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Chegou o ‘Rotten Tomatoes’ para amantes de livros
0Publicado no Brasil Post
A cena: você acabou de ler (e reler) o último parágrafo de um romance que estava saboreando e está quase bravo com a autora porque ela conseguiu terminar a história de maneira tão redonda e poética. Como ela tem a audácia de se recusar a sugerir a possibilidade de uma continuação? O que você vai ler agora?
É tentador entrar na Amazon e olhar a lista de “clientes também compraram”. Você encontra um livro de 800 páginas – ganhador do Pulitzer, que vai dominar sua atenção por um tempo – mas, pera lá, o que é isso? Uma avaliação de 3,5 estrelas? Você não quer perder o ânimo – o livro parece inteligente, ágil e cheio de garra. Mas… você decide procurar outra coisa, com uma nota de quatro ou cinco estrelas.
Todo mundo já passou por isso: deixar-se influenciar pelo conjunto de resenhas dos outros leitores na hora de escolher a próxima leitura. Mas, embora os sistemas de estrelas da Amazon e do Goodreads tenham seu propósito, eles talvez tenham peso demais sobre as escolhas que fazemos. O que faz sentido; é a única avaliação quantitativa que temos sobre os livros.
É por isso que o Literary Hub, um site dedicado a notícias, ensaios e trechos de livros, lançou o Book Marks, que eles chamam de “Rotten Tomatoes para livros”, agregando as opiniões dos críticos profissionais sobre os lançamentos e atribuindo a cada um deles uma nota.
Andy Hunter, editor do Lit Hub, contou ao HuffPost como vai funcionar o sistema. O site hoje agrega 70 veículos que têm críticos profissionais, do New York Times a blogs como o Millions e a resenha semanal do Huffington Post, The Bottom Line. Se 3 dos 70 escreverem sobre um livro, ele entra para o Book Marks.
Como os resenhistas não costumam dar uma nota em suas críticas, os editores do Lit Hub – muitos dos quais já trabalharam como críticos – atribuem as notas (que vão de A a E). Mas Hunter observa que o site incentiva os críticos a dar suas próprias notas, para evitar qualquer tipo de ruído de comunicação. “Queremos uma coisa aberta e colaborativa, que deixe os críticos felizes”, disse ele.
“Acho que livros são uma parte extremamente importante da nossa cultura, e os críticos profissionais são pessoas que dedicam suas vidas a se envolver com livros de maneira substantiva”, afirmou Hunter, explicando por que o Lit Hub embarcou nesse projeto. “Um crítico tem a responsabilidade de falar sobre a importância do livro no contexto de seus pares, a história do gênero e as obras de outros autores que tratam de assuntos similares.”
O resumo de Hunter sobre a importância da crítica literária faz sentido; críticos profissionais têm a tarefa de entender que obras possam ter inspirado um livro, como ele se encaixa no restante da produção do autor e como o livro conversa com um contexto cultural mais amplo. As críticas, portanto, são mais do que apenas uma avaliação superficial – elas devem ser profundas e consideradas.
Mas nem todos são fãs das críticas. Muitos sites – incluindo o BuzzFeed Books e o blog Book Riot – deixaram claro que suas missões não incluem fazer resenhas de livros, para evitar as possíveis reações a críticas negativas. “Por que desperdiçar saliva falando mal de algo?”, disse o editor do BuzzFeed Books, Isaac Fitzgerald, logo depois de ser contratado.
O clima positivo criado por essas abordagens tem sido de várias maneiras, bem, positivo. Mulheres e escritores de cor têm a chance de discutir suas preferências literárias em vez de se sentir invalidados pela velha guarda – que ainda é dominada por caras brancos, como aponta a ONG Vida. Mas uma solução melhor a longo prazo seria que os veículos contratassem mulheres e pessoas de cor para escrever as críticas, em vez de simplesmente abandoná-las.
Outras queixas, como a feita recentemente pela fundadora do Bookslut, Jessica Crispin, apontam um suposto nepotismo nas resenhas. Os críticos seriam muito influenciados pelas editoras, o que criaria uma comunidade insular que não deixa espaço para opiniões subversivas. Talvez por causa dessas críticas à crítica que Hunter tenha notado “tanta mudança em termos da mídia […] jornais optando por sites e diminuindo o número de resenhas ou as escondendo em submenus”.
