Um Sorriso ou Dois

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Por que este professor quer que você demita o seu coach

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Svend Brinkmann (Foto/Divulgação)

Svend Brinkmann (Foto/Divulgação)

Para filósofo dinamarquês, ler autoajuda não traz sucesso e fazer coaching é mais perigoso do que parece. Veja a entrevista exclusiva

Claudia Gasparini, na Exame

São Paulo — Olhe bem para o espelho, respire fundo e repita para si mesmo em voz alta: o 1º passo para o sucesso é… esquecer a autoajuda. O 2º passo é demitir o seu coach. Pelo menos se você for convencido pelas ideias de Svend Brinkmann, professor na Universidade de Aalborg, na Dinamarca.

Autor do livro “Stand Firm: Resisting the Self-Improvement Craze” (em tradução livre, “Fique firme: Resistindo à mania do autodesenvolvimento”), ele é crítico ferrenho da psicologia positiva e da crença de que a felicidade é uma escolha.

Em entrevista por telefone a EXAME.com, o filósofo dinamarquês afirma que parte da indústria da autoajuda só contribui para reforçar o problema que ela própria diz combater: a infelicidade causada pelo individualismo e pelo desinteresse em soluções coletivas.

Brinkmann faz um diagnóstico parecido sobre o efeito do coaching para o mundo do trabalho. “O próprio conceito de coach [“treinador”, em inglês], que vem do mundo dos esportes, pressupõe que você está competindo com os demais para vencer o jogo. Há um perigo em enxergar a vida como uma partida em que há vencedores e perdedores”, explica. Caminho contrário: Abaixo a competição nas empresas

A seguir, confira os principais trechos da conversa com o professor, em que ele fala sobre as relações entre produtividade, sucesso e ética — e dá um conselho para os brasileiros enfrentarem a situação amarga do mercado de trabalho sem cair em “discursos motivacionais baratos”:

EXAME.com – O que há de errado com a autoajuda?

Svend Brinkmann – Na verdade, o problema não é a autoajuda em si. Não nego que livros desse tipo podem ajudar certas pessoas, até porque também há bons títulos dentro desse gênero. Ainda assim, no geral, essas obras só reforçam o problema que supostamente deu origem a elas.

Incutem a ideia de que felicidade é uma escolha individual, algo que “só depende de você”. E quando as pessoas fracassam — o que acontece com qualquer ser humano — elas se enxergam como as únicas responsáveis pela própria derrota. Elas se sentem culpadas por algo que não estava sob seu controle.

A autoajuda é um sintoma de um outro problema, subterrâneo, mais grave, que é o individualismo. As pessoas se sentem desligadas umas das outras, completamente sozinhas, quando acreditam que podem atingir seus objetivos de vida, por conta própria, se seguirem “7 passos para a felicidade” ou algo parecido.

Livros com “receitas” como essa frequentemente viram best-sellers. Por quê?

Todo mundo deseja ser feliz, fazer fortuna, ter muitos amigos, construir uma carreira incrível. Apresentar esse objetivo como algo que depende só de você, como indivíduo, é algo muito atraente. A ideia se popularizou tanto que podemos dizer que está presente em tudo, inclusive na forma como as pessoas entendem o desenvolvimento das suas competências no trabalho. Aprenda: Como construir uma carreira à prova de crise

Numa era de incertezas como esta que vivemos, as pessoas se viram cada vez mais para dentro de si mesmas para tentar ter sucesso. A indústria da autoajuda ofereceu ferramentas a elas nesse sentido. Antes, não havia essa ideia de que era sua responsabilidade ser feliz. Era algo mais diluído em práticas culturais. Agora virou uma questão individual.

Qual é a origem desse fenômeno?

Os primeiros livros de autoajuda foram lançados na metade do século 20. Um dos exemplos mais famosos é “O poder do pensamento positivo”, lançado em 1952 pelo [pastor norte-americano] Norman Vincent Peale.

