 1930 e 1940, a ponto de ele dizer que era “sua pátria secreta”.
A Güemes é também marcante na história do famoso escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, autor do best-seller O Pequeno Príncipe. Exupéry morou no sexto andar do edifício, entre 1929 e 1930, e foi ali que escreveu Voo Noturno, livro publicado em 1931, inspirado em suas aventuras como aviador da Companhia Geral Aeropostal, empresa francesa pioneira no ramo de correio aéreo com filial em Buenos Aires.
Bem próximo dali está outro lugar secularmente ligado à literatura. Inaugurado em 1858, o Café Tortoni ainda preserva o clima dos grandes cafés literários, que durante o final do século 19 e meados do 20 abrigaram reuniões de grupos de escritores e artistas. Além da decoração requintada, que divide espaço com obras de arte e homenagens a frequentadores famosos, o Tortoni preserva uma programação de shows de tango que estão entre os mais tradicionais da capital.
Seguindo na toada literária, valem a visita dois edifícios localizados na Avenida de Mayo, na região central. Um deles é o Hotel Castelar, no número 1.152, que teve como hóspede o poeta espanhol Federico García Lorca, quando visitou Buenos Aires para conferências, de 1933 a meados de 1934. O hotel ainda preserva o quarto tal como estava quando recebeu um dos maiores nomes da literatura e da dramaturgia espanhola.
O outro é o Palazzo Barolo, construído em 1923, cuja arquitetura remete ao livro A Divina Comédia, de Dante Alighieri. Construído pelo arquiteto italiano Mario Palanti, divide-se em três partes – inferno, purgatório e céu –, tal como o grande clássico italiano do século 14, além de muitas outras referências à obra. Localizado no número 1.370 da Avenida de Mayo, está aberto apenas com visitas guiadas e somente à noite. O percurso literário termina no alto de um farol construído no topo do palácio, que ilumina a cidade de forma inspiradora.
Literalmente importantes
- Galería Güemes
Alguns bairros também são literalmente importantes na capital argentina. É o caso de Palermo, na região nordeste da cidade, que tem Jorge Luis Borges como seu grande representante. “As imagens podem ser cordilheiras, pantanais com andaimes, escadas em caracol que desaparecem em porões, areais cujos grãos devo contar, mas qualquer dessas coisas é uma embocadura precisa para o bairro de Palermo”, escreveu Borges no livro Atlas, lançado em 1985, um ano antes de sua morte.
Um passeio pelo universo borgiano pode começar no coração desse bairro que hoje é sinônimo de cafés, restaurantes e livrarias, muitas destas com bons cafés e extensa programação cultural.
Dois bons exemplos são a Libros del Pasaje e a Eterna Cadencia, que merecem ser visitadas mesmo que você não leia nada em espanhol. Ambas possuem atividades culturais, saraus e ambientes aconchegantes, onde você pode ler seu autor preferido e passar horas rodeado de livros e de gente interessante. Ficam bem perto da antiga Calle Serrano, hoje