É altruísta a decisão do Lit Hub de oferecer uma solução para o problema multifacetado e polêmico da crítica literária profissional. Os críticos podem ser criticados, mas eles ainda cumprem uma função prática para os leitores – e muitas vezes importante para os autores.
“Achamos que poderíamos fazer algo positivo em termos de destacar essas resenhas”, disse Hunter. “Colocá-las diante das pessoas, onde elas possam ser úteis.”
Aposentada resenha mais de 1,5 mil obras de graça em site: ‘Meu trabalho’
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Moradora de Jundiaí é ‘top 1’ em ranking, com mais de 4 mil votos.
Cerca de 97% de críticas são consideradas úteis pelos usuários.
Publicado no G1
“Especialmente recomendado. É uma leitura divertida e muito bem cuidada”. O comentário poderia estar na capa de qualquer best-seller, mas foi escrito por uma moradora de Jundiaí (SP) em um site de venda de livros eletrônicos. Leila de Carvalho e Gonçalves, de 57 anos, se tornou avaliadora número 1 de um ranking com mais de 1,5 mil resenhas publicadas.
Tomada pelo gosto da leitura desde pequena, ela “trabalha” analisando as mais variadas obras. Para ter uma noção, Leila tem mil resenhas publicadas a mais do que o segundo colaborador e a credibilidade dela é tanta que 97% das suas críticas são consideradas úteis pelos usuários.
O hobby começou no Natal de 2012, quando Leila ganhou um aparelho leitor de livros digitais e ficou tão encantada com a praticidade do eletrônico que se desfez de cerca de três mil livros de sua biblioteca particular. “Doei as obras para pessoas e lugares. Praticamente só lia no papel, mas gastava muito tempo com a manutenção [da biblioteca], já que os livros consumiam muito espaço e demandavam cuidados. Com o kindle, foi um alívio porque ganhei mais tempo para realmente ler”, afirma.
Dois meses depois, em fevereiro de 2013, a aposentada resolveu aproveitar o espaço disponível no site onde comprava os e-books para compartilhar suas impressões sobre a obra “O Assassinato de Roger Ackroyd”, da escritora britânica Agatha Christie.
Depois dela, vieram resenhas dos mais variados livros: desde títulos do romancista Fiodor Dostoiévski até a trilogia de Cinquenta Tons de Cinza, da escritora E. L. James. “Já tinha o hábito de pesquisar e fazer anotações nos livros físicos e, como havia um espaço aberto na Amazon, resolvi colocá-las no site. Acredito que o ideal é a pessoa ler comentários sobre a obra e não apenas a sinopse, assim, ela mesma vai avaliar se vale a pena ler. Tomei um susto quando ganhei meu primeiro voto. A princípio, duvidei do meu próprio trabalho”, conta.
A atividade voluntária ganhou notoriedade e, quase três anos depois, Leila tem mais de 1,5 mil resenhas publicadas e um grupo de leitores que esperam por seus comentários. “Pouco a pouco se formou um grupo de interesse. Os [resenhistas] que fazem parte do top 10 tem um público que acompanha. Fico feliz porque gosto de incentivar a leitura, dar os dois lados do livro, mas, principalmente, evidenciar os pontos positivos e não desestimular.”
Dedicação diária
Apesar de não ser remunerada, Leila é rigorosa e publica as dicas de leitura diariamente. Ela dedica cerca de oito horas por dia entre ler e resenhar. “Encaro como um trabalho. Resenhar não é fácil, tem que voltar na história. Algumas são escritas em meia hora e outras levam dias, depende da complexidade, que nada tem a ver com número de páginas. Para manter sempre atualizado, faça resenhas de contos, por exemplo, entre um livro e outro”, explica.
Leila, que é formada em estatística, conta ainda que os clássicos são os que mais dão trabalho porque exigem mais cuidado e que não tem um gênero literário favorito. “Procuro pelos que sejam indicados como bons livros, mas leio todos os gêneros. Considero meu gosto eclético.”
“Estrelada”
As resenhas se tornam ainda mais importantes no incentivo na leitura quando a aposentada faz críticas ao sistema de avaliação por estrelas. “Acho falho. Por exemplo: ‘Madame Bovary’, de Gustave Flaubert, e ‘Inferno’, de Dan Brown. Ambos são ótimos livros e merecem cinco estrelas, mas depende do interesse no momento. Às vezes a pessoa quer um filé Wellington e, em outros dias, prefere um hambúrguer”, brinca.
