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Lázaro Ramos e Lilia Schwarcz abrirão a Flip 2017
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Lázaro Ramos: leitura de trechos da obra de Lima Barreto – Bia Lefevre / Divulgação
Ator lançará livro sobre sua trajetória de ator e historiadora apresenta sua biografia de Lima Barreto
Publicado em O Globo
RIO – As atrações da abertura da 15ª Festa Literária de Paraty, que acontece entre os dias 26 e 30 de julho, foram anunciadas hoje pela organização do evento. Lima Barreto, o autor homenageado da festa, estará presente na voz do ator Lázaro Ramos, que lerá trechos de suas obras, durante uma apresentação ilustrada pela historiadora Lilia Schwarcz. A direção de cena ficará a cargo de Felipe Hirsch, responsável por espetáculos como “Puzzle” e “A tragédia latino-americana”.
Conhecido por interpretar personagens marcados por suas condições sociais e raciais, como Zumbi do Palmares e Madame Satã, Lázaro Ramos também lançará no festa o seu livro “Na minha pele”, no qual aborda a sua trajetória como ator negro.
Lilia Schwarcz levará a Paraty seu novo olhar sobre o autor homenageado, resultado de pesquisa de mais de uma década que gerou a biografia “Lima Barreto, triste visionário”, que será lançada em junho.
Eliane Brum e Isabel Lustosa estão entre os convidados da Bienal do Livro desta segunda
0Publicado em O Povo
A programação da XII Bienal Internacional do Livro do Ceará segue nesta segunda-feira, 17. Entre os destaques da agenda do dia, está encontro dos escritores e jornalistas Eliane Brum (foto) e Lira Neto, que irão conversar sobre o tema “toda pessoa constrói uma versão da história a ser contada”. O diálogo será na sala Moreira Campos, localizada no mezanino dois do Centro de Eventos do Ceará, onde a Bienal ocorre desde a última sexta-feira, 14, e segue até domingo, 23.
Lira Neto é curador da Bienal e irá conduzir o bate-papo com Eliane Brum, que é colunista do El PaÃs Brasil e autora de livros, como “Meus desacontecimentos: a história da minha vida com palavras” e “A menina quebrada e outras colunas”.
Mais cedo, às 16 horas na mesma sala, Dimas Macedo, Isabel Lustosa e o presidente da Academia Cearense de Letras (ACL), José Augusto Bezerra, irão conversar sobre Rachel de Queiroz, Academia Brasileira de Letras e os acervos vivos das Academias.
Entre os destaques da programação voltada para o público infantil está a agenda da sala Contos, Papos e Encantos, no mezanino 1. No local, o dia começará com o espetáculo de teatro de bonecos chamado “Mãe d’água”, encenado pelo Grupo Ãnima. Serão duas apresentações: à s 9 horas e à s 10 horas. Na mesma sala, à s 17 horas, o ator, diretor e dramaturgo Ricardo Guilherme irá apresentar a aula-espetáculo voltada para agentes de leitura, chamada “Literatura em cena”.
Para ter acesso às programações da Bienal, não há necessidade de fazer inscrições prévias. Durante os 10 dias, serão 168 escritores participando da programação, 350 editoras e 110 estandes, incluindo a Casa Vida&Arte. Os encontros com os escritores começaram já no primeiro sábado do evento, com o projeto Diálogos, que é uma das janelas do evento.Serviço
Bienal Internacional do Livro do Ceará
Visitação: até dia 23 de abril, de 9h às 22h
Onde: Centro de Eventos do Ceará (Av. Washington Soares, 999 – Edson Queiroz)
Programação completa: http://bienaldolivro.cultura.ce.gov.br/
Projeto leva escritores para conhecerem instituições e ações sociais
0O resultado é um programa web que une literatura e solidariedade
Arisson Tavares, no Escritor Solidário
Existe alguma ligação entre as palavras “literatura” e “solidariedade”? Para o escritor Arisson Tavares e Giliard Cruz, a resposta é sim. Juntos, eles estruturaram o programa Escritor Solidário, que estreou no inÃcio de fevereiro na internet. Diferente dos tradicionais formatos de entrevista voltados para a literatura, o projeto traz uma proposta nada convencional, já começando pelo cenário. Ao invés de estúdios ou belas paisagens, os bate papos acontecem dentro de uma instituição sem fins lucrativos. “A cada mês, levamos um escritor para conhecer uma ONG. A proposta não é levar autores para simplesmente divulgarem suas obras. Queremos levantar um debate sobre a conexão entre literatura e solidariedade”, explica Arisson, que apresenta o programa.
A inspiração surgiu durante a vida acadêmica do escritor, que tem dois livros de crônicas publicados. O trabalho como jornalista na Abrace, instituição que oferece assistência a crianças e adolescentes com câncer, também incentivou Arisson a consolidar a ideia. “Na faculdade, conheci o trabalho do jornalista Marcelo Canellas e sempre quis fazer algo do gênero. A sensibilidade das matérias dele são inspiradoras e despertam em quem assiste uma reflexão. Quando produzo algo, penso: será que é isso que eu quero que meus filhos e netos vejam? Precisamos deixar o nosso legado, seja qual for a profissão escolhida. No meu caso, sou escritor e jornalista. Nada melhor do que unir estes dois universos”, conta ele.
