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Morador de rua de BH vence o crack com a ajuda da literatura e já tem dois livros publicados

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Daniel Froes, no Razões para Acreditar

O mineiro Roberto Nascimento, de Governador Valadares, encontrou na literatura a porta de saída do vício no crack. “De morador de rua a poeta”. É assim como ele define a sua superação.

O vício na droga o fez perder a família, os amigos de infância, o emprego, a autoestima, o sorriso. Mas, graças a sua vontade de dar a volta por cima e o contato com o mundo mágico das letras, ele conseguiu deixar o crack e se tornar um poeta.

“Fui um sem-teto até fevereiro passado. Agora ganho a vida negociando meu livros”, conta Roberto, que já tem dois livros lançados: “O poeta ambulante I e “O poeta ambulante II” – cada um custa apenas 5 reais!

Roberto e a família moraram durante um bom tempo na Zona Leste de Belo Horizonte. Ele estudou só até a 6ª série, casou-se e teve três filhos. Conheceu o crack já adulto e se tornou um dependente químico. A droga desestruturou o casamento de 20 anos e Roberto acabou se separando da esposa.

“Para bancar o consumo do crack, vendi até os aparelhos de celular dos meus filhos. A esposa me largou. Foi com as crianças – tenho duas meninas e um rapaz – para Salinas (Norte de Minas Gerais). Já eu fui para a rua”, lamenta. O crack também lhe tirou o trabalho como pedreiro.

Mas, no dia 27 de fevereiro de 2013, Roberto escutou de um policial o que ele precisava para reunir forças para abandonar o crack. Ele disse a Roberto que, em cada 100 viciados na droga, de dois a três conseguem largar o vício. “Sou um desses dois ou três”, ele disse.

O policial o levou para o programa SOS Drogas, onde Roberto foi amparado por especialistas e encaminhado ao Centro Mineiro de Toxicomania (CMT). Ele começou a frequentar a unidade do Bairro Cruzeiro do Centro de Referência de Saúde Mental (Cersam).

Um novo mundo se abriu com a literatura

Foi lá que Roberto teve o seu primeiro contato com a poesia. Roberto ficou encantado com os textos de Castro Alves (1847-1871) e Gonçalves Dias (1823-1864). O rapaz começou a escrever e declamar seus próprios versos estimulado pelos profissionais do Cersam, que o encorajou a publicar sua primeira obra, em 2014. A segunda foi lançada há pouco tempo.

Hoje, o morador de rua trabalha em um novo projeto ao lado da atriz, cantora, contadora de histórias e professora de literatura Jhê Delacroix. Roberto publicará uma coletânea de cordel no próximo ano. “Percebi que ele tem tino para o cordel. Os cordelistas estão cada vez mais raros nos grandes centros urbanos”, conta a professora do Cersam.

Foto de Capa: Divulgação

via [em.com.br]

Professora utiliza ‘memes’ para atrair alunos em universidade em Cabo Frio

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"Suspeitos" conversam sobre aula de nivelamento de português (Foto: Facebook/Reprodução)

“Suspeitos” conversam sobre aula de nivelamento de português (Foto: Facebook/Reprodução)

 

Cursos de universidade de Cabo Frio, RJ, são divulgados nas redes sociais.
Memes aumentaram a frequência dos estudantes, segundo a professora.

Publicado no G1

“E aí, qual o esquema? São três fases. Primeiro a gente aborda, depois explica o que tá acontecendo, aí finaliza”. A conversa entre dois “suspeitos” parece o plano de um crime, mas, na verdade, é a forma como a professora Mônica Cabral, de 49 anos, encontrou para atrair os alunos em uma universidade de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio. O objetivo é utilizar os “memes” para aumentar a frequência dos estudantes nas aulas de nivelamento de português aplicadas na universidade.

Professora há 30 anos, ela testemunhou a transição da divulgação do projeto oferecido pela faculdade. Nele, os alunos recebem conteúdo básico gratuito de Biologia, Física, Matemática e Português. De acordo com ela, as salas de aula ficavam vazias com a forma como a propagação do curso de nivelamento era feita.

