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Marlon James, escritor jamaicano vencedor do Man Booker Prize, virá à Flip
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O escritor jamaicano Marlon James – NEIL HALL
Seu romance ‘Breve história de sete assassinatos’ será publicado no Brasil em julho
Publicado em O Globo
RIO — O escritor jamaicano Marlon James será um dos convidados da 15º edição da Festa Literária Internacional de Paraty. James venceu o Man Booker Prize de ficção em 2015 com o seu ambicioso romance “Breve história de sete assassinatos”, que será publicado no Brasil pela Intrínseca em julho.
Ao longo de mais de 600 páginas, o autor narra a tentativa de assassinato de Bob Marley na década de 1970 por uma gangue de garotos da periferia viciados em cocaína e munidos de armas automáticas.
O autor usa o turbulento episódio para explorar o universo do crime organizado no país nos anos após a independência da ex-colônia britânica, uma trama que envolve policiais, agentes da CIA, traficantes e políticos. Presidente do júri que deu o prêmio a James, Michael Wood destacou na época a linguagem inovadora da obra.
“Este livro é surpreendente em sua gama de vozes e registros, indo desde o linguajar de gangues de rua até o Apocalipse da Bíblia”, afirmou em comunicado.
Joselia Aguiar, curadora da Flip 2017, aponta, em nota, que o livro é inventivo não só do ponto de vista linguístico, ao combinar o inglês culto ao dialeto jamaicano patois.
“Marlon James também fez um livro com uma estrutura ousada de dificílima execução. Trata-se de um épico de alta temperatura que acumula mais de 70 personagens, que se alternam como narradores, numa época de grande turbulência política e social”, diz Joselia.
Rogue One: Uma História Star Wars | Novo livro servirá como sequência do filme
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Rogue One: Uma História Star Wars
André Zuliani, no Observatório do Cinema
A Lucasfilm anunciou que um novo livro do cânone da franquia Star Wars, intitulado Inferno Squad, com lançamento previsto para julho de 2017, servirá como sequência de Rogue One: Uma História Star Wars.
A trama do romance começará instantes após os acontecimentos do longa. Mas ao invés de contar a história pela perspectiva dos Rebeldes, o livro contará pela perspectiva do Império.
Inferno Squad será centrado em um grupo de elite do Império que sobreviveram após a batalha e destruição de Jedha e que tem a missão de exterminar os últimos seguidores de Saw Guerrera (personagem de Forest Whitaker).
Leia a sinopse oficial:
“A Rebelião pode ter heróis como Jyn Erso e Luke Skywalker. Mas o Império tem Inferno Squad (Esquadrão do Inferno, em tradução livre). Depois do humilhante roubo dos planos da Estrela da Morte e da consequente destruição da estação de batalha, o Império está na defensiva. Em resposta a esta derrota deslumbrante, a Marinha Imperial autorizou a formação de uma equipe de elite de soldados, conhecida como Inferno Squad. Sua missão: infiltrar e eliminar os restos de seguidores de Saw Gerrera. Após a morte de seu líder, os partidários mantiveram seu legado extremista, determinados a frustrar os planos do Império – não importa qual o custo. Agora, o Inferno Squad deve provar seu status como o melhor dos melhores e derrubar os partirá para garantir a segurança do Império?”
Inferno Squad foi escrito por Christie Golden, autor de outros livros para o cânone da saga, como Dark Disciple e The Fate of The Jedi. O novo livro chegará às lojas em 21 de julho de 2017.
Rogue One: Uma História Star Wars é a segunda maior bilheteria do mundo de 2016, com o total de US$ 1,033 bilhão.
Os números também fizeram de Rogue One: Uma História Star Wars o segundo maior filme da saga, atrás apenas de Star Wars: O Despertar da Força (que faturou pouco mais de US$ 2,06 bilhões pelo mundo).
Editoras mais populares do Twitter (45)
0Sérgio Pavarini
Barack Obama entrou num debate que mobilizou milhares de internautas esta semana nos Estados Unidos. A questão não era diplomática, mas culinária.
Uma colunista de gastronomia do “The New York Times” tuitou uma nova receita de guacamole que incluía ervilhas. Apreciador de comida mexicana, Obama opinou no Twitter: “Respeito o NYT, mas não estou de acordo com as ervilhas no guacamole”. Yes, he can!
