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Biblioteca São Paulo é finalista de prêmio internacional na Feira do Livro de Londres
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Biblioteca São Paulo, na zona norte da cidade. Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
Instituição na Zona Norte da cidade concorre com bibliotecas europeias; Brasil lidera número de indicações
Guilherme Sobota. no Estadão
Cinco iniciativas e projetos brasileiros relacionados à literatura e ao mercado editorial são finalistas do prêmio The London Book Fair International Excellence Awards 2018. Entre elas, a Biblioteca São Paulo (cuja sede está no mesmo local onde era o presídio do Carandiru), que concorre na categoria Biblioteca do Ano.
Os outros indicados brasileiros são: a Editora Atheneu (Prêmio de Editores Acadêmicos e Profissionais), a Ubook.com (Editora de Audiobooks do Ano), a Fundação Dorina Nowill para Cegos (Prêmio de Excelência Internacional para Livros Acessíveis) e a TAG (Prêmio Quantum de Inovação Editorial).
Na categoria Biblioteca do Ano, as outras indicadas são todas de países europeus (Noruega, Dinamarca e Letônia).
Os prêmios, que são resultado de uma parceria da UK Publishers Association (PA) com a Hytex, celebram a excelência em dezessete categorias relacionadas ao setor.
O Brasil é o país que tem o maior número de indicações este ano. Projetos de 27 países concorrem ao prêmio, que será entregue durante a Feira do Livro de Londres, no dia 10 de abril de 2018, no The Conference Centre, Olympia, Londres.
Em 2017, o editor brasileiro Luiz Schwarcz venceu o The Lifetime Achievement no mesmo evento. A premiação já concedeu o tributo a influentes personalidades do mercado editorial internacional, como Sonny Mehta, Deborah Rogers, Antoine Gallimard, Jorge Herralde e Christopher MacLehose. Luiz Schwarcz foi o primeiro latino-americano e o quarto profissional do mercado de livros de língua não inglesa a ser homenageado.
Em 2018, a premiada será Sara Miller McCune, fundadora e presidente da SAGE Publishing, uma das maiores editoras independentes do mundo, sediada em Londres e com escritórios na Índia e em Singapura. A editora é voltada para publicações sociais, como de estudos urbanos, da mídia, de relações étnicas e violência.
Emma Watson dá dicas de leituras feministas e distribui livros no metrô de Londres
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Emma Watson distribui livros no metrô de Londres – Reprodução/Instagram/emmawatson
Vivian Masutti, na Folha de S.Paulo
Embaixadora da boa vontade da Organização das Nações Unidas, a atriz britânica Emma Watson deixou há um tempo de ser conhecida apenas como a bruxinha Hermione, dos filmes “Harry Potter”, para mostrar sua magia como defensora dos direitos das mulheres.
Formada em letras pela Universidade Brown, nos EUA, ela agora lidera um clube da leitura com dicas de livros feministas. Há clássicos e lançamentos, e alguns deles são publicados por editoras brasileiras, como o lendário “A Cor Púrpura” (R$ 54,90, 336 págs., José Olympio), obra-prima de 1982 que rendeu à escritora Alice Walker, ativista das causas negra e feminina, o Prêmio Pulitzer.
Também figura na lista o recém-lançado “Mulheres que Correm com os Lobos” (R$ 65, 576 págs., Rocco), conjunto de artigos e temas a partir dos quais a autora Clarissa Pinkola Estés investiga o esmagamento da natureza instintiva feminina. A obra ficou durante um ano na lista de mais vendidos nos Estados Unidos.
Já “Minha Vida na Estrada” (R$ 49,90, 392 págs., Bertrand Brasil) é o livro de memórias da ativista Gloria Steinem, que, aos 81 anos, narra o nascimento de um movimento revolucionário em busca da igualdade de gêneros.
Outros livros publicados no Brasil que já foram recomendados pela atriz são “O Conto da Aia”, de Margaret Atwood; “Persépolis”, de Marjane Satrapi, e “Como Ser Mulher”, de Caitlin Moran.
O clube do livro de Emma pode ser acessado no site “Good Reads”, em inglês, mas pode ser acompanhado com a ajuda do Google Tradutor.
A reportagem foi publicada na Revista da Hora, do jornal “Agora”.
