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Por que brasileiro não lê autores brasileiros contemporâneos?
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Da esquerda para a direita: André Vianco, Raphael Draccon, Carolina Munhóz e Eduardo Spohr, autores de literatura fantástica brasileira. Imagem: Divulgação
Raphael Montes, em O Globo
Semana passada, fui abordado em uma livraria do Leblon por uma moça que queria ajuda na escolha de um livro de suspense ou de aventura. Entre os lançamentos, recomendei livros do André Vianco e do Raphael Draccon. A moça estava bastante entusiasmada com as indicações até ler a biografia dos autores. Sua expressão mudou subitamente e ela largou os livros com um vigoroso “ai, autor brasileiro não, né?”. Perguntei qual era o problema e ela se defendeu, dizendo que o livro não era para ela e que “dar de presente livro nacional pega mal, né?”. Sem muita paciência, me afastei, mas fiquei observando quando ela pescou um Harlan Coben na prateleira e enfiou-se na fila para pagar.
Dias antes, eu havia dado uma palestra ao lado de diversos autores de literatura nacional. O evento estava cheio e o entusiasmo dos leitores em ter contato direto com autores era evidente. Diante de episódios tão díspares, foi inevitável a pergunta: por que o brasileiro não lê brasileiros? Sendo mais específico: por que brasileiro não lê brasileiros contemporâneos?
Quero falar daquelas obras de gênero (policial, fantasia, chicklit, terror) que disputam com os best-sellers e, vez ou outra, conseguem seu espaço no mercado editorial. André Vianco, por exemplo, chegou na marca de um milhão de exemplares com suas histórias de vampiro — tema bastante explorado em obras estrangeiras também. O mesmo vale para Thalita Rebouças e Paula Pimenta, fortíssimas no segmento jovem. Há romances nacionais para os mais variados gostos, sempre trazendo características e paisagens tipicamente brasileiras, o que torna a identificação com a história muito mais eficaz. Por que, então, os livros estrangeiros ainda têm preferência?
A internet deu voz a diversos potenciais contadores de histórias. A facilidade no contato com os leitores e editoras; a praticidade e a eficácia da divulgação, além de outros recursos que o mundo virtual disponibiliza são os motivos que tornaram mais fácil o surgimento de novos autores — em sua maioria jovens — no mercado editorial. Ao passo que o número de escritores cresceu, a publicação também sofreu mudanças. Sua forma tradicional deixou de ser o único meio pelo qual um livro é editado e posto à venda. Abriu-se um leque de alternativas que vão desde a publicação independente até a premiação em concursos literários. Isso é ótimo, pois aumentou a variedade de temas e deu maior destaque à produção nacional. Ao fazer sucesso, um escritor ajuda não só a si, como a todos que produzem aquele tipo de literatura no país.
Por outro lado, com o crescimento da quantidade de textos publicados, a qualidade diminuiu. Buscando realizar o sonho de ter seu livro à venda, muitos escritores não tomam os cuidados devidos na hora de lançar sua obra no mercado: falta paciência, profissionalismo e comprometimento. Daí, alguns romances chegam às prateleiras mal revisados e mal editados, o que denigre a imagem da literatura nacional de gênero — que ainda está em delicada construção.
Muitas vezes apontada como a vilã da história, a editora precisa ser defendida. A maioria das editoras recebe dezenas de originais por semana, o que torna impossível a cuidadosa avaliação de todos eles. Assim, destacam-se na pilha aqueles que prendem logo nas primeiras páginas e que trazem uma proposta bem feita, sem erros graves de gramática etc.
Uma vez editado, o romance brasileiro entra em uma verdadeira selva, disputando atenção e espaço com best-sellers estrangeiros que já chegam ao país com a onda do sucesso. Como todo negócio, as editoras precisam sobreviver financeiramente. Por isso, costumam investir pesado na produção, na distribuição e na divulgação dessas obras internacionais. São títulos que já deram um retorno positivo em outros países e, provavelmente, trarão bons números por aqui também. Vencer esta barreira de marketing para chegar ao leitor brasileiro é um grande desafio ao escritor nacional.
