A Diferença Invisível

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Mauricio de Sousa lança autobiografia em que relata sua infância até o sucesso como desenhista

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A estreia em grandes jornais do ‘pai da Mônica’ se deu no Estado de Minas

Ana Clara Brant, no UAI

No começo dos anos 1960, um desenhista de Santa Isabel, no interior de São Paulo, começava a dar os primeiros passos na profissão e decidiu enviar seu trabalho para os principais jornais do país. Seus quadrinhos contavam a história de três personagens: o cachorrinho Bidu; Cebolinha, um menino que falava errado; e Piteco, um homem da Idade da Pedra. O primeiro veículo de alcance nacional que decidiu publicar as tirinhas funcionava na Rua Goiás, no Centro de Belo Horizonte.

“O Estado de Minas foi o primeiro grande jornal a publicar as minhas historinhas. Já publicava em São Paulo e no interior, mas se quisesse mesmo multiplicar a clientela, o jeito era chegar a outros estados. Então, desenvolvi um método: enviava uma versão postal oferecendo meu trabalho. Lembro-me de que, 15 dias após o envio, o Estado de Minas aceitou minha proposta. Não me lembro das tiras que publicaram, mas foi uma parceria que durou muito tempo. Fiquei muito contente na época. A minha ligação com os mineiros vem de longa data, já que minha filha Magali mora em BH. Tenho netos e bisnetos aí. Aliás, estou precisando visitá-los”, afirma Mauricio de Sousa.

Mauricio de Sousa se orgulha de ajudar a alfabetizar milhões de brasileiros com suas HQs (foto: Fotos: Márcio Bruno/divulgação)

Mauricio de Sousa se orgulha de ajudar a alfabetizar milhões de brasileiros com suas HQs (foto: Fotos: Márcio Bruno/divulgação)

 

Essa e outras histórias estão na autobiografia que o gênio das HQs, de 81 anos, acaba de lançar pela Editora Sextante (selo Primeira Pessoa). Mauricio – A história que não está no gibi vem acompanhado de um caderno de fotos do arquivo pessoal do ilustrador. A primeira biografia completa do criador da Turma da Mônica, que chega às livrarias na segunda-feira, narra em primeira pessoa a trajetória pessoal e profissional do artista. “Queria fazer uma trilogia, mas não deixaram”, brinca ele.

Na verdade, Mauricio tem a intenção de fazer um livro contando causos de sua infância, sobretudo, da época em que morou em Mogi das Cruzes, perto de sua terra natal. “Foi um período muito rico da minha vida. Eu era o Chico Bento, com todas aquelas coisas maravilhosas que ele faz. O menino do interior que nada no rio, brinca na rua, pega fruta no pé. Na minha cabeça, tem a possibilidade de continuação.”

Durante um ano e quase sempre às segundas-feiras, Mauricio separava um momento para conversar com o jornalista e escritor Luís Colombini. Apesar de ter memória prodigiosa, o cartunista, ou melhor, o desenhista – ele gosta de frisar que “cartunista é coisa de norte-americano” – contava com a ajuda do repórter para recordar detalhes. “Ele preenchia os vazios com datas, nomes, referências. O livro foi focado no meu depoimento, mas tivemos conversas com pessoas ligadas a mim para ajudar”, diz.

O pai da Mônica e de Cebolinha revela que há muitos anos um grupo de jornalistas quis escrever sua biografia. No entanto, ele se adiantou. “Ameaçaram escrever e fiquei meio preocupado. Decidi fazer uma série de crônicas em um jornal contando vários casos da minha vida para deixar isso como legado. Queria dar a minha visão. Acabaram saindo dois livros com essas crônicas e os jornalistas esqueceram o assunto”, comenta.

A autobiografia traz detalhes, curiosidades e bastidores das mais de oito décadas de estrada de Mauricio de Sousa. Mostra como ele transformou seus desenhos em indústria de entretenimento, além de passear pelo universo de mais de 50 anos de realizações em meio a transformações sociais, políticas, econômicas e culturais.

