notÃcias
Livro infantil que sugere casamento entre pai e filha é recolhido no ES
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Obra de autor capixaba é usada no programa de alfabetização por crianças de 6 a 8 anos
Carolina Samorano, no Metropoles
Um livro infantil usado na educação básica pública no EspÃrito Santo tem causado polêmica no estado ao sugerir, em um dos seus contos, um casamento entre pai e filha. As prefeituras das cidades onde ele é lido em sala já avisaram, na última semana, que vão recolher os exemplares.
âEnquanto o sono não vemâ, do autor capixaba José Mario Brant é um livro de contos que faz parte do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), do Ministério da Educação. As obras do PNAIC passam por revisão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
No conto âA triste história de Eredegaldaâ, um dos personagens sugere se casar com uma das filhas, que acaba morrendo no fim da história.
Ao site G1, o escritor, disse que conta a história publicada há mais de 25 anos e ficou surpreso pela reclamação dos professores.
âHá uma desinformação do que é o conto folclórico e o de fada, que são territórios que abordam assuntos delicadosâ, disse. âA gente está falando de um universo simbólico. à uma história que dá voz a uma vÃtimaâ.
A UFMG também saiu em defesa do livro e justificou que a polêmica é fruto de um âjulgamento indevido construÃdo por leitura equivocadaâ.
No projeto, o livro é destinado a alunos do primeiro ao terceiro ano, com entre 6 e 8 anos de idade. Brant, no entanto, diz que pensou a obra para âleitores jovensâ, mas que ela poderia ser aplicada a crianças, desde que com bom trabalho pedagógico.
Governo de Pernambuco anuncia distribuição de livros após exemplo da estudante Rivânia
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Foto de Rivânia tentando salvar os livros comoveu o PaÃs / Valter Rodrigues/Blog Tenório
Todas as escolas municipais e estaduais dos municÃpios atingidos pelos alagamentos receberão livros
Publicado no Diário de Pernambuco
A estudante Rivânia Rogéria dos Ramos Silva, de 8 anos, moradora do Distrito de Várzea do Una, na Zona Rural do municÃpio de São José da Coroa Grande, a 114 quilômetros do Recife, na Zona da Mata Sul, vai receber a visita do governador Paulo Câmara nesta segunda-feira. Em meio à tragédia dos alagamentos que atingiram a residência da menina na semana passada, Rivânia surpreendeu e causou emoção ao priorizar sua bolsa com material escolar no momento em que ela e seus avós, Eraldo Luiz de Lima e Maria Ivane da Silva, eram resgatados.
Pouco antes do resgate, a avó recomendara que a menina que estuda na Escola Municipal Várzea do Una levasse apenas o mais importante. Rivânia escolheu seus livros e a história ganhou repercussão nacional.
O fato alcançou repercussão nacional e acabou sendo tomado como motivação para a distribuição de livros pelo Governo de Pernambuco para escolas municipais e estaduais da área atingida pelos alagamentos.
Para o governador Paulo Câmara, a estudante de São José da Coroa Grande é âum sÃmbolo e um exemploâ. Segundo informe do Governo de Pernambuco também será visitada a escola da estudante. âRivânia é um sÃmbolo e um exemplo para todos nós. à uma história edificadora no meio de tanta dificuldade, de tanta tragédiaâ, ressaltou Paulo Câmara, acrescentando que ela inspirou a decisão da distribuição de livros a todas escolas municipais e estaduais dos municÃpios castigados pelas chuvas.
Séries de Flash e Supergirl vão virar livros
0Cesar Gaglioni, no Jovem Nerd
O The CW anunciou que vai produzir livros baseados nas séries de Flash e Supergirl.
The Flash: Hocus Pocus chega em 3 de outubro e vai ser escrito por Barry Lyga e mostrará o Velocista Escarlate enfrentando um vilão controlador de mentes. Já Supergirl: Age of Atlantis será lançado em 7 de novembro e fica nas mãos de Jo Whittemore e traz a Filha de Krypton investigando a captura de uma estranha criatura que permitiu que cidadãos comuns desenvolvessem super-poderes.. Confira as capas:
The Flash e Supergirl são exibidas no Brasil pelo Warner Channel.
Empresária lê até 10 livros por mês e atrai mais de 11 mil seguidores ao revelar histórias que mudaram sua vida
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A empresária confessa que não perde a oportunidade de ler nenhum dos livros que recebe em casa (Foto: Arquivo Pessoal | Stephany Almeida)
Além de descobrir um refúgio para a tristeza, Stephany Almeida, moradora de Areal, RJ, se descobriu como inspiradora de novos leitores.
Aline Rickly, no G1
Há três anos, a empresária Stephany Almeida, de 30 anos, encontrou na leitura um refúgio e uma forma de escapar da tristeza. Moradora de Areal, na Região Serrana do Rio, ela tem dois filhos: uma menina, de 5 anos, e um menino, de 10, e também administra uma loja de roupas. Mesmo com tanta ocupação, contou que chega a ler dez livros em um mês.
Em 2015, sem ter com quem dividir as dezenas de histórias que consumia, resolveu criar um perfil nas mÃdias sociais â Ste bookaholic – que já conquistou mais de 11 mil seguidores. O número quase alcança o de habitantes da cidade de Areal, que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE), possui 11.423 moradores.
“Nem imaginava que ia ter todo esse alcance quando comecei, mas foi acontecendo e hoje é uma das coisas que me deixa mais feliz. Me fez descobrir uma nova missão na minha vida. à gratificante poder inspirar tantas outras pessoas a amarem a literatura, assim como eu”, diz.
O encontro com Nicholas Sparks
Uma das recompensas desde então foi participar de uma sessão de autógrafos com um de seus autores preferidos, Nicholas Sparks, no Leblon. Ele é autor de obras como Diário de uma paixão, Querido John, Dois a dois e A Ãltima Música.
âEu sempre gostei de ler. Não tanto, mas sempre li. Há uns três anos, estava muito desanimada e começando a ficar deprimida e então encontrei na leitura uma cura. A partir daà comecei a ler sem parar. Terminava um livro e começava outro. Lia as histórias e amavaâ.
Stephany confessa que, em meio a tantas ocupações, como arrumar as crianças, levar para a escola, além de administrar a loja, encontrar um espacinho no meio do dia para embarcar em uma história não é uma tarefa tão fácil.
âÃs vezes leio de manhã, antes das crianças acordarem. Alguns dias consigo ler na loja. Mas o momento em que mais consigo me dedicar é durante a noite, enquanto as crianças brincam ou dormemâ, disse.
No inÃcio, ela contou que a leitura e os perfis nas mÃdias sociais eram só uma distração, onde postava apenas uma pequena legenda sobre as histórias e pronto. Porém, conforme o número de seguidores foi crescendo, a responsabilidade também aumentou.
âAlguns autores começaram a entrar em contato para enviar seus livros. Então comecei a levar mais a sério e a me dedicar mais, escrevendo resenhas mais longas sobre as obras e caprichando mais nas fotosâ, comentou.
Stephany revela que não perde a oportunidade de ler todos os livros que recebe em casa, seja das editoras ou dos autores. E sempre que compra um livro, compra para os filhos também para incentivá-los à leitura desde pequenos.
Desde que embarcou nesse mundo, a empresária conta que começou também a participar de eventos como Bienal, sessão de autógrafos com autores renomados e clubes de leitura.
âÃs vezes quando conto para as pessoas sobre o meu projeto elas me perguntam quanto eu recebo para isso. E quando eu digo ‘nada’, elas ficam chocadas porque hoje tudo tem um interesse por trás e eu faço por prazer. Atualmente, recebo alguns livros, mas mesmo quando não recebia, já amavaâ, afirmou.
Para a empresária, a leitura trouxe um novo sentido para a vida e preencheu as lacunas que antes abriam espaço para a tristeza.
âLeio muitas histórias diferentes, gosto especialmente daquelas que tocam o coração, que fazem ver o mundo com outros olhos, com empatia, que me fazem ver a realidade do outro sem julgamentos e preconceitos. A leitura me tornou um ser humano melhorâ, revelou ela, que sempre sonhou em cursar medicina, mas os rumos da vida a levara a se matricular na faculdade de Assistência social, que também não concluiu. Agora, Stephany afirma que os sonhos são outros, como escrever um livro, por exemplo.
Flip 2017: número de autoras mulheres será superior ao dos homens pela primeira vez
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Natalia Borges Polesso, autora da obra Amora, que recebeu o Prêmio Jabuti na categoria Contos e Crônicas em 2016 (Foto: Acervo pessoal / Divulgação )
IncrÃvel, né? Confira a escala de mentes femininas que participarão das mesas redondas entre os dias 26 e 30 de julho
Publicado na Revista Glamour
A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) terá sua primeira edição em que o número de autoras mulheres é superior ao dos homens. O evento existe desde 2003, mas nunca conquistou esse marco. Em 2017, serão 24 mulheres e 22 homens.
Entre as autoras confirmadas, a historiadora e antropóloga LÃlia Schwarcz; Carol Rodrigues, autora de “Sem Vista para o Mar” (2014), que recebeu o Prêmio Jabuti e o da Fundação Biblioteca Nacional; Adelaide Ivánova, editora do zine anarcofeminista MAIS PORNà PVFR; Leila Guerriero, escritora e jornalista, colunista do “El PaÃs”; Natalia Borges Polesso, que ganhou o Prêmio Jabuti com “Amora” (2016); e muito mais. Confira os nomes aqui.
O número de autores negros aumentou em 30% comparado ao ano anterior. Outro dado importante é que a primeira vez em uma década que a curadoria do festival conta com a expertise de uma mulher, a jornalista baiana Joselia Aguiar.
Em tempo: o tema da Flip 2017 será o autor e escritor Lima Barreto (1881-1922). O romance “Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915)” é uma de suas melhores obras.