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Para garantir curso em Yale, aluna de SP faz vaquinha virtual e vende brigadeiros no colégio
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Laís da Silva, de 16 anos, ganhou uma bolsa para fazer um curso de verão na Universidade Yale (Foto: Arquivo pessoal/Laís da Silva)
Bolsista do programa Ismart em um colégio particular de São Paulo, Laís da Silva, de 16 anos, precisa juntar cerca de R$ 10 mil para pagar a passagem e taxas.
Ana Carolina Moreno, no G1
A estudante de São Paulo Laís Gonzales da Silva, de 16 anos, descobriu, na semana passada, que foi aprovada com bolsa integral em um curso de verão da Universidade Yale, nos Estados Unidos. Como não tem condições de arcar com os gastos da passagem de avião e das taxas de visto, ela decidiu buscar ajuda pela internet e com os amigos: criou uma vaquinha virtual e começou a vender brigadeiros na escola em que estuda, o Colégio Bandeirante, como bolsista do programa Ismart.
Em uma semana, a adolescente já conseguiu juntar quase 20% do valor total que calcula ter que gastar para poder fazer o curso Explo Focus Presentes, que oferece aos estudantes um olhar sobre os bastidores dos negócios de entretenimento e comunicação.
Em entrevista ao G1, Laís explicou que o curso, para o qual ganhou bolsa de estudos integral de Yale, a atraiu for oferecer habilidades que ela gostaria de dominar melhor. “A arte e o entretenimento são super poderosos e acho que eu posso usar deles para conscientizar as pessoas sobre as mudanças ambientais, por exemplo”, explicou a jovem, que já decidiu as carreiras que quer seguir: ciências políticas e engenharia ambiental.
Motivada pela história de outros jovens bolsistas do programa do Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos (Ismart), ela decidiu que quer fazer graduação fora do país, provavelmente nos Estados Unidos. “Quando eu estava no 9°ano eu decidi que era isso que eu queria. Eu queria ser uma inspiração para as pessoas. Além disso, o sistema para entrar nas universidades é mais holístico e isso faz toda a diferença quando comparado com o sistema de vestibulares atuais no Brasil. Lá, existe a possibilidade de fazer duas graduações, ‘major’ e ‘minor’, e como eu quero fazer dois cursos completamente diferentes, essa era uma oportunidade ótima pra mim”, disse ela, que também cogita a possibilidade de fazer o ensino superior na Holanda.
A carreira porém, ela pretende seguir no Brasil. “Por mais que eu queira fazer graduação no exterior, eu quero muito mudar e proteger o meio ambiente brasileiro, mudar as leis ambientais daqui.”
Mudança de vida
Há três anos, porém, a vida de Laís estava bem distante de todos esses planos. Em 2014, ela ainda estudava em uma escola pública no Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo. Laís conta que a mãe, professora da rede pública, lutou para que ela estudasse na melhor escola do bairro e, no 7º ano do ensino fundamental, ela foi uma de dois alunos indicados pela professora da turma para participar do processo de seleção do Ismart. Depois de cursar durante um ano as atividades online do Ismart, ela acabou selecionada para o programa.
No 9º ano, ela estudou meio período em uma escola pública e, na outra parte do tempo, fez o curso preparatório para o vestibulinho do ensino médio do Colégio Bandeirante. Acabou aprovada, com bolsa integral tanto no Bandeirante quanto em um curso de inglês extracurricular.
Desde então, ela diz ter se adaptado ao novo ritmo de vida, que inclui ir ao colégio seis vezes por semana.
“Até entrar no Band eu queria ser veterinária ou bióloga. Depois eu comecei a pensar em biologia marinha, até descobrir a engenharia ambiental. Já as ciências políticas nem passavam perto do meu plano de carreira, até que eu fiz o MONU-EM, que é um modelo das Nações Unidas. Isso aconteceu no ano passado, e eu me apaixonei pela diplomacia. Depois de muita duvida eu cheguei à conclusão de que eu poderia fazer os dois: trabalhar no governo para alterar as leis ambientais. E agora esse é meu grande sonho.”