Questionada sobre a credibilidade, Leila garante que em nenhum momento teve a pretensão de ser a número 1. “Faço as resenhas por prazer e para incentivar a boa leitura, sinto como se fosse um dever. A obra ‘Lolita’ é complexa por causa do personagem, através da resenha procuro dar ao leitor condições de entender com o que vai lidar, levei mais de dois dias para resenhar. Enfim, o objetivo é que o leitor ‘comum’ consiga destrinchar o livro. Os votos vieram naturalmente”, finaliza.
Seus professores costumam pedir resenhas de livros? Aprenda a fazer de forma correta
0Publicado no Amo Direito
Seus professores costumam pedir para você fazer resenhas de livros no colégio, cursinho ou faculdade? Aprenda a fazer um texto que deixe suas opiniões claras e garanta uma boa nota. Não deixe de compartilhar com os amigos!
Escrever uma resenha é uma ótima forma de comprovar que os alunos realmente leram e entenderam os pontos principais de um determinado livro e, por isso, estas são comumente pedidas pelos professores. Se você não tem certeza de como estruturar o texto de forma a deixar suas ideias claras, não se desespere!
O primeiro passo é ler o livro com muita atenção. Para resenhá-lo, você deverá conhecer os personagens e entender todo o contexto da época em que ele foi escrito e o que o autor pretendia ao publicá-lo. Por exemplo: é muito difícil escrever uma resenha de uma obra como Os Miseráveis, de Victor Hugo, sem entender os costumes da França do século XIX, entre a batalha de Waterloo e as barricadas de Paris.
Ao término da leitura, você deverá organizar os seus próprios pensamentos. A opinião do autor ficou clara para você? Além disso, é necessário refletir sobre como a obra reflete nos dias atuais, ou seja, como o que foi escrito em anos passados está presente na sociedade de hoje. Esse pode ser um dos seus pilares para escrever a resenha.
Agora é hora de começar a escrever a sua resenha. É importante ter em mente que uma resenha deve descrever o livro e apontar aspectos importantes sobre ele. Personagens marcantes e relevantes para a história devem ser citados, sendo que uma boa dica para apresentá-los é descrevendo suas impressões sobre a personalidade deles e por que a história seria completamente diferente na ausência dos mesmos.
A resenha também dá a chance de você expressar suas opiniões, como a fluência do texto, a presença ou não de humor ou até mesmo a velocidade na qual as coisas acontecem. Porém, lembre-se de que uma resenha didática deve priorizar o conteúdo da aula para a qual ela foi proposta. Se você está escrevendo para o professor de literatura, insira a obra no movimento literário na qual o livro foi escrito. Se for para o professor de história, prefira o contexto social da época.
Fonte: Notícias Universia
Adaptação: Cada Um na Sua Casa
1Karen, no Por essas Páginas
Na sexta-feira passada estive em São Paulo para a seção especial de cinema da Fox Filmes da animação Cada Um na Sua Casa, a convite do querido Sérgio Pavarini, da Editora Gutenberg. Vale lembrar que o filme é uma adaptação do livro de mesmo nome, do autor Adam Rex. Para saber mais sobre o livro, clique aqui.
“Sinopse: O planeta Terra foi invadido por seres extra-terrestres, os Boov, que estão em busca de um novo planeta para chamar de lar. Eles convivem com os humanos pacificamente, que não sabem de sua existência. Entretanto, um dia a jovem adolescente Tip (Rihanna) encontra o alien Oh (Jim Parsons), que foi banido pelos Boov devido às várias trapalhadas causadas por ele. Os dois logo embarcam em uma aventura onde aprendem bastante sobre as relações intergalácticas.” Fonte
A seção aconteceu no Cinemark do Shopping Eldorado, em Pinheiros. Chegamos (eu estava acompanhada pela minha irmã) por lá um pouco depois das dez da manhã. Conversei com o pessoal da Gutenberg e da Fox Filmes ao chegar e eles foram mega simpáticos e gentis! Estava marcado um pequeno café da manhã com os convidados, mas uau, de “pequeno” não tinha nada! Muitas comidinhas e bebidinhas deliciosas, e mais ou menos às dez e meia nos dirigimos à sala de exibição completamente empanturradas de coisas gostosas.