“Dou aula no Nivelamento de Português desde que entrei para a universidade, em 2004. Desde então, a divulgação ficava a cargo da própria instituição, por meio de cartazes nos murais. Eu divulgava em sala, durante as minhas aulas. Com todos os esforços, a participação dos alunos ainda era muito pequena”, disse a professora, mestre em Língua Portuguesa formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professora de oito matérias em quatro cursos da universidade.

Livro O Código da Vinci, do Dan Brown, serviu de inspiração para "meme" (Foto: Facebook/Reprodução)

Livro O Código da Vinci, do Dan Brown, serviu de inspiração para “meme” (Foto: Facebook/Reprodução)

Da divulgação realizada no “boca a boca”, a professora passou a utilizar o Facebook como ferramenta de anúncio dos cursos de nivelamento. Com o tempo, as publicações comuns deram espaço às postagens mais criativas. Com o auxílio da filha, Luana Cabral, de 20 anos, aluna do curso de Publicidade na mesma instituição, elas iniciaram uma parceria para a produção dos memes.

“Costumo tratar pedagogicamente os conteúdos de língua portuguesa de um modo leve, com exemplos do dia a dia e situações engraçadas. Desse ponto de vista, essa linguagem (utilizada nas redes sociais) permite uma aproximação maior com os alunos, de forma lúdica”, afirmou.

O sucesso nas redes sociais fez a brincadeira se tornar motivo de reunião semanal. De acordo com a professora, ela e a filha se reúnem para discutir o tema da aula e das propostas. Desta forma, buscam intertextualizar o tema da aula com os acontecimentos em destaque da semana para a crianção dos memes.

Com mais interatividade nas redes sociais, a professora conquistou o objetivo de aumentar a frequência dos alunos no curso de nivelamento da universidade. No entanto, ela afirma que a cada semana tem um novo desafio. “Temos que atender a expectativa desse novo público”, diz.

Além de ter mais alunos assistindo às aulas, Mônica Cabral garante que houve aumento nas curtidas e comentários na publicação dos memes no Facebook e que é abordada nos corredores da universidade para saber quando haverá novas postagens.

Memes publicados pela professora rendem curtidas e compartilhamentos (Foto: Facebook/Reprodução)

Memes publicados pela professora rendem curtidas e compartilhamentos (Foto: Facebook/Reprodução)

 

“Essas publicações trouxeram ainda mais visibilidade ao curso e interesse dos estudantes pelas aulas. Não só as curtidas e os comentários aumentaram, mas também a frequência na sala. Nos encontros com os alunos pelos corredores e salas da universidade, eles comentam sobre as postagens. Alguns, inclusive, me disseram que ficam aguardando as postagens para ver o que iremos trazer de novidade quanto aos memes”.

Quadro 'O Grito' (1983) de Edvard Munch serviu para falar sobre vírgulas (Foto: Facebook/Reprodução)

Quadro ‘O Grito’ (1983) de Edvard Munch serviu para falar sobre vírgulas (Foto: Facebook/Reprodução)

Apesar do sucesso na universidade e de ter feito a brincadeira ter dado certo, ela afirma que o mais importante é ter os alunos dentro da sala de aula.

“O fato mais importante é de o nivelamento de Português atrair mais estudantes da universidade nas aulas. O objetivo do curso é exatamente este: torná-los leitores e produtores de textos com mais maturidade linguística”, conclui.

Cláudia Costin: “O maior erro foi não ter discutido a reforma do Ensino Médio com os jovens”

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A professora Cláudia Costin, em dezembro de 2015. Jorge Araújo Folhapress

A professora Cláudia Costin, em dezembro de 2015. Jorge Araújo Folhapress

 

Especialista diz que a reforma do ensino médio era urgente e elogia o aumento da carga horária

Marina Rossi, no El País

A necessidade de uma reforma no Ensino Médio é praticamente um consenso entre especialistas e educadores. Mas o fato de ter sido feita por meio de uma Medida Provisória, às pressas e sem diálogo com a comunidade escolar, é um ponto negativo quase consensual também. Cláudia Costin, professora de Harvard e da Fundação Getúlio Vargas, acredita que a falta de diálogo para propor uma reforma tão profunda na educação brasileira foi o maior problema da Medida Provisória do Ensino Médio, que acaba de ser aprovada no Senado, faltando apenas ser sancionada pelo presidente Michel Temer.

