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Ferramentas digitais de publicação ajudam novos escritores a realizarem sonhos
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Carina Rissi publicou seu primeiro livro de maneira independente Foto: Divulgação
Ana Clara Veloso, no Extra
Quando Carina Rissi terminou de escrever “Perdida”, em 2011, ela tentou, mas não conseguiu de pronto uma editora interessada em publicá-lo. As dificuldades no mercado editorial, porém, nem sempre são por falta de talento. E a história, lançada de forma independente no mesmo ano, foi bem recebida pelo público.
— Eu sou meio impaciente. Então, em seis meses chegou a primeira recusa de uma editora e já falei: ‘vamos tentar de outro jeito’. O Adriano é meu agente e meu marido, e pesquisou caminhos – conta ela, que recorreu à autopublicação: – Investi cerca de R$ 12 mil (contando com despesas de marketing). Enquanto corria atrás disso, já tinha escrito o segundo romance e o selo Verus (da Record) se interessou. Quiseram saber números do “Perdida”, que em um ano tinha vendido 5 mil livros de forma independente. Era uma quantidade muito boa. Pelo Verus, o primeiro publicado foi “Procura-se um marido”, em 2012. E relançaram o “Perdida” em 2013.
Hoje, a Record já vendeu 350 mil exemplares de nove títulos de Carina. E ela, certamente, deixa a vontade em muitos fãs de serem também escritores.
— A autopublicação é cada vez mais facilitada, pois hoje existem sites nos quais a pessoa pode apenas importar seu texto, escolher entre possibilidades de formatação e o livro estará pronto para impressão ou acesso digital – explica a professora da ESPM Rio Isabella Perrotta, alertando, porém, que a carreira não é só glamour: — Existem os fenômenos. Mas é como jogador de futebol: um em muitos. Em geral, o autor ganha muito pouco.
Publicação gratuita em plataforma digital
Mesmo ganhando pouco, o autor com uma mentalidade empreendedora pode identificar na publicação de um livro a oportunidade de turbinar o currículo. A Saraiva, que tem uma plataforma virtual chamada “Publique-se”, identifica inclusive que, entre os 12 mil livros publicados a partir dela, há uma “forte presença de livros técnicos”.
— A gente visa com essa plataforma duas coisas: que os novo autores tenham uma chance de publicar obras dentro de um catálogo como a Saraiva, que vai dar uma visibilidade muito grande, e sem a necessidade de provar para uma editora seu potencial e quanto venderá — afirma.
Não há custo para a formatação e publicação neste caso. É cobrado um percentual em cima de cada venda.
‘Não deixe ninguém cortar o seu barato’
Mesmo o caminho sendo difícil, Carina sempre tem uma palavra de ânimo para os novos escritores.
— É um sonho muito bonito e a maioria das pessoas acaba desanimando, pois a quantidade de “não” pelo caminho é muito mair do que a de “sim”. Mas eu sempre digo para não cair nessa, não deixar ninguém cortar teu barato. Corre atrás, investe como puder, como eu fiz. O mercado mudou bastante, principalmente no fim dessa linha de produção, que é o leitor. Não tem a mesma separação entre autor nacional e gringo, como existia. O autor nacional, antes, não tinha a visibilidade que tem hoje. O preconceito está diminuindo. E cada um encontra um caminho (para publicar). A tecnologia ajuda — diz ela.
Passo a passo para quem quer ser um autor
1) Escrita – Alguns gêneros de literatura, vez ou outra, se destacam em vendas. Mas “a não ser que você seja um redator super carimbado que saiba escrever por encomenda, você deve escrever aquilo que você gosta. Tem uma diferença muito grande entre autor e redator. O autor escreve em tom autoral, pessoal”, recomenda a professora da ESPM Isabella Perrotta. Apesar disso, ela complementa, é importante escrever pensando em quem teria interesse em ouvir o que você tem para contar. Por isso, vamos à segunda dica.
