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Jô Soares lança primeira parte de autobiografia ‘desautorizada’
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Perto dos 80 anos, apresentador ‘exibido’ revisita longa carreira na TV e no teatro
Jô Soares lança sua biografia – Marcos Alves / Agência O Globo
Patrícia Kogut, em O Globo
SÃO PAULO — Quando Jô Soares completou 18 anos, seus pais perderam tudo. O garoto que tinha estudado nas melhores escolas, uma delas na Suíça, e morava no anexo do Copacabana Palace, viu seus planos de cursar o Instituto Rio Branco serem interrompidos. Em vez disso, foi trabalhar numa firma de exportação de café, desempenhando pequenas tarefas de escritório.
Por força desse golpe do destino e do seu talento incontestável (e inescapável) de criador, entretanto, aos poucos, acabou enveredando pelo show. Aonde ele chegou com isso é notório.
Em “O livro de Jô — Uma autobiografia desautorizada” (escrito com Matinas Suzuki), o artista, que completa 80 anos em janeiro, relata esse caminho. Na sua narrativa, não há acerto de contas, algo tão comum no gênero. Em contrapartida, sobra generosa diplomacia, reforçando a impressão de que o Itamaraty perdeu um ótimo quadro.
Jô é pródigo em lembranças gentis, engraçadas e em boas palavras para todos os que menciona. Vai emendando uma história deliciosa na outra, num fluxo que rompe a ordem cronológica — embora ela esteja na estrutura do texto, que começa com seu nascimento. Ele avança e recua diversas vezes no tempo quando é preciso abrir um parêntese para contar algum caso — e toda hora essa situação se apresenta.
— O livro é assim porque não tenho recalques, a vida me abençoou. É como eu sou, não estou me gabando — esclarece, acrescentando que o trabalho ainda não terminou, pois falta o segundo volume (a ser lançado no segundo semestre de 2018), mas chegou perto da conclusão.
Jô faz os relatos para Matinas, que organiza e mais tarde reenvia para que ele escreva o texto final. É, resume, “um trabalho de estivador”. As longas conversas deles acontecem entre livros e perto do computador. Lá, conserva arquivos e arquivos com registros da carreira e que servem a confirmar datas. Nessa biblioteca, há preciosidades como a “Enciclopédia Larousse” “que foi do vovô Leal e diz, num verbete, que o avião é uma invenção de futuro improvável”. Tudo serve como fonte para a pesquisa, que escava os primórdios da TV no Brasil, os anos dourados no Rio, o mundo do teatro e o da música.
Poliglota, “exibido” (por autodefinição), afiado, o escritor, dramaturgo, ator, diretor, músico, enfim, homem renascentista, ele imprimiu todas essas marcas nessas 445 páginas iniciais. A autobiografia é “desautorizada” porque “nela, não há censura. É diferente de uma biografia não autorizada, que alguém escreve à revelia da pessoa retratada”, diz.
A censura, aliás, é um tema recorrente na conversa. Jô conta que uma das grandes alegrias que teve foi ler a Constituição de 1988, ainda em copião. Ele recebeu o texto das mãos de Ulysses Guimarães, então presidente da Assembleia Nacional Constituinte.
— A censura não volta graças a uma cláusula pétrea e a Dr. Ulysses. Mas essas patrulhas que existem hoje no Brasil são a coisa que mais me choca.
CONTRA QUALQUER ATAQUE À ARTE
Jô fala das críticas sofridas por Daniela Thomas pelo seu mais recente longa, “Vazante” (filme, que foi apontado por alguns como uma “obra racista”).
— É uma sacanagem o que disseram de “Vazante”, tive nojo. O filme é lindo. Condeno veementemente esses ataques. Eles não refletem um zelo com a nossa cultura, ao contrário, espelham um recalque, uma tristeza de quem não tem sucesso. Nada disso aniquila o talento da Daniela.
Em suas memórias, Jô relembra a peça “Timbira”, encenada em 1958, em que Jardel Filho, louro de olhos azuis, interpretava um índio. Antes de entrar em cena, o ator tinha seu corpo inteiramente pintado, trabalho que demorava horas. Depois, colocava uma peruca para completar a caracterização do índio que dava título ao espetáculo. Como isso seria recebido hoje?
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— Algumas pessoas de algum movimento diriam que o ator escalado teria de ser um índio. Mas qualquer um pode fazer qualquer papel, é teatro!
Da mesma forma, Jô acredita que o humor não deve nunca ter barreiras ideológicas.
