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Sucesso no Facebook, página ‘Cansei de ser gato’ vai virar livro
0Tassia Moretz, no Tech Tudo
Sucesso no Facebook, a página âCansei de ser gatoâ já conta com mais de 80 mil seguidores e vai virar livro, que será publicado no final de 2013 pela editora Novo Mundo. A página, idealizada pela analista de marketing Amanda Nori de Gouveia, de 25 anos, retrata a vida do gato tigrado Chico, em fotos de celular. O livro terá fotografias já publicadas e outras inéditas.

Chico é uma estrela felina, idealizada por Amanda Nori, que tem o papel de um gato cansado e que se transforma em estação do ano, médico, pai de santo, personagem de filme, astro de novela, jogador de basquete e até em sushi. O apresentador Jô Soares já ganhou sua versão.
âEu fazia fotos do Chico desde quando o adotei e publicava no meu perfil pessoal â tanto no Facebook como no Instagram@canseidesergato. Um dia sugeriram que eu fizesse uma página só para ele. Na hora não levei muito a sério, mas passou algum tempo e resolvi criar a página, quando já existiam umas cinco fotosâ, diz Amanda, dona do famoso gato do Facebook.
Somando pouco menos de dois meses no ar, a popularidade do gato Chico é crescente. Aproximadamente 1,5 mil seguidores curtem a página por dia.
Logo na primeira semana que foi criada, a página ganhou oito mil seguidoresnovos fãs. Amanda explica que o público da página não é composto apenas por quem gosta de gatos. âAli tem de tudo: gente que gosta de gato, gente que gosta de fotografia, gente que acha engraçado. Isso é o mais legalâ, diz.
Chico, o unicórnio
âUma vez ganhei um chifre de unicórnio de presente de uma amiga que veio dos Estados Unidos. Coloquei esse chifre no Chico e ele ficou um pouco esquisito. Tirei uma foto dele com o chifre e comecei a comentar com amigos que ele tinha mudado de personalidade.
Publiquei a foto e escrevi: “cansei de ser gato, virei um unicórnio”. Foi assim que comecei a fazer os postsâ, explica Amanda. Depois das primeiras fotos, criar virou uma necessidade porque Amanda precisava alimentar a página. A jovem conta com a amiga Té Marães para fazer a produção das imagens, que inclui encontrar itens de cenografia.
Planejando os dias do gato
A periodicidade da página é: uma foto publicada por dia, de segunda a sexta-feira. âNão fazemos no final de semana porque (o público) é mais fracoâ, explica Amanda.

Segunda-feira é dia de organizar a agenda do Chico com tudo o que ele vai virar ao longo da semana. Amanda explica que assim é possÃvel correr atrás dos itens de cenografia com mais segurança. âAs fotos são feitas todos os dias de manhã. Se a ideia não dá, posso substituirâ.
Escola nos EUA entrega diploma do ensino médio a ex-aluna de 99 anos
1Mulher largou os estudos no último ano em 1932 para cuidar da avó.
‘Me sinto mais inteligente agora’, disse a homenageada.

Audrey Crabtree sorri ao receber um broche da escola na cerimônia de sua ‘formatura’ (Foto: Waterloo Courier, Tiffany Rushing/AP)
Publicado por G1
Uma mulher de 99 anos do estado de Iowa, nos Estados Unidos, ganhou nesta terça-feira (24) um diploma honorário de conclusão do ensino médio depois de ter abandonado a escola há mais de 80 anos. Audrey Crabtree, da cidade de Cedar Falls, foi homenageada pela Waterloo East High School, escola que deixou em 1932 às vésperas de terminar o último ano.
“Me sinto muito mais inteligente agora”, brincou a senhora. Ela abandonou os estudos aos 18 anos depois que sofreu um acidente quando nadava, o que a deixou fora da escola por algumas semanas. Em seguida, teve de cuidar da avó que estava muito doente e não voltou mais a estudar. “Eu tinha que ter voltado para terminar meus créditos no ano seguinte”, explicou.
Audrey se casou duas vezes, montou uma empresa de flores, teve dois filhos, cinco netos e quatro bisnetos. Apesar de tudo o que Audrey construiu, a famÃlia dela percebeu que a senhora tinha uma insatisfação por não ter terminado a escola.
“Ela sempre dizia que a única coisa que lhe faltava na vida era que ela nunca tinha conseguido seu diploma”, disse Shelley Hoffman, neta de Audrey.
Os parentes entraram em contato com a escola que em uma reunião do comitê de educação entregou o diploma para Audrey. Ela recebeu uma cópia do seu último boletim e recordações de seu tempo na escola, incluindo uma jaqueta e broches. Ela também recebeu mais de 100 cartas de congratulações escritas pelos atuais alunos do ensino médio.
Advogado espalha faixas com dicas de gramática pelas ruas de Maringá
1Lutero de Paiva diz querer extinguir os ‘vÃcios de linguagem’ na cidade.
Dicas são exibidas em semáforos, pontos turÃsticos e em canteiros de obra.