Ex-ministra da Administração e Reforma do Estado no Governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ex-secretária Municipal de Educação do Rio de Janeiro e ex-secretária da Cultura de São Paulo, Costin passou também pelo Banco Mundial.

Pergunta. O que você achou da proposta da reforma do Ensino Médio?

Resposta. Era urgente reformar o Ensino Médio. Hoje temos 13 disciplinas na grade curricular de alguns Estados, chegando a ter até 15 disciplinas em outros para uma carga de quatro horas e meia por dia. Não é razoável. Dos 30 países que ficaram em primeiro lugar no Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes], nenhum tem uma carga assim.

P. Por que o nosso modelo é assim ainda hoje?

R. Esse modelo de disciplinas tem muito mais a ver com interesses corporativos do que com o interesse dos jovens. São associações e sindicatos de professores que pressionam para que muitas disciplinas ainda permaneçam no currículo. A escola no Brasil já não é pensada para adolescentes e jovens. O currículo é enciclopédico. Por isso, quando começaram a trabalhar na Base Nacional Comum Curricular fiquei muito otimista quando deram atenção para esse excesso de disciplinas.

P. Qual é o ponto negativo, na sua opinião, dessa reforma?

R. Não gostei de ter sido por meio de uma Medida Provisória. O Brasil teve várias mudanças educacionais ao longo da história e sempre foi um processo muito discutido. Era muito importante discutir essas mudanças com os jovens. Eles têm idade para isso. Nós temos uma tendência no Brasil de infantilizar o adolescente…

P. Como assim?

R. Todo mundo se inspira no modelo educacional da Finlândia, por exemplo. Mas esquecem de uma coisa: lá eles nunca chamam os pais para discutir a escola ou falar do aluno. Eles falam com os jovens. O jovem vota para presidente da República mas não pode definir o que vai acontecer na sua vida escolar. Isso é um paradoxo. Mesmo que ele cometa erros, ele deve participar das decisões, pois ele pode aprender com os erros.

P. E quais os pontos mais positivos desta reforma?

R. Gostei muito de terem aumentado a carga horária para cinco horas diárias, diante das quatro horas e meia atuais. Deram um prazo para que as escolas possam cumprir essa alteração. Acho que aumentar a quantidade de horas é, inclusive, muito mais factível do que o ensino integral.

P. E sobre a não obrigatoriedade de oferecer as aulas de artes e educação física?

R. Acho que arte, por exemplo, é fundamental desde o ensino básico. Mas sobre sociologia e filosofia, acho interessante que não seja necessariamente por meio de uma disciplina. Você pode ensinar sociologia inserida na disciplina da física, por exemplo. Não precisa ser uma disciplina à parte. De maneira geral, vejo com bons olhos a proposta que saiu. Acho que teríamos ganhado mais se tivessem colocado urgência no projeto de lei que já tramitava na Câmara, e não transformado em uma Medida Provisória. O maior erro foi não ter discutido com os jovens.

P. A Câmara aprovou a Medida Provisória na mesma semana em que o Senado aprovou a PEC do teto de gastos. Essa proposta de estabelecer limite para os investimentos públicos pode interferir no que se está propondo para a Educação?

R. Eu sou super a favor de um Governo que está em déficit corte despesas. Mas é um bom momento para se estabelecer prioridades, que, ao meu ver, seriam a criação de uma rede de proteção social para os mais pobres e a educação. Como vamos crescer em bases sustentáveis sem investir em educação de qualidade? E investir em educação de qualidade significa pagar melhor o professor. O maior gasto com a educação é o salário do professor e é assim que deve ser. Sobre a PEC, não sei como farão para investir na ampliação da rede de período integral, por exemplo, com os limites de gastos. Eu tenho a expectativa de que em pouco tempo alguém se dê conta de que essa PEC seja revista antes dos dez anos.

