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Excesso de trabalho causa erro na correção do Enem, diz educadora
0Gisele Gama, presidente da Abaquar, falou durante audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados que apura falhas na avaliação de redações do exame

Na Câmara dos Deputados, Gisele Gama disse que excesso de trabalho de corretores ainda causará novos erros no Enem LUCIO BERNARDO JR
Publicado em O Globo
RIO – As novas regras que aumentam o rigor na correção da redação do Enem, anunciadas pelo Ministério da Educação, não resolvem os problemas principais do exame. Essa é a opinião de Gisele Gama, presidente da Abaquar – Consultores e Editores, que já coordenou a equipe de correção da prova.
Gisele, que participou nesta quinta-feira (09) de audiência pública da Comissão de Educação, afirmou que erros humanos na correção vão continuar ocorrendo por causa do excesso de redações para sem corrigidas em pouco tempo: cerca de 10 milhões de textos avaliados em um mês. Segundo ela, os professores que corrigem as redações continuam atuando em sala de aula e fazem as correções no tempo livre.
Os deputados também ouviram o professor da Faculdade de Educação da USP Ocimar Alavarse. Para ele, apesar da amplitude do Enem, o exame não democratiza o acesso ao ensino superior, porque os alunos de escola pública não conseguem desenvolver as competências pedidas pela prova da mesma forma que os alunos de escolas particulares.
Para o deputado Raul Henry (PMDB-PE), houve uma “feliz coincidência” entre o lançamento do edital do Enem 2013 e a audiência. Responsável pela convocação da reunião na Comissão de Educação, o parlamentar disse ter havido uma reviravolta do Inep.
– Com a divulgação do edital e os critérios mais rígidos de correção na prova de redação, o MEC fez uma autocrítica e mudou de postura ao reconhecer o erro e corrigir – avaliou o deputado.
A audiência foi convocada em abril, após O GLOBO revelar que redações com nota máxima no Enem de 2012 continham erros graves de português de concordância e ortografia. Além disso, a série de reportagens do jornal mostrou inserções indevidas como um aluno que descreveu a receita de Miojo e outro estudante que transcreveu o hino do Palmeiras no meio do texto.
Redações nota máxima com erros de Português
Também convidado para o evento, o professor Claudio Cezar Henriques, do Instituto de Letras da Uerj, defendeu a opinião de que não é justo que erros esparsos de português sejam desconsiderados na correção da redação do Enem. Segundo ele, apenas provas sem nenhum erro devem obter nota máxima. Ele recebeu o apoio do especialista em avaliação José Francisco Soares, que também acredita que a cobrança na correção deve ser maior. Segundo ele, ser tolerante aos erros da língua portuguesa numa prova como o Enem “é criar um País mais ou menos”.
Já a professora do departamento de Linguística da UnB Ormezinda Ribeiro, no entanto, discorda. Para ela, “erros são comuns em momentos de pressão e não desqualificam o pensamento do autor”.
“BBB13”: Yuri tenta escrever cóccix, exceção e varíola e assassina o português
0Publicado por F5
Mal entrou no “BBB13”, o veterano Yuri já passou por maus bocados.
A prova de comida deste domingo (13) era soletrar corretamente, de acordo com as novas regras ortográficas, três palavras.
O ex-namorado de Laísa deu azar e tinha que escrever cóccix, exceção e varíola.
Ele escreveu: coquiz, esceção e variula.
A piada que circula no Twitter é que Bambam desistiu do programa porque sabia dessa prova. Na sexta-feira, ele teve dificuldade para ler as instruções de uma prova.
Governo adia novo acordo ortográfico para 2016
0Fernanda Odilla e Flávia Foreque, na Folha de S.Paulo
O governo federal vai adiar para 2016 a obrigatoriedade do uso do novo acordo ortográfico. As novas regras, adotadas pelos setores público e privado desde 2008, deveriam ser implementadas de forma integral a partir de 1º de janeiro de 2013.
A reforma ortográfica altera a grafia de cerca de 0,5% das palavras em português. Com o adiamento, continuará sendo opcional usar, por exemplo, o trema e acentos agudos em ditongos abertos como os das palavras “ideia” e “assembleia”.
Além disso, o adiamento de três anos abre brechas para que novas mudanças sejam propostas. Isso significa que, embora jornais, livros didáticos e documentos oficiais já tenham adotado o novo acordo, novas alterações podem ser implementadas ou até mesmo suspensas.
“Há muita insatisfação. Ganhamos tempo para refletir, discutir e reduzir o número de regras irracionais”, afirma o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), que defendeu o adiamento e quer promover audiências com professores e embaixadores dos países de língua portuguesa na Casa.
A maior pressão é de professores, que reclamam terem sido excluídos das discussões.
diplomacia
A decisão é encarada como um movimento diplomático, uma vez que o governo, diz o Itamaraty, quer sincronizar as mudanças com Portugal.
O país europeu concordou oficialmente com a reforma ortográfica, mas ainda resiste em adotá-la. Assim como o Brasil, Portugal ratificou em 2008 o acordo, mas definiu um período de transição maior.
Não há sanções para quem desrespeitar a regra, que é, na prática, apenas uma tentativa de uniformizar a grafia no Brasil, Portugal, nos países da África e no Timor Leste.
A intenção era facilitar o intercâmbio de obras escritas no idioma entre esses oito países, além de fortalecer o peso do idioma em organismos internacionais.
“É muito difícil querer que o português seja língua oficial nas Nações Unidas se vão perguntar: Qual é o português que vocês querem?”, afirma o embaixador Pedro Motta, representante brasileiro na CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).
A minuta do decreto do adiamento foi feita pelo Itamaraty. O texto precisa passar pela área jurídica da Casa Civil antes da assinatura da presidente Dilma Rousseff.
Editoria de arte/Folhapress | ||
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