A Diferença Invisível

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Assassinato no Expresso Oriente | Divulgado o primeiro trailer oficial do filme

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João Marcos Lins, no Observatório do Cinema

Acaba de ser divulgado o primeiro trailer de Assassinato no Expresso Oriente, nova versão cinematográfica da obra de Agatha Christie, dirigido por Keneth Branagh.

Confira:

Os grandes nomes do elenco são destacados pelo cartaz: Johnny Depp, Penelope Cruz, Willem Dafoe, Judi Dench, Josh Gad, Michelle Pfeiffer, Derek Jacobi, Leslie Odom Jr., Daisy Ridley e Branagh, que além de dirigir também interpreta o famoso detetive Hercule Poirot.

Na trama, um assassinato ocorre dentro do famoso trem expresso do título. Todos os passageiros a bordo são suspeitos, o que já prenuncia o tipo de tensão claustrofóbica que pode ser trabalhada pelo filme. O novo roteiro adaptado foi escrito por Michael Green (Blade Runner 2)

Em filme de 1974 baseado no mesmo livro, Albert Finney viveu Poirot. Na época, o longa foi indicado a seis Oscars – Ingrid Bergman ganhou o de Melhor atriz Coadjuvante.

A história já havia se transformado também em programa de TV, em 2001, com Alfred Molina e Leslie Caron.

Ridley Scott, Simon Kinberg, Mark Gordon e Branagh produzem a nova versão.

AGATHA CHRISTIE | A rainha do mistério… será que é mesmo?

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Jorge Obelix, no NerdTrip

Comecei a ler os livros policiais de Agatha Christie muito novo, com cerca de 9 ou 10 anos de idade. Uma professora ordenou à classe a leitura de “O caso dos dez negrinhos” e gostei tanto que não parei mais de ler os livros da autora. Comprei quase que toda a coleção lançada pela editora Nova Fronteira na época, e li tudo.

Agatha Christie nasceu em 1890, e escreveu mais de 80 livros ao longo do século XX. O “Guiness Book” a lista como a romancista mais bem sucedida da história da literatura popular mundial tendo vendido 4 bilhões, sim, bilhões de cópias até hoje, em mais de 100 idiomas. Inclusive, o tal do “O caso dos dez negrinhos” que me fez conhecê-la, teve sozinho mais de 100 milhões de cópias vendidas.

Britânica nascida no condado de Devon, Christie foi tão importante para a literatura inglesa, que acabou por ser condecorada em 1971 pela rainha Elizabeth II com o título de “Dame” do Império Britânico, o que equivale à versão feminina do “Sir”. Morreria 5 anos depois aos 85 anos de idade.

Diante de tais números e fatos, meu amigo leitor pode estar questionando o porque do título onde questiono sua posição de “rainha do mistério”. Eu explico.

Aos 11 ou 12 de idade, eu quebrava a cabeça para decifrar as pistas e tentar adivinhar os culpados, mas o caso é que nunca chegava nem perto. Gostava muito do detetive belga Hercule Poirot e nem tanto de Miss Marple. Mas os enredos dos livros sempre apresentavam reviravoltas incríveis, e aqueles de quem eu suspeitava nunca eram os culpados, sempre aqueles de quem eu menos desconfiava. Era frustrante e divertido ao mesmo tempo. Mas eu nunca desistia de ficar tentando solucionar o enigma sem sucesso.

Recentemente, agora com mais de 40 anos de idade, vislumbrei minha coleção ainda na estante e senti vontade de voltar a ela. E comecei a reler os livros…

O fato é que agora, com alguns livros já finalizados, percebi que estou acertando!!! Sim, estou decifrando as pistas deixadas pela autora e estou invariavelmente acertando os culpados!!! Estou me sentindo o máximo!!! Mas aí me veio à questão na cabeça. Eu fiquei mais inteligente e esperto? Ou a autora realmente nunca foi tão boa em construir seus mistérios quanto eu imaginava? Ou será um pouco dos dois?