Nesse sentido, os blogs e canais literários são essenciais para a divulgação de um livro. Essas plataformas apresentam lançamentos e resenhas que geram uma repercussão inimaginável junto aos leitores. Quando uma rede de leitores especializados elogia um romance, a propaganda se difunde rapidamente na rede. Além disso, a internet facilita o contato direto entre escritores — principalmente nacionais de gênero — e blogueiros. Há vantagens para os dois lados: para o escritor, que acompanha de perto o retorno sobre sua obra; para o blogueiro, que pode trocar ideias e fazer entrevistas.
Infelizmente, alguns blogs acabam esquecendo que seu principal papel é difundir o gosto pela leitura. Muitos se deixam levar pelo sistema de parcerias (ganham livros de autores e/ou editoras para sortear) e acabam baixando a qualidade ou simplesmente deixando de comprar obras — uma vez que recebem quase todas de graça. A mim, isso parece uma inversão de papéis.
Por fim, claro, os leitores. Como os títulos brasileiros não costumam receber maior atenção da imprensa, o boca a boca acaba sendo responsável pela quebra do preconceito que muitos leitores têm com obras nacionais. Além disso, o leitor é a força maior que leva um escritor a se dedicar ao seu romance. Sem leitores não há escritores. É essencial que todos juntos se dediquem a criar uma literatura brasileira de gênero cada vez mais especializada e bem difundida entre nós. Vamos em frente?
Do Brasil para o mundo : não enfiar ‘brasilidades’ nas narrativas não significa negar nossa identidade
0Raphael Montes, em O Globo
Alguns dias atrás, enquanto me distraía em uma rede social, encontrei uma interessante matéria jornalística sobre a literatura brasileira produzida pela nova geração de escritores. Endossada por trechos destacados de escritores prestigiados como Carola Saavedra e Luiz Ruffato e por críticos como Manuel da Costa Pinto e Beatriz Resende, a reportagem defendia que as histórias em ambientes rurais e tropicais, com cenários tipicamente brasileiros, foram substituídas na literatura contemporânea por histórias em que a voz subjetiva do escritor ganha maior evidência (vide tantos textos em primeira pessoa e a moda da “autoficção”), situadas num ambiente mais urbano e universal.
Para minha surpresa, o link da matéria estava postado em uma comunidade de leitores e, nos comentários, a larga maioria criticava essa ausência de identidade nacional nas narrativas — as acusações iam de “por isso que não leio autor brasileiro” a “é ridículo que esses autores atuais fiquem tentando copiar os norte-americanos”. Ainda que eu não fizesse parte da discussão, me pus a pensar no assunto.
Pessoalmente, ao escrever, nunca tive preocupação em acrescentar este ou aquele detalhe ao livro para soar mais brasileiro — ou, falando como gringo, soar mais exótico. Acredito que, na medida em que um escritor é brasileiro, antenado a sua cultura, a seus costumes e às particularidades do país, os elementos típicos vão entrando naturalmente, sem que haja a necessidade de se preocupar com isso. Vale dizer: um livro tem nuances brasileiras simplesmente ao ser escrito por um brasileiro — e basta!
É importante dizer que a opção de não enfiar “brasilidades” goela abaixo das narrativas não significa negar nossa identidade, mas sim tratá-la como algo natural, que nasce sem grande esforço. Por muito tempo, a própria expectativa do mercado internacional em relação às narrativas produzidas no Brasil (seja na literatura ou no audiovisual) passava necessariamente por elementos como favela, miséria no Nordeste, corrupção, carnaval, caipirinha e futebol.
A mim, tudo isso sempre pareceu meio absurdo — para não dizer ridículo. Afinal, muito além da nacionalidade, somos todos humanos — e o maior mérito da boa literatura é retratar a alma humana na sua complexidade, independentemente da localização geográfica das personagens. É também isso que permite a crescente profissionalização do escritor brasileiro — outro ponto abordado pela reportagem e criticado nos comentários na rede social.
Nos últimos anos, cresceu o número de pessoas no país que se dedicam apenas a escrever. Nesta seara, um aspecto fundamental que a matéria deixa de abordar é o crescimento da literatura de gênero no Brasil. Qualquer país com uma literatura efetivamente sólida tem uma grande variedade de obras de gênero. Nos Estados Unidos, por exemplo, a seção de livros policiais é subdividida em outras tantas como: crime de espionagem, whodunit, thriller médico, crimes reais, suspense romântico, suspense psicológico, suspense histórico. E, claro, cada um desses subgêneros é explorado por centenas de autores, o que cria um ambiente competitivo, variado e profissional, com um público-leitor fiel e muitas feiras e prêmios voltados ao segmento.