Uma curiosidade é que Peale foi o sacerdote da família de Donald Trump desde quando ele era criança, em Manhattan, e chegou a conduzir sua cerimônia de casamento [com a primeira esposa, Ivana]. Trump já citou “O poder do pensamento positivo” como um livro bastante inspirador para ele.

O livro de Peale fala sobre como você pode conseguir o que quiser se tiver pensamentos positivos. E veja o que aconteceu com Donald Trump! É um perigo. Eu pessoalmente sou bastante cético com relação a Trump e, assim, temo que essas técnicas sejam usadas para fins problemáticos.

Como essas técnicas aparecem no mundo do trabalho?

O mundo do trabalho se tornou muito psicologizado. Não são apenas as minhas competências que preciso desenvolver, mas também a minha personalidade, os meus sentimentos mais íntimos. Para ser um bom profissional hoje, preciso fazer cursos de desenvolvimento pessoal, coaching e por aí vai.

O empregador não pede apenas para o funcionário vender o seu tempo por uma certa quantia de dinheiro, mas também vender a si mesmo, a sua personalidade. Se eu me entregar nesse sentido, eu realmente não tenho nada mais que é meu. Esse é o problema.

Que tipo de mentalidade deveria existir, então?

Deveríamos pensar em termos mais coletivos. Não sou contra os objetivos que os livros e cursos de autoajuda pregam. Eu também quero que as pessoas sejam felizes e conquistem seus sonhos! [risos] Mas nós precisamos pensar na forma como tentamos fazer isso. Precisamos lembrar que os nossos males e tristezas têm uma natureza política. Portanto, os desafios precisam ser resolvidos de forma social, e não só individual.

Quando seguem o discurso do autodesenvolvimento, as pessoas tentam ser versões melhores de si mesmas, mas esquecem que também são responsáveis pelas demais. Vivemos numa sociedade que não dirige a sua atenção às necessidades dos outros. A alternativa à autoajuda, a “antiautoajuda”, seria ajudar o outro em vez de ajudar a si mesmo.

O autodesenvolvimento – isto é, estar interessado no próprio aperfeiçoamento pessoal e profissional – exclui a possibilidade de cuidar das outras pessoas?

Não, em princípio não. Teoricamente é possível ter um foco no seu próprio desenvolvimento sem deixar de pensar nos demais. Mas, na prática, essa atenção que você dirige a si mesmo, por meio da autoajuda, dificulta o pensamento nos outros.

Muita gente diz que você precisa primeiro amar a si mesmo para então amar o outro. Elas citam aquela instrução que recebemos em viagens aéreas: em caso de despressurização, coloque a máscara de oxigênio antes em você, e só então ajude a pessoa ao seu lado. Para mim isso está completamente errado. Não no sentido literal do avião, claro! Mas, na vida, precisamos estar lá para o outro, incondicionalmente, e não pensar antes em nós mesmos.

Para aproveitar a metáfora, imagine que a humanidade é um avião em queda livre. Hoje, as pessoas só estão preocupadas em respirar nas suas máscaras de oxigênio. Estamos chamando isso de autoajuda, “mindfulness”, e por aí vai. Ocorre que ninguém se levanta para checar que se há algum piloto na cabine, tentando salvar o avião. Se fizessem isso, descobririam que a cabine está vazia.

O que deveríamos fazer? Assumir o controle da cabine e tentar salvar o avião da queda. O que estamos fazendo? Estamos concentrados em respirar nas nossas máscaras individuais. O que quero dizer com essa imagem é que estamos numa sociedade desestruturada, que está enfrentando muitas crises, como um avião caindo. E nós somos esses passageiros que ficam sentados em suas poltronas, concentrados na sua própria felicidade e no seu próprio sucesso, nas suas máscaras de oxigênio.

Deveríamos sair dos nossos lugares e buscar uma solução sistêmica se quisermos salvar o avião, ou o mundo, do desastre. Não vamos melhorar o mundo se apenas melhorarmos nós mesmos. Precisamos agir juntos.

O mundo de trabalho está cada vez mais competitivo. Não seremos menos produtivos se tirarmos o foco do autodesenvolvimento?