Agora, ela tenta juntar cerca de R$ 10 mil para garantir sua primeira viagem para fora do Brasil. Entre 15 e 29 de julho, ela ficará no campus da Universidade Yale para participar do curso. E já antecipa o que pretende tirar das atividades, além da prática do inglês e da visita aos museus e bibliotecas. “Eu sempre fui contra o fato de que a arte, no geral, é elitizada… E aprendendo o business por trás do entretenimento, eu acredito que possa tentar mudar essa realidade.”
Cemitério vira espaço de leitura na zona sul de São Paulo
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(Foto: Ilustração / Tânia Rêgo/ Agência Brasil)
Publicado na Isto É
Em uma rua sem saída no extremo sul de São Paulo, cinco mulheres e um rapaz caminham para a única propriedade daquelas bandas: o Cemitério de Colônia, fundado em 1829 em terreno cedido por Dom Pedro I no distrito de Parelheiros. Diferentemente do que a localização sinaliza, contudo, o diminuto cortejo não estava ali para participar de um rito fúnebre, mas para encorpar o vai e vem pelo terreno causado por uma insuspeita atividade: a literatura. Ali, onde costumava ser a casa do coveiro, funciona desde 2009 a Biblioteca Comunitária Caminhos da Leitura.
Frequentadores afirmam não estranhar a localização, que, em geral, passa despercebida. A exceção ocorre apenas na proximidade do Dia das Bruxas, quando a biblioteca promove o Sarau do Terror, espetáculo artístico que costuma arrastar 150 pessoas para o meio de sepulturas centenárias.
É nesse ambiente, que muitos associam ao medo, que Sidineia Chagas, de 23 anos, busca realizar um sonho: transformar Parelheiros em um grande polo cultural. Ativista em coletivos como o time de futebol Perifeminas, ela é a gestora da Caminhos da Leitura – que ajudou a fundar com a ONG Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (Ibeac). Sobre a experiência, ela já fez relatos em eventos de Brasília a Berlim.
“A biblioteca é a minha base, aqui temos sonhos coletivos. Minha missão daqui para a frente é ajudar a fortalecer outros grupos para atender as necessidades da região”, diz a jovem, que ingressou no projeto sob protestos de familiares, especialmente por, na época, estar grávida do filho Octávio Henrique, de 8 anos.
“Hoje eles participam também, mas, no início, eu sofria muita pressão para arrumar emprego, até porque não recebia apoio financeiro. Agora, eles entendem que aqui é o meu ativismo e a minha fonte de renda”, explica a jovem.
Paulistana, a garota se mudou para o bairro Colônia em 2004 após um episódio de violência envolvendo a família. Na biblioteca, ajudou a organizar o acervo de mais de 4 mil livros, dentre os quais estão obras de autoria de sua principal referência literária, Carolina de Jesus, escritora que, assim como ela, é negra e morou na região.
Aqui e ali. Hoje, além do cemitério, a biblioteca se espalha por três unidades básicas de saúde e no Cantinho de Histórias, espaço criado há um ano em uma casa de Parelheiros. Além do empréstimo de livros, há atividades culturais e de formação, como sessões de cinema e oficinas de culinária – tudo organizado da forma acessível. “Os livros infantis estão em prateleiras baixas para incentivar a autonomia”, exemplifica o mediador de leitura Bruno de Souza, de 21 anos.
