A Diferença Invisível

Posts tagged escolas municipais

Governo de Pernambuco anuncia distribuição de livros após exemplo da estudante Rivânia

0
Foto de Rivânia tentando salvar os livros comoveu o País / Valter Rodrigues/Blog Tenório

Foto de Rivânia tentando salvar os livros comoveu o País / Valter Rodrigues/Blog Tenório

 

Todas as escolas municipais e estaduais dos municípios atingidos pelos alagamentos receberão livros

Publicado no Diário de Pernambuco

A estudante Rivânia Rogéria dos Ramos Silva, de 8 anos, moradora do Distrito de Várzea do Una, na Zona Rural do município de São José da Coroa Grande, a 114 quilômetros do Recife, na Zona da Mata Sul, vai receber a visita do governador Paulo Câmara nesta segunda-feira. Em meio à tragédia dos alagamentos que atingiram a residência da menina na semana passada, Rivânia surpreendeu e causou emoção ao priorizar sua bolsa com material escolar no momento em que ela e seus avós, Eraldo Luiz de Lima e Maria Ivane da Silva, eram resgatados.

Pouco antes do resgate, a avó recomendara que a menina que estuda na Escola Municipal Várzea do Una levasse apenas o mais importante. Rivânia escolheu seus livros e a história ganhou repercussão nacional.

O fato alcançou repercussão nacional e acabou sendo tomado como motivação para a distribuição de livros pelo Governo de Pernambuco para escolas municipais e estaduais da área atingida pelos alagamentos.

Para o governador Paulo Câmara, a estudante de São José da Coroa Grande é “um símbolo e um exemplo”. Segundo informe do Governo de Pernambuco também será visitada a escola da estudante. “Rivânia é um símbolo e um exemplo para todos nós. É uma história edificadora no meio de tanta dificuldade, de tanta tragédia”, ressaltou Paulo Câmara, acrescentando que ela inspirou a decisão da distribuição de livros a todas escolas municipais e estaduais dos municípios castigados pelas chuvas.

Que matérias já foram obrigatórias nas escolas brasileiras?

0

publicado no Mundo Estranho

Desde educação moral e cívica até bordado e horticultura, os alunos brasileiros já foram obrigados a estudar todo tipo de coisa na escola. A variedade de matérias adotadas – e descartadas – no currículo é fruto da própria variação do contexto sócio-econômico no país e do direcionamento político dos governos que se sucederam ao longo da história. Vale lembrar que, na verdade, o currículo básico definido pelo governo não é totalmente rígido. Ele estipula o que deve constituir a base do ensino, mas dá certa liberdade para as escolas montarem suas grades. A lei atual, por exemplo, diz que são obrigatórias aulas de educação física. Porém, cada escola pode escolher como serão essas aulas. Assim, enquanto um colégio pode ficar no feijão-com-arroz do futebol e basquete, outro pode optar por esgrima, badminton ou outro esporte diferentão. :- P

kids_chess_tournament

PROFESSOR ALOPRADO

Veja algumas das disciplinas mais inusitadas já ensinadas no Brasil

CURSO BÍBLICO (1549-1827)

No Brasil colonial, se nem havia escolas direito, imagine então um currículo! O que rolava de ensino obrigatório era, na verdade, uma catequização. Os padres jesuítas ensinavam doutrina cristã e língua portuguesa aos índios para que, assim, eles pudessem ler a Bíblia e converter-se ao catolicismo.

LÁPIS E BORDADO (1827-1879)

Nesse período, o currículo começou a ter o formato que conhecemos hoje, com aulas de matemática, ciências e ginástica. Porém, a escola refletia o machismo da sociedade: as meninas só aprendiam a ler, a escrever e a fazer as contas básicas de matemática – além disso, tinham aulas de bordado e outras prendas domésticas.

JE SUIS BRÉSILIEN (1890-1946)

Com a República, a influência francesa aumentou e o idioma do biquinho passou a ser obrigatório. Os alunos também passaram a ter aulas “disciplinadoras”, como caligrafia, voltadas para difundir entre a população os princípios burgueses de valorização da família e do trabalho para o progresso do país.

