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Volta da música às escolas afina catálogo de editoras
0Raissa Pascoal, na Veja
Mortos há mais de um século, os compositores Tchaikovsky, Bach, Mozart e Chopin acabam de ganhar nova vida com a coleção Os Compositores, recém-lançada pela editora Panda Books. A ideia da publicação, longe de ser a comemoração de alguma data importante da música clássica, romântica ou barroca, é pegar carona em uma iniciativa aprovada ainda na gestão Lula. Em 2008, a lei nº 11.769 voltou a colocar as aulas de música como obrigatórias nas séries do ensino básico, mudando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996. Como o programa das escolas é um dos motores mais fortes do mercado de livros, diversas casas editoriais aproveitaram a deixa para apostar em títulos musicais.
Além da Panda, Companhia das Letras e Melhoramentos preparam lançamentos de olho na nova lei, que começou a valer neste semestre. Os Compositores, a coleção da Panda pensada para crianças de 5 a 7 anos, conta momentos da vida dos músicos com textos curtos e de fácil compreensão, acompanhados de CDs com trechos de peças de cada compositor. “Os livros propõem opções de trabalho aos professores. Temos uma equipe de divulgação nas escolas e estamos vendendo bastante para colégios particulares e planos de governo, em nível estadual e municipal”, diz Tatiana Fulas, coordenadora do projeto no Brasil. A coleção, trazida de Barcelona, foi criada pela escritora catalã Anna Obiols e ilustrada por seu parceiro profissional, Subi, que já preparam novos capítulos, como os do alemão Beethoven e do russo Stravinsky.
A editora paulista também prepara dois livros ligados à música em estilo almanaque, como parte da coleção Uma Introd
Ritmos brasileiros – Apesar de a lei não determinar o modo como a música deve ser ensinada, o Ministério da Educação (MEC) recomenda que as escolas transmitam noções básicas de música, de instrumentos de orquestras e regionais, de cantos, ritmos e danças, principalmente brasileiros. Seguindo essa linha, a dupla Palavra Cantada, formada pelos músicos Paulo Tatit e Sandra Peres, teve a ideia de criar as coleções Brincadeiras Musicais e Brincadeirinhas Musicais, baseadas em seus anos de experiência em uma banda infantil.ução para Crianças, que já conta com volumes sobre o universo e o meio ambiente. Também importadas, as obras falam de balé e orquestra e trazem indicações para que a criança escute as faixas relacionadas no CD que vem junto com o livro.
“Em Orquestra, o autor fala sobre os grandes compositores, os instrumentos musicais e o maestro. Balé relembra as grandes montagens e de como funciona a dança”, diz Tatiana. Ao contrário de Os Compositores, esses dois livros são indicados para servir de consulta em bibliotecas e não vêm com indicação de atividades para o professor.
Os livros, lançados pela editora Melhoramentos, tratam apenas de ritmos brasileiros, como o maracatu e a congada. Os volumes das duas coleções são compostos de livro, CD e DVD pensados para cada série do ensino fundamental I, que abarca crianças entre 2 e 10 anos. Os DVDs trazem demonstrações de brincadeiras feitas a partir das músicas do Palavra Cantada, que podem ser acompanhadas pelas letras e cifras impressos nos livros. Um dos protagonistas das coleções, o personagem fictício Bebeléu, cuida de apresentar à criançada vocabulário técnico e comentários sobre timbre, harmonia, pulso, ritmo e melodia. “Queríamos uma coisa simples e imediata, para ter empatia direta e comunicação fácil, sempre na base de curtir a música, sem ficar preso à linha racional.
A música é uma manifestação espiritual e subjetiva”, diz Tatit.
“Vários municípios estão adotando a coleção, como Niterói, São Gonçalo e Goiânia”, diz Tatit. A obra, lançada no final do ano passado, teve divulgação diferenciada para as livrarias e para as escolas. As coleções dos professores vêm acompanhadas com um livro auxiliar com propostas de trabalho, criado pelos educadores Gabriel Levy e Berenice Almeida.
Também motivada pela aprovação da lei, a Companhia das Letras está elaborando uma coleção sobre músicos brasileiros, com biografia e partituras. Segundo Júlia Schwarcz, editora responsável pelos selos Cia das Letras e Cia das Letrinhas, que é voltado aos pequenos leitores, a coleção foi idealizada pela professora de música Maria Clara Barbosa e deve trazer volumes sobre música brasileira, com nomes como Noel Rosa, música regional, com Villa-Lobos (classificado dessa forma depois de estudos de Maria Clara sobre sua obra, que trata de temas regionais), e música clássica, ainda sem um personagem. “O primeiro livro será uma biografia de Noel Rosa, narrada em primeira pessoa. É uma conversa do sambista com São Pedro sobre a ideia de escrever um livro contando sua vida. O santo trabalha como um editor, que fala de toda a época de Rosa, do samba e da música brasileira”, diz Júlia.