Segundo Bel Santos Mayer, coordenadora do Ibeac, o projeto tem o propósito de ser “democrático” desde o início, quando a ONG decidiu concentrar as ações em um único território. “Pesquisamos qual era o pior bairro de São Paulo para se viver. Pretendíamos mostrar que nenhum lugar é ruim de verdade, e os moradores nos buscaram porque também queriam potencializar as coisas boas daqui.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fãs aguardam 16 horas para um autógrafo de Nicolas Sparks
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Sparks: “Eu ainda acredito no amor verdadeiro” (Gisela Schober/Getty Images)
Leitores esperaram na porta de um shopping em São Paulo
Bruno Meier, na Veja
Fãs aguardando, ansiosos, na porta do local de um grande evento, à espera da chegada do ídolo: não foi só no show de Justin Bieber que isso aconteceu. Na semana passada, havia leitores esperando na porta de um shopping em São Paulo pelo momento em que o best-seller americano Nicholas Sparks, 51 anos, apareceria para autografar seus romances melosos. Com vinte livros publicados, oito deles adaptados para o cinema, Sparks vendeu 100 milhões de exemplares no mundo (mais de 5 milhões no Brasil). Em sua passagem pelo país, Sparks tentou manter a forma e a rotina — acordou às 4 e meia da manhã para se exercitar na academia do hotel, mas não cumpriu a meta de escrever uma página por dia. Depois de 25 anos de casamento, Sparks divorciou-se, o que decepcionou as fãs mais românticas. O autor de Querido John pede calma: “Eu ainda acredito no amor verdadeiro”.
Doria rebate Amazon e sugere que empresa doe livros para SP
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O prefeito eleito de São Paulo (SP), João Doria, participa de evento do LIDE em São Paulo (SP) – 21/11/2016 (Miguel Schincariol/AFP)
Prefeito de São Paulo considerou oportunista a atitude da gigante americana
Publicado na Veja
O prefeito de São Paulo, João Doria rebateu a gigante americana Amazon e sugeriu que a empresa doe livros à cidade. Em vídeo publicado em seu perfil no Facebook, Doria pede que a Amazon tenha “uma postura cidadã autêntica e não oportunista”. O vídeo é uma resposta ao filme publicitário da americana, que usou os muros cinza da cidade para divulgar seu livro digital.
O Kindle, principal produto da gigante americana, é conhecido por ter um fundo de cor acinzentada. “Cobriram a cidade de cinza? A gente cobriu o cinza de histórias”, diz a Amazon na peça.
Abaixo, o comercial do Kindle:
Em sua resposta, Doria sugere que a empresa doe livros para bibliotecas, computadores e tablets para escolas municipais de São Paulo. “Já que eles têm tanto amor pela nossa cidade, poderiam fazer de fato uma ação transformadora. Poderiam também patrocinar um dos Museus de Arte de Rua (MARs). Existem várias formas da Amazon ter uma postura cidadã autêntica e não oportunista.”
A estratégia da companhia americana se apoiou no programa Cidade Linda, implementado por Doria desde o começo de sua gestão, e que gerou polêmica por pintar de cinza muros que continham grafites e pichações.
Kindle provoca João Doria em primeiro filme no Brasil
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Kindle: O argumento do filme, chamado “Movidos por histórias”, é o seguinte: “Pintaram os muros de cinza? A gente cobriu o cinza de histórias” (Youtube/Reprodução)
Na 1ª campanha para promover a marca no país, a Amazon utilizou projeção visual para reproduzir trechos de livros nos muros pintados de cinza pelo prefeito
Publicado na Exame
Ninguém pode negar o poder midiático do atual prefeito de São Paulo, João Doria.
Reflexo desta popularidade e das discussões ao redor de algumas de suas principais medidas a frente da gestão da cidade, é natural que sua figura ou suas ações invadam as mais improváveis esferas, incluindo a propaganda.
Se em janeiro o Habib’s brincou com o cinza da cidade e a luta do “gestor” contra os pichadores, agora é a vez da Kindle dar novas cores ao assunto.
Na primeira campanha para promover a marca no Brasil, a Amazon resolveu utilizar projeção visual para reproduzir trechos de livros nos muros pintados de cinza pela atual prefeitura.
O argumento do filme, chamado “Movidos por histórias”, é o seguinte: “Pintaram os muros de cinza? A gente cobriu o cinza de histórias”.
O trabalho de comunicação estreou hoje sua veiculação nas redes sociais, sites e portais brasileiros.
Confira: