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11 habilidades que o mercado exige e a faculdade não ensina
2Diploma na parede e notas elevadas no boletim nem sempre são garantia de sucesso
Publicado na revista Alfa
Sair da formatura com notas elevadíssimas em todas as disciplinas não é garantia de que o recém-formado seja um excelente profissional. Ao contrário.
Especialistas consultados são unânimes ao afirmar que entre os conhecimentos compartilhados nas universidades brasileiras e o que o mercado de trabalho exige para o crescimento na carreira há uma grande lacuna. E não estamos falando apenas de preparo técnico.
“Faltam aquelas competências que os americanos chamam de “soft skills”, como comunicar-se bem, avaliar o que cada um é capaz, montar e motivar uma equipe, além de uma série de outras coisas que levam à uma performance melhor”, diz Armando Dal Colletto, diretor acadêmico da Business School São Paulo.
1- Ser multicultural (na prática)
Fora a possibilidade de ter um intercambista na turma ou estudar por um período em uma universidade estrangeira, poucas são as iniciativas oficiais de muitas universidades por aí para colocar os alunos em contato direto com diferentes culturas.
No mercado de trabalho o cenário é outro: o chefe pode ser coreano, o colega da mesa ao lado, espanhol, a empresa parceira, indiana e o cliente, chinês. A falta de profissionais qualificados no país, a internacionalização das empresas brasileiras e o desembarque de grupos globais por aqui aproximou a rotina corporativa do cenário de Babel.
E inglês fluente não é tudo. De detalhes culturais para negociar melhor até gestos pequenos que contribuem para um boa convivência: “É preciso um entendimento das diversidades”, afirma Dal Coleto.
2- Trabalhar em equipe
Não se engane: os tradicionais trabalhos em grupos da faculdade quase não preparam ninguém para atuar em uma equipe. Motivo? “Quando organizam os grupos de trabalho, os alunos escolhem seus amigos, pessoas com quem se identificam e, no mínimo, a partir de pontos que os aproximam”, diz Casagrande.
Na vida profissional, a história é diferente. Ninguém (exceto o próprio chefe) escolhe com quem vai trabalhar. E, ao contrário da tônica típica dos grupos de faculdade (em que as pessoas tendem a ser parecidas), para uma equipe dar certo no trabalho é essencial que seja composta por pessoas com perfis complementares e, portanto, diferentes, afirma o especialista.
“E, além de tudo, os alunos não aprendem a compartilhar ideias: Para facilitar a a própria vida, dividem tarefas”, diz Casagrande.
3- Fazer networking
Seja por ficar centrado no próprio círculo de amigos e até por uma questão cultural, a faculdade raramente desmistifica a capacidade de fazer networking ou expandir sua rede de contatos profissionais.
“As pessoas têm vergonha de se aproximar dos outros com uma segunda intenção”, diz Gustavo Furtado, fundador da Tricae. E as universidades quase nunca criam meios para que esta visão seja mudada. “Nos Estados Unidos, em todo e qualquer evento as pessoas são estimuladas a se apresentar e falar a sua história”, diz.
4- Ser interdisciplinar
Na faculdade, as disciplinas até podem ser apresentadas em dias ou semestres diferentes. Mas, na rotina corporativa, o conhecimento adquirido de cada uma delas deve ser usado de forma integrada – algo que, infelizmente, o ensino tradicional ainda não sabe manejar.
“As pessoas aprendem a resolver problemas de forma separada e, de repente, precisarão resolver todos estas questões em um problema só”, diz o coach educacional Renato Casagrande.
A leitura salva!
0Fernanda Pompeu, no Mente Aberta
Dica única: leia tudo o que puder. O que cair na frente, ao lado, atrás. Ao ler, você melhora sua performance de comunicação. Pois, seja na prova do Enem, seja numa entrevista para estágio ou emprego, sua reserva de leitura será notada.
Interpretar para aonde a questão ou a conversa estão indo é o começo da resolução. Caso contrário, como diz o pessoal da antiga, a gente pode confundir alho com bugalho, tomada com nariz de porco. E, pronto, vamos desafinar.
Ler é também se familiarizar com os diferentes registros de escrita. Quero dizer, você pode complementar o que aprende ou aprendeu na sala de aula com a leitura na internet, com o que seus amigos postam no facebook.
Tornar a leitura um hábito nos salva não apenas da solidão, como também da saia justa de não ter o que dizer quando ouvimos uma pergunta. A salvação acontece porque a leitura aumenta nosso repertório de saberes e, por consequência, de poderes.
É evidente que você não é obrigado a saber tudo. Por sinal, sabemos até bem pouco. Mas o fato de sermos leitores nos ajuda a raciocinar mais rápido e a associar algo que não sabemos com algo que já sabíamos.
Por exemplo, se você compreende o conceito de Rede, pois já leu em vários lugares sobre ele, mesmo não sendo especialista no assunto, você terá duas ou três frases para dizer. Sentirá energia para seguir na conversação.
A leitura sistemática e orgânica aumenta nossa taxa de abstração. Usando a velha e excelente imagem: a abstração nos auxilia a ver a floresta além da árvore. O texto dentro do contexto. O que é fato e o que é interpretação.
Ler é capital sólido. Está certo que nunca o mundo esteve tão líquido. Mas, até por isso mesmo, a leitura nos dá horizonte para voarmos em ambientes turbulentos. Ambientes que exigem criatividade e inovação.
E para atiçar a criatividade e inovar, a gente precisa de muito combustível na cachola. E ninguém ainda inventou um posto de abastecimento de ideias tão prático e barato quanto a leitura.
Imagem: Régine Ferrandis, de Paris.
Autor que irritou Paul McCartney é escolhido para escrever biografia do músico
0Publicado por Folha de S.Paulo
O escritor Philip Norman, famoso biógrafo que escreveu “Shout! The Beatles in their Generation” e “John Lennon: A Vida”, consideradas as mais completas biografias sobre os Beatles, assinou um contrato com a editora Little, Brown and Company para escrever sobre a vida de Paul McCartney.
O livro, que tem previsão de lançamento para 2015, vem sendo escrito após uma “aprovação silenciosa” de Paul, segundo o autor.
“Ele não está cooperando diretamente com o projeto, mas não se opôs às minhas entrevistas com seus amigos próximos”, disse Norman.
A falta de objeções, de certa forma, demonstra uma aproximação entre McCartney e o autor nos últimos anos. Quando “Shout!” foi publicado, Paul criticou o livro, afirmando que o biógrafo tentava se aprofundar em especulações sobre a banda, como uma suspeita de assassinato do empresário dos Beatles, Brian Epstein, cuja morte foi considerada acidental pela polícia. Norman cortou o episódio das edições seguintes.
McCartney chegou a declarar que o biógrafo o retratou como “subserviente” a John Lennon e que parecia considerá-lo um músico inferior. Mais tarde, ao escrever a biografia de Lennon –que teve a aprovação prévia de Yoko Ono–, Norman foi criticado pela viúva do músico pelo motivo oposto e retratar Lennon injustamente.
“Fui acusado de ser contra Paul em ‘Shout!’ e depois cheguei a conclusão que talvez tivesse mesmo sido um pouco injusto com ele.”
Enquanto escrevia o livro sobre Lennon, Paul McCartney concordou em responder às perguntas do biógrafo por e-mail.
Philip Norman também é autor de “Sympathy for the Devil: The Rolling Stones Story,” “Elton John,” “Rave On: The Biography of Buddy Holly” e “Mick Jagger.”