Os livros, ainda sem data de lançamento, serão divididos em duas partes. A primeira, da biografia, será escrita por Luciana Sandroni, ganhadora do prêmio Jabuti de 1998, com Minhas Memórias de Lobato, e a segunda, com as partituras dos arranjos de músicas dos compositores, será assinada por Maria Clara.
Ainda que não tenham sido motivados pela lei, outros livros poderão pegar carona nela. É o caso de Som, de Emmanuel Bernhard, e Viva o Ritmo, de Edgard Poças, compositor da Turma do Balão Mágico, ambos da Companhia Editora Nacional. No primeiro, o autor propõe experiências para explicar aspectos do som, como condução, altura e eco. No segundo, Poças utiliza suas letras para criar brincadeiras com o ritmo das canções. “Não tinha a pretensão de ser didático. O livro fala da música atuando, com brincadeiras relacionadas às letras. Em alguns momentos também fala de ritmo, com o personagem do maestro Vira-Bolos. Só esse pedaço já vale como um livro de música”, diz Poças.
Música nas escolas
A lei nº 11.769, aprovada pelo ex-presidente Lula em 18 de agosto de 2008, alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 20 de dezembro de 1996, tornando novamente obrigatórias as aulas de música nos ensinos fundamental e médio. A primeira vez que a obrigatoriedade da disciplina foi lei aconteceu em 1932, quando Getúlio Vargas aprovou o projeto do compositor Heitor Villa-Lobos, então Superintendente de Educação Musical e Artística do governo federal.
Eletro Livros
0Por Guto Lacaz, no Cronópios
Eletro Livros é um conjunto de 16 livros de artistas plásticos tais como: Sacilotto, Piet Mondrian, René Magritte, Waldemar Cordeiro, Ives Klein, Sérvulo Esmeraldo, etc abertos em uma página onde o artista aparece realizando uma ação.
Através do uso de motores elétricos estas ações são `tridimensionalizadas` e ganham movimento real.
Assim, ao olhar o livro aberto, o visitante verá também a base de madeira, a mecânica exposta, o motor, o eixo e os excêntricos que criam esta realidade paralela que gera a ilusão de que a fotografia impressa nas páginas abaixo se movimenta.
Os 16 livros usados na montagem desse trabalho são da minha biblioteca particular. São os meus livros de referência; livros sobre os meus Mestres.
Os objetos, em funcionamento, geram pequenos ruídos na sala produzidos pela vibração de motores montados sobre bases de madeira. O conjunto funciona como caixa de ressonância, completando a experiência sensorial do observador.
Ilustrações: a arte em livros (1)
0Publicado na Buenozine
Ilustrações de Daniel Bueno para o livro O grande circo do mundo (Companhia das Letrinhas), escrito por Marta de Senna, 2010.
Daniel Bueno Nasceu em 1974 e formou-se em arquitetura e urbanismo na Universidade de São Paulo. É designer gráfico e ilustrador e já participou de diversos festivais no Brasil e no exterior. Venceu o Salão Nacional de Humor e Quadrinhos de Ribeirão Preto de 1996 (categoria história em quadrinhos), o Salão Internacional de Desenho para a Imprensa de Porto Alegre de 2003 (ilustração editorial), e recebeu o prêmio revelação do HQ Mix de 2004, entre outros.
Mulher lê mais que homem, aponta pesquisa nacional
1Publicado originalmente na Folha de S.Paulo
As mulheres lêem mais que os homens, diz a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, que será divulgada hoje, em Brasília.
O estudo, elaborado pelo Instituto Pró-Livro, mostra que população está acostumada a dedicar muito pouco –ou quase nenhum– tempo aos livros. Do total dos leitores, 55% são do sexo feminino, público maior em quase todos os gêneros da literatura -os homens lêem mais apenas sobre história, política e ciências sociais.
Segundo a pesquisa, a Bíblia é o livro mais lido pela população brasileira –43 milhões de pessoas já a leram, dos quais 45% afirmaram fazê-lo com freqüência.
O segundo colocado é o livro “O Sítio do Picapau Amarelo”, de Monteiro Lobato, apontado como o escritor mais lido no Brasil. A lista dos escritores brasileiros mais lidos inclui ainda, pela ordem, além de Lobato, Paulo Coelho, Jorge Amado e Machado de Assis.
Lista de livros mais vendidos da semana
0Os livros mais vendidos da semana segundo a Publishnews.
1 Steve Jobs
Walter Isaacson / Companhia das Letras
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2 As Enganadas
Jô Soares / Companhia das Letras
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3 O Cemitério de Praga
Umberto Eco / Record
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4 Ágape
Padre Marcelo / Globo Livros
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5 Marina
Carlos Ruiz Zafon / Suma de Letras
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6 Um dia
David Nicholls / Intrínseca
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7 A vida sabe o que faz
Zibia Gasparetto / Vida e Consciência
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8 Feliz por nada
Martha Medeiro / L&PM
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9 Um Homem de Sorte
Nicholas Sparks / Novo Conceito
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10 Tempos de Espera
Fábio de Melo / Planeta do Brasil