2) Opinião – Peça para amigos, pessoas com o perfil do seu leitor, ou – de preferência – profissionais do mercado, opinarem sobre o seu texto.
3) Revisão – Não ignore esta etapa e contrate um profissional. O autor, mesmo quando conhece muito bem as regras gramaticais, tende a não enxergar seus erros. E tende a achar que a redação está mais explícita do que de fato está.
4) Formatação – Se possível, dê preferencia ao trabalho de um designer gráfico. Um livro (físico ou digital) bem diagramado é aquele que os olhos batem e começam a ler, antes que a pessoa se dê conta.
5) Plataformas – Outra possibilidade é usar os templates prontos das plataformas de autopublicação. Conheça algumas:
– A Amazon tem o Kindle Direct Publishing (https://kdp.amazon.com/pt_BR), que permite a publicação de ebook e impressos sob demanda, com 70% de royalties sobre as vendas nas lojas Kindle no mundo inteiro.
– No Clube dos Autores (https://clubedeautores.com.br), a publicação online é gratuita e o livro pode ser disponibilizado em lojas parceiras como Estante Virtual, Livraria Cultura, Saraiva, Americanas. O valor de direitos autorais será diferente para vendas nessas livrarias do que para vendas diretamente no Clube de Autores. O site ainda disponibiliza serviços profissionais como capa, diagramação, revisão e ilustração.
– O Publique-se, da Saraiva, também conta com um manual com dicas para os escritores. Veja: https://www.saraiva.com.br/publique-se.
6) Capa – Invista, principalmente se for o caso de um livro físico. A capa é fundamental para convidar o leitor a se aproximar do livro.
7) Divulgação – É difícil conseguir espaço na mídia para divulgar lançamentos, pelo volume de livros e diversidade de assuntos no mercado editorial. Use ao máximo suas redes sociais e foque no seu nicho de leitor. E, como a Carina descobriu no início de sua trajetória, propagandas virtuais são uma alternativa, como anúncios em blogs que conversem com seu público-alvo.
8) Distribuição – Algumas livrarias físicas negociam com o próprio autor, mas a maioria pede nota fiscal, entre outras dificuldades que podem aparecer. Por isso, pode ser uma boa ideia contratar um distribuidor para que seu livro atinja o maior número possível de livrarias. Mas ajude informando as características do seu nicho.
*As dicas – com exceção dos sites de autopublicação – foram enviadas pela professora da ESPM Rio Isabella Perrotta.
É fácil ser autor. Difícil é escrever
0Os jornalistas estão adotando a primeira pessoa na narrativa, mas ainda não acharam seu verdadeiro eu lírico
Luis Antonio Giron, na Época
Como o tempo muda e nada acontece! Antigamente, o iniciante no jornalismo, chamado de “foca”, comparecia humildemente à redação para seu primeiro dia de emprego disposto a aprender com os mais velhos. Ouvia calado até um dia poder falar. Hoje, o “foca” se apresenta ao chefe na redação de uma revista ou um jornal já botando banca: “Foca é a sua mãe”, diz, enchendo o peito. “Eu sou autor!” Mas as coisas continuam iguais. Hoje ele apenas exterioriza aquilo que seu tímido antecessor apenas calava fundo.
No jornalismo atual, é como se o autor precedesse o estilo, ao passo que o inverso parece ainda ser real. Vivemos a epidemia da “autoralidade”, esta palavra monstruosa cuja tradução teria de ser “autoria”, porém é muito simples para fazer bonito. Pensei nesse assunto durante um exaltado debate em torno do tema “como encontrar a voz do repórter” de que participei no último Fórum das Letras de Ouro Preto, na semana passada, em um painel promovido por ÉPOCA e a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). A plateia, formada em sua maioria por estudantes e iniciantes, queria saber como manter a “autoralidade” em tempos de hiperinformação, fragmentação do ego, redes sociais e o diabo digital que nos carregue. O que dizer aos jovens sonhadores sem acordá-los de seu recorrente autoengano? Como construir um estilo e se transformar em autor?
