educação
7 habilidades que os estudantes precisam ter para o futuro
0
Fonte: Shutterstock
Saiba o que melhorar para ter um bom futuro pessoal e profissional
Publicado no Universia Brasil
O sistema educacional tradicional foca o estudo na escrita, leitura e aritmética, porém a sociedade precisa de profissionais que tenham outras habilidades. Os professores precisam refletir sobre estratégias para formar alunos bem preparados para lidar com o mercado de trabalho e com a vida de um modo geral.
Além disso, devem incorporar às atividades propostas algumas das habilidades buscadas no século 21 e encontrar ferramentas para aprimorá-las. Os professores precisam entender a real importância desse processo e dar o melhor para conseguirem atingir os objetivos.
Confira 7 caracterÃsticas essenciais para ser bem sucedido hoje em dia:
1 – Liderança
Os docentes devem priorizar o ensino de como exercer a liderança, deixando as definições corriqueiras em segundo plano. Os alunos aprendem mais facilmente quando entendem por exemplos práticos como devem agir para serem bons lÃderes. Antigamente, a liderança tratava-se da denominação de uma pessoa responsável por mandar em outras. Entretanto, hoje a ideia central é que haja colaboração entre a equipe, trabalhando para atingir um objetivo comum e a atuação de um lÃder em qualquer projeto que se envolver.
2 – Alfabetização digital
Com o avanço das tecnologias, todos os estudantes precisam ter domÃnio do uso da internet, a fim de localizar, revisar, utilizar e criar diferentes tipos de informações. Embora alguns professores tenham dificuldade de lidar com o universo digital, essa etapa do ensino o ajuda também a aprender mais, com a ajuda dos próprios alunos. As estratégias de implementação das tecnologias na rotina dos alunos devem ser criativas, além de buscarem mantê-los focados na aprendizagem. Algumas delas podem ser o uso do Skype, mensagens, Twitter ou jogos com finalidades didáticas.
3 – Comunicação
Em muitos casos, a comunicação enfrenta barreiras de entendimento mútuo e os alunos precisam conhecer técnicas para superar esses problemas. Embora os professores consigam dar dicas de como lidar com falhas comunicacionais, as de solução mais complexas envolvem as questões culturais. Nesses casos, é ideal que você escute atentamente para tentar contornar a situação. Os professores podem investir também em debates, para que os alunos exerçam as capacidades de expor os pontos de vista e de escutar o dos outros. Essas técnicas serão um diferencial na formação do estudante, que serão capazes de levar para o resto da vida.
4 – Inteligência emocional
Esse tipo de habilidade é definido como uma competência que envolve a habilidade de monitorar as emoções pessoais e dos outros e usá-las para guiar suas ações e pensamentos. Em conjunto com a comunicação, a inteligência emocional é essencial na construção e manutenção de relacionamentos, tanto no ambiente escolar como de trabalho.
5 – Empreendedorismo
Algumas das habilidades essenciais para o empreendedorismo podem são também para a vida, entre elas a criatividade, a inovação e a paixão. O espÃrito empreendedor revela uma visão única para o local onde vivem e o sacrifÃcio de tornar os objetivos em realidades. Essa postura é essencial para os profissionais de hoje.
6 – Civilidade global
Para que a convivência em sociedade seja satisfatória, todos os cidadãos precisam trabalhar em conjunto para garantir a continuação da existência da vida no planeta. Por isso, os alunos precisam ser educados desde novos para que entendam a dimensão do universo a sua volta e deem mais valor a ele.
7- Resolução de problemas e trabalho em equipe
Dentre todos, esse tópico é o mais presente na rotina escolar dos alunos. A parte mais importante desse método é criar projetos nos quais as soluções requeiram o uso intenso das habilidades de solução de problemas e na maneira como o aluno trabalha em equipe.
Harvard terá curso de história baseado em Game of Thrones
0João Abbade, no Jovem Nerd
Agora você pode aprofundar seus conhecimentos no mundo de Westeros na própria universidade de Harvard. O curso será chamado âO Verdadeiro Game of Thrones: Dos mitos modernos aos modelos medievaisâ começará a ser lecionado nos meses finais de 2017.
O curso vai se basear na forma como o folclore dos livros e da série adapta a cultura medieval da Eurasia, além de se apoiar em arquétipos usados como âo reiâ, âa boa esposaâ, âo segundo filhoâ e âo aventureiroâ, para fazer analogias históricas com literatura, história, lendas e religião. De acordo com a revista TIME, os professores do curso serão Sean Gilsdorf, que é historiador medieval, e Racha Kirakosian, que se especializa no estudo das religiões.
Gilsdorf diz que âGame of Thrones dramatiza muito bem algumas coisas do campo medievalâ e destaca as intrigas entre a rainha e as mulheres que se casaram com seus filhos. Já Kirakosian exemplifica as ligações do curso dizendo que o arquétipo de ârainha vingativaâ pode ser visto tanto em Cersei, quanto em Kriemhild, personagem do livro Canção dos Nibelungos que dá uma ideia das rivalidades entre as famÃlias.