Todos nós queremos ter um emprego e contribuir para o progresso. Não há nenhum problema em ser produtivo, em adquirir novas competências para trabalhar melhor. O problema é que o discurso sobre maximizar a produtividade tem uma consequência paradoxal. Ele deixa as pessoas cansadas e tristes, o que as torna menos criativas e menos eficientes.

Seres humanos fazem um bom trabalho quando se sentem seguros, quando sentem que podem confiar nos seus chefes, nos seus colegas. A economia moderna, a economia do conhecimento, precisa de pessoas que tenham coragem de desenvolver novos produtos e novas ideias. Todo mundo sabe disso. Mas o sistema que temos não tem dado sustentação a esse fato.

Talvez seja uma herança da velha sociedade industrial, por exemplo, que os empregadores ainda falem de seus funcionários como “recursos humanos”. Como se pessoas fossem recursos comparáveis a carvão ou petróleo. Coisas que se deve explorar, usar, otimizar.

Em primeiro lugar, isso é antiético, pessoas não são recursos, são seres humanos, com dignidade e direitos, elas não são coisas. Em segundo lugar, não é produtivo. Na vida moderna, precisamos trabalhar em equipe, com autonomia, com horários flexíveis. O modelo de trabalho mudou, exige mais liberdade. As pessoas precisam ser tratadas como pessoas, não como recursos humanos.

Na Dinamarca e em muitos países, há estatísticas assustadoras sobre a quantidade de profissionais com depressão, ansiedade, estafa por causa dos seus empregos. Esse tipo de coisa não poderia existir em um mundo civilizado. Nós deveríamos conseguir trabalhar sem passar por esses problemas. Você se identifica? 8 sinais de que você pode estar com depressão

Qual é a sua definição de sucesso?

De forma simplificada, ter sucesso é ser capaz de cumprir as suas obrigações. Algumas delas são comuns a todos os seres humanos, algumas são específicas de cada um de nós. Não acho uma boa ideia falar sobre sucesso sem falar em compromissos e obrigações.

Se você perguntar para um coach como Tony Robbins, um dos mais famosos do mundo, ele dirá que sucesso é fazer o que você quer, quando você quer, onde você quer, com quem você quer. Eu questiono isso. E se o que eu quero não for digno? E se o que eu quero for prejudicial para os outros? Se esse for o caso, eu serei realmente bem-sucedido se conseguir o que quero?

Acho que não. Eu preciso ter um objetivo digno. Mas, para saber o que é um objetivo digno, preciso fazer uma avaliação ética da minha vida. Não posso definir sucesso sem ética. Ter sucesso é conseguir fazer muito bem o que eu preciso fazer.

O título de um dos capítulos do seu livro é “Demita o seu coach”. Por que o coaching é algo descartável na sua opinião?

O próprio conceito de coach [“treinador”, em inglês], que vem do mundo dos esportes, pressupõe que você está competindo com os demais para vencer o jogo. Há um perigo em enxergar a vida como uma partida em que há vencedores e perdedores. Talvez o coaching faça algumas pessoas pensarem nesses termos e por isso é potencialmente perigoso.

Além disso, o coach muitas vezes age como um mero espelho seu. Ele fará você olhar ainda mais para si mesmo. No fundo, ele só reforça o individualismo, só cria um ciclo de autorreflexão perpétuo. Não precisamos de mais insights sobre nós mesmos. Precisamos olhar para fora.

Qual é o seu conselho para os brasileiros, que atualmente estão sofrendo com a alta nos índices de desemprego e a escassez de oportunidades em meio à crise?

É importante estar atento para não cair em discursos motivacionais baratos. Quando a economia de um país vai mal, é quase constrangedor ouvir alguém dizendo frases como: “Basta que você esteja motivado para ter sucesso”.

O título original do meu livro, em inglês, é “Stand firm” [“Fique firme”, em português]. Mas para um país que está enfrentando múltiplas crises, como o Brasil, seria importante acrescentar a palavra “juntos” a essa mensagem: “fiquem firmes juntos”.

