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Neuromancer | Diretor de Deadpool fará adaptação de clássico da ficção científica
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Tim Miller no set de Deadpool
Caio Coletti, no Observatório do Cinema
O diretor Tim Miller vai comandar a adaptação de Neuromancer, um clássico da ficção científica cyberpunk. A informação é do Deadline.
Miller conseguiu um grande hit no ano passado ao dirigir Deadpool, mas foi dispensado da sequência em favor de David Leitch (De Volta ao Jogo/John Wick). Ele foi contratado recentemente para dirigir Exterminador do Futuro 6.
O livro de William Gibson acompanha o protagonista Henry Case, um ladrão de dados muto bem-sucedido até o momento em que ex-empregados o atacam e danificam seu sistema nervoso. Ele está na pior quando um misterioso contratante o chama para um último trabalho.
Diretores como Joseph Khan (diretor de clipes para Lady Gaga e Katy Perry) e Vicenzo Natali (Cubo, Hannibal) já tentaram adaptar o livro e falharam.
10 clássicos da ficção científica para ativar sua imaginação
0Publicado no Catraca Livre
Todos sabem que ler é um ótimo hábito e que as leituras são muito mais ricas em detalhes do que os filmes, por exemplo. Além disso, ler exercita sua imaginação e é um ótimo passatempo.
Nos livros de ficção científica, a arte e a ciência se unem e fazem do gênero, um dos mais populares do mundo.
Separamos uma lista com dez clássicos do gênero para mergulhar em novos universos e fazer sua mente trabalhar.
1 – Trilogia “Fundação”, de Isaac Asimov
2 – Coleção “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, de Douglas Adams
3 – “Eu, robô”, de Isaac Asimov
4 – Box “Crônicas de Duna”, de Frank Herbert
5 – “Encontro com Rama”, de Arthur C. Clarke
5 livros de ficção que acertaram em cheio sobre o futuro
0Fábio Jordão, no TecMundo
A realidade tem inúmeras influências na literatura, mas, às vezes, pode acontecer o caminho inverso. Seja de maneira involuntária ou proposital, muitas vezes o mundo real se inspira no fantasioso e acaba criando uma realidade nunca antes imaginada.
Não são raros os escritores que tiveram capacidades inacreditáveis para criar histórias sobre o futuro, com ideias pra lá de malucas na época, mas algumas foram tão certeiras que é assustador olharmos para trás e vermos que a riqueza de detalhes nas descrições é tão similar à nossa realidade.
Pensando nisso, resolvemos separar algumas obras de ficção científica escritas nos últimos dois séculos que têm diversas semelhanças com o nosso cotidiano. É importante ressaltar que há dezenas de livros desse tipo, mas escolhemos alguns mais peculiares e famosos. Evidentemente, você pode dar sua contribuição nos comentários.
Ralph 124C 41+
O ano era 1911, e um gênio chamado Hugo Gernsback publicava a primeira parte da história “Ralph 124C 41+” (que teria doze partes no total). Trata-se de uma obra que, em boa parte, praticamente previa nossa atual realidade. Em 1925, essa história foi reunida em um único livro, o que garantiu que muitas pessoas conhecessem as ideias inusitadas de Gernsback.
O nome por si só já é curioso, visto que não faz muito sentido para quem apenas visualizar um bocado de números. Todavia, esse código tem um significado em inglês: One (1) to (2) foresee (4C) for (4) one (1) another (+), que em português seria algo como “Um para prever para o outro”.
A grande genialidade aqui é que, basicamente, o autor conseguiu ter uma noção de quase toda a nossa tecnologia moderna, incluindo televisões (com canais), controles remotos, telefones com vídeo, aviões capazes de realizar voos transcontinentais, energia solar colocada em prática, filmes com som, comidas sintéticas, roupas artificiais, gravadores de fitas e até mesmo as viagens espaciais.
Falando assim, até parece que o escritor entrou em uma máquina do tempo e esteve no meio de nós para vislumbrar todas essas coisas (e talvez ele realmente tenha feito essa viagem), afinal são muitas ideias que deram certo. Não é de se duvidar que muitos cientistas tenham aproveitado algumas de suas ideias para bolar invenções fantásticas.
2001: Uma Odisseia no Espaço
A obra de Arthur C. Clarke escrita em 1968, que ficou mundialmente conhecida após a adaptação de Stanley Kubrick (filme de mesmo nome que foi lançado em 1969) para os cinemas, previa algumas coisas que realmente existiriam no futuro, ou seja, no nosso presente.
Clarke acertou em algumas ideias, incluindo viagens espaciais (ainda que não possamos viajar da mesma forma como ele descrevia, fazemos passeios até a Lua e bolamos planos de ir até Marte), computadores muito avançados (os nosso estão quase chegando ao mesmo patamar) e iPads.
iPads? Sim! Os personagens da história “2001: Uma Odisseia no Espaço” recebiam notícias e se comunicavam com “papéis eletrônicos”. O iPad não é tão fino quanto um papel, mas ele é bem parecido com o que também vimos no filme de Kubrick. A única coisa errada mesmo foi o ano: uma tecnologia que era prevista para 2001 acabou saindo apenas em 2010.
Neuromancer
William Gibson não teve uma visão de um futuro tão distante, mas é surpreendente perceber que o autor conseguiu descrever tão bem a nossa atual realidade quando a internet ainda estava dando seus primeiros passos. No livro “Neuromancer” , lançado em 1984, o escritor conta a história de um hacker que vive em um futuro totalmente conectado.
