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Imortais fazem campanha para eleger FHC na Academia Brasileira de Letras
0Publicado por Folha de S.Paulo
Após anos de sondagens e de negativas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, 81, deve ser apresentado na quarta (27) como candidato à Academia Brasileira de Letras (ABL). Segundo acadêmicos ouvidos pela Folha, FHC aceitou o convite para se candidatar à cadeira nº 36, vaga com a morte de João de Scantimburgo, e sua eleição é considerada praticamente um fato consumado.
“Ele aceitou, eu sou testemunha”, disse a escritora e imortal Nélida Piñon, 75, ex-presidente da ABL e uma das responsáveis pelo convite formal a FHC, ao lado do senador José Sarney, 82, seu colega na instituição.
Segundo ela, a eleição de Fernando Henrique “é uma campanha vitoriosa, que quase não precisa mais prosseguir”, por já contar com a maioria dos votos dos 38 imortais (duas das 40 cadeiras estão vagas).
Além de Sarney e Piñon, a campanha pela entrada de Fernando Henrique inclui imortais como Marcos Vilaça, 73, ex-presidente da ABL, e Celso Lafer, 71, ex-ministro de Relações Exteriores do governo FHC.
Um imortal ouvido pela Folha, que preferiu não se identificar, garantiu que a eleição de FHC será “absolutamente tranquila”, porque o ex-presidente tem apoio quase unânime na Casa.
O convite a Fernando Henrique Cardoso aconteceu durante almoço na última sexta (22), num restaurante em São Paulo. Sarney, FHC e Piñon estavam reunidos com outros membros do conselho consultivo da Fundação Santillana no Brasil quando a escritora recebeu, por telefone, o aviso da morte de seu colega João de Scantimburgo.
Ela passou a informação a Sarney, que imediatamente sugeriu que convidassem Fernando Henrique a se candidatar. “O presidente Sarney foi o primeiro a citar, eu tinha quase certeza de que ele o faria, mas fiquei impressionada com esse gesto de grande elegância moral dele, porque eles tiveram problemas no passado”, disse Piñon.
Segundo a escritora, ela e o senador chamaram Fernando Henrique em um canto e, após informar-lhe sobre a morte de Scantimburgo, convidaram-no a se candidatar.
“Ele ficou perplexo com o convite, nós insistimos que era o momento, e ele aceitou. Eu ainda disse: ‘O senhor não vai desistir, hein? Olha que é muito sério, diante do presidente Sarney e de mim, daqui nós vamos já comunicar’, e ele disse que não havia problema, que aceitava”, disse Piñon.
“A carta [de candidatura] será entregue amanhã. O Celso [Lafer] virá ao Rio para trazê-la”, disse a imortal.
Segundo a praxe da ABL, a cadeira de João de Scantimburgo (1915-2013) será considerada vaga após a chamada “Sessão da Saudade” em sua homenagem, que será realizada amanhã, às 16h, na sede da instituição, no centro do Rio. Depois disso, os interessados em concorrer à vaga terão um mês para apresentar suas candidaturas. A eleição deve acontecer no final de maio.
O ex-presidente é um dos nomes célebres que a Casa de Machado tenta atrair há anos –outros, como Ferreira Gullar, Antônio Cândido e Chico Buarque, continuam recusando a candidatura à ABL.
Fernando Henrique só teria aceitado concorrer com a garantia de que seria eleito.
Segundo outro imortal, FHC nunca havia “corrido atrás” de se eleger porque queria ser aclamado.
Antes da eleição de que FHC participará haverá outra, no próximo dia 11, para escolher o sucessor do poeta Lêdo Ivo (1924-2012), que morreu em dezembro passado, deixando vaga a cadeira nº 10. Onze candidatos estão na disputa, entre eles a jornalista Rosiska Darcy de Oliveira, considerada favorita, o poeta Antonio Cicero e a historiadora Mary Del Priore.