O curso está sendo classificado como de um nÃvel introdutório e os estudiosos esperam que ele sirva como uma âferramenta de recrutamentoâ para os estudos medievais.
A professora diz que quando explicava algum conceito ouvia ouvia seus alunos dizerem: âEntão era igual Game of Thronesâ e decidiu unir o útil ao agradável.
Clube de livros dá dicas que auxiliam na alfabetização
0
O clássico das atividades para alfabetização são as histórias infantis â Divulgação
Publicado no Em Tempo
A alfabetização é um perÃodo importante na vida das crianças, pois é o momento em que elas percebem como ler e escrever são duas atividades essenciais para se expressar, compreender o mundo e se relacionar com as pessoas ao seu redor. Muito além das salas de aula, todos aqueles que convivem com as crianças podem contribuir com esse processo de aprendizado, seja em casa, com a famÃlia ou com os amigos.
Pensando nesse momento da vida dos pequenos, o clube de assinatura de livros infantis Leiturinha (www.leiturinha.com.br) preparou algumas dicas de atividades que ajudam na alfabetização.
Roda de leitura
A roda de leitura é uma das técnicas mais tradicionais da alfabetização. Nesse momento, são abordados os mais diversos conteúdos infantis, desde contos e fábulas até as atividades de alfabetização que utilizam recortes, colagens, desenhos e pinturas. A atividade pode ser realizada com familiares ou com outros colegas de sala.
Explorar rótulos
Os rótulos e embalagens ajudam os adultos a compreender as informações e não seria diferente com as crianças. Com textos curtos e imagens que ajudam na compreensão, rótulos e embalagens de alimentos, por exemplo, podem ser explorados no café da manhã, no almoço, no jantar e outros diversos momentos.
Lista de compras
As listas têm um papel importante para quem está aprendendo a ler e escrever. As crianças querem a todo momento participar das atividades consideradas âadultasâ. A dica é montar a próxima lista junto com a criança e ajudá-la na compreensão e organização da estrutura dos itens.
Passeios
As crianças são verdadeiras curiosas, e essa caracterÃstica deve ser aproveitada durante os passeios em parques, shoppings ou até mesmo no caminho de casa para escola. Os outdoors e sinalizações são de grande interesse para os pequenos, e mesmo que contenham informações não tão relevantes assim, é um modo para exercitar a leitura.
Ler histórias
O clássico das atividades para alfabetização são as histórias infantis. Esse momento entre pais e filhos deixa a prática mais agradável e produtiva. Mas os pais devem lembrar que cada idade tem um gênero e um nÃvel de compreensão diferente, então é importante ficar atento aos indicativos de idade, imagens e também no gosto da criança.
Para garantir curso em Yale, aluna de SP faz vaquinha virtual e vende brigadeiros no colégio
0
LaÃs da Silva, de 16 anos, ganhou uma bolsa para fazer um curso de verão na Universidade Yale (Foto: Arquivo pessoal/LaÃs da Silva)
Bolsista do programa Ismart em um colégio particular de São Paulo, LaÃs da Silva, de 16 anos, precisa juntar cerca de R$ 10 mil para pagar a passagem e taxas.
Ana Carolina Moreno, no G1
A estudante de São Paulo LaÃs Gonzales da Silva, de 16 anos, descobriu, na semana passada, que foi aprovada com bolsa integral em um curso de verão da Universidade Yale, nos Estados Unidos. Como não tem condições de arcar com os gastos da passagem de avião e das taxas de visto, ela decidiu buscar ajuda pela internet e com os amigos: criou uma vaquinha virtual e começou a vender brigadeiros na escola em que estuda, o Colégio Bandeirante, como bolsista do programa Ismart.
Em uma semana, a adolescente já conseguiu juntar quase 20% do valor total que calcula ter que gastar para poder fazer o curso Explo Focus Presentes, que oferece aos estudantes um olhar sobre os bastidores dos negócios de entretenimento e comunicação.
Em entrevista ao G1, LaÃs explicou que o curso, para o qual ganhou bolsa de estudos integral de Yale, a atraiu for oferecer habilidades que ela gostaria de dominar melhor. “A arte e o entretenimento são super poderosos e acho que eu posso usar deles para conscientizar as pessoas sobre as mudanças ambientais, por exemplo”, explicou a jovem, que já decidiu as carreiras que quer seguir: ciências polÃticas e engenharia ambiental.
Motivada pela história de outros jovens bolsistas do programa do Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos (Ismart), ela decidiu que quer fazer graduação fora do paÃs, provavelmente nos Estados Unidos. “Quando eu estava no 9°ano eu decidi que era isso que eu queria. Eu queria ser uma inspiração para as pessoas. Além disso, o sistema para entrar nas universidades é mais holÃstico e isso faz toda a diferença quando comparado com o sistema de vestibulares atuais no Brasil. Lá, existe a possibilidade de fazer duas graduações, ‘major’ e ‘minor’, e como eu quero fazer dois cursos completamente diferentes, essa era uma oportunidade ótima pra mim”, disse ela, que também cogita a possibilidade de fazer o ensino superior na Holanda.