(foto: Márcio Bruno/divulgação)

(foto: Márcio Bruno/divulgação)

 

PERSEVERANÇA Repórter policial com passagens pela vida artística como cantor e ator de radionovelas, foi entre os lápis e papéis que Mauricio encontrou sua vocação. “O que mais encanta nesse ofício é a capacidade de criar, de inventar, de trazer alguma coisa que não existe, de jogar no papel e disseminar isso para outras pessoas. E sempre com uma mensagem filosófica e comportamental”, observa.

A publicação revela a persistência de Mauricio, que, apesar das adversidades, não abriu mão de seus sonhos. “Nunca desisti, porque nunca duvidei daquilo que estava fazendo profissionalmente. Além disso, sempre fui conhecido na minha família como turrão, teimoso, que bota a coisa na cabeça e não desiste nunca”.

Uma das passagens mais interessantes é o relato de como ele conheceu a primeira mulher, Marilene, que viria a ser mãe de quatro de seus 10 filhos – Mariângela, Mônica, Magali e Maurício. “No início de 1958, uma criança desapareceu durante sua festa de aniversário. O caso foi parar na polícia, justamente na delegacia em que eu dava plantão. O principal suspeito do rapto era a fotógrafa contratada para registrar a comemoração. O caso seria esclarecido no dia seguinte. De fato, conforme as investigações apuraram, tinha sido ela mesma, que confessou que gostou tanto do aniversariante que quis levá-lo para casa. Mas, enquanto não se desvendava o mistério, a polícia intimou várias fotógrafas a comparecer à delegacia. São Paulo já era uma metrópole, mas não havia muitas mulheres especializadas em registros de festas infantis e retratos de crianças. Quando vi uma daquelas moças, fiquei embevecido, completamente bobo. Nem lembrei que era tímido. Decidi ali, naquele momento, que ia casar com ela. No dia seguinte, pedi ao escrivão da Deic (Divisão Especial de Investigação e Capturas), meu amigo, o endereço daquela fotógrafa alta e elegante, que, descobri então, se chamava Marilene Spada. ‘Vou conhecer minha futura esposa’, falei, para reforçar a importância do pedido”, conta ele no livro.

“Foi desse jeito mesmo. Voltei para a redação do jornal pulando de mesa em mesa, cantando e dançando de tanta felicidade”, relata. Hoje, ele é casado com Alice Takeda, diretora de arte da Mauricio de Sousa Produções.

ORGULHO Quando olha para trás, o que mais o deixa orgulhoso é ter conseguido alfabetizar milhões de brasileiros com seus quadrinhos. “Ver que as nossas revistinhas se transformaram em cartilha de formação e informação é algo que me deixa muito contente. Sempre me preocupei demais em ter um português correto, mesmo com o ‘caipirês’ do Chico Bento. Temos muito cuidado, vários revisores, mas o ser humano é suscetível ao erro”, diz.

Questionado se já se arrependeu de algo, Mauricio é taxativo: “Se me arrependesse de alguma coisa que fiz, não estaria agora aqui falando com você sobre a minha trajetória. Então, acredito que tudo deu certo”.

Cinema

No segundo semestre, começa a ser rodado Laços, filme que vai mostrar a Turma da Mônica clássica, com personagens ainda crianças. No momento, são realizados testes com atores mirins. Outro longa terá a Turma da Mônica jovem, que vai contar com elenco de adolescentes. Em 2018, a vida de Mauricio de Sousa vai ganhar as telas de cinema. Direitos da biografia lançada agora foram negociados para virar documentário. Um projeto em live-action também está em andamento.

Almanaque

Na semana passada, chegou às livrarias a edição nº 1 do SuperAlmanaque Turma da Mônica. Com o mesmo formato das revistinhas mensais, reúne em suas 300 páginas histórias lançadas nas últimas décadas. Há também quadrinhos de Penadinho, Horácio, Tina, Piteco, Jotalhão, Papa-Capim e Astronauta. A periodicidade será semestral. O preço de capa é R$ 15.