Consegue descrever a que cheira um livro antigo? Ferramenta inédita ajuda a traduzir o cheiro em palavras
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CHRISTOPHE SIMON/ Getty Images
Um grupo de investigadores criou uma “roda dos aromas” para livros antigos, semelhante à que existe para o vinho, que ajuda a relacionar as subjetivas percepções olfativas com os químicos identificáveis
Publicado no Visão
Não se avalia um livro pela capa, mas… e pelo cheiro? Apesar de ser um dos primeiros aspectos que salta “à vista” num livro antigo, descrever a que cheira não é fácil. Num novo estudo, publicado no Heritage Science, um grupo de investigadores britânicos, da Universidade de Londres, tentou criar uma série de diretrizes para caracterizar, e até, possivelmente, recriar, cheiros antigos, recorrendo a um dos mais inequívocos: o dos livros.
Para isso, criaram uma ferramenta semelhante à que existe para classificar os vinhos, a que chamaram “Roda dos Aromas dos Livros Históricos”.
Em laboratório, a equipa fez uma análise química dos compostos orgânicos voláteis emitidos pelos livros, uma vez que o papel é conseguido atrás da madeira e se encontra em constante decomposição, libertando compostos químicos que se misturam, formando um aroma único. Através desta análise, os investigadores conseguiram analisar a “assinatura química” dos livros.
Com essa informação, esperam os autores do estudo, liderados por Matija Strlič, poderá ser mais fácil perceber o estado real de um livro e as possíveis ameaças à sua integridade. “Os cheiros têm informação sobre a composição química e a condição de um objeto”, explica Matija Strlič, ao Smithsonian.com.
Com a ajuda de visitantes do Museu e Galeria de Arte de Birmingham e de um painel de pessoas recrutadas para cheirar livros na história biblioteca de Wren, na Catedral de São Paulo, a equipa da Universidade de Londres levou depois a cabo uma análise sensorial. Aos visitantes do museu, foram apresentados oito aromas, que incluíam café, mercado de peixe e um livro antigo. Os participantes tinham de responder a um questionário, que incluía uma descrição dos cheiros.
Ao outro grupo foi pedido que descrevessem o que cheiravam quando entravam numa biblioteca, a partir de 21 aromas possíveis, como “amêndoa” ou “chocolate” mas podendo também usar as suas próprias palavras.
Se as palavras mais usadas pelos visitantes do museu para descrever o cheiro dos livros foram “chocolate”, “café” e “antigo”, os “cheiradores” escolheram descrições como “madeira”, “fumo” e “terra”. Foi a partir desta análise que os investigadores criaram a “Roda dos Aromas”.
Ladrões invadem galpão em Londres e roubam livros raros estimados em R$ 8 milhões
0Gangue evita alarmes de sensores e escapa com obras de Da Vinci, Newton, Copérnico e Dante
Caio Soares, no Omelete
Em uma ação descrita por jornais britânicos como “cinematográfica”, a Scotland Yard confirmou que mais de 160 obras valiosas, entre eles uma edição de A Divina Comédia de Dante Alighieri datada de 1569, foram roubadas de um armazém localizado no Oeste de Londres no fim de janeiro.
De acordo com o Daily Mail, ladrões invadiram o galpão fazendo buracos na fibra de vidro do teto e desceram em equipamentos de rapel de uma altura de 12 metros enquanto desviavam dos alarmes. Estima-se que o valor dos livros cheguem à quantia de £2 milhões (aproximadamente R$ 8 milhões). Entre as obras roubadas, estavam manuscritos raros de Galileu, Isaac Newton e Leonardo da Vinci. Segundo especialistas, o livro mais valioso era uma edição de 1566 de De Revolutionibus Orbium Coelestium, de Nicolau Copérnico, avaliada em £ 215,000.
“Uma situação desta proporção nunca havia atingido o mercado de livros raros”, confessou Brian Lake, da Associação de Livreiros de Antiguidades. “Estes livros não vão ser vendidos em casas de leilões. Não estamos falando de Picassos ou Rembrandts ou até barras de ouro – esses livros seriam impossíveis de se rastrear. Algum especialista ou colecionador deve estar por trás disso”, disse uma fonte próxima à investigação.
A polícia metropolitana de Londres segue investigando e ainda não divulgou novas informações sobre o processo.