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Jovem com paralisia cerebral rompe preconceito e se forma em Química no Ceará
0Daniel Froes, no Razões para Acreditar
Logo depois de nascer em Tauá, cidade do interior do Ceará, Caleb Alexandrino Veríssimo foi diagnosticado com paralisia cerebral por causa de uma complicação no parto.
A falta de oxigenação no cérebro comprometeu um pouco a fala, a escrita, a locomoção, menos o seu intelecto.
Mas, Caleb, como todo garoto da sua idade, aprendeu a ler e isso foi só o começo.
“Ele frequentou escolas normais, e em toda sua vida nunca ficou de recuperação!”, diz a mãe, Neuma, que conta que a paixão de Caleb pela Matemática se repete no filho mais novo, Filipe Alexandrino Veríssimo.
Paralisia cerebral nunca o impediu de ser um aluno exemplar
Caleb começou a faculdade de Química, no Centro de Educação, Ciências e Tecnologia da Região dos Inhamuns (Cecitec), com 18 anos, assim que terminou o ensino médio.
Durante o curso, ele se mostrou um aluno acima da média, era de se esperar que ele se formaria com louvor.
“Ele sempre foi um aluno excelente, tirava notas acima da média, nunca faltou a uma aula e estava sempre sorridente”, revela o professor e diretor do Cecitec, João Batista.
E tem mais, o jovem químico também foi bolsista do Pibid (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), como monitor em escolas do ensino médio da cidade e fazia participação nos shows de Química com peças teatrais.
Aos 88 anos, essa senhora realizou o sonho de se formar no ensino médio
0Publicado no Perfeito
Há 71 anos ‚ Frankie Sprabary sofreu um grave acidente de carro que a deixou imobilizada em casa. Na época, ela tinha 17 anos e estava prestes a concluir o ensino médio, plano que precisou ser deixado de lado por conta deste imprevisto. Hoje, aos 88 anos, essa moradora de Lewisville, Texas (EUA), retomou esse projeto abandonado e, finalmente, realizou seu sonho de receber um diploma do ensino médio.
“A vida passou e eu nunca tive a oportunidade de voltar para a escola e pegar meu diploma. Era a única coisa que eu queria na vida”, contou, em entrevista ao ABC News Today.
O filho mais novo de Frankie, Paul Sprabary, 50 nos, só descobriu esse desejo da mãe há pouco tempo, em um jantar de família. “Quando ela contou sua história, eu podia sentir a dor em sua voz e o arrependimento”, disse ao ABC.
Essa foi a deixa para o filho intervir e ajudar a mãe a fechar esse capítulo de sua vida. Rapidamente, ele ligou para Lewisville High School para saber se era possível conseguir um diploma honorário para Frankie, mas ele jamais poderia imaginar a resposta da escola.
Para ele já estava de bom tamanha receber o diploma, emoldurá-lo e entregá-lo de presente, mas o colégio recriou a cerimônia tradicional de formatura do ensino médio, com toda a pompa e circunstância, com direito a discurso dos diretores e um auditório lotado de alunos.
“Se íamos entrar nessa tínhamos que fazer direito”, falou o diretor da escola, Jeffrey Kajs.
O filho contou que o que ele mais gostou disso tudo foi ver o sorriso de satisfação da sua mãe rodeada de todos aqueles estudantes. Finalmente, ela colocou um ponto final nessa história e já pode começar a pensar nos próximos capítulos. E olha que cara de orgulho mais linda!!!!
E olha que ela não para! Seu próximo passo é publicar um livro de receitas. “Eu gosto de ter algumas metas para mim mesma. Meu médico disse que eu tenho força para alcançá-las porque sempre tenho algo interessante para fazer”, concluiu Frankie.
A gente tem certeza que essa senhora vai realizar tudo o que quiser nessa vida!!