Obviamente que para meu ego, a resposta “sim” para a primeira questão seria a melhor. E, diante dos números e da aclamação mundial da autora que até hoje é tida como a maior das maiores dentro do gênero, a resposta para o segundo questionamento só pode ser um sonoro “não”. E sendo essa a resposta, por lógica de exclusão a resposta para o terceiro questionamento também deve ser “não”

O leitor dessa matéria deve agora estar pensando que o autor da mesma (ou seja eu) é um convencido, cara de pau que só a escreveu para se auto promover como um cara de inteligência acima do normal, correto? Seria, se não houvesse uma explicação mais lógica.

Não amigo leitor, eu não sou um gênio que consegue desvendar todos os mistérios propostos por Agatha Christie. A verdade, é que por ter lido todos esses livros há mais ou menos 30 anos, guardei em meu subconsciente a solução de todos aqueles crimes imaginados pela verdadeira suprema inteligência nesse caso, ou seja, a própria escritora e rainha do mistério, Agatha Christie. Posso não lembrar os enredos ou nomes de personagens das tramas. E quando volto a ler, aparentemente tudo aquilo é uma novidade. Mas não é. Foram livros tão marcantes em minha vida, que com certeza os nomes dos culpados estão guardados em algum lugar obscuro de meu cérebro, que é iluminado quando retorno a eles.

Tenho 99% de certeza de que essa teoria do subconsciente se aplica aqui. Portanto, Agatha Christie é sim a “Rainha do Mistério” e eu recomendo seus livros para qualquer um que aprecie o gênero. E também para aqueles que não apreciam, pois passarão a apreciar após lê-la.

Obs: Preciso pegar um livro de Agatha Christie que eu nunca tenha lido para saber se ainda assim consigo desvendar o culpado. Acho difícil, porém se eu conseguir…

O mistério do desaparecimento de Agatha Christie pode ter sido finalmente resolvido

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Agatha Christie, retrato

Agatha Christie, retrato

O mistério do desaparecimento de Agatha Christie, durante 11 dias, em 1926, pode finalmente ter sido desvendado. Ou, pelo menos, é isso que acredita o escritor Andrew Wilson, que publicou um livro ficcional onde defende que a escritora se quis suicidar.

Publicado no ZAP

O jornal inglês Telegraph divulga a teoria de Andrew Wilson, notando que ele pode ter resolvido “o último grande mistério que Agatha Christie deixou por resolver”.

A escritora, conhecida pelos livros policiais, nomeadamente pelas histórias do famoso detetive Hercule Poirot, esteve desaparecida, durante 11 dias, em 1926.

Christie saiu de casa a 3 de Dezembro daquele ano, quando tinha 36 anos, a conduzir o seu carro, que acabou por ser encontrado vazio, apenas com um casaco de peles e uma carta de condução no seu interior, conta o Telegraph.

Mais de mil polícias e de 15 mil voluntários procuraram Agatha Christie, a imprensa andou num reboliço com o caso, e até surgiram suspeitas de que o marido, o coronel Archibald Christie, poderia tê-la assassinado. Pouco antes do desaparecimento, terá dito à escritora que queria o divórcio por se ter apaixonado por uma mulher mais jovem.

Volvidos 11 dias do desaparecimento, Agatha Christie foi encontrada num hotel, onde se tinha registrado com o nome da amante do marido, e alegou amnésia temporária para o insólito episódio.

Mas o escritor Andrew Wilson avança no livro de ficção “Talento para o Homicídio” (“A Talent For Murder” no título original) uma nova teoria, segundo a qual ela terá saído de casa com a intenção de se suicidar, depois do pedido de divórcio do marido.

A tese do autor baseia-se na análise de documentos da polícia, de entrevistas da escritora, após o famigerado desaparecimento, e do seu romance semi-autobiográfico “Unfinished Portrait”, que publicou em 1934, sob o pseudônimo de Mary Westmacott.

