Cristina Danuta
(1 comments, 9816 posts)
This user hasn't shared any profile information
Posts by Cristina Danuta
Martinho da Vila faz faculdade de Relações Internacionais no Rio, aos 79 anos
0
Cantor assiste à aula numa faculdade privada do Rio Foto: Rennan Medeiros Pimentel
Michael Sá, no Extra
Devagar, devagarinho, Martinho da Vila vai chegando lá. Cantor, compositor, poeta e escritor, o músico de 79 anos mostra que nunca é tarde para aprender e voltou às salas de aula. Ele é aluno do 5º período do curso de Relações Internacionais de uma universidade particular na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
Bastante aplicado, Martinho se destaca nas aulas por ser extremamente inteligente e dedicado. Esse é o primeiro curso universitário do cantor, que é autor de 14 livros com temas que variam sobre Brasil, política, samba e escravidão.
Procurado pelo EXTRA, o sambista contou que escolheu o curso de RI por causa do seu trabalho como embaixador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
“Já pratico relações internacionais há muito tempo, mas eu queria pegar um pouco de conhecimento mais teórico”, explica. “Na faculdade, eu sou um aluno de conhecimento, um ouvinte. Faço os trabalhos que todos fazem, cumpro uma carga horário, mantenho a frequência nas aulas, mas não preciso fazer prova”.
Ele releva ainda que sua atitude de voltar a estudar tem servido de exemplo para muita gente retornar às salas de aula.
“Várias pessoas de uma certa idade, até de 50 anos, que tinham vontade de fazer um curso superior, mas que não tinham muita coragem, chegam e falam que foram incentivados por mim a estudar. E isso é bacana. Conhecimento nunca é demais”.

Martinho da Vila volta às salas de aula Foto: Martinho da Vila fez sucesso pelo país com “Xica da Silva” / AGência O Globo

Aluno aplicado! Martinho da Vila assiste a uma aula numa faculdade do Rio Foto: Rennan Medeiros Pimentel
Livro infantil sobre mulheres que fizeram história chega ao Brasil
0
Livro foi trazido ao Brasil pela editora V&R (Foto: Reprodução/ Divulgação )
Entenda por que essa é uma opção de leitura enriquecedora para crianças e adultos
Maria Clara Vieira, na Crescer
Acaba de chegar ao Brasil a tradução de um livro que tem feito sucesso no exterior. Com título grande e importância maior ainda, a obra “Histórias de ninar para garotas rebeldes – 100 fábulas sobre mulheres extraordinárias” é uma verdadeira aula aos pequenos leitores.

Obra reune os perfis de cem mulheres inspiradoras (Foto: Reprodução/ Divulgação )
Por meio de exemplos de mulheres reais, o livro ajuda a quebrar os estereótipos de gênero e ensina que as garotas podem sonhar e se tornar tudo o que quiserem. É uma leitura inspiradora e essencial durante a infância.

Páginas do livro (Foto: Reprodução/ Divulgação )
A cada página, a criança é apresentada a uma mulher diferente, que fez história e mudou o mundo à sua maneira. O texto é fluido, agradável e instigante – não dá vontade de parar. Para as menores, entre 5 e 6 anos, a leitura compartilhada com um adulto é o ideal. Depois dos 7, o leitor já tem condições de seguir sozinho.

Cora Coralina é uma das brasileiras presentes no livro (Foto: divulgação)
O livro reune cem personalidades de todo o mundo, de diversas áreas de atuação – das ciências às artes, passando pelos esportes e pela política. Os textos revelam a data de nascimento (e de morte, se elas já se foram) e trazem um pequeno resumo com as principais realizações de suas vidas. Cada história vem acompanhada de um belo retrato. As ilustrações foram feitas por 60 artistas de diferentes nacionalidades.