A seção era 3D (oba! AMO 3D!) e dublada, mas o bom de animação é que fica bonitinha dublada, legendada ou até no mudo. Animações são tudo de bom! E, então, o filme começou…
E… gente, que filme LINDO! A história é sobre um grupo de alienígenas, os Boov, que vivem fugindo há muito, muito tempo, procurando um novo lar. É quando eles encontram a Terra, despacham todos os humanos para a Austrália (ou melhor, a Cidade dos Humanos Felizes) e assumem o planeta. Antes de tudo é preciso que vocês saibam algumas coisinhas sobre os Boov: eles são extremamente medrosos e bem pouco sociais. Então, quando um Boov chamado Oh resolve dar uma festa de boas-vindas aos vizinhos para comemorar o novo lar, é claro que ninguém aparece. Acontece que Oh enviou o convite da sua festa para… todo mundo na galáxia! Inclusive os seus super inimigos, dos quais eles estão fugindo todo esse tempo.
Com o pessoal da Gutenberg e da Fox Filmes
Enquanto isso, Tip, uma garota humana, está triste (e brava!) porque sua mãe foi sequestrada pelos Boov. Ela e seu gatinho, o Porquinho, saem em busca da mãe de Tip em seu carro, mas por causa de um fuga alucinada de Oh dos Boov, ela acaba batendo e os dois se encontram em um mercadinho. Improvável? Sim, mas acontece (e uma parte muito engraçada!). A partir daí uma deliciosa aventura começa.
Nem sei dizer o que eu mais gostei no filme. Foram tantas coisas! Talvez o fato de que, na verdade, os Boov, apesar de fofinhos, não eram assim “tão bonzinhos”, e o próprio Oh amadurece bastante e evolui como personagem ao longo da trama. Tip também evolui; de uma garota deprimida e cheia de raiva (mas ela totalmente tinha seus motivos!), ela acaba abrindo seu coração. Também adorei que a protagonista do filme é uma garota negra, ou seja, duas vezes mais legal! E ela está à procura da mãe, não de um príncipe encantado. Três vezes mais legal! O filme é cheio de personagens femininas fortes, com motivações próprias, independente de homens. Um exemplo fantástico para as meninas e os meninos também! E o Oh! Ele muda de cor de acordo com suas emoções, o que quer dizer que Tip sempre descobre quando ele está mentindo… e quando ele aprende a dançar! E as suas perguntas inocentes? Ou será que eu amei mais o gatinho? Tão fofo! Ronronando, fazendo pãozinho na Tip, dançando… Awwn!.
Obviamente saímos de lá divididas entre lágrimas e sorrisos. Impossível não se emocionar! O filme foi maravilhoso. Uma das melhores animações que já vi: divertido, sensível, criativo, tocante, cheio de reviravoltas surpreendentes, diálogos deliciosos, super colorido e muito bem produzido. Fala de amizade e de família, de fazer o que é certo, sem cair na moral pela moral, mas de um jeito muito espontâneo. Foi lindo, gente. Simples assim. Tem que assistir! O filme chega aos cinemas no 9 de abril! Anotem na agenda!
Porque esse filme é muito importante <3
E, como se não bastasse tudo isso (e o fato de que estávamos saindo da sala limpando as lágrimas dos olhos), ao sair nos deparamos com uma surpresa fantástica! Mimos incríveis de presente! Sério, o nosso queixo deve ter batido no chão ao ver todo aquele carinho. Como uma imagem vale mais que mil palavras, olha só os mimos que a gente ganhou:
Um Oh de FOM! (tão fofinho!) E a coleção inteira de bonequinhos do Oh da campanha do Mc Lanche Feliz! OMG! Cada um mais lindo que o outro, gente! Tem alguns que acendem, outros que giram, vibram (ou ronronam? rs). Uma graça, gente. Sério, vocês vão amar!
Agora, depois desse filme lindíssimo, estou DOIDA para ler o livro da Gutenberg! Mas, enquanto não leio, vou buscando mais e mais informações sobre o filme (e abraçando meu Oh!). Deixo vocês com um “prólogo” da animação, Almost Home, ou “Quase em Casa” – em tradução livre. Só pra vocês terem um gostinho.
Ficha Técnica
Título: Cada Um na Sua Casa
Direção: Tim Johnson
Roteiro: Tom J. Astle e Matt Ember
Duração: 94 minutos
Ano: 2015
Distribuidora: Fox Filmes
Avaliação: