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Já ouviu falar da livraria portuguesa que inspirou J. K. Rowling em Harry Potter?
0Publicado no Nômades Digitais
O mundo de Harry Potter não foi retirado totalmente da imaginação da escritora inglesa J. K. Rowling. A maravilhosa arquitetura da Lello, livraria de mais de 100 anos de idade localizada no centro da cidade de Porto, em Portugal, serviu como fonte de inspiração para vários cenários da saga do bruxinho que conquistou fãs em todo o mundo.
Quando viveu na cidade no início dos anos 1990, Rowling encontrou nas imensas paredes forradas de livros, na escadaria, nos clássicos vitrais e na linda decoração do lugar, inaugurado em 1906, muita inspiração para seus livros.
Entre 1991 e 1993, quando morava na cidade e era professora de inglês, Rowling foi frequentadora fiel da livraria. Na época ela era uma mera desconhecida, mas a partir de 1997, quando seus livros se tornaram sucessos de venda, os vendedores da Lello perceberam que o local estava relacionado aos livros.
Claro, a livraria é tão bonita que por si só mereceria receber a visita de milhares de turistas diariamente, mas foi mesmo Harry Potter que alçou o lugar à fama. Hoje, a livraria vive lotada de fãs da saga que adoram se surpreender comparando cada cantinho do local com o cenários de Harry Potter, principalmente com a loja ‘Floreios e Borrões’, lugar onde os pequenos magos compravam os livros escolares para Hogwarts.
Imagens: Reprodução.
dica do Marcos Vichi
A Livraria, em Portugal, que inspirou J. K. Rowling
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Fachada da Livraria Lello, em Portugal, que inspirou J. K. Rowling (Foto: Aryane Cararo/Editora Globo)
Título original: procurando Harry Potter
Aryane Cararo, no Crescer
Ela já foi considerada a terceira livraria mais bonita do mundo pelo jornal britânico The Guardian, em 2008. Isso já seria motivo suficiente para inclui-la em um passeio para quem vai ao Porto, em Portugal. Mas a Lello & Irmão é muito mais do que bela. Dizem que foi ali que a autora J.K. Rowling se inspirou para criar a livraria da saga do bruxo Harry Potter, a Floreios e Borrões. Basta entrar na Lello para entender isso e mais: eu diria que ali tem muito de Hogwarts.
Não sou necessariamente uma fã do bruxinho, mas gostei de imaginar J.K. Rowling passeando por aqueles corredores apertados, aquela imensidão de livros até o teto, olhando para a madeira escura e sóbria, os vitrais tão coloridos, os baixos-relevos de grandes autores como Eça de Queirós e a escadaria tão bem ornamentada. Quase pude a ver ali, folheando livros, escolhendo obras, como tantas vezes todos nós já fizemos nas livrarias. E não pude deixar de pensar nas coisas que levei de cada uma delas que merecesse fazer parte de um livro. Qual teria capacidade de me influenciar? A Lello certamente teria.
A inspiração vem da vida. Não sei até que ponto a Lello influenciou a criadora de Harry Potter, mas fato é que ela morou no Porto entre 1991 e 1993, quando foi lecionar inglês, e escreveu ali uma parte da obra – ao menos o capítulo O Espelho de Ojesed, de A Pedra Filosofal. E se tem um programa obrigatório na cidade é conhecer a livraria. Para quem gosta de livros, é uma perdição. Há obras raras, expostas nas mais altas prateleiras. Há seções próprias para Camões, Fernando Pessoa, Saramago. E há também uma área para títulos infantis ao fundo, onde o carrinho que deslizava nos trilhos dentro da loja, para facilitar a devolução de cada exemplar a seu devido lugar, hoje está repleto de exemplares de Harry Potter.

Interior da livraria, com seus detalhes rendilhados e a escada carmim (Foto: Aryane Cararo/Editora Globo)
É linda por dentro e por fora. Para onde se olhe no interior do prédio de fachada neogótica, construído em 1906, há madeira rendilhada (em alguns pontos, sua imitação em gesso). Mas você só consegue prestar atenção direito nesses detalhes depois de ter sido abduzido pela beleza da escadaria vermelha em espiral. Não é à toa que a livraria viva tão lotada e tenha até instituído um sistema de cobrança na entrada – 3 euros, que são descontados na compra de um livro.
Li em algum blog que não eram permitidas fotos no local, a não ser pelas manhãs. Não sei se é verdade, mas fui pela manhã e fiz quantas fotos quis. Difícil é só não fotografar inúmeros desconhecidos. Apesar da muvuca, vale a pena respirar desse ar tão mágico e levar as crianças para conhecer, se houver a oportunidade de visitar o Porto. Não só por ter inspirado a autora de Harry Potter, mas para criar nelas o encantamento com as livrarias e os livros, justamente por causa desse clima de fantasia que a Lello tem.
E, uma vez que se está no Porto, por que não brincar de caçar outras referências ao universo do bruxinho? Eu as levaria ainda ao belíssimo Majestic Café, local de artistas e intelectuais nos anos 1920 e onde J. K. Rowling passou bastante tempo às voltas com a história de seu bruxo, e ainda faria um passeio próximo à universidade, para ver os estudantes vestidos como… Harry Potter, claro: de uniforme e capa pretos. Vocês vão ver que um livro nasce de onde menos se espera!