Livro infantil que sugere casamento entre pai e filha é recolhido no ES

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Obra de autor capixaba é usada no programa de alfabetização por crianças de 6 a 8 anos

Carolina Samorano, no Metropoles

Um livro infantil usado na educação básica pública no Espírito Santo tem causado polêmica no estado ao sugerir, em um dos seus contos, um casamento entre pai e filha. As prefeituras das cidades onde ele é lido em sala já avisaram, na última semana, que vão recolher os exemplares.

“Enquanto o sono não vem”, do autor capixaba José Mario Brant é um livro de contos que faz parte do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), do Ministério da Educação. As obras do PNAIC passam por revisão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

No conto “A triste história de Eredegalda”, um dos personagens sugere se casar com uma das filhas, que acaba morrendo no fim da história.

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Ao site G1, o escritor, disse que conta a história publicada há mais de 25 anos e ficou surpreso pela reclamação dos professores.

“Há uma desinformação do que é o conto folclórico e o de fada, que são territórios que abordam assuntos delicados”, disse. “A gente está falando de um universo simbólico. É uma história que dá voz a uma vítima”.

A UFMG também saiu em defesa do livro e justificou que a polêmica é fruto de um “julgamento indevido construído por leitura equivocada”.

No projeto, o livro é destinado a alunos do primeiro ao terceiro ano, com entre 6 e 8 anos de idade. Brant, no entanto, diz que pensou a obra para “leitores jovens”, mas que ela poderia ser aplicada a crianças, desde que com bom trabalho pedagógico.

5 novos livros para pensar sobre as condições do negro no Brasil

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Uma lista de títulos que acabaram de chegar às livrarias.

Amauri Terto, no HuffpostBrasil

Uma jovem cordelista recupera biografias de grandes mulheres negras desconhecida dos brasileiros. Uma renomada historiadora e antropóloga investiga a trajetória de um dos mais importantes (e desprezados) escritores negros do País.

Um africanista de 75 anos mergulha nos fatos e personagens que construíram o continente que está na base da formação do Brasil. Um famoso astro da TV revisa o curso de sua vida tomando como ponto de partida a identidade negra.

Para encerrar, um negro africano escravizado em Pernambuco narra os horrores que sofreu antes de fugir para os EUA.

Cinco livros que abordam de forma singular o significado de ser uma pessoa negra no Brasil – no passado e no presente – chegaram (ou chegam este mês) às livrarias.

Lima Barreto: Triste Visionário – Lilia Moritz Schwarcz
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A historiadora e antropóloga Lilia Moritz Schwarcz passou mais de dez anos debruçada sobre obra e a vida de Afonso Henriques de Lima Barreto, escritor negro e marginal responsável por, pelo menos, duas obras singulares na literatura brasileira: Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915) e Clara dos Anjos (1922). O resultado dessa empreitada chega às livrarias no mês de junho sob forma de uma ousada biografia.

Catatau de mais de 600 páginas, Lima Barreto: Triste Visionário explora a trajetória do escritor carioca a partir da questão racial. “Ele achava que os negros só poderiam ser socialmente integrados através da luta e do constante incômodo. Por isso, denunciava que a escravidão não acabou com a abolição, mas ficou enraizada nos menores costumes mais simples”, disse a autora à Revista Cult.

Com escritos que criticavam o racismo, a corrupção e o feminismo vigente que, segundo a o escritor, excluías as mulheres negras, Barreto teve ainda uma dolorosa experiência uma dolorosa experiência manicomial, que também foi registrada em livro, Cemitério dos Vivos, publicado postumamente. “É um autor de muito alento para essa nossa agenda contemporânea neste momento em que a República vive uma crise tão forte, e que os nossos valores democráticos e direitos de cidadãos estão sendo colocados tão em questão”, afirma Lilia.