TRABALHO INFANTIL (1879-1890)

Na ebulição política que antecedeu a Proclamação da República, o currículo incorporou matérias voltadas para atividades produtivas, como uma espécie de ensino técnico. Havia aulas de noções de lavoura e horticultura, além de marcenaria e economia, para os meninos, e, para as meninas, costura e economia doméstica.

APRENDENDO A NÃO PENSAR… (1946-1986)

Nesse período, as meninas chegaram a ter aulas de puericultura, em que aprendiam a cuidar de bebês. A partir do golpe militar, em 1964, disciplinas reflexivas, como filosofia, cederam lugar para coisas como organização social e política brasileira (OSPB), tudo para formar cidadãos comprometidos com a máquina verde-amarela – mas, claro, que não pensassem muito sobre isso…

BOTANDO PINGOS NOS IS (1986-1996)

A redemocratização do país foi acompanhada de um ajuste no currículo, que ficou mais específico. Por exemplo, no lugar de comunicação e expressão, nasceram português e literatura; em vez de estudos sociais, história e geografia; e a matemática virou matéria própria, destacada do vasto campo das ciências.

PENSO, LOGO, EXISTO (1996-HOJE)

Em tempos de globalização – e pra não ficar no “enrolation” do “la garantia soy jo” -, a galera também passou a aprender ao menos uma língua estrangeira moderna. E, desde 2008, filosofia e sociologia, que haviam sido banidas pelos militares, voltaram ao ensino médio.

O QUE ROLA DE MAIS DIFERENTÃO HOJE

Em colégios no Brasil…

Cansou de futebol nas aulas de educação física? É só ir para Vila Nova do Piauí: nas escolas municipais de lá, os alunos jogam é xadrez! Já em Guaíra e Barretos, cidades do interior de São Paulo, a galera tem aula de cultura pela paz, em que aprendem a ser compreensivos, dialogar com o próximo, controlar as emoções e – ufa! – relaxar…

… e no mundo

Em algumas províncias do Japão, os alunos – todos! – têm aulas de técnicas domésticas básicas, para aprender a cozinhar ou a costurar um botão de calça. Para a turma do paz-e-amor, nas escolas públicas do estado de Himachal, na Índia, é obrigatório praticar ioga. Já em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, a onda não está tão zen: a galera de lá tem aulas de jiu-jítsu!

Ser aluno na Maré: educação marcada por violência e dias perdidos

0

Irmãos contam como confrontos frequentes têm afetado desempenho na escola e sonhos de uma vida melhor.

mare

Publicado em G1

Os gêmeos Samir e Samira têm apenas 11 anos mas já sabem com clareza o que gostariam de ser no futuro. Samira quer ser dentista; Samir adora bichos e sonha em ser veterinário.

Mas para chegar lá, os irmãos terão um caminho difícil imposto pelo contexto em que crescem. A violência e pobreza que os circundam nas favelas do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, têm impacto direto sobre sua educação.

Neste ano, os gêmeos perderam vários dias de aula devido a tiroteios ou conflitos iminentes nas favelas da Maré, margeadas pela Linha Vermelha, a via expressa que conecta o aeroporto internacional do Rio ao Centro e aos bairros mais abastados da zona sul carioca.

Eles estão longe de serem os únicos a terem o ensino comprometido pelo contexto de violência em áreas conflagradas do Rio.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, 129 mil estudantes da rede municipal tiveram aulas canceladas pelo menos uma vez entre janeiro e outubro passados devido à violência que circunda suas escolas.

Essa situação afetou 310 das 1.463 escolas da rede municipal carioca, quase 20%.

Roberta de Sousa ensina alunos maneiras de se proteger diante de tiroteios (Foto: BBC Brasil/Chuck Tayman)

 

“Às vezes não tem aula porque dá tiroteio. Aí gente fica sem estudar. Às vezes fica dois dias, três dias… A gente tem que ficar em casa, vai fazer o quê? Não pode sair na rua”, diz Samir dando de ombros com naturalidade, na pequena casa que divide com a mãe, a avó e as duas irmãs.

