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Futuros leitores: confira oito dicas para estimular o interesse pela literatura nas crianças

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 A leitura dá assas à imaginação das crianças, diz especialista Getty Images

A leitura dá assas à imaginação das crianças, diz especialista Getty Images

 

Estudo revela que leitura estimula habilidades linguísticas e emocionais das crianças

Publicado no R7

A leitura aproxima pais e filhos e desenvolve a imaginação, além de permitir que a criança entenda o significado das letras e sinais gráficos. Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Nova York, em parceria com o Instituto Alfa e Beto, avaliou o impacto que a leitura e a interação familiar têm no desenvolvimento infantil.

Esta primeira etapa da pesquisa foi realizada com 1.250 famílias de Boa Vista (RR), que participaram de um projeto experimental, durante todo o ano passado. O estudo ainda revelou que ler para as crianças desde cedo estimula habilidades linguísticas e emocionais.

Porém, a pedagoga e coordenadora do núcleo de estudos do Brincar da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Maria Ângela Barbato Carneiro, ressalta que os pais precisam ter paciência e não forçar os pequenos.

— A leitura do mundo e das palavras são inseridas dentro de contextos. Às vezes, a criança é capaz de ler as letras, mas não decodifica o significado. Por exemplo, ela pode ler marcas em outdoors porque vê os desenhos da marca x ou y, mas isso não pode ser confundido com leitura.

Confira 8 dicas da pedagoga para estimular a leitura dos pequenos:

1) Leia para a criança
A questão da contação de histórias dá asas à imaginação da criança, criando um núcleo fantástico só dela, onde ela vê que existe a luta do bem e do mal por meio de fábulas. A criança também aprende a lidar com esse mundo, onde os problemas se resolvem, depois de serem enfrentados de alguma forma.

2) Ofereça livros clássicos junto com o que a criança gosta
Há alguns anos, adolescentes e pré-adolescentes entraram na febre dos livros do bruxinho Harry Potter. Para a pedagoga, não há problema nenhum neste tipo de leitura, pois, se ele gosta de ler sobre determinado assunto, os pais também podem oferecer os clássicos. Se não, a criança nunca vai ter comparação para poder escolher.

Nos últimos meses, diversas editoras lançaram livros de youtubers, como são conhecidos profissionais que criam conteúdo em vídeos na internet. Muitas crianças fãs de videogame, por exemplo, começaram a se interessar por livros escritos por youtubers sobre o tema. Marco Túlio, o Authentic Games, por exemplo, despontou no meio gravando vídeos sobre Minecraft e também lançou um livro.

Para a pedagoga, estas publicações também podem estimular o interesse pela literatura.

3) Leve o filho em livrarias
Tem criança que aprende a ler vendo álbum de figurinhas de times de futebol ou gibis. Por isso, os pais podem levá-los a livrarias, bancas de jornal etc. O livro é só mais um instrumento, mas não o único.

4) Monte histórias
Os pais podem montar jogos com bonecos e objetos com os filhos para que cada um monte sua história. Também dá para fazer com grupos de amigos da criança e ir fazendo as trocas.

5) Busque livros da faixa etária
Existem livros para todas as idades. [Para os mais novos], tem os sem escritas e só com figuras, para a criança criar a história. Depois, tem livros com poucos escritos; outros com texto um pouco maior, até chegar a um nível mais alto, depois dos nove, dez anos.

6) Dê o exemplo
Em casa de leitores, leitores se formam. É importante que as crianças estejam habituadas com a leitura. Evidentemente, uma ou outra não vai gostar, mas o exemplo dos pais estimula os filhos.

7) Livros digitais
A pedagoga também não critica o uso de meios eletrônicos para ler livros, como tablet e celular, porque cada um tem uma maneira própria de leitura. Alguns pais também recorrem a assinaturas em clubes de livros infantis, que atendem a faixa etária de zero a dez anos. O Leiturinha, por exemplo, envia um livro físico todos os meses para a casa do cliente. O valor da assinatura, a partir de R$ 34,90 por mês, também dá acesso a livros digitais.

8) Tenha paciência
Às vezes, os pais de crianças de três ou quatro anos querem que elas leiam tudo e comparam com o amiguinho que lê um pouco melhor. Mas, nesta faixa etária, elas estão ainda iniciando o processo de alfabetização. Também tem que fazer a estimulação com o que a criança gosta, não com o que o adulto gosta. Se uma criança se alfabetiza com álbum de figurinhas do seu time de futebol, então ofereça algo do time para ela poder ler, e assim por diante.