— Há uma vigilância equivocada, que faz com que muita gente esqueça que o principal é a irreverência. O limite do humor é só o que não é engraçado, o resto é livre. Um exemplo é o Fábio Porchat, que tem um talento natural. Ele pode falar sobre o que quiser! Fez um esquete sensacional sobre uma empresa de telecomunicações que é a patrocinadora do seu espetáculo.
Outra armadilha perigosa, lembra, é a da autocensura prévia. Foi o que quase aconteceu com o Capitão Gay. O personagem foi uma das estrelas de “Viva o Gordo”, nos anos 1980, e um de seus prediletos entre inúmeros que marcaram a carreira. Mas quase não foi ao ar.
— Um belo dia, levantei da cama com uma ideia: criei um personagem gay, uma bicha colorida, alegre — conta. — Quando contei minha intenção, o Borjalo (Mauro Borjalo, que cuidava de controle de qualidade na Globo) resistiu. Disse que havia um militar de alta patente em Brasília cujo sobrenome era Gay e que pareceria uma provocação. Eu reagi, dizendo que não poderíamos censurar o que ainda estava dentro da gaveta. Boni me apoiou, e o personagem foi ao ar, tornando-se um sucesso instantâneo. Anos mais tarde, eu estava num aeroporto e fui interpelado por um desconhecido que se apresentou: “Sabe quem eu sou? O coronel Gay! Quero dizer que adoro o Capitão Gay”. Ou seja, a gente ia censurar uma coisa e o cara ali, adorando.
Na véspera dessa entrevista, Jô tinha gravado o “Conversa com Bial”, no mesmo estúdio que ocupou por tantos anos na Globo (o programa está no Globoplay). Foi comovente para ambos (“chorei, o Bial chorou”):
— Fiquei emocionado por estar ali na posição do entrevistado. Só no dia seguinte, me dei conta de que ele inverteu a ordem da mesa, e eu estava sentado à direita, onde sempre fiquei posicionado no meu programa a vida inteira. Por isso fiquei tão à vontade!
Ao ouvir que essa parece uma observação de um psicanalista, diz que nunca fez análise, embora tenha lido Freud e, mais ainda, Jung.
— Eu quero conviver com meus mistérios. Não sou contra. Acho que todo mundo deve fazer, menos eu. Minha análise é minha profissão.
Perguntado se tem planos na televisão, faz uma negativa com a cabeça:
— Viu a força com que mexi a cabeça? Quase destronquei o pescoço! Depois de 58 anos sem parar, quero parar de fazer TV pelo menos pelos próximos 20.
Em contrapartida, tem muitos projetos no teatro. O primeiro deles é a direção de “A noite de 16 de janeiro”, da russa Ayn Rand (“não resisto a uma peça que tem o nome do dia em que nasci”). Também quer voltar a atuar em “A lição”, de Ionesco. Finalmente, a atriz Bete Coelho, sua amiga, convidou-o a fazer uma adaptação de “The wisdom of Eve” (de Mary Orr). Além da TV, ele só abriu mão do trompete (“não tenho mais saco, exige muita dedicação. Você fica uma semana sem ensaiar e perde o biquinho”).
Instado a escolher, entre tantas áreas de atuação — humorista, escritor, diretor, ator — uma que o defina, sintetiza:
— Sou um artista. Tudo o que faço são dedos da mesma mão.
Sucesso no Facebook, página ‘Cansei de ser gato’ vai virar livro
0Tassia Moretz, no Tech Tudo
Sucesso no Facebook, a página “Cansei de ser gato” já conta com mais de 80 mil seguidores e vai virar livro, que será publicado no final de 2013 pela editora Novo Mundo. A página, idealizada pela analista de marketing Amanda Nori de Gouveia, de 25 anos, retrata a vida do gato tigrado Chico, em fotos de celular. O livro terá fotografias já publicadas e outras inéditas.

Chico é uma estrela felina, idealizada por Amanda Nori, que tem o papel de um gato cansado e que se transforma em estação do ano, médico, pai de santo, personagem de filme, astro de novela, jogador de basquete e até em sushi. O apresentador Jô Soares já ganhou sua versão.
“Eu fazia fotos do Chico desde quando o adotei e publicava no meu perfil pessoal – tanto no Facebook como no Instagram@canseidesergato. Um dia sugeriram que eu fizesse uma página só para ele. Na hora não levei muito a sério, mas passou algum tempo e resolvi criar a página, quando já existiam umas cinco fotos”, diz Amanda, dona do famoso gato do Facebook.