Essa é a magia do Twitter, permitindo que famosos e anônimos interajam instantaneamente e além de um simples “like”. Muita gente hoje vê TV com um smartphone na mão para comentar e ler a opinião de outras pessoas sobre determinado programa. As redes sociais podem impulsionar a audiência e o silêncio nelas sinaliza o insucesso, premissa que também vale para o segmento literário. #olhovivo
Vamos às mudanças no ranking de popularidade. A Editora Record subiu uma posição e está em 10º lugar, logo depois da Galera Record. A Arqueiro também ascendeu e está na 11ª posição. Pra completar as mudanças, a Casa Publicadora subiu para o 17º lugar.
No próximo mês a gente confere novamente. 🙂
Ranking Julho
1. 113.000 Intrínseca @intrinseca
2. 108.000 Mundo Cristão @mundocristao
3. 89.200 Editora Rocco @editorarocco
4. 85.100 Companhia das Letras @cialetras
5. 60.700 Editora Gutenberg @Gutenberg_Ed
6. 59.500 Novo Conceito @Novo_Conceito
7. 58.400 Editora Saraiva @editorasaraiva
8. 53.800 Editora CPAD @EditoraCPAD
9. 51.900 Galera Record @galerarecord
10. 50.200 Editora Record @editorarecord
11. 49.700 Editoria Arqueiro @editoraarqueiro
12. 48.300 Editora Autêntica @Autentica_Ed
14. 40.400 Editora Leya @EditoraLeya
15. 36.700 Cosac Naify @cosacnaify
16. 36.400 Suma de Letras @Suma_BR
17. 33.300 Casa Publicadora @casapublicadora
18. 32.400 Editora Nemo @editoranemo
19. 29.200 L&PM Editores @LePM_Editores
20. 29.000 Editora RT @revtribunais
Ranking atualizado em 3/7
Julho de 2014: um mês triste para a literatura brasileira
0Publicado por Veja
O mês de julho de 2014 ficará marcado como um dos mais tristes para a literatura nacional. Em apenas 20 dias, quatro escritores, sendo três deles integrantes da Academia Brasileira de Letras, morreram, deixando leitores abalados nos quatro cantos do país — e também no exterior.
O primeiro a partir foi o poeta, crítico literário e ensaísta carioca Ivan Junqueira, aos 79 anos, no dia 3 de julho, de falência múltipla dos órgãos. Junqueira era o titular da cadeira nº 37 da Academia Brasileira de Letras, antes ocupada por João Cabral de Melo Neto. Sua poesia o fez cruzar a fronteira brasileira, sendo traduzido para o inglês, alemão, espanhol, francês, italiano, dinamarquês, russo e chinês. Para a sorte dos fãs, Junqueira deixou dois livros no prelo pela editora Rocco: a coletânea de ensaios Reflexos do Sol Posto, prevista para agosto, e o de poesia Essa Música, programado para outubro.
No dia 18 de julho, outra baixa na ABL: morre o escritor, acadêmico e jornalista João Ubaldo Ribeiro, ao 73 anos, em sua casa, no Rio de Janeiro. Ubaldo era o 7º ocupante da cadeira número 34 da ABL. Detentor de um Prêmio Camões e de dois prêmios Jabuti, por Sargento Getúlio e Viva o Povo Brasileiro, o escritor é um dos mais traduzidos da literatura nacional. Fora do Brasil, o escritor também foi laureado em países como Alemanha e Suíça. Além dos livros, Ubaldo deixou uma extensa obra de crônicas cotidianas e políticas.
No dia seguinte, 19 de julho, o Brasil ficou ainda mais triste com a partida do escritor, pedagogo e psicanalista mineiro Rubem Alves, aos 80 anos. Conhecido principalmente como cronista e autor de livros infantis, Alves escreveu mais de 120 títulos sobre pedagogia, teologia e psicanálise, suas áreas de formação. O escritor mineiro não era membro da ABL.
E apenas alguns dias após o fim do luto da Academia Brasileira de Letras pela morte de João Ubaldo, morre Ariano Suassuna, outro integrante da instituição. O escritor paraibano era um ferrenho defensor da cultura brasileira. Autor de peças, romances, contos e poemas, Suassuna é o criador de Auto da Compadecida (1955), seu texto mais conhecido, adaptado para o cinema e televisão.
Vagas na ABL – Com a morte de Junqueira, Ubaldo e Suassuna, três cadeiras estão vagas na Academia. O escritor Ferreira Gullar já oficializou seu interesse pela vaga deixada por Junqueira. Já a de Ubaldo deve ser concorrida entre Zuenir Ventura e Evaldo Cabral de Mello.
Crítica ao poder inspira a programação deste ano na Flip
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A 12ª Flip faz homenagem ao dramaturgo, escritor, desenhista e tradutor Millôr Fernandes Foto: Marcos D’Paula / Agência Estado
Edição de 2014 destaca literatura, humor, arquitetura, ciência e pensamento indígena em reverência à postura contestadora de Millôr Fernandes
Publicado no Zero Hora
A programação da 12ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) foi anunciada nesta terça-feira, dia 13 de maio, na Biblioteca Parque Estadual, no Rio. Em homenagem ao dramaturgo, escritor, desenhista e tradutor Millôr Fernandes, a edição, que se realiza entre 30 de julho e 3 de agosto em Paraty, tem como um dos eixos principais a crítica ao poder, reunindo algumas das mais respeitáveis pedras no sapato dos governos de seus respectivos países.
Durante os cinco dias de programação, destacam-se nomes como a britânica de origem indiana Jhumpa Lahiri, o suíço Joël Dicker, a escritora neozelandesa e ganhadora do Booker Prize, Eleanor Catton, e o já anunciado russo Vladimir Sorókin. Autores latino-americanos, como Juan Villoro, Daniel Alarcón e Graciela Mochkofsky, também estão entre os convidados. Confira a programação completa da Flip no site oficial do evento.
O show de abertura, pela primeira vez totalmente aberto ao público e gratuito, será de Gal Costa no dia 30 de julho, às 21h30min.
Ingressos
Os ingressos para as mesas da Flip 2014 estarão disponíveis para venda a partir das 10h do dia 2 de junho, pela internet, no site da Tickets for Fun, pelo telefone 4003-5588 e nos pontos de venda credenciados (a lista completa dos pontos de venda está disponível no site ticketsforfun.com.br). O preço dos ingressos da sessão de abertura e das mesas da programação é de R$ 46 (inteira)/ R$ 23 (meia) para a tenda dos autores e de R$ 12 (inteira)/ R$ 6 (meia) para a tenda do telão.
Para a venda pela internet, telefone e locais credenciados os ingressos estarão disponíveis até o dia 29 de julho. Durante os dias de festival, poderão ser adquiridos apenas na bilheteria em Paraty.
Confira abaixo o comentário do editor do Caderno PrOA, Carlos André Moreira, sobre as participações internacionais da Flip:
Andrew Solomon é um jornalista autor dois livros sensacionais que misturam jornalismo e ensaio: O Demônio do Meio-Dia, Um estudo sobre a Depressão, e o mais recente Longe da Árvore, um calhamaço de mil paginas com uma série de 10 reportagens sobre filhos que nascem fora dos padrões de expectativa de seus pais.
Jhumpa Lahiri, autora de O Xará, lida, como outros autores ingleses descendentes de imigrantes, com a questão da identidade. É um tema comum a outros autores de uma geração anterior, como Salman Rushdie. Não por acaso, Rushdie comentou sobre a obra de Lahiri na palestra que fez nesta segunda-feira no Fronteiras do Pensamento.
Elif Batuman é ensaísta sobre literatura, tem um livro maravilhoso sobre literatura russa publicado há uns dois anos chamado Os Possessos (uma referência à tradução inglesa de Os Demônios, de Dostoievski, e que se chamou Os Possessos aqui também por muitos anos).
Etgar Keret é um jovem autor israelense que é bastante popular em língua inglesa. A Rocco deve publicar uma coletânea dele mais próxima da Flip.
Mohsim Hamid é o autor de um livro chamado O Fundamentalista Relutante, publicado aqui há uns sete anos pela Alfaguara e que está sendo adaptado para o cinema.
Juan Villoro é um jornalista e dramaturgo mexicano autor de um monólogo chamado Conferencia sobre La Lluvia.
David Carr escreveu um livro chamado A Noite da Arma, no qual ele narra a memória de seus tempos como viciado em drogas.
Jorge Edwards publicou faz pouco no Brasil um romance regular sobre adultério entre exilados latino-americanos em Paris chamado A Origem do Mundo.
Daniel Alarcón é um jornalista peruano relativamente jovem autor do romance Rádio Cidade Perdida, que trata sobre uma guerra civil em um país fictício.