Até aí, nada de extraordinário, porém a grande sacada dessa história é que ele dá detalhes sobre uma avançada rede global de computadores chamada “Matrix” (soa familiar?). A internet aqui é diretamente ligada aos usuários, sendo necessária uma conexão com os órgãos da pessoa. O livro trata ainda de coisas mais complexas , como a transferência de consciência dos seres humanos para memórias de computador.
A verdade é que muito do que ele descreve ainda nem existe, mas essa rede mundial repleta de hackers é uma realidade que conhecemos por fazer parte do lado frágil da história (que sofre com as invasões e tem seus dados pessoais reféns dos bandidos digitais).
Da Terra à Lua
Escrito pelo autor francês Jules Verne, que no Brasil é comumente conhecido como Júlio Verne, o livro “De la Terre à la Lune” foi escrito lá em 1865, ou seja, mais de 100 anos antes da primeira viagem à Lua (que aconteceu em 1968). Esta obra é centrada na ideia de que seria possível enviar um objeto para a Lua com o auxílio de um enorme canhão.
O desejo de sair do planeta Terra não foi algo inédito no livro de Verne, mas os detalhes e as situações apresentadas mostram grande semelhança com o que aconteceu posteriormente. Neste livro, é apresentada a ideia de enviar um projétil cilíndrico para a Lua (o que lembra muito os foguetes usados para visitar o satélite natural do nosso planeta).
Quer mais? O escritor ainda teve a brilhante ideia de enviar seres humanos para o espaço. Na história de “Da Terra à Lua”, três astronautas embarcam no projétil, sendo que a viagem começa em Tampa, no estado da Flórida (EUA). Além de pensar que pessoas de fato poderiam ir ao espaço, Verne também acertou no local da partida (mesma região de onde saíram algumas missões Apollo).
Frankenstein
A história do cientista Victor Frankenstein é mundialmente conhecida, sendo que ela já recebeu inúmeras adaptações para a telona, televisão e outros tipos de mídia. A obra da escritora Mary Shelley narra o incrível nascimento de uma criatura (que normalmente é chamada de Frankenstein) que surgiu a partir de tecido morto, uma técnica que o tal doutor teria desenvolvido na faculdade.
Atualmente, não temos nenhum monstro bizarro andando por aí, mas, conforme a autora previu, a ciência de fato evoluiu, principalmente no campo da medicina. Hoje, temos inúmeros casos de cirurgias complexas bem-sucedidas, sendo possível fazer transplante de órgãos, inclusive dos mais vitais, como o coração.
A autora também acertou no fato de que a eletricidade seria de suma importância para que determinados procedimentos fossem tivessem sucesso. Felizmente, ninguém conseguiu montar uma criatura sinistra para aterrorizar as pessoas.
Como será o futuro?
Diante de tantas coincidências, é natural imaginar como será o futuro daqui a 20, 30 ou até 100 anos. Para ter uma boa noção, talvez seja válido começar a ler os livros de ficção científica, que certamente já têm boas pistas sobre as próximas invenções mirabolantes. Será que vamos visitar outras galáxias daqui a algumas décadas? Eu não duvido!
O pai do cyberpunk
0William Gibson, criador do gênero, volta com trilogia
Antônio Gonçalves Filho no Estadão
Há 30 anos o mercado editorial foi abalado pelo lançamento de um livro que inaugurou um gênero literário – e também uma subcultura: o cyberpunk. Seu autor, o norte-americano William Gibson, hoje com 65 anos e preparando uma nova bomba, The Peripheral, concebeu Case, o protagonista de Neuromancer, como um terrorista virtual, capaz de causar prejuízos a grandes corporações com seu conhecimento de informática, mas que acaba como junkie de sarjeta. O slogan da cybercultura – “alta tecnologia, baixo nível de vida” – define a distopia de Gibson, sobre esse ex-hacker desempregado e drogado que vaga sem destino após lesar seus patrões. Animado com o êxito do livro, que vendeu 30 mil exemplares só no Brasil, Gibson escreveu uma trilogia (Sprawl) a partir de Neuromancer, influenciou cineastas (a estética de Matrix, dos irmãos Wachowski, é inspirada em sua criação) e agora volta ao presente para assustar ainda mais seus leitores.
A editora Aleph, que publicou Neuromancer, acaba de lançar Território Fantasma, segundo volume da trilogia Blue Ant, a mais recente do autor norte-americano, que mora há anos no Canadá. A obra chega às livrarias dez anos depois de Reconhecimento de Padrões, primeiro livro da série, que ganha uma nova edição com capa do designer Pedro Inouie. Ainda este ano a trilogia será concluída com o lançamento de História Zero, em julho
Conhecido por ambientar suas histórias num futuro sombrio, algo semelhante ao cenário de Blade Runner, Gibson, em Território Fantasma, situa no presente o drama de Hollis Henry, ex-vocalista de uma banda cult de rock. Qual o sentido, afinal, de imaginar um futuro cibernético assustador se ele já deu mostras suficientes de ter chegado? Se, em Reconhecimento de Padrões, primeiro romance de Gibson a se passar no mundo contemporâneo, o tema era a capacidade humana de reconhecer padrões até mesmo em dados sem o menor sentido, em Território Fantasma a discussão gira em torno dos perigos da alta tecnologia. Hollis deixa a música para virar jornalista de uma obscura revista e pesquisar as relações entre arte e high-tech. Resultado: ela acaba vendo mais do que poderia – e deveria – num mundo em que a realidade já virou ficção vagabunda.