15 Heroínas Negras em Cordéis – Jarid Arraes

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Filha e neta de cordelistas do Ceará, a escritora Jardi Arraes pesquisou durante 4 anos a trajetórias de mulheres negras que defenderam seus direitos e batalharam por seus espaços em solo brasileiro. Até então estavam às margens da História oficial, quinze desses enredos de vida foram adaptados para a literatura de cordel – tipo de poesia popular escrita em folhetos geralmente na forma rimada.

Na lista de grandes mulheres negras estão princesas e rainhas africanas como Aqualtune, Zacimba Gaba e Na Agontimé, sequestradas como escravas para o Brasil, mas que por por aqui lideraram revoltas e mantiveram quilombos fortes e hoje são inspirações para a população negra invariavelmente oprimida do País.

“São mulheres de épocas diferentes, de estados diferentes e que lutaram batalhas diferentes. Entre escritoras, ativistas, líderes quilombolas e de revoltas contra a escravidão, escolhemos 15 heroínas negras que marcaram nossa história e nos deixaram um legado importantíssimo”, explicou a autora de 26 anos ao HuffPost Brasil.

Além dos perfis em cordéis, a edição traz todas as histórias também em formato de prosa. O projeto gráfico e as ilustrações de Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis são assinados pela designer e ilustradora negra Gabriela Pires.

Na Minha Pele – Lázaro Ramos
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Aos 38 anos de idade, Lázaro Ramos é hoje um dos artistas mais populares na defesa de uma maior representatividade negra na mídia. Além de atuar na televisão, teatro e cinema e escrever livros infantis, o astro soteropolitano também comanda o programa Espelho, na TV Brasil, que traz entrevistas com personalidades da cena cultural brasileira – abordando em geral assuntos ligados à questão racial no Brasil.

Em junho, o ator lançará pela editora editora Objetiva (do Grupo Companhia das Letras) seu primeiro livro destinado ao público adulto, Na Minha Pele. A obra não é uma autobiografia.

Segundo o ator, trata-se de uma seleção de textos que propões diferentes conversas com o leitor. “Ele tem uma seleção de depoimentos, opiniões e dúvidas sobre diversos temas: afetividade, política afirmativa, coragem, estética, estratégia de sobrevivência e inspirações”, explicou o artista em entrevista ao jornal O Globo.

Ao que parece, o livro contém todos os ingredientes para reverberar e provocar boas discussões na internet, ambiente que o ator e sua esposa, a atriz Taís Araújo, são ativos. “As redes sociais têm exercido um papel fundamental na difusão dessas vozes, propagando novos valores, questionando regras tidas como estabelecidas, oferecendo novas percepções estéticas (…) Destampou-se um número grande de desejos e vozes que não se calam e se expressam. E nós, enquanto nação, precisamos ter capacidade para lidar com isso”, afirmou o ator.

Dicionário de História da África: Séculos VII a XVI – Nei Lopes e José Rivair Macedo

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Pesquisador, romancista, cantor e compositor, Nei Lopes acaba de lançar seu Dicionário de História da África – Séculos VII a XVI, pela editora Autêntica, em parceria com José Rivair Macedo. Aos 75 anos de idade, o intelectual procura com seu novo trabalho ressaltar que os africanos foram os protagonistas na construção de sua própria História.

O livro explica as diferentes etapas de formação do continente, mostrando desde a organização social até a criação de Estados e Impérios. O leitor tem acesso também às informações referentes aos embates entre cristianismo, o Islã e religiões tradicionais no continente e também sobre as disputas em torno das rotas de comércio.

Africanista autodidata, Lopes tem formação em Direito e Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em recente entrevista ao jornal O Globo, ele revelou que começou a fazer pesquisas e escrever livros sobre a África “porque havia e ainda há um desconhecimento muito grande em relação à história e à cultura africanas e afro-brasileiras”.

Também autor de outros dois livros que abordam a diversidade e a riqueza do continente africano – Bantos, Malês e Identidade Negra (1988) e Novo Dicionário Banto do Brasil (2003) -, o autor propõe uma visão de africanidade para além do ponto vista da escravidão.