Fonte: ABC News
O verdadeiro papel da educação – Edgar Morin
0Publicado na Revista Prosa e Verso
“A educação deve ser um despertar para a filosofia, para a literatura, para a música, para as artes. É isso que preenche a vida. Esse é o seu verdadeiro papel.”
O filósofo francês Edgar Morin fala sobre um dos temas que o tornou uma influência mundial, a educação. Morin fala sobre a necessidade de estimular o questionamento das crianças, sobre reforma no ensino e sobre a importância da reflexão filosófica não tanto para que respostas sejam encontradas, mas para fomentar a investigação e a pluralidade de possíveis caminhos. Leia abaixo:
O senhor costuma comparar o nosso planeta a uma nave espacial, em que a economia, a ciência, a tecnologia e a política seriam os motores, que atualmente estão danificados. Qual o papel da educação nessa espaçonave?
Ela teria a função de trazer a compreensão e fazer as ligações necessárias para esse sistema funcionar bem. Uso o verbo no condicional porque acho que ela ainda não desempenha esse papel. O problema é que nessa nave os relacionamentos são muito ruins. Desde o convívio entre pais e filhos, cheio de brigas, até as relações internacionais basta ver o número de guerras que temos. Por isso é preciso lutar para a melhoria dessas relações.
O que é preciso mudar no ensino para que o nosso planeta, ou a nave, entre em órbita?
Um dos principais objetivos da educação é ensinar valores. E esses são incorporados pela criança desde muito cedo. É preciso mostrar a ela como compreender a si mesma para que possa compreender os outros e a humanidade em geral. Os jovens têm de conhecer as particularidades do ser humano e o papel dele na era planetária que vivemos. Por isso a educação ainda não está fazendo sua parte. O sistema educacional não incorpora essas discussões e, pior, fragmenta a realidade, simplifica o complexo, separa o que é inseparável, ignora a multiplicidade e a diversidade.
O senhor então é contra a divisão do saber em várias disciplinas?
As disciplinas como estão estruturadas só servem para isolar os objetos do seu meio e isolar partes de um todo. Eliminam a desordem e as contradições existentes, para dar uma falsa sensação de arrumação. A educação deveria romper com isso mostrando as correlações entre os saberes, a complexidade da vida e dos problemas que hoje existem. Caso contrário, será sempre ineficiente e insuficiente para os cidadãos do futuro.
Na prática, de que forma a compreensão e a condição humana podem estar presentes em um currículo?
Ora, as dúvidas que uma criança tem são praticamente as mesmas dos adultos e dos filósofos. Quem somos, de onde viemos e para que estamos aqui? Tentar responder a essas questões, com certeza, vai instigar a curiosidade dos pequenos e permitir que eles comecem a se localizar no seu espaço, na comunidade, no mundo e a perceber a correlação dos saberes.
Mas uma pergunta como “quem somos?” não é fácil de responder.
E não precisa ser respondida. É a investigação e a pluralidade de possíveis caminhos que tornam o assunto interessante. Podemos ir pelo social, somos indivíduos, pertencentes a determinadas famílias, que estão em certa sociedade, dentro de um mundo que tem passado, história. Todos temos um jeito de ser, um perfil psicológico que também dá outras informações sobre essa questão. Mas também somos seres feitos de células vivas, entramos na biologia, que são formadas por moléculas, temos então a química. Todas essas moléculas são constituídas por átomos que vieram de explosões estelares ocorridas há milhões de anos… E assim por diante. Sempre instigando a curiosidade e não a matando, como frequentemente faz a escola.
Como temas tão profundos podem ser tratados sem que a aula fique chata?
É só não deixar enjoativo o que é por natureza passional. Um jornal francês de literatura fez uma pesquisa entre os alunos e descobriu que até os 14 anos os jovens gostam de ler e lêem muito. Quando vão para o liceu, lêem menos. É verdade que eles começam a sair mais de casa e ter outros interesses, mas um dos principais motivos é que os professores tornam a literatura chata, decupando-a em partes pequenas e analisando minuciosamente o seu vocabulário, em vez de dar mais valor ao sentido do texto, à sua ação. Nada mais passional do que um romance, nada tão maravilhoso quanto a poesia! Nada retrata melhor a problemática humana do que as grandes obras literárias. Os saberes não devem assassinar a curiosidade. A educação deve ser um despertar para a filosofia, para a literatura, para a música, para as artes. É isso que preenche a vida. Esse é o seu verdadeiro papel.
