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Escritores e tradutores estão entre os que mais tentam se manter off-line
0Software bloqueia o acesso à rede
Freedom é utilizado por mais de meio milhão de pessoas no mundo
Título original: Profissionais buscam forma de não cair na tentação da internet
Clarice Spitz e Sérgio Matsuura. em O Globo
Rio — Retornar ao modo off-line pode ser mais difícil do que se imagina. Para gente que trabalha com a palavra então, como escritores e tradutores, a busca por um uso mais produtivo do computador tem levado a soluções inusitadas. Se por um lado, a internet é uma aliada para quem escreve e precisa checar nomes e informações, por outro, não há dúvidas de que pode ser um grande “desprogramador” de tarefas. As redes sociais e o e-mail estão entre os principais vilões.
Regras não existem, mas cada um procura sua maneira de sobreviver ao vício de ficar horas conectado. A escritora americana de literatura infantojuvenil Meg Cabot, que lança em setembro o “The Bride Wore Size 12”, partiu para uma decisão radical: usa um computador apenas para escrever e outro exclusivamente para acessar as redes sociais.
Programa que tem feito a cabeça de escritores como Nick Hornby, de “Alta Fidelidade”, e da iraniana Lila Azam Zanganeh, que foi um dos sucessos da 11ª edição da Flip, o Freedom, software que bloqueia a internet, já está conquistando adeptos entre os brasileiros. O programa, que custa US$ 10, funciona de maneira bem simples: o usuário decide quantos minutos de liberdade quer ter. Ou seja, quanto tempo está disposto a ficar sem internet, com o acesso à rede bloqueado.
O escritor João Paulo Cuenca é um fã de carteirinha. Durante as seis semanas que passou num castelo na Umbria, no centro da Itália, escrevendo o seu próximo livro, mesmo isolado, tinha internet e problemas para se concentrar. Cuenca adotou o método: a cada 45 minutos free, tinha 15 de acesso irrestrito.
— É a coisa mais idiota e simples, mas se faço quatro picos assim por dia, rendo muito.
Ele diz que os benefícios não significam que nunca trapaceou. Cancelou o programa apenas para checar um e-mail de trabalho, que nem era tão importante. Para destravar o programa, basta religar o computador.
— Somos muito viciados mesmo. Às vezes, deixo o telefone sem bateria perto do computador para não ter jeito de olhar os e-mails. É ridículo pagar quando é só desligar o cabo — admite.
Ferramenta simples
O Freedom foi lançado em 2008 pelo pesquisador Fred Stutzman, que viu a necessidade de desenvolver uma ferramenta simples que pudesse ajudar as pessoas a focar em atividades produtivas. Desde então, o software já foi baixado por mais de meio milhão de pessoas, entre elas o próprio desenvolvedor.
— Eu mesmo usei o Freedom quando estava escrevendo a minha dissertação — conta Stutzman. — O programa ajuda as pessoas a reconquistar o controle sobre o computador, para que ele sirva para trabalhar, em vez de distrair.
A ferramenta é útil até para os que se consideram disciplinados. A escritora Carol Bensimon, autora de “Pó de parede” e “Sinuca embaixo d’água”, diz não ser “procrastinadora”, mas admite que a internet atrapalha a concentração no trabalho. Sempre que possível, vai para uma área comum no prédio onde vive para se desconectar, mas quando está em casa o Freedom está acionado.
— O Freedom me salvou — brinca, com um misto de seriedade, a tradutora Melissa Lyra, brasileira de 36 anos que mora em Lisboa. — Já tinha tentado bloqueadores sociais, mas acabava sempre por me distrair.
Ela usa junto do Freedom o Pomodoro Technique, técnica de gestão de concentração. Assim, conseguiu dobrar a produção.
— Hoje em quatro horas sem internet produzo o mesmo que em oito com ela — diz.
(Colaborou Michele Miranda)
As melhores cidades do mundo para fazer faculdade
0Estudo da Economist mediu o retorno para estudantes estrangeiros que querem se graduar em outros países; Montreal, no Canadá, ficou em primeiro lugar
Lilian Sobral, na Exame
Malas prontas
São Paulo – Pensando em estudar fora? Se a ideia for fazer um curso de graduação, Montreal, no Canadá, é a cidade que oferece as melhores condições. A conclusão é do estudo Sea Turtle Index, feito pela The Economist Intelligence Unit (EIU, unidade de pesquisas do grupo The Economist) para o banco chinês Bank of Communications, que mediu o custo benefício para estrangeiros de realizar uma graduação fora de seu país.
A pesquisa avaliou 80 cidades e regiões do globo em cinco critérios: retorno educacional (qualidade dos cursos x preços), retorno financeiro (investimentos e riscos econômicos), ambiente do mercado imobiliário, abertura do mercado de trabalho e experiência social.
Com esses critérios, alguns achados interessantes apareceram. O efeito da crise econômica, por exemplo, pesou nas cidades que aumentaram o nível de desemprego. Já o efeito do câmbio foi sentido em lugares onde a moeda tem cotação alta.
Confira os detalhes dos dez primeiros colocados no ranking.
1) Montreal
Pontuação total: 72,4 pontos
Retorno educacional: 73,3 pontos, em 6º lugar (empate)
Retorno financeiro: 57,2 pontos, em 52º lugar
Mercado imobiliário: 69,8 pontos, em 12º lugar
Experiência de trabalho: 66,4 pontos, em 4º lugar
Experiência social: 92,5 pontos, em 1º lugar (empate)
2) Londres
Pontuação total: 70,2 pontos
Retorno educacional: 78,9 pontos, em 3º lugar
Retorno financeiro: 64,3 pontos, em 16º lugar
Mercado imobiliário: 70,2 pontos, em 11º lugar
Experiência de trabalho: 40 pontos, em 40º lugar
Experiência social: 92,5 pontos, em 1º lugar (empate)
3) Hong Kong
Pontuação total: 69,2 pontos
Retorno educacional: 64,2 pontos, em 20º lugar
Retorno financeiro: 82,6 pontos, em 1º lugar
Mercado imobiliário: 82,7 pontos, em 1º lugar
Experiência de trabalho: 53,1 pontos, em 16º lugar
Experiência social: 81,8 pontos, em 22º lugar (empate)
4) Toronto
Pontuação total: 69,1 pontos
Retorno educacional: 63,6 pontos, em 21º lugar
Retorno financeiro: 57,1 pontos, em 53º lugar
Mercado imobiliário: 74,6 pontos, em 4º lugar
Experiência de trabalho: 68,6 pontos, em 3º lugar
Experiência social: 90 pontos, em 5º lugar
5) Cambridge
Pontuação total: 68,5 pontos
Retorno educacional: 83,5 pontos, em 1º lugar
Retorno financeiro: 66,5 pontos, em 6º lugar (empate)
Mercado imobiliário: 59,8 pontos, em 35º lugar
Experiência de trabalho: 38,9 pontos, 43º lugar
Experiência social: 77,1 pontos, em 33º lugar (empate)
FHC é eleito imortal e deve ganhar fardão de R$ 70 mil
0Gil Alessi, no UOL
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi eleito nesta quinta-feira (27) para ocupar a cadeira deixada pelo jornalista João de Scantimburgo (1915-2013) na ABL (Academia Brasileira de Letras). Ele é o segundo carioca eleito, e a Prefeitura do Rio de Janeiro deverá desembolsar mais R$ 70 mil para custear o fardão, roupa tradicional usada pelos ‘imortais’ durante as sessões. O município já pagou a roupa de Rosiska Darcy de Oliveira, empossada este mês.
A roupa é feita de sarja inglesa na cor verde escura e tem ramos da café bordados com fios de ouro, o que justifica parte do alto custo da vestimenta.
“Tradicionalmente quem paga a roupa é a prefeitura da cidade natal do eleito, ou o Estado, se for um município pobre”, informou a assessoria de imprensa da ABL. “Como o ex-presidente é carioca mas teve projeção política em São Paulo, não sabemos quem irá pagar a roupa.”
No Diário Oficial do município desta terça-feira (25), foi publicada a “aquisição de fardão da Academia Brasileira de Letras” por R$ 68 mil, pagos à Diógenes Alfaiataria e Camisaria Ltda, referentes ao traje de Rosiska Darcy.
O processo é feito sem licitação, segundo a Prefeitura, devido à “inexigibilidade” prevista na lei federal 8.666/1993, que institui normas para licitações e contratos da administração pública.
DINHEIRO PÚBLICO
“Eu acho que jamais essa despesa deveria ser bancada pela prefeitura. Quem precisa pagar é a Academia ou o próprio eleito. A roupa ‘padrão Fifa’ [referência ao bordão usado por manifestantes para questionar a qualidade dos serviços públicos] é desnecessária, especialmente no atual momento político do país”, afirma Gil Castello Branco, fundador e secretário-geral da ONG Contas Abertas, que acompanha gastos públicos.
Para ele, “do ponto de vista legal”, não há qualquer problema aparente na compra sem licitação, porque se trata de um item “que não se compra em qualquer esquina”.
“Mas a questão que se coloca é a prioridade do gasto. Os Estados e municípios falam em conter gastos públicos, e o fardão é totalmente secundário nesse panorama”, ressaltou.
Até o fechamento desta reportagem, as prefeituras do Rio de Janeiro, de São Paulo e a assessoria de imprensa de Fernando Henrique Cardoso não haviam se pronunciado sobre o assunto.
Prouni: estão abertas inscrições para bolsas de estudo
0Programa federal oferece mais de 90.000 bolsas em instituições privadas de ensino superior. Prazo se encerra no dia 25 de junho
Publicado na Veja on-line
Estão abertas as inscrições do 2º semestre de 2013 do Programa Universidade para Todos (Prouni), programa do Ministério da Educação (MEC) que oferece bolsas de estudos em universidades privadas.
Para concorrer, o candidato deve ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2012, obtendo desempenho mínimo de 450 nas provas objetivas e nota superior a zero na redação. Além disso, não pode possuir diploma de curso superior e se encaixar em pelo menos uma das seguintes condições: ter cursado o ensino médio em escola pública, ou como bolsista em instituição privada, ser portador de deficiência ou ser professor na rede pública de ensino para cursos com grau licenciatura.
As inscrições são gratuitas e deverão ser feitas pela internet na página do Prouni (http://siteprouni.mec.gov.br) até as 23h59 (horário de Brasília) da próxima terça-feira, dia 25 de junho.
No total, estão previstas 90.010 bolsas, sendo 55.658 integrais e 34.352 parciais, segundo informações do MEC. As bolsas integrais serão destinadas a candidatos com renda familiar mensal de até 1,5 salário-mínimo por pessoa. Para as bolsas parciais (50% da mensalidade), o limite são três salários mínimos.
Os estudantes pré-selecionados na primeira chamada, que será divulgada no dia 28, deverão comprovar as informações nas universidades até o dia 5 de julho. O segundo resultado sairá em 13 de julho, e a comprovação deverá ser feita entre os dias 15 e 19 do mesmo mês.
Assim como ocorre no Sisu, o Prouni possibilita aos candidatos a indicação de duas vagas, que podem ser alteradas enquanto estiverem abertas as inscrições. Quem não entrar nas duas primeiras chamadas, poderá manifestar interesse na lista de espera entre os dias 26 e 29 de julho. A convocação será feita em dois momentos: nos dias 2 e 12 de agosto.