Sempre tive pudor de usar a primeira pessoa do singular, embora a esteja usando agora que está tudo liberado e não tenho nenhuma reputação a perder. Muita gente imagina que basta escrever “eu” para virar autor, repórter, articulista, crítico, ensaísta. Talvez eu tenha passado a pensar assim também, embora sem muita convicção. Talvez eu me veja também como membro do clero do “jornalismo literário” – outra expressão imprecisa que mais exalta certos indivíduos do que diz a verdade. Dessa forma, o clamor do estilo não sai mais apenas da garganta dos escritores, como também dos jornalistas – que nunca foram considerados dignos de receber a alcunha de escritores sabe-se lá por que – e de seus atuais sucedâneos, blogueiros e tuiteiros.
Todo mundo quer ser alguém na vida da escrita – e migrar seus textos da blogosfera ou do papel perecível para a presumível eternidade do livro. A consequência é o perigo da hiperpopulação de egos no mundo da comunicação. Todos escrevem qualquer coisa, mas poucos merecem ser chamados de autores. O problema é que, em um mundo onde o joio virou o trigo, bons e maus autores estão cada vez mais misturados e indistinguíveis.
Como se não bastasse, os meios de comunicação digital incentivaram a aparição do gigantesco coral de bilhões de vozes. O Twitter é o maior transmissor de opiniões e notícias irrelevantes jamais cogitado. O Facebook forneceu identidade e deu eco a muita gente que, felizmente, prefere ficar nos games da rede social. Antigamente evitava-se dar voz ao imbecil. Hoje, imbecis ou não, todos possuem um meio de expressão e de autopromoção. O imbecil é o herói emergente da autoralidade…
Então, para que servem o jornalista propriamente dito, o jornalista pré-literário, diante de tantas mudanças? Ele diferia até pouco tempo atrás do autor porque ele era um apanhador de fatos. transformava-os em notícia, de acordo com os vários subgêneros jornalísticos: entrevista, reportagem, artigo, resenha etc. O tema impunha o gênero a ser adotado. As redações eram as melhores escolas de estilo e escrita criativa. Agora os registros de linguagem e de veracidade se confundem, e é impossível distinguir um ficcionista de um não-ficcionista, um romancista de um repórter. Os cursos universitários de ficção criativa talvez sejam responsáveis pela lambança. Afinal, acadêmicos odeiam jornalista. Para eles, não passam de subliteratos. E agora com a internet, o veículo primordial da transmissão de notícias, a verificação da realidade se tornou impraticável.
É fácil ser autor. Difícil é escrever. As festas literárias o comprovam.
O jornalismo, por isso, talvez seja um profissão fadada à extinção – pelo menos o jornalismo que conhecemos até o final dos anos 1990. Por enquanto, agoniza mas não morre, como o samba segundo Nelson Sargento. Alguns jornalistas poderão sobreviver. Para tanto, precisam se dar conta de pelo menos três fatos. Em primeiro lugar, não há mais diferença entre textos online e offline, entre papel e internet. A versão em papel se tornou uma espécie de produto nobre, que surge no ambiente universal da internet. Em segundo, a influência dos meios de comunicação tradicionais – jornal, revista, televisão – ainda é efetiva, mas está diminuindo, à medida que os fóruns de opinião se organizam em “trend topics” e os anúncios se transferem para a internet. Por fim, bem ou mal, hoje todo mundo comenta notícias instantaneamente, a concorrência só aumenta.