A literatura e as artes deveriam ter mais destaque no ensino?
Sem dúvida. Elas poderiam se constituir em eixos transdisciplinares. Pegue-se Guerra e Paz, de Tolstói, por exemplo. O professor de Literatura pode pedir a seu colega de História para ajudá-lo a situar a obra na história da Rússia. Pode solicitar a um psicólogo, da escola ou não, que converse com a classe sobre as características psicológicas dos personagens e as relações entre eles; a um sociólogo que ajude na compreensão da organização social da época. Toda grande obra de literatura tem a sua dimensão histórica, psicológica, social, filosófica e cada um desses aspectos traz esclarecimentos e informações importantes para o estudante. Todo país tem suas grandes obras e certamente também os clássicos universais servem para esse fim.
O professor deve buscar sempre o trabalho interdisciplinar?
Ele deve ter consciência da importância de sua disciplina, mas precisa perceber também que, com a iluminação de outros olhares, vai ficar muito mais interessante. O professor pode procurar ter essa cultura menos especializada, enquanto não existir uma mudança na formação e na organização dos saberes. O professor de Literatura precisa conhecer um pouco de história e de psicologia, assim como o de Matemática e o de Física necessitam de uma formação literária. Hoje existe um abismo entre as humanidades e as ciências, o que é grave para as duas. Somente uma comunicação entre elas vai propiciar o nascimento de uma nova cultura, e essa, sim, deverá perpassar a formação de todos os profissionais.
Como o professor vai aprender a trabalhar de forma conjunta?
Ele vai se autoformar quando começar a escutar os alunos, que são os porta-vozes de nossa época. Se há desinteresse da classe, ele precisa saber o porquê. É dessa postura de diálogo que as novas necessidades de ensino vão surgir. Ao professor cabe atendê-las.
Como acontece uma grande reforma educacional?
Nenhuma mudança é feita de uma só vez. Não adianta um ministro querer revolucionar a escola se os espíritos não estiverem preparados. A reforma vai começar por uma minoria que sente necessidade de mudar. É preciso começar por experiências pilotos, em uma sala de aula, uma escola ou uma universidade em que novas técnicas e metodologias sejam utilizadas e onde os saberes necessários para uma educação do futuro componham o currículo. Teríamos, desde o começo da escolarização, temas como a compreensão humana; a época planetária, em que se buscaria entender o nosso tempo, nossos dilemas e nossos desafios; o estudo da condição humana em seus aspectos biológicos, físicos, culturais, sociais e psíquicos. Dessa forma começaríamos a progredir e finalmente a mudar.
Como tratar temas tão profundos como o estudo da condição humana nos diversos níveis de ensino?
Os professores polivalentes da escola primária são os ideais para tratar desses assuntos. Por não serem especialistas, têm uma visão mais ampla dos saberes. Eles podem partir da problemática do estudante e fazer um programa de ensino cheio de questões que partissem do ser humano. O polivalente pode mostrar aos pequenos como se produz a cultura da televisão e do videogame na qual eles estão imersos desde muito cedo. Já a escola que trabalha com os jovens deve dedicar-se à aprendizagem do diálogo entre as culturas humanísticas e científicas. É o momento ideal para o aluno conhecer a história de sua nação, situar-se no futuro de seu continente e da humanidade. Às universidades caberia a reforma do pensamento, para permitir o uso integral da inteligência.