“Esse dicionário mostra o fundamento do continente. A África não era uma selva só, essa visão que Hollywood ajudou a moldar. Construir essa visão da África foi um projeto estudado. Aí nossos filhos e netos ficam com a autoestima no pé”, explicou.
Biografia de Mahommad Gardo Baquaqua – Mahommad Gardo Baquaqua
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Mahommah Gardo Baquaqua nasceu em uma família muçulmana no final dos anos 1820, no reino de Bergoo (atual Benin), na África Ocidental. Na juventude, se tornou escravo onde vivia. Em 1845, foi traficado para o Brasil, desembarcando em Pernambuco, onde serviu de escravo a um padeiro.

Dois anos depois, ele escapou numa embarcação comercial. Liberto por abolicionistas de Nova York, seguiu para o Haiti e depois para o Canadá, onde escreveu sua autobiografia.

Lançada em 1854 nos EUA, a Biografia de Mahommad Gardo Baquaqua estava restrita ao círculo acadêmica até maio deste ano, quando ganhou finalmente uma versão em português pela Editora Uirapuru. Relato da escravidão do Brasil em primeira pessoa, a obra traz detalhes do cotidiano da época, dos ambientes sociais e familiares e dos duros castigos que os negros escravizados sofriam no País.

Em entrevista à revista Trip, o tradutor e organizador do livro, Lucciani Furtado, falou sofre o destaque que Baquaqua dá à descrição da violência que sofria em solo brasileiro: “Há uma ênfase na violência sofrida por ele e por outras mulheres e homens escravizados. Somente a escrita pode dar importância a esses detalhes e, mesmo assim, por muito tempo as pessoas se recusaram a acabar com a escravidão. A brutalidade de um trauma violento pode ser mais fácil de suportar do que a brutalidade da insignificância”, explicou.

Furtado passou quase seis anos trabalhando no livro, que traz também retratos e registros de documentos inéditos da época. Segundo o tradutor, Baquaqua era uma pessoa especial que todos gostariam de ser. “Se ele sofreu foi porque teve que enfrentar contingências sobre-humanas. E ele foi um verdadeiro herói”, disse.

Veja a lista de livros que Madonna anda lendo

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Temáticas humanistas, romances italianos e obras religiosas são alguns das categorias que a estrela escolheu para estar na sua cabeceira

Edson Caldeira, no Metropoles

Madonna é admirada no mundo inteiro por suas performances no palco, a energia inesgotável e a habilidade de continuar trabalhando e produzindo música — mesmo que muita gente preconceituosa se incomode com isso. No entanto, a diva também tem seus momentos longe dos holofotes, aos quais ela já admitiu que adora passar com os filhos ou na companhia de bons livros.

Reprodução/Instagram/Madonna

Reprodução/Instagram/Madonna

 

Recentemente, a cantora compartilhou no Instagram Stories a imagem de alguns deles. A maioria das obras estão disponíveis no Brasil e revelam a versatilidade de Madonna que pelo jeito lê de tudo: desde best-sellers religiosos a romances italianos do pós-guerra.

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“Davi e Golias” de Malcolm Gladwell
Tendo como base a história bíblica de Davi e Golias, o escritor Malcolm Gladwell descobre regras ocultas que moldam o equilíbrio entre os fracos e poderosos. Sendo assim, o autor não concentra sua narrativa apenas no conto do livro sagrado — que mostra a impressionante vitória do pequeno israelita contra o gigante filisteu — trazendo a ideia do campo de batalha para a contemporaneidade.

A reação dos londrinos aos bombardeios alemães na Segunda Guerra, a mente de pesquisadores do câncer e líderes negros dos direitos civis, os assassinatos e o alto custo da vingança, são alguns dos tópicos explorados pelo livro. Em outras palavras, o autor mostra que o verdadeiro poder não tem nada a ver com vantagem material, mas surge através dos frutos da adversidade e da luta.