É importante não transformar a solução em mais um projeto individual. Pensar só em si mesmo é uma tentação muito grande em tempos de crise. Mas eu espero que as pessoas percebam que, a longo prazo, será melhor para todo mundo se buscarem soluções coletivas para os seus problemas.

Livros de colorir: entenda fenômeno em 10 cifras impressionantes

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G1 lista números do filão que está ‘salvando’ o mercado editorial em 2015.
Obras já venderam R$ 25 milhões e influenciaram vendas de lápis de cor.

Os seis lviros para colorir mais vendidos de 2015 até aqui (Foto: Divulgação)

Os seis lviros para colorir mais vendidos de 2015 até aqui (Foto: Divulgação)

Cauê Muraro, no G1

Chamam-se “jardineiros” os salvadores do mercado editorial brasileiro em 2015. Não precisam ler uma linha sequer: as ferramentas são estojos de lápis de cor. O apelido é referência ao grande best-seller do ano no país: “Jardim secreto”, da escocesa Johanna Basford. A obra encabeça o atual acontecimento literário do país – livros de colorir para adultos. O G1 consultou editoras e analistas de mercado e separou dez cifras impressionantes que explicam o boom (veja abaixo).

Eles são antiestresse, interativos, sintoma da infantilização do mundo atual – as opiniões a respeito dos títulos para colorir variam.

“Eles estão movimentando gráficas, editores, ilustradores. Mas, óbvio, é um fenômeno que vai acabar. Todo ano tem algo assim”, afirma ao G1 Cassia Carrenho, gerente-geral do PublishNews, portal que analisa o mercado. Dois exemplos de ondas anteriores: livros eróticos, como “Cinquenta tons de cinza”, e os religiosos. “O mercado editorial não lança moda, ele só segue a moda. Uma tendência em todas as áreas, não é só no editorial, de voltar um pouco às raízes, o ‘handmade'”, continua Cassia.

Outra facilidade óbvia para trazer sucessos internacionais de colorir ao Brasil: eles não precisam ser traduzidos. Além disso, é comum que o “leitor”, depois de concluir a pintura, compre uma segunda obra. E eventualmente uma terceira, uma quarta… As próximas tendências do setor devem ser livros para colorir de nicho, temáticos. A nova leva terá títulos sobre gatos e bichos em geral, além de clássicos para colorir (tipo “O pequeno príncipe”) e uma série sobre “cidades do mundo’. O êxodo rural dos jardineiros era mesmo questão de tempo.

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Os livros de colorir também reduziram o estresse do mercado editorial do Brasil ao amenizar a crise do setor. Venderam R$ 25,18 milhões entre janeiro e maio deste ano e evitaram queda do faturamento geral com relação a 2014. O número está em um estudo do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e do Instituto de Pesquisa Nielsen.

livros-de-colorir_2Escrito – ou desenhado – pela escocesa Johanna Basford, “Jardim secreto” iniciou sua trajetória por aqui a tempo de aproveitar o Natal: saiu, muito calculadamente, em 27 de novembro. Desde então, virou o líder absoluto do ranking nacional, com 880 mil cópias (e contando…), informa a Sextante. “No nosso catálogo, entra em não ficção, mas poderia entrar em arte ou em autoajuda, pois transcende essa categorização”, afirma a gerente de aquisições da Sextante, Nana Vaz de Castro. Versátil, também transcendeu o status de livro-presente-natalino. “Em abril foi realmente um escândalo.” É que era “véspera” do dia das mães.

livros-de-colorir_3Com mais de meio milhão de exemplares vendidos desde o lançamento, em abril, o vice-campeão do ano no Brasil também é assinado por Johanna Basford. A Sextante informa que tem pelo menos outros oito títulos para colorir previstos para os próximos meses – incluindo um obrigatório sobre gatos.

