A História do Futuro de Glory O'brien

notícias

“Nightflyers”, livro de George R. R. Martin, ganhará série televisiva

0
Livro ganhou o Prêmio Seiun do Japão de melhor história em língua estrangeira | Foto: Reprodução / CP

Livro ganhou o Prêmio Seiun do Japão de melhor história em língua estrangeira | Foto: Reprodução / CP

 

Obra de 1980 será adaptada para as telinhas pelo canal Syfy

Publicado no Correio do Povo

Criador dos livros que deram origem à serie “Game of Thrones”, George R.R. Martin vai emplacar outra obra nas telinhas. De acordo com o site The Hollywood Reporter, o escritor de 68 anos assinou um contrato com a emissora norte-americana Syfy para adaptar sua novela de 1980, “Nightflyers”. Por causa de um acordo com HBO, que produz o mega sucesso situado em Westeros, Martin não vai trabalhar diretamente no novo programa.

Jeff Buhler escreverá o roteiro, enquanto Robert Jaffe – que escreveu a adaptação cinematográfica do livro em 1987 – atuará como produtor. “Nightflyers” é um conto de ficção científica que se passa no futuro, às vésperas do Armagedom. Uma tripulação de exploradores escapa da destruição da Terra ao embarcar na Nightflyer, uma nave espacial altamente avançada que é administrada por uma inteligência artificial e tem um capitão que os exploradores nunca conseguem ver. Nessa viagem, eles tentam encontrar a chave para a sobrevivência da humanidade.

O livro original ganhou o Prêmio Seiun do Japão de melhor história em língua estrangeira e foi publicado novamente em 1985 como parte da coleção de contos curtos de Martin. A adaptação ainda não tem data para chegar à televisão, assim como não há informações sobre elenco. Atualmente, o escritor trabalha no último livro da saga “Game Of Thrones”, que pode ganhar até quatro séries derivadas.

‘A maior parte das livrarias não tem livros que nos representam’, diz criadora de espaço dedicado a autores negros em BH

0
Etiene Martins abriu uma livraria dedicada a autores negros. (Foto: Maxwell Vilela/Divulgação)

Etiene Martins abriu uma livraria dedicada a autores negros. (Foto: Maxwell Vilela/Divulgação)

Publicado no G1

Não vou mais lavar os pratos, nem vou limpar a poeira dos móveis. Sinto muito. Comecei a ler”, diz a poesia da escritora Cristiane Sobral, presente nas prateleiras da loja Bantu localizada em um prédio a poucos metros da Praça da Estação, no centro de Belo Horizonte. “É triste a gente ter que abrir uma livraria com essa temática”, disse a jornalista Etiene Martins, criadora do espaço dedicado a títulos de autores negros que tratam de questões raciais. “A maior parte da população é negra e, mesmo assim, a maior parte das livrarias não tem livros que nos representam. Daí a importância desta iniciativa”, defendeu.

A Bantu foi inaugurada há cinco meses e tem cerca de 500 títulos. Um dos objetivos da livraria é promover obras que vão além do que é ensinado nas escolas. “A África, de uma forma geral, é tratada como um país. É um continente, gente. São várias as histórias. Tem povo iorubá, tem povo bantu, povo mina jeje. É muito amplo. O povo africano é um povo da palavra oral. Até que enfim a gente consegue contar a nossa própria história através da literatura. O nosso protagonismo na história não se limita ao ‘ser escravo’. Na verdade não são escravos, são seres escravizados, o que é bem diferente”, disse Etiene.

Neste sábado (13), a Lei Áurea, que extinguiu a escravidão no Brasil, completa 129 anos. Porém, o sequestro de milhões de pessoas que chegaram aqui para serem exploradas em engenhos, minas, plantações e casas de família, deixou marcas, como a desigualdade social e o racismo, que atravessaram os anos e resistiram até a sociedade atual.

“Inicialmente a gente tem que se conscientizar, conhecer a nossa história para poder enfrentar tudo isso porque só assim a gente consegue se libertar”, disse Etiene. “Nós não temos o direito de ir e vir. Nós não temos o direito de entrar em um supermercado de uma forma tranquila”, contou a jornalista, se referindo ao caso de racismo que sofreu no ano passado quando fazia compras.

“Liberdade é algo muito distante porque essa falsa abolição, essa abolição inacabada nos atinge até hoje. Eu, pra falar a verdade, não conheço a palavra liberdade. Tenho certeza que nenhum de nós, negros, sabe o que é isso”, disse Etiene.

Para a autora Cristiane Sobral, que já publicou quatro obras, ainda há muito o que evoluir. “A liberdade ainda não foi conquistada. Para ser livre primeiro é preciso ser reconhecido como humano”.

Segundo ela, os livros podem fazer com que as pessoas lutem por uma sociedade mais justa e igualitária. “A literatura não dá conta de acabar com o racismo, mas ela pode fazer com que os leitores negros se empoderem e os leitores brancos conheçam mais a nossa história. Não se trata apenas de literatura negra, é literatura brasileira”, disse.

Manuscrito raro de Harry Potter é roubado na Inglaterra

0

rowling

Obra foi vendida em um leilão beneficente por 25 mil libras

Publicado no UAI

Um manuscrito raro da saga Harry Potter, escrito à mão pela autora J.K. Rowling em um cartão postal, foi roubado durante um assalto no centro da Inglaterra, informaram as autoridades locais nesta sexta-feira, 12.