30 livros de autores brasileiros para morrer antes de ler
7Carlos Willian Leite, na Revista Bula
Dando sequência a série de listas polêmicas, pedi aos leitores, amigos do Facebook e seguidores do Twitter — escritores, jornalistas, professores —, que apontassem, entre livros conhecidos de autores brasileiros, quais eram os piores que haviam lido. Cada participante poderia indicar até cinco livros, sem repetir autores, tendo como critério principal o gosto pessoal. 312 pessoas responderam a enquete. Como nas listas anteriores, o objetivo não é zombar ou ofender o gosto alheio, é, sobretudo, uma diversão e reflete apenas a opinião dos participantes consultados. Se podemos ter a lista de nossas preferências, por que não podemos ter a lista daquilo que não gostamos? Na lista, aparecem livros de escritores consagrados como José de Alencar, Ruy Castro, Clarice Lispector e Jorge Amado. O resultado, embora subjetivo, pois se baseia meramente no gosto pessoal e não avaliação crítica dos livros citados, não deixa de ressaltar a validade da célebre frase de Mark Twain: “Aquele que lê maus livros não leva vantagem sobre aquele que não lê livro nenhum”. Eis o resultado baseado na quantidade de citações.
Iracema
José de Alencar
O Guarani
José de Alencar
Marimbondos de Fogo
José Sarney
Saraminda
José Sarney
Animais em Extinção
Marcelo Mirisola
Como Desaparecer Completamente
André de Leones
O Diário de um Mago
Paulo Coelho
Brida
Paulo Coelho
O Alquimista
Paulo Coelho
No Buraco
Tony Bellotto
Mentes Perigosas
Ana Beatriz Barbosa Silva
O Tigre Na Sombra
Lya Luft
O Lado Fatal
Lya Luft
O Crepúsculo do Macho
Fernando Gabeira
O Xangô de Baker Street
Jô Soares
As Esganadas
Jô Soares
Mar Morto
Jorge Amado
Memórias de um Sargento de Milícias
Manuel Antônio de Almeida
Estorvo
Chico Buarque
O Mundo Não é Chato
Caetano Veloso
Triângulo no Ponto
Eros Grau
A Paixão Segundo G.H.
Clarice Lispector
O Inverno das Fadas
Carolina Munhóz
O Dia Mastroianni
João Paulo Cuenca
A Vida Sabe o Que Faz
Zibia Gasparetto
A Escrava Isaura
Bernardo Guimarães
Farewell
Carlos Drummond de Andrade
Rosinha, Minha Canoa
José Mauro de Vasconcelos
Obra Completa
J. G. de Araújo Jorge
Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo
Nélida Piñon
Michel Temer abre “intimidade” em livro de poesias
0Marco Prates, na Exame
Vice-presidente da República – que, como outros políticos famosos, sempre sonhou em ser escritor – dá vazão à veia poética no livro “Anônima Intimidade”
Vice-presidente, Michel Temer: gente como o ex-presidente do STF, Carlos Ayres Britto, e Carlos Nejar, da ABL, se desmancharam em elogios ao novo poeta
Desde a redemocratização, o Brasil já teve um presidente escritor (José Sarney, membro da Academia Brasileira de Letras). Agora, ganha um vice-presidente poeta, com o lançamento do livro “Anônima Intimidade”, de Michel Temer, em São Paulo.
A obra, embora passe longe do dia-a-dia de Brasília, não está de toda dissociada da atividade política do peemedebista, que por três vezes comandou a Câmara dos Deputados: foi escrita, segundo Temer, nas idas e vindas de avião entre São Paulo, lar e reduto eleitoral, e a capital federal, onde cumpre expediente.
O vice-presidente afirma que os versos eram imortalizados em guardanapos, preenchidos para deixar a “arena árida da política legislativa”. Não é o primeiro livro do também jurista. Seus escritos sobre direito constitucional venderam centenas de milhares de cópias.
Agora, porém, Temer vai se expor a críticas com sua nova arte.
Confira abaixo uma amostra de 5 poemas que revelam se o Brasil está bem ou mal servido em relação às poesias vindas do Palácio do Planalto.