Somando pouco menos de dois meses no ar, a popularidade do gato Chico é crescente. Aproximadamente 1,5 mil seguidores curtem a página por dia.
Logo na primeira semana que foi criada, a página ganhou oito mil seguidoresnovos fãs. Amanda explica que o público da página não é composto apenas por quem gosta de gatos. “Ali tem de tudo: gente que gosta de gato, gente que gosta de fotografia, gente que acha engraçado. Isso é o mais legal”, diz.
Chico, o unicórnio
“Uma vez ganhei um chifre de unicórnio de presente de uma amiga que veio dos Estados Unidos. Coloquei esse chifre no Chico e ele ficou um pouco esquisito. Tirei uma foto dele com o chifre e comecei a comentar com amigos que ele tinha mudado de personalidade.
Publiquei a foto e escrevi: “cansei de ser gato, virei um unicórnio”. Foi assim que comecei a fazer os posts”, explica Amanda. Depois das primeiras fotos, criar virou uma necessidade porque Amanda precisava alimentar a página. A jovem conta com a amiga Té Marães para fazer a produção das imagens, que inclui encontrar itens de cenografia.
Planejando os dias do gato
A periodicidade da página é: uma foto publicada por dia, de segunda a sexta-feira. “Não fazemos no final de semana porque (o público) é mais fraco”, explica Amanda.

Segunda-feira é dia de organizar a agenda do Chico com tudo o que ele vai virar ao longo da semana. Amanda explica que assim é possível correr atrás dos itens de cenografia com mais segurança. “As fotos são feitas todos os dias de manhã. Se a ideia não dá, posso substituir”.
30 livros de autores brasileiros para morrer antes de ler
7Carlos Willian Leite, na Revista Bula
Dando sequência a série de listas polêmicas, pedi aos leitores, amigos do Facebook e seguidores do Twitter — escritores, jornalistas, professores —, que apontassem, entre livros conhecidos de autores brasileiros, quais eram os piores que haviam lido. Cada participante poderia indicar até cinco livros, sem repetir autores, tendo como critério principal o gosto pessoal. 312 pessoas responderam a enquete. Como nas listas anteriores, o objetivo não é zombar ou ofender o gosto alheio, é, sobretudo, uma diversão e reflete apenas a opinião dos participantes consultados. Se podemos ter a lista de nossas preferências, por que não podemos ter a lista daquilo que não gostamos? Na lista, aparecem livros de escritores consagrados como José de Alencar, Ruy Castro, Clarice Lispector e Jorge Amado. O resultado, embora subjetivo, pois se baseia meramente no gosto pessoal e não avaliação crítica dos livros citados, não deixa de ressaltar a validade da célebre frase de Mark Twain: “Aquele que lê maus livros não leva vantagem sobre aquele que não lê livro nenhum”. Eis o resultado baseado na quantidade de citações.
Iracema
José de Alencar
O Guarani
José de Alencar
Marimbondos de Fogo
José Sarney
Saraminda
José Sarney
Animais em Extinção
Marcelo Mirisola
Como Desaparecer Completamente
André de Leones
O Diário de um Mago
Paulo Coelho
Brida
Paulo Coelho
O Alquimista
Paulo Coelho
No Buraco
Tony Bellotto
Mentes Perigosas
Ana Beatriz Barbosa Silva
O Tigre Na Sombra
Lya Luft
O Lado Fatal
Lya Luft
O Crepúsculo do Macho
Fernando Gabeira
O Xangô de Baker Street
Jô Soares
As Esganadas
Jô Soares
Mar Morto
Jorge Amado
Memórias de um Sargento de Milícias
Manuel Antônio de Almeida
Estorvo
Chico Buarque
O Mundo Não é Chato
Caetano Veloso
Triângulo no Ponto
Eros Grau
A Paixão Segundo G.H.
Clarice Lispector
O Inverno das Fadas
Carolina Munhóz
O Dia Mastroianni
João Paulo Cuenca
A Vida Sabe o Que Faz
Zibia Gasparetto
A Escrava Isaura
Bernardo Guimarães
Farewell
Carlos Drummond de Andrade
Rosinha, Minha Canoa
José Mauro de Vasconcelos
Obra Completa
J. G. de Araújo Jorge
Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo
Nélida Piñon
Fã de leitura e multicampeão, zagueiro Wallace vive boa fase no Flamengo
0Publicado por Yahoo
Em entrevista à TV FLA, o novo titular da zaga rubro-negra revelou objetivo a alcançar no Brasileirão e falou sobre seu lado “cult”
Quatro Estaduais, uma Copa do Nordeste, um Brasileirão, uma Libertadores e um Mundial Interclubes. Esses são os títulos conquistados por Wallace em sua breve, porém muito vitoriosa, carreira. Ele tem apenas 25 anos e o Flamengo é o terceiro clube que defende em sua vida. Antes, passou por Vitória e Corinthians. Jogou as últimas três partidas como titular do time de Dorival Junior e foi fundamental para que Felipe não sofresse gol em nenhuma delas. A cabeça do zagueiro está voltada para o Olaria, adversário do próximo sábado, mas ele não esconde que já pensa em desafios maiores vestindo a camisa rubro-negra.
