Enem sem redação, mais um golpe na leitura
A famosa frase de Monteiro Lobato é bastante oportuna: âum paÃs se faz de homens e livrosâ
Tatiana Notaro, na Folha de Pernambuco
Uma das máximas mais verdadeiras proferidas pelos professores de redação PaÃs afora é: para escrever bem é preciso ler, e muito. A leitura amplia o vocabulário, o repertório de argumentos (essencial para um bom texto) e ainda ratifica gramática, com o uso das regras.
Não há como escrever bem sem ser um leitor assÃduo. E num PaÃs onde se lê pouquÃssimo (uma média que não chega a cinco livros per capita/ano) – onde o estÃmulo doméstico, em geral, é Ãnfimo -, ter um Ministério da Educação que propõe o fim da redação como critério de seleção à s universidades, no Exame Nacional do Ensino Médio, é mais que um grande absurdo, é uma condenação.
Ao invés de incentivar o hábito da leitura, mesmo que obrigatoriamente como preparação para a prova, se propõe um sistema apenas com o objetivo de avaliação. Esta e outras mudanças para o Enem serão anunciadas pelo ministro Mendonça Filho em coletiva de imprensa (hoje, às 11h) e ainda vão para consulta pública.
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