De acordo com o Departamento de Polícia de West Midlands, o roubo aconteceu entre 13 e 24 de abril em uma propriedade em Birmingham. A história de 800 palavras, que acontece três anos antes do bruxo mais famoso do mundo nascer, havia sido vendida por cerca de 25 mil libras em um leilão beneficente em 2008. Em sua conta no Twitter, J.K.Rowling pediu para os fãs do personagem não comprarem o manuscrito. ”Por favor, não compre isto se te oferecerem. Originalmente leiloado para @englishpen, o proprietário apoiou as liberdades dos escritores por licitação para ele”, escreveu.

”As únicas pessoas que comprarão essa peça original são os verdadeiros fãs de Harry Potter. Estamos apelando para que qualquer pessoa que veja ou receba oferta do item, entre em contato com a polícia”, disse em comunicado o oficial da investigação Paul Jauncey.

A raríssima pré-sequência foi escrita sobre dois lados de um cartão A5 e apresenta os personagens Sirius Black e James, o pai de Harry. A história narra os dois jovens encontrados por dois policiais furiosos no final de uma corrida de motocicleta de alta velocidade.

Depois de uma conversa com os policiais, os dois adolescentes fogem usando um toque de magia. O cartão conclui com as palavras ”do prequel eu não estou trabalhando em – mas isso foi divertido!”. A saga de Harry Potter foi dividida em sete livros originais e teve mais de 450 milhões de cópias vendidas em todo o mundo em 79 idiomas. No cinema, a franquia arrecadou mais de US$ 7 bilhões em todo o mundo.

Antonio Candido, um dos maiores críticos literários do país, morre aos 98

0

antoniocandido

Publicado no UOL

Morreu na madrugada desta sexta-feira (12), aos 98 anos, Antonio Candido de Mello e Souza, um dos maiores críticos literários do país. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas de São Paulo), que recebeu a notícia da filha do escritor.

O velório será realizado hoje das 9h às 17h, no Hospital Albert Einstein, no Morumbi, em São Paulo.
De suas obras de crítica literária, a mais importante é “Formação da Literatura Brasileira (Momentos Decisivos)”, de 1959. Seu estudo sobre o caipira paulista e sua transformação, “Os Parceiros do Rio Bonito” (1964), também é considerado um clássico dos ensaios sociológicos.

Aposentado em 1978 da cadeira de professor titular de teoria literária e literatura comparada da USP, Candido era professor-emérito da USP e da UNESP, e doutor honoris causa da Unicamp.

Nascido no Rio de Janeiro em 1918, Candido ingressou em 1939 no curso de direito da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, graduação que abandonaria no quinto ano, e de ciências sociais e filosofia da USP, que concluiu em 1942.

Em 1941, estreou como crítico literário na revista “Clima”, fundada por ele, com o crítico de teatro Décio de Almeida Prado (1917-2000), o crítico de cinema Paulo Emílio Salles Gomes (1916-1977), a ensaísta Gilda de Mello e Souza (1919-2005), entre outros.

Em 1942, mesmo ano em que concluiu o curso de filosofia, tornou-se professor assistente de sociologia na FFLCH-USP.

No período em que lecionava literatura brasileira na Faculdade de Filosofia de Assis (SP), lança sua obra mais influente: “Formação da Literatura Brasileira” (1959), na qual estuda os momentos decisivos da formação do sistema literário nacional.

Em 1964 publica outra obra de impacto, “Os Parceiros do Rio Bonito”, um ensaio sociológico sobre o caipira paulista, fruto de sua pesquisa de doutorado.

De volta à USP em 1961, onde se aposentaria em 1978, Candido também teve passagens pelas universidades de Paris (1964-1966) e Yale (1968). Após a aposentadoria, continuou ligado às atividades da universidade paulista, principalmente na orientação de trabalhos acadêmicos.

Ao lado de outros intelectuais, como Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), participou da fundação do PT, em 1980.

Entre os prêmios que recebeu estão o Camões, em 1998, e o Prêmio Internacional Alfonso Reyes, no México, em 2005.

Candido foi casado com Gilda de Mello e Souza, professora de Estética no Departamento de FFLCH-USP, que morreu em 2005.

Livro infantil de Clarice Lispector ganha ilustrações da neta da autora

0

Marina Valente assina o projeto de ‘A Mulher que Matou os Peixes’

Maria Fernanda Rodrigues, no Estadão

Clarice Lispector não achava que as histórias que escrevia a pedido do filho pequeno eram literatura, mas quando perguntaram se ela tinha algo para criança decidiu publicá-las mesmo assim. Ao longo dos últimos anos, a Rocco repaginou esses livros, lançando as edições em capa dura com novas ilustrações.

De 1968, A Mulher Que Matou os Peixes é o último desses volumes a ganhar nova forma. Uma curiosidade: as ilustrações ficaram sob responsabilidade de Marina Valente, que ainda não tinha nascido quando a avó publicou o livro pela Sabiá.

Colagem foi a técnica escolhida pela artista Foto: Marina Valente

Colagem foi a técnica escolhida pela artista Foto: Marina Valente

 

Marina escolheu a colagem e uma tipologia que remete à máquina de escrever de Clarice para ilustrar a história, de morte, vida e separação, sobre uma mãe que precisa contar aos filhos que deixou os peixinhos morrerem de fome.

Go to Top