Posts tagged Johannes Gutenberg
O primeiro livro impresso da história: a Bíblia de Gutenberg
0
O livro foi impresso em dois volumes distribuídos em 1.282 páginas com 42 linhas cada (Foto: Wikipedia)
Em 30 de setembro de 1452 começa a produção do primeiro livro impresso do mundo: a Bíblia de Gutenberg
Publicado no Opinião e Notícia
Em 30 de setembro de 1452 começa a produção do primeiro livro impresso do mundo: a Bíblia de Gutenberg. Johannes Gutenberg trabalhou na cidade de Mainz, na Alemanha, ao lado de 20 colaboradores durante três anos para imprimir sua obra.
Gutenberg imprimiu a sua transcrição da Bíblia em latim em dois volumes distribuídos em 1.282 páginas com 42 linhas cada, resultando em aproximadamente três milhões de caracteres. Foram impressas 180 unidades até o ano de 1455, mas apenas 48 exemplares estão conservados até hoje.
Filho de uma família aristocrata ligada à indústria metalúrgica alemã, Gutenberg realizou experimentos com tipos metálicos móveis, fabricados através de um molde. Ele aperfeiçoou o sistema de impressão de livros, que na época era um processo de transcrição manual longo e que ocupava o trabalho de muitas pessoas.
O texto original do livro é a tradução em latim conhecida como Vulgata, feita por São Jerônimo no século IV. A Bíblia foi toda impressa em colunas duplas e utiliza uma tipografia gótica. Letras maiúsculas nos títulos foram ornamentadas à mão e são coloridas. A Bíblia de Gutemberg é considerada uma obra-prima da impressão e do artesanato refinado.
O livro é considerado uma grande evolução no processo de impressão, e rapidamente sua invenção se espalhou por toda Europa e mais tarde pelo mundo.
A revolução de Gutenberg e as reformas brasileiras
0Roberto Luis Troster no Observatório da Imprenssa
Amanhã [terça-feira, 23/4] é comemorada uma das criações mais importantes da humanidade: o livro. A festa foi oficializada em 1930, em homenagem a Miguel de Cervantes e a William Shakespeare, que coincidentemente passaram para a imortalidade em abril de 1616. Entretanto, o maior mérito por sua popularização foi de um não escritor: Johannes Gutenberg.
Até o século 15, os livros eram caros, copiados a mão, feitos por encomenda e com muitos erros e diferenças de transcrição – alguns textos de Aristóteles chegam a ter oito versões diferentes. Havia uma seleção conveniente do que deveria ser produzido e muitas das reproduções eram alteradas. Serviam para preservar sistemas de poder e evitar mudanças nas relações sociais.
A inovação do uso de tipos móveis de impressão por Gutenberg objetivava apenas baratear os livros: estima-se que conseguiu um preço final 30 vezes menor que o do exemplar copiado a mão, além de oferecer um produto de melhor qualidade. Mas a inovação fez muito mais do que isso.
O uso da imprensa pode ser considerado como o marco de início do mundo moderno. O acesso a mais informação com livros mais baratos aumentou exponencialmente a alfabetização da classe média europeia e fez com que novas ideias se propagassem pelo mundo. Uma análise estritamente quantitativa mostra uma elevação considerável e sustentada das taxas de crescimento econômico mundial a partir de então.
Capital humano
Os livros impressos quebraram o monopólio da aristocracia e da igreja na difusão do conhecimento. Dessa forma, detonaram uma série de revoluções no mundo: econômicas, políticas, religiosas e científicas. Decretaram o fim do geocentrismo e do absolutismo e o início da rotação de culturas na agricultura e das grandes navegações. Foram fundamentais para a transição entre a Idade Média e o mundo moderno.
Outra mudança radical provocada pela inovação de Gutenberg foi a Reforma Protestante. Ao conseguir imprimir milhares de cópias de suas 95 teses e distribuí-las por toda a Europa, Lutero difundiu sua mensagem e granjeou seguidores.
As revoluções políticas na Europa e na América e a industrial na Inglaterra ilustram a força transformadora das ideias. Coincidentemente, os países que se ajustaram mais rapidamente foram os que mais cresceram. Há muitos paralelos entre a revolução de Gutenberg e o momento atual.
A transformação radical em razão da tecnologia e da globalização antecipa uma economia baseada no conhecimento e em cadeias produtivas globais. A questão central é a adequação das pessoas, empresas e países. Alguns, como a China, estão levando vantagem.
No Brasil, observa-se um crescimento menor do PIB e um encolhimento maior do setor industrial em relação ao resto da América Latina e do mundo. As explicações incluem a política educacional capenga, o protecionismo, reservas de mercado e o foco nos lucros de curto prazo. Vive-se uma realidade que exige um novo paradigma, com outras noções de tecnologia, tributação, logística, políticas macroeconômicas, velocidade de adaptação e de acesso ao conhecimento.
Livros eletrônicos exigem menos esforço mental que livro de papel
1Publicado por Diário da Saúde
![Apesar de a leitura ser uma atividade tipicamente mental, a maioria das pessoas dá razões "sensuais" para preferir o livro de papel, sobretudo a textura e o cheiro do livro.[Imagem: Wikimedia]](https://www.livrosepessoas.com/wp-content/uploads/2013/02/140.jpg)
Apesar de a leitura ser uma atividade tipicamente mental, a maioria das pessoas dá razões “sensuais” para preferir o livro de papel, sobretudo a textura e o cheiro do livro.[Imagem: Wikimedia]
O que você prefere: ler um livro de papel, ou o mesmo livro em formato digital, usando um leitor eletrônico (e-reader)?
A larga maioria de um grande grupo – reunindo jovens e idosos – respondeu prontamente que preferia o tradicional livro de papel.
Mas, quando foram divididos em grupos, aqueles que leram o livro no leitor eletrônico despenderam menos esforço mental para a leitura no aparelho eletrônico do que no livro em papel.
Foi o que descobriram Matthias Schlesewsky e seus colegas da Universidade Johannes Gutenberg, na Alemanha.
Esforço mental na leitura
Quase todas as pesquisas de opinião mostram que as pessoas em geral afirmam preferir ler um livro de papel do que lê-lo em um leitor específico (e-reader) ou em um tablet.
Por isso, os pesquisadores queriam avaliar as origens dessa preferência em termos de esforço neural exigido para processar a informação lida nos três meios – papel, leitor eletrônico ou tablet.
Apesar da entrevista inicial concordar com os resultados das outras pesquisas – a maioria diz preferir o livro de papel – os resultados neurais não deram suporte a essa preferência.
Os pesquisadores avaliaram os movimentos dos olhos e a atividade cerebral, e documentaram um esforço significativamente menor para a leitura do livro eletrônico, sobretudo entre os leitores mais idosos.
Os participantes mais jovens, entre 21 e 34 anos de idade, mostraram esforços similares para a leitura em todas as três mídias.
Prazer dos sentidos
Nenhum dos participantes no estudo teve dificuldade para compreender o que tinha lido em qualquer um dos dispositivos.
Mas, com base nos exames fisiológicos avaliados, os pesquisadores sugerem que os leitores mais idosos podem se beneficiar do maior contraste apresentado pelos aparelhos de leitura eletrônica, em comparação com os livros de papel.
O estudo não avaliou os esforços físicos envolvidos, como o maior peso do livro de papel ou o eventual incômodo da constante mudança de posição para leitura do anverso e do verso das folhas.
Apesar de a leitura ser uma atividade tipicamente mental, a maioria das pessoas dá razões “sensuais” para preferir o livro de papel, sobretudo a textura e o cheiro do livro.
dica do Chicco Sal