“Minha pretensão é levar o Flamengo ‘pras cabeças’. Temos que entrar para ser campeões. Acho que o time está em uma crescente, mas temos muito o que melhorar porque a equipe ainda está em construção. Não tenho dúvidas que no Brasileirão vamos brigar para estar entre os quatro ou cinco primeiros”, disse o zagueirão do time da Gávea.
Quando o assunto da entrevista passou a ser o lado de fora do campo, Wallace revelou um hobby pouco comum entre jogadores de futebol: a leitura. Ele passou a ter o hábito de ler quando ainda jogava nas categorias de base do Vitória por influência de um psicólogo do time baiano. O primeiro livro que leu é inesquecível para o zagueiro.
“Foi O Homem que Matou Getúlio Vargas, do Jô Soares. Eu me apaixonei pela história. Acabei indo atrás de outro livro do Jô. Chamava-se O Xangô de Baker Street. Li e gostei. Assim foi crescendo o hábito. Já li muita biografia e houve um período em que lia muito livro de auto-ajuda, mas hoje acho isso uma ‘balela’. De filosofia, já li Schopenhauer e algumas coisas sobre Nietzsche. Mas, meu escritor preferido é George Orwell. Busco todos os livros dele”, revelou Wallace.
dica do Chicco Sal
30 livros de autores brasileiros para morrer antes de ler
2Carlos Willian Leite, no Jornal Opção
Dando sequência a série de listas polêmicas, pedi aos leitores, amigos do Facebook e seguidores do Twitter — escritores, jornalistas, professores —, que apontassem, entre livros conhecidos de autores brasileiros, quais eram os piores que haviam lido. Cada participante poderia indicar até cinco livros, sem repetir autores, tendo como critério principal o gosto pessoal.
Como nas listas anteriores, o objetivo não é zombar ou ofender o gosto alheio, é, sobretudo, uma diversão e reflete apenas a opinião dos participantes consultados. Se podemos ter a lista de nossas preferências, por que não podemos ter a lista daquilo que não gostamos?
Na lista, aparecem livros de escritores consagrados como José de Alencar, Ruy Castro, Clarice Lispector e Jorge Amado. O resultado, embora subjetivo, pois se baseia meramente no gosto pessoal e não avaliação crítica dos livros citados, não deixa de ressaltar a validade da célebre frase de Mark Twain: “Aquele que lê maus livros não leva vantagem sobre aquele que não lê livro nenhum”. Eis o resultado baseado na quantidade de citações.
Iracema
José de Alencar
O Guarani
José de Alencar
Marimbondos de Fogo
José Sarney
Saraminda
José Sarney
Animais em Extinção
Marcelo Mirisola
Como Desaparecer Completamente
André de Leones
O Diário de um Mago
Paulo Coelho
Brida
Paulo Coelho
O Alquimista
Paulo Coelho
No Buraco
Tony Bellotto
Mentes Perigosas
Ana Beatriz Barbosa Silva
O Tigre Na Sombra
Lya Luft
O Lado Fatal
Lya Luft
O Crepúsculo do Macho
Fernando Gabeira
O Xangô de Baker Street
Jô Soares
As Esganadas
Jô Soares
Mar Morto
Jorge Amado
Memórias de um Sargento de Milícias
Manuel Antônio de Almeida
Estorvo
Chico Buarque
O Mundo Não é Chato
Caetano Veloso
Triângulo no Ponto
Eros Grau
A Paixão Segundo G.H.
Clarice Lispector
O Inverno das Fadas
Carolina Munhóz
O Dia Mastroianni
João Paulo Cuenca
A Vida Sabe o Que Faz
Zibia Gasparetto
A Escrava Isaura
Bernardo Guimarães
Farewell
Carlos Drummond de Andrade
Rosinha, Minha Canoa
José Mauro de Vasconcelos
Obra Completa
J. G. de Araújo Jorge
Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo
Nélida Piñon