Crianças criam biblioteca no prédio onde moram para incentivar a leitura

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Crianças montaram uma biblioteca no condomínio em São Carlos, SP (Foto: Rodrigo Sargaço / EPTV)

Crianças montaram uma biblioteca no condomínio em São Carlos, SP (Foto: Rodrigo Sargaço / EPTV)

 

Publicado no G1

As crianças de um conjunto habitacional no Jardim Botafogo, em São Carlos (SP), pretendem incentivar a leitura dos amigos, que são vizinhos. Elas então se reuniram para trocar livros e aproveitar as férias e, com isso, criaram no térreo do condomínio a Biblioteca ‘Nineli 17’, que leva nome da rua e número do bloco em que moram.

Em época de tablets e smartphones, a turma do prédio prefere os livros nas férias. A equipe de bibliotecários-mirins é composta por seis crianças. Foi Carolina Anselmo, de 8 anos, quem teve a ideia de dividir com os vizinhos os prazeres da leitura. “Eu estava arrecadando livros na escola, ganhando, quando tive uma ideia de fazer uma biblioteca nas férias. Chamei meus amigos e colocamos em prática”, contou.

Empenhados, os amigos começaram arrecadar mais livros. “Fomos arrecadando livros de casa em casa, além disso, algumas pessoas doaram, então juntamos e conseguimos juntar mais de 150 livros”, disse Pedro Anselmo, de 9 anos.

Organização
O projeto ficou organizado e a biblioteca tem regras. A criança que estiver interessada pode pegar até dois livros por vez e os dados ficam anotados em uma agenda, como o bloco onde a pessoa mora, apartamento, nome do livro, data de retirada e de entrega.

Assim como nas grandes bibliotecas, no condomínio também tudo é separado por categorias. Tem os títulos sobre animais, os encantados e os assustadores, por exemplo.

Tem também a categoria dos mais lidos. Os mais procurados são a ‘Festa no Céu’ de Ângela Lago e ‘Tatu Balão’ da escritora Sonia Barros. “Eu leio um livro com uma história de avião e é como se eu tivesse viajando mesmo sem sair do lugar, se for história de princesa, é como se eu fosse uma”, acrescentou Carolina.

Bruno tem 12 anos e frequenta a biblioteca. “Eu acho legal, você não precisa gastar combustível do carro para ir a uma biblioteca longe da sua casa. É só sair do apartamento e pegar um livro”, comentou.

Doações
São 182 livros que a criançada do residencial pode aproveitar nas férias. O objetivo é arrecadar ainda mais livros e aumentar o acervo. As crianças aceitam doações de livros de outros moradores, mesmo que não sejam do condomínio.

Para doar, a pessoa interessada deve ir até o conjunto habitacional da Rua Joaquim Nineli, no bairro Botafogo e identificar que os livros são para o bloco 17. O horário de funcionamento da biblioteca é das 15h às 20h.

Ler para os filhos melhora vocabulário e reduz mau comportamento

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Quando pais se engajam no processo ganhos são maiores - Divulgação Prefeitura de Boa Vista

Quando pais se engajam no processo ganhos são maiores – Divulgação Prefeitura de Boa Vista

 

Estudo da Universidade de Nova York e Instituto Alfa e Beto analisou 1.250 famílias

Publicado em O Globo

RIO- Uma pesquisa feita pela Universidade de Nova York (NYU) em parceria com o Instituto Alfa e Beto (IAB) e o IDados revelou que a rotina de ler para os filhos traz ganhos como 14% de incremento no vocabulário das crianças, 27% de aumento na memória de trabalho, além de crescimento de 25% no índice de crianças sem problemas de comportamento. Os resultados parciais do estudo serão apresentados nesta quarta-feira, no Congresso Nacional, durante audiência pública.

A pesquisa foi realizada com 1.250 responsáveis e 1.250 crianças do município de Boa Vista, em Roraima, onde a administração municipal em parceria com o IAB desenvolve o programa “Família que acolhe”, que promove políticas públicas voltadas para a primeira infância na rede municipal integrando as áreas de saúde, assistência social e educação.

– As diferenças nas crianças que leem com os pais são impressionantes. Tanto do ponto de vista de objetivos como vocabulário, como aspectos cognitivos da memória, e também comportamentais. Essa prática reduz a violência e o tratamento brusco em relação à criança. Os responsáveis aprendem a discutir as questões, dá a eles mais instrumentos que não só a chibatada – comenta o presidente do Instituto Alfa e Beto, João Batista Oliveira.

O relatório aponta ainda para um melhor desenvolvimento fonológico das crianças, que auxilia na hora da alfabetização e ocorrência de menos punição física por parte dos pais, que aprendem a conversar com os filhos e buscar novas maneiras de resolver as questões.

O estudo – conduzido por Alan Mendelsohn, professor da Faculdade de Medicina da NYU e Adriana Weisleder, pesquisadora da mesma instituição – analisou durante um ano três grupos diferentes. No primeiro, além do atendimento normal das creches municipais, chamadas “Casas-mãe”, os pais recebiam capacitação em habilidades de leitura e interação com as crianças. Além disso, os responsáveis praticavam exercícios para aprender como conversar e interagir com os filhos. A atividade era filmada e posteriormente analisada por eles mesmos, que podiam identificar o que faziam de certo e de errado.

O segundo grupo era composto por pais que tinham apenas o atendimento convencional das casas-mãe e tinham contato com a leitura no ambiente escolar. Já o terceiro grupo era formado por famílias que ainda estão na lista de espera da creche.

– A gente já sabe que ler para criança é bom, que a leitura interativa faz bem. O que o programa acrescenta é um treinamento que envolve sessões interativas com os pais. Eles se veem no vídeo e eles aprendem a analisá-lo. Quando comparamos o grupo que fez nove sessões e levou livro para ler em casa com os demais as diferenças são impressionantes- afirma João Batista.

MUDANÇA COMPORTAMENTAL

Nas sessões feitas em grupo a cada três semanas, profissionais treinados pelo IAB orientam os pais a interagir com as crianças durante a leitura. Além de ler durante as sessões, os pais também levam livros para casa.

Daniella Santos é uma da mães que notou diferença no comportamento dos filhos após a inserção da leitura diária conduzida por ela e pelo marido. Gabriel, de 2 anos, que antes era inquieto, agora se interessa pela atividade e consegue se concentrar na história. O menino também perdeu o medo que lhe fazia chorar na hora de ir para o banho.

– O Gabriel era um pouco mais rebelde, não gostava de sentar com a gente para leitura e aí descobri que tínhamos de fazer uma rotina. Agora ele já para, já pede. O comportamento dele era completamente diferente, agora ficou mais tranquilo. Na creche ele tinha receio de ir para o banho, mas comecei a inserir essa questão nas histórias que contava e agora ele não chora mais. Percebi uma independência muito maior para ele- conta Daniella, que também é mãe de Melina, de 3 anos:

– Por conta da leitura, a minha filha já conhece vogais, cores primárias, consoantes. E números de 1 a 10.

 

O que é importante na escolinha do seu filho – e o que pode ser prejudicial?

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Pré-escola municipal em São Paulo; especialistas defendem que crianças experimentem diferentes tipos de atividades lúdicas e estímulos

Pré-escola municipal em São Paulo; especialistas defendem que crianças experimentem diferentes tipos de atividades lúdicas e estímulos

 

A creche e a escolinha são muito mais do que apenas os locais onde as crianças passam seu tempo enquanto os pais estão trabalhando.

Paula Adamo Idoeta, na BBC Brasil

O período da educação infantil tem forte impacto no desenvolvimento da criança de zero a seis anos e é capaz, inclusive, de ampliar ou reduzir as desigualdades educacionais e sociais do país: quem frequenta creches de baixa qualidade, públicas ou privadas, acaba partindo de um patamar inferior a quem recebeu estímulos enriquecedores, experiências produtivas e afeto nesse período, dizem especialistas.

“Pesquisas de neurociência comprovam que é nos três primeiros anos de vida que o ser humano alcança o ápice do aprendizado de capacidades como linguagem, memória e atenção, importantes para a vida toda”, diz à BBC Brasil Beatriz Ferraz, gerente de educação infantil da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.

“Ela faz conexões cerebrais em alta velocidade. A falta de estímulos nessa fase é um grande desperdício. É muito mais custoso (aprender) mais para frente.”

O pesquisador da Faculdade de Economia e Administração da USP de Ribeirão Preto Daniel Santos compilou diversos dados e estudos sobre educação infantil e concluiu que a má qualidade de grande parte da rede brasileira pode prejudicar essas crianças mais adiante, tanto em seu desempenho escolar quanto no desenvolvimento emocional.

Os impactos podem se estender à renda futura dessas crianças e até seu envolvimento com a criminalidade, agrega Alejandra Meraz Velasco, do movimento Todos Pela Educação.