Fonte: revista Nova Escola | Fronteiras do Pensamento
Maioria dos alunos brasileiros não sabe fazer conta nem entende o que lê
0Bruna Souza Cruz e Ana Carla Bermúdez, no UOL
Dados do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) 2015, divulgados nesta terça-feira (6), indicam que o desempenho dos estudantes brasileiros em matemática e ciências piorou em comparação aos dados de 2012. Quando o assunto é a capacidade de leitura, os resultados seguem preocupantes, já que a média não mudou desde então– quando a pontuação já era considerada ruim.
Em matemática, de acordo com o relatório, 70,3% dos estudantes brasileiros ficaram abaixo do nível 2 de desempenho na avaliação –patamar mínimo estabelecido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) como necessário para que o estudante exerça plenamente sua cidadania. Na prática, os alunos não conseguem responder às questões da disciplina com clareza e não conseguem identificar ou executar procedimentos rotineiros de acordo com instruções diretas em situações claras.
A média nacional nessa disciplina foi de 377 pontos, muito abaixo da média da OCDE (490). Para se ter uma ideia, as regiões que tiveram as maiores médias foram Cingapura (564), Hong Kong – China (548) e Macau – China (544). Em 2012, a média nacional na mesma disciplina foi de 389. Com isso, o país registrou recuo em seu desempenho.
Segundo a publicação, a habilidade em matemática é definida como a capacidade individual de formular, empregar e interpretar a matemática em uma série de contextos. Isso inclui o raciocínio matemático e o uso de conceitos, procedimentos, dados e ferramentas para descrever, explicar e prever fenômenos. Há seis níveis de proficiência na disciplina.
Metade dos alunos brasileiros continuam com dificuldades de interpretação
Os dados do Pisa 2015 também apontam que 51% dos estudantes não possuem o patamar que a OCDE estabelece como necessário para que se possa exercer plenamente sua cidadania, considerando sua capacidade de leitura. Eles não ultrapassaram o nível 2 dentro da escala de avaliação.
Com isso, é possível afirmar que os jovens brasileiros têm dificuldades em lidar com textos e documentos oficiais, como notas públicas e notícias. Além disso, têm problemas para interpretar informações e integrar contextos.
A pontuação do Brasil foi de 407, enquanto que os países da OCDE tiveram uma média de 493. A média brasileira foi a mesma de três anos atrás, na última edição do Pisa.
Na outra ponta, os jovens brasileiros têm mais facilidade em lidar com textos pessoais, como e-mail, mensagens instantâneas, blogs, cartas pessoas e textos informativos. Eles também são bons em localizar e recuperar informação dentro de um texto quando necessário.
Com sua pontuação, o Brasil teve o desempenho inferior ao de regiões como Cingapura– que ficou em 1º lugar com 535 pontos, Canadá (527) e Hong Kong (China) (527).
O desempenho geral dos estudantes brasileiros em leitura está abaixo da média da OCDE desde o início das avaliações da disciplina, em 2000 – conforme mostra o gráfico acima.
Desempenho em ciências segue estagnado
Em ciências, quando são avaliadas a capacidade de lidar com conceitos, teorias, procedimentos e práticas associadas à investigação científica, o Brasil contabilizou média de 401 pontos, valor também inferior ao dos estudantes dos países membros da OCDE (493). Em relação ao Pisa anterior (2012), a média (402) não mostrou grande diferença. O país seguiu estagnado, já que a variação foi de apenas 1 ponto.
Ao comparar com a série histórica, nota-se que os brasileiros apresentaram um crescimento médio de 390 para 405 pontos entre os anos de 2006 e 2009. Mesmo assim, o desempenho dos alunos também já se mostrava ruim.
Dentro da escala de avaliação do ano passado, 56,6% dos jovens brasileiros tiveram desempenho abaixo do nível 2, ou seja, eles não são capazes, por exemplo, de identificar uma explicação científica, interpretar dados e identificar a questão abordada em um projeto experimental simples de complexidade mediana.
Escolas públicas federais ficam à frente das escolas particulares
Na separação dos resultados do Pisa 2015 por rede de ensino, a rede pública federal obteve o melhor desempenho, ficando alguns pontos à frente da média obtida pelos alunos de escolas particulares.
Na área de ciências, a média alcançada pelos alunos das escolas federais foi de 517 pontos, contra uma média de 487 pontos dos alunos de colégios particulares. Em leitura, os desempenhos médios foram de 528 e 493, respectivamente, para os mesmos casos. Já em matemática, enquanto a média obtida pelos alunos da rede de ensino particular foi de 463 pontos, os alunos da rede federal alcançam, em média, 488 pontos.
O desempenho dos alunos da rede pública federal também superou a média nacional em cada uma das três áreas avaliadas– 401 pontos em ciências, 407 pontos em leitura e 377 pontos em matemática.
Escala de proficiência
O estudo de 2015 avaliou 23.141 alunos brasileiros (de 841 escolas), com idades entre 15 anos e 16 anos matriculados a partir do 7º ano. O desempenho dos estudantes foi analisado com base em sete escalas, que vão de 6, a mais alta, até 1b, a mais baixa.
O que é o Pisa
O Pisa busca medir o conhecimento e a habilidade em leitura, matemática e ciências de estudantes com 15 anos de idade tanto de países membro da OCDE quanto de países parceiros. Ele é corrigido pela TRI (Teoria de Resposta ao Item). O método é utilizado também na correção do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio): quanto mais distante o resultado ficar da média estipulada, melhor (ou pior) será a nota.
A avaliação já foi aplicada nos anos de 2000, 2003, 2006, 2009 e 2012. A cada ano é dada uma ênfase para uma disciplina: neste ano, foi a vez de ciências.
Dentre os países membros da OCDE, estão Alemanha, Grécia, Chile, Coreia do Sul, México, Holanda e Polônia, dentre outros. Dentre os países parceiros, estão Argentina, Brasil, China, Peru, Qatar e Sérvia.
Conheça 4 países com os melhores sistemas educacionais
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Entenda quais habilidades são desenvolvidas nas escolas dos melhores sistemas educacionais
Publicado no Universia Brasil
Os sistemas educacionais ao redor do mundo têm sido testados e redefinidos para produzir bons resultados acadêmicos e formar cidadãos mais preparados. Onde quer que esteja localizada a sua escola, sem dúvida ela é influenciada pelo mindset e a cultura do seu país. Apesar de nenhum dos sistemas ser perfeito, existem algumas nações que tiveram ótimos ganhos e resultados acadêmicos com seus sistemas de ensino, além de habilidades pessoais que ajudaram os alunos a se destacarem na vida e no mercado de trabalho.
A seguir, conheça 4 países com sistemas educacionais exemplares e que servem de exemplo para redefinirmos nossas prioridades e melhorar o ensino brasileiro:
JAPÃO
Desenvolvendo o caráter antes do conhecimento
Qualquer um que já tenha visitado o Japão deve ter botado que o povo japonês é extremamente educado e com hábitos exemplares. O motivo desse comportamento impecável é que a cultura do país é voltada para a construção do caráter da criança antes mesmo do processo educacional, com provas e aulas expositivas.
Os primeiros anos da vida escolar de uma criança no Japão é dedicado ao desenvolvimento do respeito pelo próximo, compaixão e generosidade, bem como introduzir os conceitos de certo e errado, justiça, autocontrole e determinação. Essas habilidades estabelecem o equilíbrio necessário para ter sucesso dentro da sala de aula e por todo o resto da vida do estudante.
Os alunos limpam suas próprias salas de aula
Enquanto muitas escolas contratam profissionais para limpar cada canto da escola, no Japão as salas de aula, corredores, restaurantes e lanchonetes e até mesmo o banheiro são limpos pelos próprios alunos.
Divididos em grupos, os estudantes fazem da limpeza um hábito diário. O objetivo dessa prática não é somente ensiná-los a importância da limpeza, mas também como trabalhar em equipe e ter respeito por seu próprio trabalho e o trabalho das outras pessoas.
FINLÂNDIA
Menos é mais
A Finlândia também está no hall dos países aclamados por seu sistema de ensino exemplar. Parte desse sucesso se deve ao midset do “menos é mais”. Os professores na Finlândia gastam cerca de 600 horas anuais dentro da sala de aula, o que representa a metade das horas cumpridas pelos professores nos Estados Unidos. A vantagem de ficar menos tempo parados, falando em frente aos alunos dentro de uma sala de aula, é que os docentes ganham mais tempo para investir em suas próprias habilidades e desenvolvimento profissional, o que tem resultado em uma maior qualidade, e não quantidade, das horas ensinadas. Ou seja, ganho para os professore e ganho para os alunos.
Mais tempo fora da sala de aula
A Finlândia e outros países escandinavos, como a Noruega e a Suécia, dão grande importância ao contato com a natureza. Por esse motivo, as crianças na Finlândia passam um grande período de tempo explorando e brincando do lado de fora da sala, o que oferece aprendizados tão importantes quanto os que são dados em classe.
Mesmo durante o rigoroso inverno, é possível ver crianças brincando ou tendo lições nas florestas e montanhas do país. Além de evitar o sedentarismo e encorajar os pequenos a serem mais ativos, estar perto da natureza também oferece benefícios para a mente e para o bem-estar dos alunos.
SINGAPURA
Maiores investimentos em tecnologia
Singapura é um dos países com as melhores estatísticas em conclusão do período escolar na Ásia e também no mundo, graças a investimentos massivos em tecnologia na sala de aula para professores e alunos.
No país, acredita-se que a tecnologia tem um papel essencial para melhorar as escolas e também as oportunidades de acesso à informação. Os investimentos em práticas escolares mais tecnológicas incluem internet de alta velocidade para todos e livros em plataformas digitais, fazendo com que os materiais didáticos sejam mais acessíveis, especialmente para os estudantes com menor poder aquisitivo.
A importância da psicologia positiva
Nos últimos anos, o sistema de ensino de Singapura passou por uma reforma profunda. Uma das mudanças aplicadas foi o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, baseadas em recentes descobertas da psicologia positiva, que contribuem para a criação de um novo mindset e maior resiliência. Essas mudanças são fundamentais dentro da sala de aula e foram aplicadas para moldar a forma como as matérias são ensinadas, além de estimular a positividade na vida das crianças.
ALEMANHA
Não há competição entre as escolas
Em grande parte dos países, existem provas e competições utilizadas para comparar o nível de diferentes escolas. Com isso, é colocada uma imensa pressão nas crianças para que tenham a melhor performance possível. Na Alemanha, esses índices não são publicados, o que significa que as escolas não estão constantemente preocupadas com sua reputação e ficam menos focadas nesse único objetivo.
As escolas alemãs garantem que não ter um monitoramento excessivo dos alunos e professores garante que o docente possa agir de forma mais criativa, se preocupando mais com o processo de educação em si do que em alcançar resultados pressionando os estudantes.
Menor segregação entre os diferentes níveis de aprendizado
Separar as crianças com diferentes níveis de aprendizado é uma prática bastante comum ao redor do mundo, colocando-as em salas de aulas distintas. Na Alemanha, no entanto, as escolas atuam de forma mais generalizada e compreensiva, permitindo que crianças de diferentes níveis possam aprender juntas, na mesma sala de aula. Isso diminui a segregação entre os estudantes e aumenta a flexibilidade em lidar com pessoas diferentes.
Existe o ensino perfeito?
Ainda não existe um sistema educacional que inclua todas as necessidades, opiniões e diferenças culturais, mas uma coisa que se destaca em todos eles é o investimento em estratégias emocionais e positivas, que ajudam a desenvolver as habilidades e mindsets necessários para o resto da vida da criança. Além disso, a valorização do investimento na qualidade dos professores também aparece como algo importante e comum aos grandes sistemas de ensino.