No primeiro episódio, o escritor Alex Almeida visita o Lar de São José, que tem como objetivo principal atender crianças e adolescentes sob medida protetiva. Além do programa, publicado no Youtube, o autor convidado disponibilizou um texto inédito sobre a participação no projeto. “A escolha desta instituição não foi por acaso. O meu livro, ‘Depois das Cinzas’, é um romance ambientado durante o perÃodo da Ditadura Militar contando a trajetória de Davi, um rapaz órfão que ingressou no mundo adulto tentando fugir de um sistema opressor e buscando pessoas com as quais ele pudesse criar referências sadias”, destaca.
Após participar do projeto, Alex não teve dúvidas: existe uma ligação entre literatura e solidariedade. “Sair daquele ambiente sabendo que as letras que transformei em palavras, em frases, parágrafos, capÃtulos… em um livro, traziam um pouco daqueles que ali estavam. Fez do meu personagem mais humano a meus olhos”, conclui o escritor.
Confira o vÃdeo:
Prêmio Oceanos aceitará livros em português de qualquer paÃs
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Eduardo Saron, Ana Sousa Dias, Manuel da Costa Pinto e Selma Caetano durante coletiva de imprensa para anúncio das mudanças no Oceanos – Alessandro Giannini
Inscrições para concurso literário começa nesta sexta-feira
Alessandro Giannini, em O Globo
SÃO PAULO â O Itaú Cultural anunciou na manhã desta quinta-feira a internacionalização do Oceanos â Prêmio de Literatura em LÃngua Portuguesa. A partir deste ano, serão aceitos livros publicados em quaisquer paÃses, contanto que escritos em lÃngua portuguesa. Até o ano passado, eram aceitos apenas tÃtulos de autores brasileiros e portugueses publicados no Brasil. As inscrições começam nesta sexta-feira e podem ser feitas por meio do site do instituto (www.itaucultural.org.br).
â Chegamos ao momento que eu tanto acalentava há muito tempo. Estamos eliminando três palavras do regulamento: “publicados no Brasil”. A partir deste ano, qualquer livro em lÃngua portuguesa publicado em qualquer lugar do mundo no ano anterior ao prêmio poderá concorrer. Ficou muito mais fácil â disse Selma Caetano, durante coletiva de imprensa para anúncio das mudanças no Oceanos.
Como parte da ampliação do concurso literário, o Itaú Cultural apresentou também a crÃtica literária portuguesa Ana Sousa Dias, que passa a integrar o corpo de curadores com os brasileiros Selma Caetano, que coordena o grupo, e Manuel da Costa Pinto. A ideia, segundo o triunvirato de curadores, é possibilitar que obras brasileiras, portuguesas e africanas sejam representadas de forma mais ampla e concorram em igualdade de condições.
â Creio que as pessoas vao se surpreender com a quantidade e a qualidade dos livros portugueses que surgirão. Vai ficar mais complicado, mas vai ficar mais completo. Com a vantagem de termos esse mapeamento da cena literária em lÃngua portuguesa â disse Ana Sousa Dias.
Ainda segundo os participantes da coletiva, livros editados em Brasil e Portugal que sejam inscritos pelas duas editoras serão considerados. Mas, segundo os curadores, para avaliação será considerada a primeira edição. No caso das edições simultâneas, o autor terá a prerrogativa de escolher qual será avaliada.
O processo de avaliação, em si, permanece inalterado, assim como o valor total dos prêmios em dinheiro (R$ 230 mil) e a distribuição entre os quatro vencedores (R$ 100 mil para o primeiro lugar, R$ 60 mil para o segundo, R$ 40 mil para o terceiro e R$ 30 mil para o quarto).
Os inscritos passam por três peneiras, sendo que todos os livros serão lidos. Na primeira etapa, os curadores indicam um júri de avaliação formado por 40 especialistas que, entre julho e setembro, leem todos as obras e indicam por meio de votação os 50 melhores. Na segunda, entre setembro e novembro, um júri intermediário, formado por seis integrantes eleitos pelo corpo de jurados da fase anterior, avalia os semifinalistas e elege os dez melhores entre eles. Na última etapa, os mesmos seis jurados escolhem os quatro vencedores.
O prêmio tem um custo total de cerca de R$ 1,4 milhão, dos quais R$ 800 mil são incentivados por Lei Rouanet e R$ 600 mil de modo direto pela instituição. Os valores incluem a premiação de R$ 230 mil.
Em dez edições, o Oceanos premiou cinco autores não-brasileiros. No ano passado, foram recebidas 740 inscrições, entre as quais estavam 14 livros de autores portugueses, dois de angolanos e um de um autor moçambicano. Os quatro vencedores foram, pela ordem do primeiro ao quarto: “Galveias”, do português José LuÃs Peixoto; “A resistência”, de Julián Fuks; “O livro das semelhanças”, da poeta mineira Ana Martins Marques, e o livro de contos “Maracanazo e outras histórias”, do jornalista carioca Arthur Dapieve.
Recentemente, Selma e Costa Pinto passaram 20 dias em Portugal conversando com editores locais sobre a premiação e foram recebidos pelo ministro português da Cultura, LuÃs Filipe de Castro Mendes. Com isso, a expectativa é de que o aumento no número de inscritos seja da ordem de 50%.
– Nessas conversas, os editores portugueses estimaram entre 200 e 300 inscrições de livros lusos a mais – disse Selma Caetano.
Costa Pinto acrescentou que a produção de poesia portuguesa também pode ganhar destaque.
– Portugal é o paÃs da poesia. E há uma produção muito grande, inclusive de pequenas editoras – disse o crÃtico literário e curador do prêmio.
Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural, disse que para este ano não haverá ampliação do prêmio em dinheiro, mas nãos descartou a possibilidade para o próximo ano.
– Estamos estudando isso para a edição de 2018 – disse ele.