Cérebro bom exige cama e comida, afirma professora do MIT

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A neurocientista e especialista em liderança Tara Swart

A neurocientista e especialista em liderança Tara Swart

Bruno Benevides, na Folha de S. Paulo

O futuro da formação em negócios passa por cursos que ofereçam ioga, meditação, ginástica e comida saudável, segundo a neurocientista britânica Tara Swart, que não revela a idade.

Formada em medicina na Universidade de Oxford, com especialização em neurociência pelo King’s College, em Londres, Swart trocou o hospital pela escola. Ela ensina executivos a usarem melhor seus cérebros.

Um profissional no comando precisa treinar a mente da mesma forma que um atleta treina o corpo —aprender a tocar um instrumento musical ou uma nova língua são formas de melhorar o rendimento, aconselha ela, que chefia cursos sobre liderança e neurociência no MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos EUA.

A especialista atua também como coach de executivos por meio de sua consultoria, “The Unlimited Mind”, na qual tenta usar as descobertas mais recentes da neurociência para ajudar seus clientes.

Folha – Como a neurociência pode ser útil na vida profissional?
Tara Swart – Quando você atua como líder, se entender algumas pequenas questões-chave sobre o funcionamento do cérebro conseguirá tomar as melhores decisões e também extrair mais do cérebro das outras pessoas.

Como seria a escola de negócios perfeita, do ponto de vista da neurociência?
Quando você ensina neurociência, precisa sentar com os alunos para mostrar como aprender da melhor forma possível. Neurociência tem muito a ver com mudar o comportamento e conhecer coisas novas.

Fazer exercício pela manhã, antes do início das aulas, deve ser incluído no programa porque assim os alunos vão fazê-lo. Em dias que você se exercita, há uma chance maior de você ser produtivo, porque o cérebro fica mais oxigenado, lembra mais coisas, aprende melhor e pensa de forma mais criativa. Também há outros aspectos: a comida que consome, a água que bebe, se toma café ou álcool à noite. Tudo isso afeta o cérebro. Então, é preciso dar os melhores conselhos, mas também ajudar os alunos a terem acesso a isso. Precisa disponibilizar, ter comida saudável e muita água na sala de aula, por exemplo.

Um outro nicho no qual a neurociência atua hoje é nos modos de acalmar a mente e ajudar a focar no que importa. Então, no fim do dia, no curso do MIT temos um guia que dá uma aula para acalmar a mente. Temos também esteiras, para que o aluno faça exercícios. Isso ajuda no que chamamos de aprendizado espacial. É uma técnica na qual você aprende alguma coisa, para e vai aprender outra completamente diferente, como correr. Pequenas coisas, como isso, estimulam seu cérebro a aprender mais do que se você só ficar sentado ouvindo o professor falar.

Como o estudante deve escolher um curso desse tipo?
É importante saber quanto de ciência o curso ensina. Há muito curso baseado em psicologia por aí e as pessoas estão procurando algo mais específico. Então, busque algo que não seja só psicológico, mas que traga as descobertas recentes da neurociência.

Há muitos cursos sobre o assunto, mas, infelizmente, muitos têm pessoas sem um conhecimento científico rigoroso, que falam coisas muito simplificadas ou que não são verdade. É preciso tomar cuidado sobre isso.

A neurociência vai substituir a psicologia na educação de executivos?
A neurociência e a psicologia estão no mesmo espectro. Ambas são ciências cognitivas. A neurociência é mais sobre a fisiologia de seu cérebro. Não diria que ela vai substituir a psicologia, mas sua participação nessa educação de liderança e gestão vai aumentar. Há 20 anos, pessoas achavam que pensar de forma estratégica era um sinal de liderança, em comparação com uma atitude mais prática. Nos próximos 20 anos, entender o comportamento cognitivo vai ser o que dará uma vantagem para quem quiser ser um líder.

No Brasil, cresce o número de cursos que unem neurociência com diferentes áreas, como economia, marketing. Como a neurociência pode ajudar a entender esses assuntos?
De duas formas, na realidade. Uma é que agora podemos usar instrumentos como tomografia e exame de sangue para obter mais evidências sobre coisas que sempre achávamos que estavam certas. E também temos alguns conceitos que não tínhamos antes e que, atualmente, a neurociência mostra que é como devemos pensar. Um exemplo disso na área econômica é que cada uma das decisões que tomamos são influenciadas por emoção. Nós não poderíamos confirmar isso até podermos ver a tomografia de um cérebro no momento de tomar uma decisão.

É possível ensinar um cérebro a liderar?
Pessoas têm habilidades naturais, mas há duas opções. Ou focar nessas habilidades que já possui ou aprender novos hábitos e comportamentos. Sabemos hoje que os cérebros têm plasticidade, a habilidade de mudar. Não podemos exagerar, dizer que todo mundo vai virar um líder, mas a maioria das pessoas pode atuar no comando, fazer coisas que acham que não podem fazer. Um caminho é aprender novas línguas ou um instrumento musical depois que você já é adulto, porque isso ajuda seu cérebro a ficar flexível, o que permite pensar melhor, solucionar problemas de maneiras diferentes, ser mais criativo.

Como perceber que estamos ampliando a flexibilidade do cérebro?
Qualquer coisa que exija atenção e intensidade muda o cérebro. Para saber se o que você está fazendo é intenso o suficiente, se você sentir fome ou cansaço durante aquela atividade, é provável que seu cérebro esteja trabalhando muito. É como levantar peso na academia: você pode ver seu músculo aumentando. Se faz exercícios mentais, vai notar seu cérebro mudando e evoluindo também. Alguém que nunca cozinhou, pode começar a fazer uma comida, ou praticar um esporte que nunca fez, ou viajar e conhecer gente. É preciso expor o cérebro a novas experiências.

Como melhorar o rendimento do cérebro?
É preciso começar com a parte física dele. Primeiro, ele precisa descansar, com sete a nove horas de sono de qualidade por noite. Se não fizer isso, vai ter um QI menor no dia seguinte. Também é preciso dar mais nutrientes para o cérebro, o que significa consumir uma comida mais saudável, mais alimentos como abacate, salmão, ovos, óleo de castanha e de coco, chá verde. E beber mais água. Mantenha o corpo hidratado e o cérebro oxigenado através de exercício. Não precisa ser nada pesado, só não pode ficar sentado o dia todo, é preciso ser ativo. Se você não tiver tempo, apenas meditar e respirar melhor já ajuda a oxigenar o cérebro. Por último, é preciso levar um pouco de simplicidade para a rotina. Ser um líder exige muito do tempo. Então, se não se organizar, o cérebro vai perder tempo com questões menos importantes, como escolher qual roupa vestir pela manhã.

Ex-faxineira vira professora e muda vida de crianças de favela

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Foto: reprodução / TV Globo

Foto: reprodução / TV Globo

 

Publicado no Só Notícia Boa

Um exemplo de garra, superação e amor ao próximo.

Uma ex-faxineira de São Julião, no Piauí se tornou professora e virou referência pelo trabalho educacional voluntário que realiza com crianças carentes da comunidade Sol Nascente, umas das maiores favelas do Brasil.

Moradora de Ceilândia, cidade carente do Distrito Federal, a 40 km de Brasília, Margarida Minervina da Silva, popularmente conhecida como “Margarida do Primo”, foi destaque no ‘Fantástico’ da Rede Globo na edição deste domingo, 08 de janeiro.

Quando saiu do Piauí seu primeiro emprego na capital não foi como professora, mas como gari.

Depois disso, virou diarista foi faxina em cemitério. Ela contou que bico lavando cada túmulo por R$ 1.

A professora mora em um barraco no Sol Nascente, uma imensa ocupação irregular da periferia de Brasília.

A escola pública que Margarida ajudou a construir é o único sinal da presença do Estado no local.

Ela dá aulas e recebe pouco mais de R$ 500. Ao lado de sua casa, Margarida leciona em uma escolinha de reforço que atende as crianças da comunidade, todas de escolas públicas.

“Todo mundo é capaz por igual, só que cada um tem o seu tempo, eu aprendo de uma maneira, você aprende de outra”, disse Margarida.

Com informações do Fantástico

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