Maya Gabeira é uma das brasileiras presentes no livro (Foto: divulgação)
No grupo de mulheres admiráveis escolhidas pelas autoras, estão nomes como Michele Obama, Frida Kahlo, Jane Austen, Malala Yousafzai, Marie Curie, Yoko Ono, as brasileiras Cora Coralina e Maya Gabeira, entre tantas outras.
Tudo surgiu graças às italianas Elena Favilli e Francesca Cavallo, que lançaram a ideia do livro em uma plataforma de financiamento coletivo. Mais de 20 mil apoiadores em todo o mundo ajudaram o projeto. Juntos, contribuíram com US$ 1 milhão para que a obra se tornasse realidade.
Arno Wehling é eleito para a Academia Brasileira de Letras
0
Arno Wehling, o novo imortal – Leo Martins / Agência O Globo
Historiador vai ocupar cadeira que pertenceu a Ferreira Gullar, morto em dezembro do ano passado
Publicado em O Globo
RIO – Foi uma semana agitadíssima para os padrões da instituição: no dia seguinte em que o ensaísta e escritor João Almino foi escolhido como imortal, uma nova eleição definiu o historiador Arno Wehling como integrante da Academia Brasileira de Letras. Mas se a escolha de Almino, único candidato à cadeira 22, que pertencia a Ivo Pitanguy, pareceu mais tranquila, a contenda da tarde de ontem na sede da instituição, no Centro do Rio, foi bastante apertada. Por 18 votos a 15, além de um voto em branco, o historiador e presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), venceu o poeta Antonio Cicero por 18 votos a 15 para a cadeira 37, que era de Ferreira Gullar. Houve um voto em branco. Votaram 23 acadêmicos presencialmente e 11 por cartas.
— Encaro esta notícia de duas maneiras. Além de ser uma valorização da instituição, e como historiador entendo que é fundamental para a constituição de um país a valorização das instituições, a entrada na ABL me permite o convívio com pessoas que admiro e respeito muitíssimo — declarou Wehling, que esperou o resultado da eleição em uma recepção na cobertura de um hotel em Ipanema, cercado de familiares e amigos, além dos imortais que surgiram depois da votação para prestigiá-lo. — As instituições culturais são as mais significativas de um país. Será uma oportunidade de colaborar com a vida cultural do país.
A eleição de Wehling dividiu duas espécies de alas não formais que existem na ABL. Uma é mais ligada aos poetas e romancistas, a chamada “ala literária”, reunida em favor do poeta carioca Antonio Cicero, que tentava a vaga pela segunda vez (a primeira, em que disputou com o sociólogo Francisco Weffort, terminou curiosamente empatada, o que é raro acontecer na Academia). A outra é a ala dos historiadores, da qual faz parte mais de uma dezena de imortais, todos integrantes do IHGB. Um deles é o historiador e africanista Alberto da Costa e Silva, um dos principais partidários da candidatura de Arno Wehling:
— A Academia ganha muito com a presença de um intelectual como ele — afirmou Costa e Silva assim que o resultado foi anunciado, tomando o telefone para parabenizar o amigo: “Fique tranquilo que estava ganho” — disse a Wehling.
“A ESPERA DE CiCERO NÃO SERÁ EM VÃO”
A acadêmica Nélida Piñon, amiga de Cicero, manifestou-se:
— Ele será muito bem-vindo. A presença dele reforça e enriquece a presença do IHGB na academia. Arno, sem duvida, é um notável. Os dois candidatos eram excelentes, e a espera de Cicero não será em vão. É o destino natural de um homem daquela envergadura ser parte da ABL — disse Nélida, que também compareceu à recepção de Arno.
Ex-presidente da ABL, Marco Antonio Villaça também frisou a aliança que formou-se entre o IHGB e a ABL:
— Arno é um escritor com obra importante, e que tem uma constância na relação com outros escritores, o que é muito importante para a Academia. O IHGB e a ABL mantêm o sentido antropológico de cultura, como sempre quis Machado de Assis.