Então, o que é importante observar na escolinha do seu filho, seja pública ou particular? A BBC Brasil listou alguns pontos levantados por especialistas, em nove tópicos:

1. Estímulos e brincadeiras são cruciais para aprender – e ficar à toa é a pior opção

Espaços ao ar livre são muito importantes nas creches, mas podem ser compensados por outros estímulos em ambientes internos

Espaços ao ar livre são muito importantes nas creches, mas podem ser compensados por outros estímulos em ambientes internos

 

E o aprendizado se dá sobretudo pela brincadeira. Atividades individuais e coletivas enriquecerão seu repertório de sentidos e experiências.

“São as brincadeiras, ações, interações (…) que levam a criança a ter curiosidade sobre temas, práticas e ideias”, diz trecho da Base Nacional Comum Curricular, documento do Ministério da Educação que, quando concluído, orientará o currículo escolar do país.

Isso envolve, por exemplo, coletar folhas e galhos no jardim, brincar de roda e de jogos, transformar objetos comuns em brinquedos, ouvir histórias, desenhar e pintar.

O pior para a criança nessa fase é passar o dia à toa: “A escolinha tem de ter um conjunto de atividades que sejam intencionalmente provocadoras de estímulo. Creches onde a criança passa o dia dormindo e assistindo TV são um crime, por mais carinhosas que sejam as educadoras”, adverte Daniel Santos, da USP-Ribeirão Preto.

E isso, no entanto, ainda ocorre no Brasil, como herança da época em que creches eram vistas não como período de educação, mas de mera assistência social, “quando era suficiente que a criança estivesse alimentada, limpa e sem doenças”, agrega Santos.

“Para muitos pobres (sem acesso à pré-escolas de qualidade), a creche piora o desenvolvimento da criança. É um problema bastante agudo num momento em que fala-se tanto em expandir esse serviço no Brasil.”

2. A criança gosta de ir à escola?

Para Santos, “a primeira coisa a observar, independentemente do método (da escola), é se a criança está gostando de ir, se não está se estressando exageradamente – isso é um grande risco à educação infantil”.

Por trás disso estão, além das atividades enriquecedoras, professores afetuosos.

“O professor tem que ser uma presença brincante, lúdica, alegre e amorosa”, diz Shirley, do CEI Suzana Campos.

Portanto, é bom também que não haja muita rotatividade de educadores, porque eles acabam se tornando referência afetiva para as crianças pequenas.

3. Espaço, brinquedos e livros

Com diferentes materiais e atividades, crianças farão mais conexões neurais e se desenvolverão mais

Com diferentes materiais e atividades, crianças farão mais conexões neurais e se desenvolverão mais

 

Os especialistas consultados pela reportagem dizem que o ambiente da pré-escola tem de ser aconchegante e acessível às crianças. Mas mais importante do que as instalações em si são os estímulos que elas proporcionam.

Um jardim oferece às crianças a chance de contato com a natureza, mas a ausência desse espaço pode ser compensada de outras formas.

“Você pode construir cenários (dentro da própria escola), trazer histórias e elementos diferentes às crianças, visitar praças ou parques, usar fantoches e tendas”, sugere Marcia de Castro Ferreira dos Santos, diretora do CEI Suzana Campos.

Não é preciso ter um monte de brinquedos tradicionais, como bonecas e jogos, já que eles podem ser combinados com os chamados materiais não estruturados: caixas e tecidos, por exemplo.

“Esses materiais dão às crianças um espaço de criação muito maior. O pano pode virar capa de super-herói, avental de cozinha, cobertor, cabelo da princesa”, conta Shirley.

Livros infantis são cruciais, mas eles sozinhos não promovem a experiência com a literatura. “É o adulto quem faz isso”, diz Marcia. “Crianças que entram na escola sem estarem habituadas a ler ignoram os livros e só vão se interessando quando fazemos rodas de história e projetos de leitura.”

4. Ter um projeto pedagógico

Por trás de todas as atividades é preciso haver um projeto pedagógico - ou seja, elas não são aleatórias nem visam apenas ocupar o tempo da criança

Por trás de todas as atividades é preciso haver um projeto pedagógico – ou seja, elas não são aleatórias nem visam apenas ocupar o tempo da criança

 

Todos os especialistas consultados pela reportagem concordam que é essencial que escolinhas e creches tenham um projeto pedagógico, ou seja, que haja um motivo por trás das atividades oferecidas às crianças.

As responsáveis pelo CEI Suzana Campos explicam que seus professores planejam quais experiências pretendem proporcionar às crianças a cada semana – linguagens, sons, arte e literatura – e registram diariamente como cada aluno reagiu.

Mas Alejandra, do Todos Pela Educação, faz uma ressalva: “O brincar é o elemento importante e não deve ser abandonado nessa fase. O objetivo não é adiantar o ensino fundamental”.

5. Preservar a autonomia e a individualidade

É preciso que todas as crianças da mesma turma façam a mesma atividade ao mesmo tempo? Nem sempre, dizem os especialistas.

Projetos e brincadeiras em grupo são importantes, mas também o são os momentos em que as crianças podem escolher entre uma aquarela para pintar ou um livro para ler. O objetivo é dar-lhe liberdade e autonomia.

Outra forma de estimular isso é durante as refeições, por exemplo permitindo que crianças de 2 ou 3 anos comecem a tentar se servir. “Há pais que se surpreendem em ver que seus filhos conseguem fazer algumas coisas sozinhos”, explica Marcia, do CEI Suzana Campos.

Daniel Santos orienta também que se fique atento “à criança que está fora do grupo e buscar entender o porquê (de ela não participar das atividades)”.

Além disso, é preciso enxergar as crianças como seres singulares, que vão vivenciar as experiências cada uma a seu modo.

Marcia sugere, por exemplo, que bebês fiquem nos berçários com algum pedaço de pano que tragam de casa, cujo cheiro remeta à família. “Eles estão aprendendo outros vínculos além da mãe”, explica.

A disponibilidade para atender os pais e incluí-los no projeto pedagógico é outro ponto crucial, diz Shirley.

“Fazemos encontros temáticos com os pais, sobre brincadeiras, o Estatuto da Criança, a importância da leitura – até para eles entenderem que quando o seu filho voltar para casa de bermuda suja de terra ou tinta será um sinal de que ele brincou, explorou, desenvolveu capacidade de equilíbrio, confiança e força.”

6. Qualificação e quantidade de educadores

Os educadores precisam por lei ser formados em pedagogia, mas recomenda-se que tenham também uma formação específica para lidar com essa faixa etária (de zero a seis anos) e vivências práticas.

“É o professor quem vai trazer elementos ao imaginário da criança, com estratégias como jogos, músicas, histórias”, explica Marcia.

“Os dados parecem mostrar que a formação prática tem mais efeito do que o diploma (na capacidade do educador nessa fase)”, diz Santos.

Quanto à proporção, os parâmetros de qualidade do (mais…)

Livros de fantasia podem “danificar o cérebro de crianças”

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 Harry Potter Foto: Divulgação

Harry Potter
Foto: Divulgação

 

Diretor de escola disse que livros como ‘Harry Potter’, ‘Game of Thrones’ e ‘Jogos Vorazes’ são prejudiciais à saúde mental das crianças

Publicado no Terra

Diretor de escola inglesa quer banir livros como Harry Potter , Game of Thrones e Jogos Vorazes . Ele acredita que pode “danificar o cérebro de crianças”, afirmou um professor de uma escola particular do Reino Unido. As informações são do site The Independent .

Recentemente, o diretor Graeme Whiting publicou um extenso post intitulado A Imaginação da Criança no site da escola Acorn, em que argumenta que os pais devem proibir que seus filhos leiam “textos místicos e assustadores” que ele acredita conter “material profundamente insensível e viciante”.

Whiting, que se considera uma representante dos “valores da literatura tradicional”, escreveu que a compra desses livros é como “alimentar as crianças com um monte de açúcar”. O professor ainda pediu que os responsáveis “protejam” os pequenos da “literatura demoníaca, feita com magias e histórias assustadoras de fantasmas” e expressou sua indignação com uma falta de “licença especial” para produzir estes contos.

“Quero que as crianças comecem a ter literaturas propícias para suas idades e deixem os textos místicos e assustadores para quando puderem discernir a realidade. Harry Potter , Senhor dos Anéis , Game of Thrones e Jogos Vorazes são alguns dos livros do mundo moderno que contém material profundamente insensível e viciante e que estou certo de que incentivam o comportamento difícil das crianças. Mas, mesmo assim, eles podem ser comprados sem uma licença especial, e isso pode danificar o cérebro e o subconsciente das crianças e jovens, muitos dos quais podem ser adicionados às estatísticas atuais de crianças com doenças mentais”, escreveu.

“Para muitos jovens adultos, essa literatura pode ser entendida pelo que é, e essa é uma escolha deles”, disse. O professor também listou como Wordsworth, Keats, Shelley, Dickens e Shakespeare, como seus autores favoritos. “As crianças são inocentes e puras e não precisam ser maltratadas com essa imaginação que se encontra dentro dessas coisas inapropriadas”, concluiu.

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