“Ele [Davi] é mais esperto do que seu oponente, melhor armado e ele teve essa força extraordinária em seu coração. Quando você entende essa perspectiva, você entende que, às vezes, nosso instinto sobre a origem do poder é errado”, explicou Gladwell para o site RNS

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“As Mulheres do Deserto” de Alice Hoffman
O mundo do antigo judaísmo, bem como o desafio de ser mulher naquele tempo, inspirou a autora Alice Hoffman a escrever sua obra que tem como pano de fundo a primeira guerra entre judeus e romanos. Nos anos que se seguiram à destruição do conflito, cerca de 900 judeus refugiaram-se na fortaleza de Massada, situada no litoral sudoeste do Mar Morto.

De acordo com o historiador Josefo, quando a muralha finalmente caiu, cada chefe de família decidiu matar sua própria família para que estes não fossem submetidos à tortura, estupros e escravidão dos romanos. Apenas duas mulheres e cinco crianças sobreviveram.

Com base neste evento trágico, Hoffman tece um conto de quatro mulheres ousadas que, mesmo diante de uma brutalidade desonesta e a pressão do desespero optaram pela esperança e o vínculo feminino.

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“Sapiens – Uma História Breve da Humanidade” de Yuval Noah Harari
Nesta obra, Yuval Noah Harari, doutor em História pela Universidade de Oxford, mostra uma visão macro da a história dos seres-humanos. Mais que uma simples aula de história, Harari levanta questões de identidade, consciência e inteligência, lidando com o tipo de escolhas e dilemas que um mundo totalmente automatizado nos apresenta.

Para isso, o autor divide o livro em três tópicos, que ele chama de “revoluções. Primeiro, a revolução “cognitiva” que ocorreu há cerca de 70 mil anos — quando começamos a nos comportar de maneiras muito mais engenhosas com o desenvolvimento da linguagem. Depois, a revolução agrícola, que trouxe fatores como fome, maior suscetibilidade à doenças e formas desonestas de hierarquia. Harari acha que a troca foi uma “barganha ruim” e que estávamos melhor na era da pedra.

A “revolução científica” começa há cerca de 500 anos e desencadeia a revolução industrial, há cerca de 250 anos, o que desencadeia a revolução da informação, há cerca de 50 anos, o que desencadeia a revolução biotecnológica, que Harari suspeita sinalizar o fim do sapiens.

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“Mais esperto que o Diabo” de Napoleon Hill
Napoleon Hill escreveu este livro em 1938, no entanto, sua narrativa continua sendo atual para quem gosta de uma literatura motivadora. Usando sua habilidade para chegar à raiz do potencial humano, o autor, que foi assessor do presidente Franklin Delano Roosevelt, identifica os maiores obstáculos que enfrentamos para alcançar objetivos pessoais: medo, procrastinação, raiva e ciúme, como ferramentas do Diabo.

Sabendo que esses métodos ocultos de controle podem nos levar à ruína, o escritor revela os sete princípios do bem que nos permitirão triunfar sobre eles e ter sucesso. Além disso, a obra mostra ao leitor como criar a própria renda para o sucesso, harmonia e realização em momentos de incerteza.

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“Cérebro Adolescente” – de Daniel J. Siegel
Madonna é mãe de 6 filhos, quatro deles já são adolescentes, por isso, nada mais justo do que compreender esse universo. Para o autor, é importante que os pais considerem que na adolescência, o cérebro está sendo transformado de forma maciça e suas funções terão um impacto duradouro.

Siegel, professor de psiquiatria clínica na Universidade da Califórnia, dividiu a obra em quatro partes. Nelas, o autor explora a essência da adolescência moderna, desmistifica o funcionamento interno do cérebro adolescente, descreve como os relacionamentos moldam o senso de identidade e oferecem dicas para que pais e filhos trabalhem juntos para formar uma conexão profunda uns com os outros .

Por isso, ele procura dissipar o mito de que os problemas dessa fase a são devidos a hormônios furiosos, convencendo os leitores de que os adolescentes não só podem sobreviver a esse período como também prosperar com ele.

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“A Amiga Genial” de Elena Ferrante
Elena Ferrante optou por deixar apenas sua obra brilhar enquanto ela permanece anônima. A escritora italiana é autora de seis romances, entre os quais o famoso “A Amiga Genial”, mas nunca fez nenhuma aparição pública. O enredo do livro, no entanto, ganhou proporções inimagináveis, aparece nas listas de best sellers e em breve servirá de inspiração para uma série da HBO.

A história começa na década de 1950, num bairro pobre mas vibrante nos arredores da Nápoles do pós-guerra (talvez venha daí a identificação de Madonna com a obra, já que a estrela pop tem origem italiana e também nasceu nessa época). Crescendo nessas ruas difíceis, duas garotas aprendem a confiar uma na outra antes de qualquer pessoa ou qualquer outra coisa.

Mesmo sendo um retrato ficticioso da história, a obra também narra as formas de realização de uma nação passando por mudanças importantes.

Amazon faz lista com 90 livros que todo mundo deve ler antes de morrer

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Publicado no Canal Tech

Sabe aqueles livros que, além de clássicos, contribuem para com o nosso crescimento pessoal ou profissional? Pois a Amazon anualmente costuma listar nada menos do que 90 dessas obras que as pessoas simplesmente precisam ler ao longo de suas vidas.

A seleção foi meticulosamente elaborada pelos editores do site norte americano da Amazon, mas eles não se limitaram a escolher títulos escritos somente por autores estadunidenses, incluindo obras de autores de outros países na lista de “must read”.

A lista inclui clássicos como “O Diário de Anne Frank” e “Orgulho e Preconceito”, mas não deixa de fora títulos mais recentes que marcaram sua época, como, por exemplo, “A Menina que Roubava Livros”.

Confira a lista de livros indispensáveis que a Amazon enumerou para 2017:

1) “1984”, de George Orwell
2) “Uma breve história do tempo”, de Stephen Hawkin
3) “Uma comovente obra de espantoso talento”, de Dave Eggers
4) “Muito longe de casa: Memórias de um menino soldado”, de Ishmael Bea
5) “Desventuras em série: Um mau começo”, de Lemony Snicket
6) “Uma dobra no tempo”, de Madeleine L`engle
7) “As aventuras de Alice no País das Maravilhas & Por trás do espelho”, de Lewis Carroll
8) “Todos os homens do presidente”, de Bob Woodward e Carl Mernstein
9) “As cinzas de ngela”, de Frank McCourt
10) “Are You There, God? It’s Me, Margaret”, de Judy Blume
11) “Bel Canto”, de Ann Pachett
12) “Amada”, de Toni Morrison
13) “Breath, Eyes, Memory”, de Edwidge Dandicat
14) “Ardil 22”, de Joseph Heller
15) “Charlie e a Fábrica de Chocolate”, de Ronald Dahl
16) “A Teia de Charlotte”, de E. B. White
17) “O Décimo Primeiro Mandamento”, de Abraham Verghese
18) “A coragem de ser imperfeito”, de Brené Brown
19) “Diário de Um Banana – volume 1”, de Jeff Kinney
20) “Os filhos de Duna”, de Frank Herbert
21) “Fahrenheit 451”, de Ray Bradbury
22) “Fear and Loathing in Las Vegas”, de Ralph Steadman e Hunter S. Thompson
23) “Garota Exemplar”, de Gillian Flynn
24) “Goodnight Moon”, de Margaret Wise Brown
25) “Armas, Germes e Aço”, de Jared Diamond
26. “Harry Potter e a Câmara Secreta”, J. K. Rowling
27) “A Sangue Frio”, de Truman Capote
28) “Intérprete de Males”, de Jhumpa Lahiri
29) “Homem Invisível”, de Ralph Ellison
30) “The Smartest Kid on Earth”, de Chris Ware
31) “O fio da vida”, de Kate Atkinson
32) “Uma casa na campina”, de Laura Ingalls Wilder
33) “Lolita”, de Vladimir Nabokov
34) “Amor nos tempos de cólera”, de Gabriel García Márques
35) “Love Medicine”, de Louise Erdrich
36) “Em busca de sentido”, de Viktor E. Frankl
37) “Me Talk Pretty One Day”, de David Sedaris
38) “Middlesex”, de Jeffrey Eugenides
39) “Os filhos da meia-noite”, de Salman Rushdie
40) “Moneyball: O homem que mudou o jogo”, de Michael Lewis
41) “Servidão Humana”, de W. Somerset Maugham
42) “On the Road”, de Jack Kerouac
43) “Persepolis: The Story of a Childhood”, de Marjane Satrapi
44) “O Completo de Portnoy”, de Philip Roth
45) “Orgulho e Preconceito”, de Jane Austen
46) “Primavera silenciosa”, de Rachel Carson
47) “Slaughterhouse-Five”, de Kurt Vonnegut
48) “Team of Rivals: The Political Genious of Abraham Lincoln”, de Doris Kearns Goodwin
49) “The Amazing Adventures of Kavalier & Clay”, de Michael Chabon
50) “Malcolm X: Uma vida de reinvenções”, de Malcolm X
51) “A Menina que Roubava Livros”, de Markus Zusak
52) “A Fantástica vida breve de Oscar Wao”, de Junot Díaz
53) “Apanhador no Campo de Centeio’, de J. D. Salinger
54) “The Color of Water: A Black Man’s Tribute to His White Mother”, de James McBride
55) “As correções”, de Jonathan Franzen
56) “O demônio na cidade branca”, de Erik Larson
57) “O diário de Anne Frank”, de Anne Frank
58) “A culpa é das estrelas”, de John Green
59) “O doador de memórias”, de Lois Lowry
60) “A bússola de ouro”, de Philip Pullman
61) “The Handmaid’s Tale”, de Margaret Atwood
62) “The house at Pooh Corner”, de A. A. Milne e Ernest H. Shepard
63) “Jogos Vorazes “, de Suzanne Collins
64) “A vida imortal de Henrierra Lacks”, de Rebecca Skloot
65) “The Liars’ Club: A Memoir”, de Mary Karr
66) “Percy Jackson e o ladrão de Raios”, de Rick Riordan
67) “O sono eterno”, de Raymond Chandler
68) “O Vulto das Torres – A Al-Qaeda e o Caminho até o 11/9: A Al-Qaeda e o caminho até o 11/09”, de Lawrence Wright
69) “O senhor dos Anéis”, de J. R. R. Tolkien
70) “O homem que confundiu sua mulher com um chapéu”, de Oliver Sacks
71) “O dilema do onívoro”, de Michael Pollan
72) “Tudo depende de como você vê as coisas”, de Norton Juster
73) “The poisonwood Bible”, Barbara Kingsolver
74. “The Power Broker: Robert Moses and the fall of New York”, de Robert A. Caro
75) “Os eleitos”, de Tom Wolfe
76) “A estrada”, de Cormac McCarthy
77) “A história secreta”, de Donna Tartt
78) “O iluminado”, de Stephen King
79) “O sol também se levanta”, de Ernest Hemingway
80) “The Things they Carried”, de Tim O’Brien
81) “The very hungry caterpillar”, de Eric Carle
82) “The wind in the windows”, de Kenneth Grahame
83) “The wind-up bird chronicle”, de Haruki Murakami
84) “O mundo Segundo Garp”, de John Irving
85) “O mundo se despedaça”, de Chinua Achebe
86) “O sol é para todos”, de Harper Lee
87) “Invencível”, de Laura Hillenbrand
88) “Valley of the Dolls”, de Jacqueline Susann
89) “Where the sidewalk ends”, de Shel Silverstein
90) “Onde vivem os monstros”, de Maurice Sendak

E você? Quais da lista já leu? Aproveite a ocasião para colocar suas leituras em dia e não deixe de conferir estas obras incríveis!

Via: Infomoney

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