Para vencer em mundo tão turbulento, o jornalista precisa se antecipar aos “trend topics” e, se não consegue o furo, lidar com a notícias de modo a surpreender o leitor para despertá-lo da letargia em que está enredado pelo excesso de mensagens. É se transformar em uma espécie de autor de verdade (não um arremedo) com voz própria que, além de ser original, se faça ouvir. Ele tem que apurar, conferir, editar e ilustrar uma notícia, mas sobretudo precisa se reinventar e reinventar a forma de elaborar a notícia. Deve inovar de acordo com os novos meios – por que não, por exemplo, escrever uma grande reportagem nos 140 caracteres de um tuite? E tem que ser rigoroso e relevante, e ser lembrado no ambiente hiperveloz de informações que logo caem no esquecimento.
O jornalista não pode cair na tentação de virar um autor de ficção. Deve contentar-se em escrever romances de não-ficção, termo forjado por Truman Capote em 1966, com o hoje clásssico A sangue frio. Seu dever é mostrar ao leitor e ao público que o mundo real continua a existir – e que a realidade é mais complexa do que a vida online faz crer.
Amigas lançam livro e aplicativo com realidade aumentada para crianças a partir de 8 meses
0Com a tecnologia, criança pode interagir com os personagens
Publicado por Estadão
A dificuldade de encontrar ferramentas para educar e entreter sua filha motivou a educadora física Érica Quiroga a empreender. Com a ajuda da sua amiga, a administradora Marina Ghetler, elas foram em busca de alternativas aos DVD´s e livros infantis. A solução encontrada pela empresa Nana Pocket foi aliar a tecnologia de um aplicativo com a tradição de um livro.
O primeiro produto foi um aplicativo chamado Bebê Céu, para entreter crianças a partir de seis meses de idade com imagens e música e estimular a familiarização com as palavras. “A princípio o aplicativo era apenas para entreter o bebê, mas ele também tem seu lado educacional”, destaca Marina. O próximo passo é acrescentar novas palavras ao aplicativo.
O segundo projeto envolve um livro-brinquedo, que conta a história do cachorrinho Cacau e seus cinco amigos, o siri Tom, o pinguim Felipe, o sapo João, a borboleta Ana e a arara Rosinha. A empresa investiu R$ 1,5 milhão em tecnologia, embalagem, livro, arte e música para concretizar o projeto voltado para bebês a partir de 8 meses.
Quem baixar o aplicativo gratuito na Apple Store ou Google Play consegue tirar fotos com os personagens, ouvir músicas e acessar uma ferramenta para “soprar uma vela do bolo de aniversário”. Como o aplicativo Nana Pocket 3D funciona com a tecnologia de realidade aumentada, ao posicionar o celular na frente do site da empresa é acionada uma animação com os personagens. A brincadeira fica ainda mais completa com o livro – as imagens nas páginas ativam mais sete interações, como animações e coreografias.
A criança pode tocar na tela do celular para ativar os movimentos dos personagens, que podem jogar beijos e soltar flores, por exemplo. O aplicativo também permite a visualização dos personagens em um cenário real captado pela lente da câmera. O kit é composto por um livro grande, com os cenários e os personagens.
As amigas também pensaram em uma versão menor, do tamanho de um celular, para as mamães levaram na bolsa. “Pensamos na versão menor para que o livro não seja mais uma coisa para levar na bolsa”, conta Marina. O primeiro livro “O Cacau vai fazer aniversário” foi lançado nas versões português, inglês e espanhol. O plano da Nana Pocket é lançar sete livros.
Oficialmente, o produto foi lançado durante o GSMA Mobile World Congress, em fevereiro, em Barcelona. No Brasil, a dupla planeja ações em livrarias e lojas de brinquedos nos meses de abril e maio. Por enquanto, é possível comprar os livros apenas no site da empresa por R$ 62.
Planos. A expectativa da Nana Pocket é alcançar um faturamento anual de R$ 5 milhões em 2015 com a venda de livros e licenciamento de produtos, desde artigos de vestuário, calçados a brinquedos e material escolar. Outra alternativa é explorar a publicidade no aplicativo e recursos de interatividade. Só no primeiro mês, a empresa registrou 6 mil downloads do aplicativo. Com o lançamento nacional, as sócias esperam registrar uma média mensal de 4 mil downloads.