Assim, Wilson acredita que, depois de despenhar o próprio carro, com o intuito de se suicidar, Agatha Christie mudou de ideias, movida pelas suas “convicções cristãs” de que o suicídio é um “pecado”.

Christie ter-se-á sentido tão “envergonhada” consigo própria que criou a ideia de que sofreu perda de memória temporária, adianta ainda o autor, conforme descreve o Telegraph.

Como prova desta ideia, Wilson cita uma entrevista dada pela escritora ao The Daily Mail, em 1928, onde ela fala desse dia 3 de Dezembro de 1926, contando que se sentiu “terrivelmente miserável” e num estado de “elevada tensão nervosa” em que pensou “fazer algo desesperado”.

“Quando alcancei um ponto na estrada em que pensei que estava perto da pedreira, virei o carro para fora da estrada, pela colina abaixo, em direção a ela. O carro bateu em alguma coisa, com um solavanco, e parou de repente. Fui arremessada contra o volante e a minha cabeça bateu em alguma coisa. Até este momento, eu era a Senhora Christie”, diz Christie.

No livro “Unfinished Portrait”, a personagem Celia, que é vista como um alter-ego de Agatha Christie, tenta suicidar-se. A escritora chega a escrever na obra que “ela admitiu que tinha sido muito perverso, da parte dela, ter tentado” matar-se.

Agatha Christie só se separou do marido em 1928, dois anos depois do misterioso desaparecimento. Em 1930, voltou a casar com Max Mallowan que era 14 anos mais novo do que ela. O casamento durou até à sua morte a 12 de Janeiro de 1976. Tinha 86 anos de idade.

O que Paula Pimenta pode nos ensinar sobre arrebatar leitores adolescentes

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Clara pegando autógrafo de Paula Pimenta. Fonte: Instagram Clara Almeida

Clara pegando autógrafo de Paula Pimenta. Fonte: Instagram Clara Almeida

 

Marcia Lira, no Menos 1 na Estante

Na Fenelivro 2016, tive a oportunidade de mediar um bate-papo com a Paula Pimenta, autora frisson entre os adolescentes, principalmente entre as meninas. E embora eu não seja o público-alvo dos seus livros, fiquei feliz de testemunhar a relação massa que a escritora tem com seus fãs.

Rachel Motta e eu mediamos o bate-papo na Fenelivro 2016. Foto: Tárcio Fonseca

Rachel Motta e eu mediamos o bate-papo na Fenelivro 2016. Foto: Tárcio Fonseca

 

Em tempos de adolescentes com smartphones grudados na cara, é muito inspirador ver um monte deles reunidos, todos com seus livros de mais de 400 páginas nas mãos, os olhos brilhando diante da escritora preferida. E aquela ânsia pelo momento do encontro com direito a abraço, selfie para o snapchat e autógrafo.

Sério, é bonito de ver.

Pra entender porque a Paula Pimenta é tão bem-sucedida no desafio de conquistar leitores adolescentes, além de conversar com qualquer menina que tenha entre 11 e 16 anos, pode ler esses motivos que listei:

1. Ela é super simpática, atenciosa e paciente com seus fãs e as pessoas ao redor

Paula Pimenta vendeu mais de 1 milhão de cópias de livros, só na editora Gutenberg. A revista Época a colocou entre os 100 brasileiros mais influentes, em 2102. São 16 livros publicados no Brasil e traduções em Portugal, Espanha, Itália e países da América Latina, com destaque para as séries Fazendo Meu Filme (4 volumes) e Minha Vida Fora de Série (3 volumes até agora).

Fãs de Paula Pimenta a postos na Fenelivro 2016. Foto: Tárcio Fonseca

Fãs de Paula Pimenta a postos na Fenelivro 2016. Foto: Tárcio Fonseca

 

Tem gente bem metida por aí com muito menos que isso, concorda?