Natural do Rio, Arno Wehling tem 70 anos e é formado em História pela antiga Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil e em Direito pela Universidade Santa Úrsula. É ainda Doutor em História pela Universidade de São Paulo, e tem pós-doutorado na Universidade do Porto, em Portugal. Especializado em teoria e metodologia da História, história do Brasil Colônia e história do Direito brasileiro, ele é professor da UFRJ e da UniRio. Integra o IHGB desde 1976, e tem mais de dez livros publicados na sua área de pesquisa.
— Será um prazer conviver e descobrir de que forma Arno contribuirá com a instituição — declarou a acadêmica Ana Maria Machado.
Os ocupantes anteriores da cadeira 37, que antecederam Arno Wehling, foram Silva Ramos, fundador, que escolheu como patrono da posição o escritor Tomás Antônio Gonzaga, Alcântara Machado, Getulio Vargas, Assis Chateaubriand, João Cabral de Mello Neto e Ivan Junqueira.
Emma Watson distribuiu vários livros com temática feminista no Dia da Mulher
0Publicado no Jornal Metro
Em comemoração ao Dia da Mulher, a atriz Emma Watson espalhou livros feministas em diversos locais de Londres nesta última quarta-feira (8).
Contando com a ajuda dos integrantes de seu clube do livro, Our Shared Shelf, as obras também alcançaram várias cidades ao redor do mundo.
No Twitter, a atriz falou sobre a parceria com a ONG Book Fairies: “A partir da meia-noite no horário de Nova York, fadas do livro distribuirão livros feministas em comemoração ao Dia Internacional da Mulher”, escreveu.
Londres, Dubai, Buenos Aires, e Milão foram alguns dos locais que receberam as obras.
Entre os títulos estão “Mom & Me & Mom”, biografia de Maya Angelou, “My Life on the Road”, de Gloria Steinem, e “How to be a Woman”, de Caitlin Moran.
Registros de Emma Watson distribuindo os exemplares em lugares públicos foram publicados em suas redes sociais.
Em 115 anos, apenas 13 mulheres receberam o Nobel de Literatura
0Escritoras feministas ainda carecem de reconhecimento
Publicado no Midia News
O Dia Internacional da Mulher chama a atenção para as desigualdades de gênero, violência e conquista de direitos. Costuma-se apontar a falta de equidade em áreas como a ciência ou em posições de poder, mas na literatura há também um número menor de mulheres que conseguem reconhecimento sobre suas obras.
Em 115 anos, apenas 13 mulheres receberam o prêmio Nobel de Literatura. No Prêmio Camões, que é concedido por Brasil e Portugal a escritores lusófonos, apenas seis mulheres foram homenageadas em 28 anos. No prêmio Jabuti, premiação literária mais importante da literatura brasileira, apenas 12 mulheres receberam o prêmio desde 1959 na categoria “Romance”.
Apesar do pouco reconhecimento, muitas autoras escrevem sobre feminismo: seja do ponto de vista político, filosófico ou social, seja por meio de poemas ou colocando mulheres como personagens protagonistas em histórias que provocam reflexão. Dessa forma, ajudam a compreender o movimento que defende a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Conheça 10 escritoras que, em suas obras, ajudam a compreender esse conceito:
Ana Cristina César
Também conhecida como Ana C, Ana Cristina César foi uma poetisa brasileira que fez parte do movimento de Poesia Marginal e deixou uma obra em que retrata seu cotidiano e intimidade, por vezes criticando padrões de comportamento impostos à mulher. Nos seus livros, em que a poesia se mistura com outros estilos como a carta e o diário, ela fala abertamente sobre seu corpo e sua sexualidade.
Ana Maria Gonçalves
Antes publicitária, a mineira Ana Maria Gonçalves abandonou a profissão para se dedicar à literatura e lançou, em 2006, o livro Um defeito de cor. Na obra, ela mostra a trajetória de uma menina negra capturada como escrava ainda na infância, e sua luta até conseguir se tornar uma mulher livre. Aém de retratar, na obra, a força da mulher, ela faz um relato detalhado sobre a vida das pessoas negras no Brasil Colonial.