Os dias com aulas canceladas ou interrompidas viram tempo ocioso em casa, sem poder sair na rua para brincar. Os gêmeos também já ficaram presos na escola, sem poder sair devido a tiroteios nos arredores.

“Aqui onde a gente mora não tem segurança, e quando entra a polícia dá tiroteio”, explica Samira. “Em todo lugar que a gente passa tem gente com arma.”

O Complexo da Maré foi ocupado em março do ano passado por forças de segurança do Rio como parte do programa de pacificação do governo estadual, às vésperas da Copa do Mundo.

Depois da operação, a área passou um ano ocupada por homens das Forças Armadas. As tropas começaram a ser retiradas do conjunto de favelas em abril deste ano, mas o processo de pacificação permanece inconcluso e o governo do estado não considera que as comunidades da Maré – onde vivem cerca de 140 mil pessoas – estejam pacificadas.

‘Tensão maior’
A presença do tráfico de drogas ainda é ostensiva no complexo.

Na visita para encontrar os gêmeos, a reportagem da BBC Brasil se deparou com jovens vendendo drogas a céu aberto em uma barraca ao lado de estandes de frutas e legumes na rua principal de comércio na comunidade Nova Holanda.

Era o início da tarde, e jovens armados faziam vigília em uma esquina a três quarteirões da entrada de fundos do 22º Batalhão de Polícia Militar. Por questões de segurança, foi impossível fazer qualquer filmagem nas ruas.

A mãe dos gêmeos, Sirlene da Silva, de 46 anos, diz que o processo de pacificação aumentou a tensão na área, tornando os confrontos ainda mais frequentes.

“Vivemos no fogo cruzado. Tem violência dos bandidos e violência dos policiais”, diz.

“Quando a polícia chega, eles atiram para depois perguntar. Quando tem tiroteio, as crianças não têm aula, os professores não conseguem chegar à escola e a gente não consegue sair para trabalhar.”

Sirlene trabalha na ONG Redes da Maré e sustenta a família com um salário mínimo por mês. Não tem recursos para colocar os filhos em uma escola particular.

“O índice de aprendizado já é ruim para quem estuda em escola pública no Brasil. Pior ainda para quem mora em comunidade, que é o resto do resto, como a gente aprende. Aí as crianças ficam sem aula, o conteúdo vai se acumulando e os alunos passam de ano muitas vezes sem saber nada”, lamenta.

Os confrontos na Maré foram tão intensos neste ano que o horário letivo nas escolas municipais no complexo foi modificado.

Para reduzir o risco de a rotina escolar ser prejudicada por trocas de tiros entre facções rivais ou entre policiais e criminosos, as aulas passaram a começar mais tarde, às 8h (antes as crianças entravam às 7h15m); e terminar mais cedo, às 11h30 em vez de meio-dia.

“O risco às 7h é maior porque policiais trocam de turno, então é quando os tiroteios começam. Estão antecipando os momentos de uma violência já anunciada”, afirma Glauce Arzua, coordenadora de campanhas da ActionAid, uma organização não-governamental que trabalha com ONGs locais para defender os direitos de moradores.

O novo horário significa que estudantes perdem 75 minutos de aula por dia. “Imagina a violência para uma criança em fase de desenvolvimento ficar fora da escola todo esse tempo, todos os dias”, afirma ela.

As secretarias municipais e estaduais de Educação do Rio afirmam que alunos de escolas em áreas conflagradas não são prejudicadas porque as aulas são repostas para compensar pelos dias perdidos.

De acordo com as assessorias de comunicação de ambas as secretarias, todas as escolas da rede pública cumprem igualmente a carga de 200 dias letivos por ano.

Efeitos psicológicos
Mas o problema vai além das horas de aula.

Há oito anos a professora Roberta de Sousa, de 38 anos, dá aulas de português e literatura numa escola estadual na Maré, o Ciep Professor César Pernetta.

Ela diz que episódios frequentes de violência afetam seriamente não apenas o desempenho, como também a autoestima dos alunos.

“Eles vão para a escola esperando que aquilo seja o caminho para uma vida melhor, mas a violência invade os muros. E acabam sentindo que ali, também, são abandonados como cidadãos, e não têm acesso aos direitos mais básicos”, afirma.

Roberta diz que muitas vezes já deu meia volta para retornar para casa a caminho da escola, avisada que havia tiroteio.

E já passou por momentos tensos em sala de aula, como ter que buscar refúgio com os alunos no corredor – com medo de que tiros entrassem na sala. Ou ter que manter a os alunos tranquilos enquanto da janela se viam homens armados, e pais preocupados mandavam mensagens pelo WhatsApp perguntando pela segurança das crianças.

“Imagina no meio de uma situação como esta dar uma aula de literatura sobre arcadismo. Não é nada fácil. Mas em situações assim temos que ficar calmos e manter as crianças sob controle.”

Roberta é uma das professoras treinadas num programa para reduzir o impacto da violência na educação feito em parceria entre o governo do Estado do Rio e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Diálogo sem tabus
Desde 2009, o programa vem treinando professores da rede estadual para lidar com os efeitos práticos e psicológicos da violência nas crianças.

Isso inclui desde exercícios sobre como se proteger durante tiroteios a uma série de debates levados para a sala de aula para tematizar problemas com os quais as crianças de comunidades podem conviver, como a presença do tráfico, violência doméstica e assédio sexual.

“As crianças não falam abertamente sobre violência com medo de serem punidas”, disse Patrícia Tinoco, subsecretária de Gestão de Ensino da Secretaria Estadual de Educação.

“Estabelecemos espaços para o diálogo, e isso ajuda as crianças a lidar com o medo e entender melhor a realidade ao seu redor.”

Patrícia diz que desempenho dos alunos em áreas conflagradas é abaixo da média, mas o programa trouxe avanços importantes nas escolas onde já foi estabelecido. O plano agora é de levar o modelo para todas as escolas estaduais até 2018.

Enquanto isso, Samira e Samir sonham não apenas em ter as profissões que já acalentam para o futuro, como também em deixar a Maré – e morar em um lugar mais seguro.

O primeiro lugar que mencionam é Copacabana; ou quem sabe Nova York, ou Inglaterra. A primeira justificativa é por serem lugares bonitos que já viram na TV; mas depois deixam claro que é a paz que procuram.

“Ah, eu queria morar em outro lugar, porque aqui é muito ruim, não dá”, diz Samir. “Se tirasse todo mundo que faz bagunca, tipo, os bandidos… Tinha que tirar. Se puder tirar, a favela ia ficar boa. Mas só que como tem eles, fica tudo mau.”

A mãe, Sirlene, espera que as defasagens na educação dos filhos não prejudique suas chances no futuro.

“Eu não posso dar aos meus filhos a educação que eles merecem”, lamenta ela. “É realmente uma grande desvantagem que eles têm de saída. Mas tenho esperança de que a situação melhore. Se eu não tiver esperança, não tem mais sentido.”

Distribuição de livros de educação sexual vira polêmica na Grande SP

2

151481021

Publicado em Folha de S.Paulo

Uma polêmica em Guarulhos, a segunda maior cidade de São Paulo, por pouco não virou briga entre evangélicos, católicos, vereadores e ativistas LGBT em plena Câmara Municipal da cidade.

Guardas-civis tiveram que intervir rapidamente para que os grupos não saíssem no tapa na semana passada.

Tudo isso após a prefeitura da cidade incluir livros infantis sobre educação sexual e identidade de gênero no projeto que vai orientar professores nos próximos anos.

Um dos livros é “Menina Não Entra” (Ed. do Brasil). Ele narra a história de uma garota que, depois de muita relutância de seus amigos, é aceita no time de futebol deles e faz grande sucesso por suas habilidades com a bola.

Segundo a editora, os personagens do livro “percebem que estavam completamente equivocados e que o preconceito não leva a vitória alguma, dentro e fora de campo”.

Para vereadores evangélicos e católicos, a gestão do prefeito Sebastião Almeida (PT) quer implantar a ideologia de gênero nas escolas municipais, que atendem crianças de até 11 anos.

Segundo essa corrente de pensamento, os gêneros sexuais são construções sociais e culturais, e não biológicas. Assim, as crianças devem ser educadas de forma neutra, para que elas próprias escolham seu gênero no futuro.

Diante da possibilidade de essa ideologia ser incorporada às escolas, os vereadores convocaram uma audiência.

BATE-BOCA

“Não sou homofóbico, mas essa ideologia pode levar a criança a achar que pode ser menino com menino, menina com menina, três juntos, aí banaliza”, disse o vereador Romildo Santos (PSDB), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

No último dia 20, o encontro na Casa foi quente, com gritos de todos os lados. O bispo Edmilson Caetano, da diocese da cidade, não conseguiu terminar seu discurso por causa do protesto de grupos LGBT (que representam lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais).

“Não sou psicólogo, mas e essa questão do neutro? O que significa para a pessoa essa espécie de dúvida de identidade que venha desde a infância? Acho que a educação sexual deve ser uma questão tratada na família”, disse o bispo à Folha.

15148989

O juiz Antonio Pimenta, que mora na cidade, também falou: “Você querer colocar na cabeça de um ser humano que ele pode ser mulher se ele nasceu com corpo masculino é negar a biologia”.

“O gênero não veio para destruir famílias. Tratar da questão de gênero é trabalhar com uma política de erradicação da violência contra homossexuais, contra a mulher”, disse a professora Sílvia Moraes, coordenadora educacional da cidade, que defende o uso dos livros.

O secretário municipal de Educação, Moacir de Souza, afirmou que o objetivo do projeto da prefeitura não é implantar a ideologia de gênero nas escolas da cidade.

Disse que os livros infantis sobre educação sexual já começaram a ser distribuídos nas 139 escolas “para educar as crianças contra o preconceito de gênero e homofobia”.

1.441 cidades não começaram a elaborar plano de educação

0

size_810_16_9_size_590_lousa
Publicado em Exame

Pouco mais de um quarto dos municípios brasileiros, 1.441, não iniciou o trabalho de adequação ou elaboração do Plano Municipal de Educação (PME).

O prazo para que isso seja feito é o mês de julho. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Educação (MEC).

No Brasil, apenas 37 municípios cumpriram todas as fases até a sanção da lei.

Os planos municipais estão previstos no Plano Nacional de Educação (PNE) sancionado no ano passado. O plano prevê metas desde a educação básica até a pós-graduação para serem atingidas nos próximos dez anos. Para que isso seja feito, a lei estipula que estados e municípios elaborem os próprios planos para que as metas sejam monitoradas e cumpridas localmente.

Os dados divulgados no portal do MEC estão disponíveis na página Planejando a Próxima Década: Construindo os Planos de Educação, que tem por objetivo ajudar os gestores na elaboração dos planos, além de monitorar essa elaboração. Dentre os municípios ainda sem comissão coordenadora instituída, para iniciar o debate do plano, estão cinco capitais: Salvador, Natal, Recife, Aracaju e Belo Horizonte.

Entre os 5.570 municípios, além dos planos sancionados e das cidades que ainda não começaram o trabalho, 35 aprovaram leis; 37 enviaram o projeto de lei à Câmara de Vereadores; 37 elaboraram o projeto de lei; 95 fizeram consultas públicas; 247 fizeram o documento-base; 689 concluíram o diagnóstico; e 2.843 constituíram comissão coordenadora. Outros 109 municípios não prestaram informações ao Portal do PNE.

Todos os estados iniciaram o processo de elaboração do plano. Três sancionaram a lei: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Maranhão. Distrito Federal e Rio Grande do Sul enviaram os projetos para o Legislativo.

O MEC reforça que os planos são determinantes para estados e municípios: se, por exemplo, o ministério vai definir a expansão de uma universidade ou instituto federal, ele precisa saber quais são as demandas de ensino superior ou técnico dos municípios de uma determinada região. Segundo o ministério, é nisso que o planejamento vai ajudar, tem que estar previsto, escrito.

O coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, diz que, além da preocupação com a aprovação dos planos, estados e municípios, devem se preocupar em envolver a comunidade no trabalho. “Se for um plano meramente burocrático, ele não será implmentado, sem a participação da comunidade na elaboração, não haverá cobrança”, diz.

Go to Top