livros-de-colorir_4Nem só de jardim e floresta vive o filão dos livros para colorir. A categoria se divide em subespécies: tem, por exemplo, a vertente “gatos” (por enquanto, apenas os animais, mas nunca se sabe), a vertente “mandalas” e a vertente “datas comemorativas” (“Mãe, te amo com todas as cores” para o dia das mães e “Amor em todas as cores” para o dia dos namorados”). O Instituto Nielsen – responsável junto do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) pelo Painel das Vendas de Livros do Brasil – calcula que existam pelo menos 76 títulos de colorir para adultos circulando atualmente. Por enquanto.

livros-de-colorir_5O portal PublishNews, que monitora o mercado editorial brasileiro, informa que cinco dos dez livros de não ficção mais vendidos do ano, entre janeiro e maio, são títulos de colorir para adultos. Mas por que não ficção? “Teve até uma tendência a colocar como autoajuda. Mas, se não fosse para relaxar – o que, aliás, é um grande marketing –, seriam o quê? Livros de ilustração. É não ficção”, justifica ao G1 Cassia Carrenho, gerente-geral do site.

livros-de-colorir_6É culpa das mães. Graças a elas, ou ao dia delas, maio foi um mês especialmente bom para os livros de colorir: os oito primeiros colocados no top ten de não ficção foram de colorir, mostra PublishNews. Sintomaticamente, “Mãe, te amo com todas as cores” foi o quarto colocado no ranking de maio. Comparando com o mesmo mês de 2014, neste ano as vendas cresceram 27% em volume e 21% em faturamento, totalizando R$ 115,8 milhões – em 2014, foram R$ 95,7 milhões.

livros-de-colorir_8O Instituto Nielsen informa que o preço médio dos livros de colorir é de R$ 27,98 – considerando todos os segmentos, o preço é R$ 39,26. O mais caro dentre os “coloridos” pesquisados é “Netter anatomia para colorir”, que custa R$ 91,73. Mas ele tem função didática e é voltado a público específico. O vice-campeão é a versão em inglês de “Floresta encantada”, que sai por R$ 64,54. O mais barato de todos é “Contos de fada supercolorir”, com preço médio de R$ 7,89.

945-preco-do-estojoCom 120 cores, o estojo metálico top de linha da Faber-Castell é o mais caro da marca, que o descreve como voltado a “profissionais [designers, ilustradores] e amadores exigentes”. De acordo com a fabricante, há “jardineiros exigentes”, que gastaram R$ 945 para adquirir um desses, com itens importados da Alemanha. A empresa informa, no entanto, que os favoritos dos consumidores dos livros de colorir são os estojos aquareláveis de 48 cores (R$ 80) e de 36 cores (R$ 60).

livros-de-colorir_9Um efeito colateral do fenômeno foi o aumento das vendas de lápis de cor. O G1 apurou que chegou a faltar o produto em grandes redes do setor. A Kalunga informa que houve alta de 210% das vendas em maio de 2015 na comparação com o mesmo mês do ano passado. Canetas hidrográficas e apontadores também saíram mais. Na Armarinhos Fernando, a procura por lápis de cor chamou atenção sobretudo por ter ocorrido fora do período “voltas às aulas”, em que as vendas são tradicionalmente altas. A Faber-Castell informa que, em abril, as vendas cresceram cinco vezes em relação a abril de 2014. Desde então, houve reforço na produção dos estojos de 36 e de 48 cores.

livros-de-colorir_10Editado pela independente Bebel Books, “Suruba para colorir” convenientemente não tem qualquer ilustração na capa. Na  contracapa, um aviso: “18+”. Assinado pelo jornalista e escritor Xico Sá, o texto ali avisa: “Tons de cinza um cacete”. Segundo a editora, o projeto nasceu de “uma brincadeira entre amigos’. São 34 ilustrações, de nomes como Laerte, Adão, João Montanaro e Fabio Zimbres. A primeira edição saiu com 1,8 mil exemplares.  A segunda, com 3,6 mil. Diante do sucesso e dos pedidos, chegou-se a uma terceira – com 25 mil exemplares, um recorde da editora. “Pra gente, é um número inimaginável. Nem nos meus sonhos mais dourados eu iria ter conseguido”, comemora ao Bebel.

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