Angela Davis
A filósofa e professora norte-americana Angela Davis dá aulas no departamento de estudos feministas na Universidade da Califórnia e é ex-integrante do grupo Panteras Negras. Ativista pelos direitos da mulher e igualdade racial, Angela é autora de diversos livros, e sua obra mais conhecida – Mulheres, Raça e Classe –,de 1981, foi traduzida e lançada no Brasil apenas em 2016.
Carolina Maria de Jesus
A mineira Carolina de Jesus era catadora e registrava seu cotidiano, na antiga favela do Canindé, na zona norte de São Paulo, em cadernos que encontrava pelo lixo. Seus escritos, datados de 1955 a 1960, se tornaram o livro Quarto de Despejo, que denuncia a miséria, a fome e a violência sofrida por ela e seus vizinhos. A autora é considerada uma das primeiras escritoras negras do Brasil, e ainda hoje é considerada referência para estudos sobre a sociedade brasileira.
Chimamanda Gnozi Adichie
A escritora nigeriana Chimamanda Gnozi Adichie tem apenas 39 anos e desponta como um dos principais nomes femininos da literatura africana. Suas obras retratam o cotidiano de mulheres negras, abordando questões como o racismo e a violência contra a mulher. É autora dos livros Sejamos Todos Feministas e Para Educar Crianças Feministas – Um Manifesto, que são uma introdução para quem busca compreender o assunto.
Clarice Lispector
Um dos maiores nomes da literatura brasileira, Clarice Lispector é um dos exemplos em que o feminismo se mostra por meio de mulheres protagonistas. Nos romances escritos por ela, as personagens mergulham em reflexões sobre a condição humana, muitas vezes questionando o que elas são e o que a sociedade impõe que elas sejam.
Conceição Evaristo
A mineira Conceição Evaristo é doutora em literatura comparada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e se destaca por abordar, em suas obras, a discriminação de gênero, raça e classe, valorizando a reflexão sobre as pessoas afrodescendentes, suas memórias e importância histórica para a cultura do Brasil. É autora do romance Ponciá Venâncio (2003), e dos livros de contos Histórias de leves enganos e parecenças (2016) e Olhos D’água (2014), este último vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Contos.
Simone de Beauvoir
A filósofa e escritora francesa, integrante do movimento existencialista, é referência em estudos sobre o feminismo, abordando, especialmente na obra O segundo sexo, a diferença entre a existência e a construção social de gênero, bem como os fatores que levam à opressão das mulheres. Ao falar de comportamentos e de esteriótipos dos homens, ela faz ainda críticas ao patriarcado e à resistência dos homens à compreensão sobre as demandas feministas.
Svetlana Aleksiévitch
A escritora ucraniana Svetlana Aleksiévitch é a mulher que mais recentemente recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, em 2015. Seu livro A guerra não tem rosto de mulher, ela apresenta a história da Segunda Guerra Mundial sob a perspectiva – até então desconhecida – das soldadas soviéticas que estiveram no front de batalha atuando como franco-atiradoras, voluntárias, pilotos de tanques ou enfermeiras. Com o livro, Svetlana denuncia que os conflitos militares costumam ter narrativas apenas masculinas, muitas vezes ignorando o importante papel das mulheres em momentos históricos.
Toni Morrison
Toni Morrison é a única mulher negra que já recebeu um Prêmio Nobel de Literatura. A obra Amada, pela qual foi condecorada, conta a história de uma ex-escrava que foge com os filhos após a abolição da escravatura nos Estados Unidos. O livro é o primeiro de uma trilogia, que inclui ainda Jazz (1992) e Paraíso (1997).
Fonte http://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2017-03/em-115-anos-apenas-13-mulheres-receberam-o-nobel-de-literatura