Mas ela não. Atendeu um a um, uma centena de adolescentes com o mesmo sorriso no rosto e toda a paciência, deixando todo mundo feliz. Nos bastidores, foi atenciosa e simpática do mesmo jeito. Sem falar na dedicação de interagir muito pelas redes sociais.

2. Defende que toda a literatura é válida para formar um leitor.

“Quando você descobre que ler é gostoso, você quer ler tudo, você quer ler o máximo de todo tipo de livro.” Essa é uma das frases legais da Paula Pimenta nesse vídeo do bate-papo, em que ela basicamente fala sobre como é importante deixar a criança começar lendo o que interessa a ela, porque isso abre as portas para o universo dos livros.

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Foi uma resposta a um professor, que contou ter adotado os livros dela para seus alunos, e isso fez com que a turma dele fosse a mais leitora da escola.

4. Ela não tem medo em ser o que é.

Como disse a Veja nessa matéria, Paula Pimenta é uma menina grande mesmo tendo mais de 40 anos. No fim do ano passado, casou na Disney com direito à valsa com o Mickey e fotos pelo parque com vestido de noiva.

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Conta que uma de suas autoras favoritas e inspiração literária é a Meg Cabot, e carrega um monte de canetinhas coloridas para dar autógrafo. E daí? Certamente o mundo precisa de mais gente assim, que se banque e essa honestidade é uma boa inspiração para os nossos jovens.

5. A escritora tem feito muitos adolescentes se jogarem na leitura.

No encontro, vi várias crianças e adolescentes que leram toda a obra dela, e estão querendo mais. Insaciáveis. Devoradores de livros. Quem sabe não são eles que vão mudar a dura realidade de que 44% da população brasileira não lê e 30% nunca comprou um livro, como apontou a última pesquisa Retratos da Leituras.

6. Ela curte Agatha Christhie <3

Perguntei à Paula Pimenta, na época em que ela era novinha, quem autor arrebatava o coração dela: quem foi a sua “Paula Pimenta”? E ela contou que não tinha esses tipos de romances naquele tempo, e que então uma das paixões dela foi Agatha Christie, pois ela curtia bastante o estilo da autora. Dei muito valor.

Johnny Depp, Michelle Pfeiffer e Daisy Ridley estarão em ‘Assassinato no Expresso Oriente’

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O ator Johnny Depp - MARIO ANZUONI / REUTERS

O ator Johnny Depp – MARIO ANZUONI / REUTERS

 

Kenneth Branagh vai dirigir adaptação de romance de Agatha Christie

Publicado em O Globo

RIO — Os atores Johnny Depp, Michelle Pfeiffer e Daisy Ridley, que interpreta a protagonista Rey em “Star Wars – O Despertar da Força”, estão confirmados no elenco da refilmagem do clássico de Agatha Christie “Assassinato no Expresso Oriente”. A informação foi confirmada por Emma Watts, presidente da 20th Century Fox.

O filme será dirigido por Kenneth Branagh, indicado cinco vezes ao Oscar. Ele também irá atuar no longa como o detetive Hercule Poirot, bem como a premiada atriz Judi Dench, que viverá a princesa Dragomiroff. O elenco ainda conta com Lucy Boynton, Tom Bateman, Derek Jacobi, Michael Peņa e Leslie Odom Jr.

A produção de “Assassinato no Expresso Oriente” começará em novembro, em Londres. A primeira adaptação do livro para o cinema foi lançado em 1974 e dirigido por Sidney Lumet. O filme conquistou seis indicações ao Oscar, com Ingrid Bergman vencendo o prêmio de atriz coadjuvante. O elenco ainda incluía Albert Finney como o detetive Hercule Poirot, Lauren Bacall, Jacqueline Bisset, Colin Blakely, Sean Connery, John Gielgud, Anthony Perkins, Vanessa Redgrave e Michael York.

O romance de Agatha Christie, publicado em 1934, é considerado uma das histórias mais engenhosas já inventadas. Ele gira em torno de um assassinato a bordo de um trem, e o detetive belga Hercule Poirot deve resolver o caso.

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