A carreira porém, ela pretende seguir no Brasil. “Por mais que eu queira fazer graduação no exterior, eu quero muito mudar e proteger o meio ambiente brasileiro, mudar as leis ambientais daqui.”
Mudança de vida
Há três anos, porém, a vida de LaÃs estava bem distante de todos esses planos. Em 2014, ela ainda estudava em uma escola pública no Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo. LaÃs conta que a mãe, professora da rede pública, lutou para que ela estudasse na melhor escola do bairro e, no 7º ano do ensino fundamental, ela foi uma de dois alunos indicados pela professora da turma para participar do processo de seleção do Ismart. Depois de cursar durante um ano as atividades online do Ismart, ela acabou selecionada para o programa.
No 9º ano, ela estudou meio perÃodo em uma escola pública e, na outra parte do tempo, fez o curso preparatório para o vestibulinho do ensino médio do Colégio Bandeirante. Acabou aprovada, com bolsa integral tanto no Bandeirante quanto em um curso de inglês extracurricular.
Desde então, ela diz ter se adaptado ao novo ritmo de vida, que inclui ir ao colégio seis vezes por semana.
“Até entrar no Band eu queria ser veterinária ou bióloga. Depois eu comecei a pensar em biologia marinha, até descobrir a engenharia ambiental. Já as ciências polÃticas nem passavam perto do meu plano de carreira, até que eu fiz o MONU-EM, que é um modelo das Nações Unidas. Isso aconteceu no ano passado, e eu me apaixonei pela diplomacia. Depois de muita duvida eu cheguei à conclusão de que eu poderia fazer os dois: trabalhar no governo para alterar as leis ambientais. E agora esse é meu grande sonho.”
Agora, ela tenta juntar cerca de R$ 10 mil para garantir sua primeira viagem para fora do Brasil. Entre 15 e 29 de julho, ela ficará no campus da Universidade Yale para participar do curso. E já antecipa o que pretende tirar das atividades, além da prática do inglês e da visita aos museus e bibliotecas. “Eu sempre fui contra o fato de que a arte, no geral, é elitizada… E aprendendo o business por trás do entretenimento, eu acredito que possa tentar mudar essa realidade.”
Brasil afasta melhores alunos da docência, dizem especialistas
0
Segunda mesa do 2º Fórum Inovação Educativa, que aconteceu em São Paulo nesta quinta (25)
Luisa Leite, na Folha de S.Paulo
O Brasil não atrai seus melhores alunos para a carreira docente. A falta de valorização social, salários baixos, desrespeito dos próprios alunos e condições ruins de trabalho acabam afastando aqueles que cogitam escolher ser professor.
à a conclusão de especialistas que participaram da última mesa do 2º Fórum de Inovação Educativa, promovido pela Folha em parceria com a Fundação Telefônica Vivo e com apoio do movimento Todos Pela Educação, nas manhãs de quarta (24) e quinta-feira (25).
“Não queremos ficar ricos. O problema é o professor precisar vender perfume no intervalo, fazer pão e bolo para vender”, disse Juçara Vieira, ex-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. “Temos que conseguir nos dedicar exclusivamente à profissão, podendo viver com dignidade e conforto”.
Para Priscila Cruz, fundadora e presidente do movimento Todos Pela Educação, a sociedade precisa superar a ideia de que professores se equiparam a sacerdotes que devem trabalhar por amor. “Professor não é padre. Temos que tratá-los como profissionais, com progressão de carreira”.
“Dá pra dizer sem medo de errar que o professor é o principal profissional do paÃs, mas não agimos como se fosse. Todo mundo sabe que ele não é valorizado”, disse.
Para José Carlos Rothen, pesquisador da UFSCar, um dos grandes problemas que afetam a qualidade da educação é que os poucos jovens que escolhem a carreira de magistério acabam evitando lecionar na educação básica por conta dos baixos salários, das condições de trabalho e da falta de progressão.
“A carreira só é digna se você puder fazer parte de uma minoria que dá aula em escola de grife ou universidade. Então a educação só é boa para uma minoria também.”
Para o pesquisador, o modelo de descentralização de gestão, que coloca Estados e municÃpios como responsáveis pela educação, precisa ser repensado.
“Um municÃpio com 20 mil pessoas não possui infraestrutura para trabalhar a formação de professores. Embora a escola seja responsável, ela não pode ser culpada por um sistema falho”, disse.
Luciana Caparro, professora da escola municipal Desembargador Amorim Lima, conhecida pelo seu modelo de qualidade de ensino, disse que no momento em que se formou, o professor trabalhava com “muito pouco, quase nada”.
“Era impensável desenvolver algum projeto ou trabalho diferente com os estudantes”, continuou. Para ela, o professor precisa encarar as limitações de carreira como um desafio para remontar a realidade de ensino.
Caparro acredita, porém, que esse modelo só pode ser reproduzido em larga escala com um alto investimento para reverter essas limitações.