Enquanto isso, a literatura brasileira de gênero — romance, terror, policial, fantasia — sempre enfrentou percalços. Para começo de conversa, encontrava barreiras nos acadêmicos e nos críticos — como esperado de um país subdesenvolvido, só se podia escrever literatura de vanguarda, com elucubrações linguísticas; a literatura de gênero era algo menor. Com isso, as editoras não buscavam esse tipo de livro nos autores nacionais e muitos escritores com vontade de contar boas histórias de gênero se “moldavam” ao sistema para conseguir publicar. No fim das contas, quem saía perdendo era o público, com as livrarias invadidas por best-sellers norte-americanos ou europeus, mas sem chance de ler essas histórias escritas por brasileiros.
Felizmente, nos últimos anos, o cenário mudou. A literatura fantástica teve seu estouro com autores como Eduardo Spohr, Raphael Draccon e Carolina Munhóz, o juvenil se viu representado por fenômenos como Thalita Rebouças e Paula Pimenta e o mesmo vem acontecendo com autores de erótico, de terror e de policial. Com isso, as editoras brasileiras têm buscado autores nacionais de gênero para integrar seus catálogos e todo um novo mercado se sedimenta nesse sentido. Por chegar ao grande público, o autor brasileiro de literatura de gênero é um dos que mais consegue viver “apenas dos livros” hoje em dia e, sem dúvida, contribui fortemente para a internacionalização da nossa literatura. Apesar disso, não havia sequer um autor de literatura de gênero entrevistado ou citado na referida matéria. Prova cabal de que o caminho pela frente ainda é longo…
Bienal aposta em novos autores da literatura fantástica nacional
0Rodrigo Casarin, no UOL
Nesta quinta-feira (28), às 18h, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo realizará a mesa “Literatura Fantástica – a fantasia ganhando espaço”, com os escritores Affonso Solano, Carolina Munhóz e Raphael Draccon. O título da conversa soa bastante oportuno, principalmente se observarmos como a literatura feita com dragões, magos, vampiros, gnomos, elfos e outros seres do tipo ocupa a Bienal. São diversos eventos que tratam do gênero. “A Bienal é o evento de literatura mais popular do país. Por essa característica, atrai o público que ama a cultura pop, onde nós incluímos a maioria do público jovem, principal consumidor da literatura fantástica”, diz Draccon, autor da bem-sucedida trilogia “Os Dragões de Éter”.
André Vianco, um dos principais nomes do segmento, tem uma opinião complementar. “Parece que grande parte dos organizadores, curadores de feiras e eventos do mercado do livro se renderam à fantasia vendo o grande número de leitores que os escritores do gênero atraem para os eventos”. Já Eduardo Spohr, outro autor de destaque, enxerga essa presença como uma consequência da força que o nicho possui. “Ele não está só na Bienal, mas em diversos eventos que têm se espalhado pelo Brasil. Não me refiro só aos com organização oficial, mas falo também de clubes de livros e de encontros agendados por donos de blogs, por exemplo. A internet tem se tornado uma belíssima ferramenta de comunicação para os amantes da literatura, e o legal é ver que essas pessoas também têm se reunido ao vivo, para trocar ideias e experiências.”
Além de discussões e encontros de leitores, analisando a programação oficial do evento e das editoras é possível encontrar dezenas de lançamentos de autores nacionais do gênero. O próprio Draccon é um dos que apresentará seu novo livro, “Cemitérios de Dragões”, ao público na Bienal, no sábado, dia 30, com direito a show de cosplay. Por lá, Carolina Munhóz, sua parceira de mesa, já lançou “O Reino das Vozes que Não se Calam”, escrito em co-autoria com a atriz Sophia Abrahão. Algumas outras novidades são “Átina Black e o Império de Cronos”, de Valentine Cirano, “Eterno Castigo”, de Kizzy Ysatis, “Sombra de um Anjo”, de Ana Beatriz Azevedo Brandão – uma menina de 14 anos – e “Exorcismos, Amores e uma Dose de Blues”, de Eric Novello.

Capa do livro “Exorcismos, Amores e Uma Dose de Blues”, de Eric Novello, aposta da nova literatura fantástica
Apostas
Novello é apontado por Draccon como um dos nomes do gênero que devem despontar com força em breve. Outro que o indicou como grande promessa foi Felipe Pena, escritor, doutor em Letras e organizador da coletânea “Geração Subzero”, que deu destaque a muitos autores do segmento. “Ele tem perfeito domínio da narrativa, não é óbvio e conhece bem seu instrumento de trabalho, que é a língua portuguesa”, declarou Pena.
Quem também é indicada como alguém a se prestar atenção é Bárbara Morais, autora de “A Ilha dos Dissidentes”, que, na Bienal, lança “A Ameaça Invisível”. “Ela honra a tradição feminina que se vê hoje em dia na literatura internacional em relação às distopias”, diz Draccon. “Ela se inspira em distopias e mutantes (X-Men) para falar de segregação social e abordar diversidade étnica e sexual”, argumenta Novello.
Felipe Castilho, autor de “Ouro, Fogo e Megabytes”, que faz fantasia a partir do folclore brasileiro e já começa a ser lido até mesmo em escolas, é outra aposta. Vianco o considera um exemplo de quem sabe dar caráter nacional a um gênero bastante influenciado pelo que é feito no exterior. ” A maioria das obras lançadas soa muito como emulação de franquias de mercado norte-americano e inglês, faltando brasilidade nos livros. Ainda que o autor eleja criaturas tradicionais do folclore estrangeiro, é preciso pôr uma tinta brasileira nesses bichos, é preciso inventar com mais coisas daqui, como faz bem o Felipe.”
Ao ser perguntado como está a literatura fantástica no Brasil, Vianco se queixa da ausência de ousadia. “Por incrível que pareça, acho que falta um pouco de invenção”. Entretanto outros autores têm uma visão mais positiva. Draccon diz que ela está “consolidada, seja na confiança dos leitores ou dos editores”, enquanto Pena define o momento como “pulsante”. “É o gênero que mais cresce. As editoras estão investindo, novos escritores estão aparecendo e os leitores continuam aumentando.”
Nos últimos anos, com o crescimento do interesse do leitor brasileiro pela fantasia – em muito graças a adaptações para o cinema e televisão, como “O Senhor dos Anéis” e “Game of Thrones”, e do sucesso de séries como “Jogos Vorazes” ou até mesmo “Harry Potter” –, o nicho despertou real interesse das editoras. Uma prova disso é que duas importantes casas, a Rocco e a Leya, recentemente criaram selos (Fantástica Rocco e Fantasy – Casa da Palavra, respectivamente) para abrigar esse tipo de livro. Outras já haviam feito movimento semelhante, como a Record, que publica obras do gênero pelo Galera Record.
A trinca fantástica
Se o momento da literatura fantástica nacional é de efervescência, isso muito se deve a Vianco, apontado como principal representante do gênero. Seu primeiro romance, “O Senhor da Chuva”, saiu em 1998 e foi sucedido de “Os Sete”, de 1999, que teve a primeira edição bancada pelo próprio autor, mas despertou atenção do mercado editorial. Com narrativas normalmente protagonizadas por vampiros, a partir de então vieram títulos como “O Vampiro – Rei” e “Vampiros do Rio Douro”. Se somados todos seus títulos, Vianco já vendeu acima de 900 mil exemplares. Mais do que isso, foi uma espécie de abre-alas para que diversos autores pudessem ter seu espaço.
Outro que despontou com uma força estrondosa é Eduardo Spohr, que em 2010 lançou “A Batalha do Apocalipse”. Para compor a obra – sucedida de títulos como “Filhos do Éden” – o escritor criou uma espécie de mitologia própria, em movimento semelhante ao feito por J.R.R. Tolkien em “O Senhor dos Anéis”. Spohr já ultrapassou a marca dos 600 mil livros vendidos, entretanto, procura afastar os holofotes de si mesmo. “Os principais nomes da nossa literatura são e sempre foram os leitores, não os autores. Os autores são apenas coadjuvantes nesse processo. São os leitores que movimentam essa máquina e que nos permitem continuar trabalhando”.
Quem completa a trinca fantástica dos principais escritores do gênero no país é Raphael Draccon. Sua obra de maior destaque é a série “Dragões do Éter”, que já vendeu cerca de 300 mil exemplares. Draccon credita muito de seu sucesso justamente à Bienal, em especial à edição de 2010. “Era a estreia da editora Leya no Brasil, com um espaço modesto, num canto do pavilhão, e nós transformamos aquilo em uma Comic-Con, com a presença dos personagens, vikings entoando gritos de guerra com o público, bruxa com a pele derretida sendo maquiada ao vivo e animação passando na TV. Era uma aposta arriscada, mas o estande virou uma loucura!”. Assume também que não teria oportunidade melhor para marcar a sua estreia na Rocco. “A Bienal de São Paulo foi e sempre será o evento da minha vida”.
Sobre a Bienal
Com o tema de “Diversão, cultura e interatividade: tudo junto e misturado”, a 23ª Bienal do Livro de São Paulo, que vai até o dia 31 de agosto, no Pavilhão de Eventos do Anhembi, é um dos mais importantes do mercado livreiro e literário em toda a América Latina. Conta com 1.500 horas de programação e mais de 400 atrações, dentre elas nomes reconhecidos internacionalmente, como Harlan Coben (“Confie em Mim”), Ken Follet (“Os Pilares da Terra”), Sally Gardner (“Coriandra”), Kiera Cass (“A Seleção”) e Hugh Howey (“Silo”), Cassandra Clare (“Os Instrumentos Mortais”) e Sylvia Day (“Toda Sua”).
Os ingressos para a Bienal, que dão acesso ao Pavilhão do Anhembi, custam entre R$6 e R$14 – dentro do espaço, toda a programação cultural é gratuita, com sendo que os bilhetes para cada evento devem ser retirados com no mínimo 30 minutos de antecedência. O evento conta com 300 expositores, que representarão 750 selos editoriais. Nos dez dias de evento, são esperados mais de 700 mil visitantes, que, para chegarem ao Anhembi, podem utilizar ônibus gratuitos que saem das estações de metrô do Tietê e da Barra Funda (desta segunda, apenas nos finais de semana). Toda a programação oficial pode ser conferida no site www.bienaldolivrosp.com.br.
Quinta-feira é o dia do cosplay na Bienal do Livro de São Paulo
0Quem for fantasiado, entra de graça; evento também discute a Copa do Mundo, violência e traz apresentações de música e teatro
Publicado por Estadão
Hoje é o dia do cosplay na Bienal do Livro de São Paulo: quem chegar ao Anhembi vestido de seu personagem favorito, não paga entrada – e a fantasia é também tema de um bate papo na Arena Cultural, às 18h, com os escritores Affonso Solano, Carolina Munhóz e Raphael Draccon. O mesmo espaço, mais cedo, às 11h, recebe o escritor Toni Brandão para discutir a interação entre os jovens e a tecnologia.
As outras artes, além da literatura, também têm uma programação destacada nesta quinta-feira. Às 12h, será exibido o filme Uma História de Amor e Fúria (do diretor Luiz Bolognesi). Em seguida, também no Anfiteatro, o rapper Emicida leva sua música aos fãs de literatura. Mais tarde, às 20h, o ator Charles Fricks, da Cia. Atores de Laura, traz de volta a São Paulo o monólogo O Filho Eterno, peça de teatro adaptada do romance de Cristovão Tezza.
O Anfiteatro ainda recebe o escritor e colunista do Estado Ignácio de Loyola Brandão, ao lado de sua filha, a cantora Rita Gullo, para uma apresentação lítero-musical com histórias e canções.
O Salão de Ideias começa sua programação recebendo Ziraldo, Eva Furnari e Pedro Bandeira para uma conversa sobre primeiras leituras. No fim da tarde, às 18h, estará em discussão a violência no Brasil contemporâneo, com Vladimir Safatle, Jaime Ginzburg e Luiz Eduardo Soares. Para encerrar a programação do espaço, os jornalistas Andrew Jennings, Juca Kfouri e Paulo Vinícius Coelho conversam com o pesquisador Antônio Lassance sobre a Copa do Mundo do Brasil.