Historiador recupera relatos sobre a 2ª Guerra
0Ricardo Bonalume Neto, na Ilustrada
O jornalista e historiador britânico Max Hastings -desde 2002, sir Max Hastings- nasceu em 1945, último ano da Segunda Guerra Mundial, durante a qual seu pai foi correspondente de guerra.
Hastings, 67, seguiu os passos do pai e se tornou um dos mais celebrados correspondentes de guerra do Reino Unido no século 20. Um evento em particular em 1982 cimentou sua fama.
Ele fazia parte de um pequeno grupo de jornalistas britânicos que pôde acompanhar a força-tarefa enviada para retomar as Ilhas Falklands/Malvinas dos argentinos.
Aproveitando sua experiência de ex-militar, sabia o que poderia passar ou não pela censura. Tornou-se um dos correspondentes mais populares entre o público.
Quando houve a rendição argentina, por um tempo o general britânico no comando proibiu suas tropas de entrarem na capital das ilhas, Port Stanley. Hastings viu aí uma grande chance.
Tirou seu casaco militar, colocou um civil, e entrou na cidade sozinho. Seu jornal, o “Evening Standard”, explorou bem o feito: “O primeiro homem em Stanley”, proclamava a enorme manchete.
“Eu tive sorte nessa guerra”, disse ele, modestamente, em entrevista à Folha por telefone.
Hastings é autor de 23 livros sobre temas muito variados -jornalismo, biografia, vida no campo, memórias e, principalmente, 11 obras de história militar, com ênfase na Segunda Guerra Mundial.
Para seu mais recente livro sobre o tema, “Inferno: O Mundo em Guerra 1939-1945”, lançado agora pela editora Intrínseca, ele criou um método original de trabalho.
Primeiro ele releu livros sobre a guerra; depois construiu um “esqueleto” com os principais fatos do maior conflito da história humana.
O próximo passo foi “rechear” o esqueleto com “carne” -relatos pessoais dos participantes e sus próprias reflexões. Para obter originalidade em mais um livro sobre o tema, ele procurou relatos relativamente obscuros, cartas, documentos pessoais e entrevistas inéditas.
NÚMEROS SUPERLATIVOS
Um dos detalhes que dá particular intensidade ao livro é o uso liberal, mas judicioso, de números e estatísticas, que servem para colocar os relatos pessoais no seu devido contexto.
Por exemplo, ao relatar o ataque soviético à Finlândia em 1940, ele conta que “4.000 russos atacaram 32 finlandeses; eles perderam 400 homens, mas apenas quatro defensores sobreviveram”.
Em seguida ele cita declarações de um oficial finlandês e de um soldado russo que deixam claro como foi brutal e intenso o combate nesta campanha.
Os números ligados à invasão da então União Soviética pelos alemães em 1941 também são superlativos.
A luta na frente oriental foi o maior conflito da história; foi ali que a espinha dorsal das forças alemãs foi quebrada. Mas os soviéticos pagaram um altíssimo preço.
A invasão começou em junho. Por volta de outubro, os soviéticos tinham perdido quase 3 milhões de soldados e 45% da população estava vivendo em regiões controladas pelos invasores. Em média, a URSS estava perdendo 44 mil soldados por dia.
Ele não entra em detalhes sobre certos temas (caso do Dia D, a invasão da França sobre a qual ele também escreveu um livro), alegando que já foram exaustivamente tratados por muitos autores.
Depois de narrar inúmeros dramas humanos, ele conclui sobriamente que a guerra não foi uma luta do bem contra o mal, e que a derrota dos nazistas não trouxe paz e prosperidade para todo o planeta.
Mas conclui também que a vitória das tropas aliadas salvou o planeta de um destino muito pior caso Alemanha e Japão tivessem triunfado.