Cabe ao leitor verificar se há entrelinhas políticas no material escrito por quem respirou o ambiente do Congresso Nacional há décadas e agora está no Executivo.
Saber
Eu não sabia
Eu Juro que não sabia!
Passou
Quando parei
Para pensar
Todos os pensamentos
Já haviam acontecido
Exposição
Escrever é expor-se.
Revelar sua capacidade
Ou incapacidade.
E sua intimidade.
Nas linhas e entrelinhas.
Não teria sido mais útil silenciar?
Deixar que saibam-te pelo que parece que és?
Que desejo é este que te leva a desnudar-te?
A desmascarar-te?
Que compulsão é esta?
O que buscas?
Será a incapacidade de fazer coisas úteis?
Mais objetivas?
É por isso que procuras o subjetivo?
Para quem a tua mensagem?
Para ti?
Para outrem?
Não sei.
Mais uma que faço sem saber por quê.
Assintonia
Falta-me tristeza.
Instrumento mobilizador
Dos meus escritos.
Não há tragédia
À vista.
Nem lembranças
De tragédias passadas.
Nem dores no presente.
Lamentavelmente
Tudo anda bem.
Por isso
Andam mal
Os meus escritos.
Embarque
Embarquei na tua nau
Sem rumo. Eu e tu.
Tu, porque não sabias
Para onde querias ir.
Eu, porque já tomei muitos rumos
Sem chegar a lugar nenhum.
dica da Luciana Leitão
30 livros de autores brasileiros para morrer antes de ler
2Carlos Willian Leite, no Jornal Opção
Dando sequência a série de listas polêmicas, pedi aos leitores, amigos do Facebook e seguidores do Twitter — escritores, jornalistas, professores —, que apontassem, entre livros conhecidos de autores brasileiros, quais eram os piores que haviam lido. Cada participante poderia indicar até cinco livros, sem repetir autores, tendo como critério principal o gosto pessoal.
Como nas listas anteriores, o objetivo não é zombar ou ofender o gosto alheio, é, sobretudo, uma diversão e reflete apenas a opinião dos participantes consultados. Se podemos ter a lista de nossas preferências, por que não podemos ter a lista daquilo que não gostamos?
Na lista, aparecem livros de escritores consagrados como José de Alencar, Ruy Castro, Clarice Lispector e Jorge Amado. O resultado, embora subjetivo, pois se baseia meramente no gosto pessoal e não avaliação crítica dos livros citados, não deixa de ressaltar a validade da célebre frase de Mark Twain: “Aquele que lê maus livros não leva vantagem sobre aquele que não lê livro nenhum”. Eis o resultado baseado na quantidade de citações.
Iracema
José de Alencar
O Guarani
José de Alencar
Marimbondos de Fogo
José Sarney
Saraminda
José Sarney
Animais em Extinção
Marcelo Mirisola
Como Desaparecer Completamente
André de Leones
O Diário de um Mago
Paulo Coelho
Brida
Paulo Coelho
O Alquimista
Paulo Coelho
No Buraco
Tony Bellotto
Mentes Perigosas
Ana Beatriz Barbosa Silva
O Tigre Na Sombra
Lya Luft
O Lado Fatal
Lya Luft
O Crepúsculo do Macho
Fernando Gabeira
O Xangô de Baker Street
Jô Soares
As Esganadas
Jô Soares
Mar Morto
Jorge Amado
Memórias de um Sargento de Milícias
Manuel Antônio de Almeida
Estorvo
Chico Buarque
O Mundo Não é Chato
Caetano Veloso
Triângulo no Ponto
Eros Grau
A Paixão Segundo G.H.
Clarice Lispector
O Inverno das Fadas
Carolina Munhóz
O Dia Mastroianni
João Paulo Cuenca
A Vida Sabe o Que Faz
Zibia Gasparetto
A Escrava Isaura
Bernardo Guimarães
Farewell
Carlos Drummond de Andrade
Rosinha, Minha Canoa
José Mauro de Vasconcelos
Obra Completa
J. G. de Araújo Jorge
Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo
Nélida Piñon