Palavras usadas de forma errada constantemente são corrigidas nas faixas espalhas pela cidade (Foto: Sinal do Saber/Divulgação)
Erick Gimenes, no G1
O advogado Lutero de Paiva Pereira decidiu espalhar faixas com dicas de gramática pelas ruas de Maringá, no norte do Paraná, para combater os “vÃcios de linguagem” praticados comumente pela população, segundo ele. A ideia, batizada como “Sinal do Saber”, começou nos sinaleiros, em julho de 2013, e agora já chegou a parques e pontos turÃsticos do municÃpio.
Os banners são amarelos, chamativos. Enquanto os motoristas paravam no sinaleiro, o recado era dado: “Não existe a palavra âmenasâ, somente menos”; “O plural é troféus e não âtroféisâ; “Não é âpercaâ de tempo, mas perda de tempo.”
“A palavra tem o poder de construir e destruir. Quando as pessoas percebem que elas podem ser usadas corretamente, elas se apaixonam, se sentem bem. Existe prazer em aprender. Queria colocar nossa lÃngua mais perto das pessoas. E estou conseguindo”, comemora.
Com o sucesso do projeto, o advogado resolveu pedir apoio a alguns amigos para expandir a iniciativa. Vários deles compraram a ideia e financiaram mais faixas, que logo foram fixadas em pontos conhecidos de Maringá, como o Parque do Ingá.
O “Sinal do Saber” alcançou, também, os canteiros de obra. Pereira levou a ideia para um amigo, dono de uma construtora. Os dois decidiram sanar as dúvidas de mestres de obras, pedreiros e engenheiros com faixas parecidas com as que eram mostradas nos sinaleiros.
Em meio a lajotas e sacas de cimento, o advogado pendurou placas que ensinam a pronúncia correta de palavras que cotidianamente estão na boca de quem trabalha nas construções: “betoneira” em vez de “bitoneira”, “mulher” em vez de “muié”, “vassoura” em vez de “bassoura”, por exemplo.“Fiquei surpreso com a repercussão nos canteiros de obra. à incrÃvel ver a alegria daqueles homens, que tiveram poucas oportunidades na vida, ao aprender uma palavra corretamente. Eles repassam o conhecimentos para os filhos, para os netos. à muito satisfatório”, confessa.
Atualmente, são 18 faixas espalhadas por Maringá. A ideia, segundo Pereira, é criar ainda mais banners na cidade. “Estou negociando com shoppings e outras mÃdias para expandirmos a ideia. Agora, quero trabalhar com etimologia [o significado das palavras] e com informações gerais sobre o mundo, geografia, história”, anuncia o advogado. “Maringá é linda. Precisa ser tão bonita culturalmente, também. à o que estou tentando fazer”, afirma.
VicÃos de linguagem podem ser importantes, diz professora
A coordenadora do curso de Letras do Centro Universitário de Maringá (Unicesumar), Fabiane Carniel, afirma que as faixas são formas interessantes de discutir a lÃngua portuguesa. No entanto, ela garante os vÃcios de linguagem cumprem função importante quando vistos pela linguÃstica, a ciência que analisa a lÃngua em seu uso no dia a dia.
“Os vÃcios não são erros, são inaquações, como dizemos no curso de Letras. Embora não estejam de acordo com as regras normativas, esse tipo de equÃvoco serve para aperfeiçoar a comunicação falada. Logo, tem sua importância. Não podemos desprezá-los. Temos que refletir, sim, e mostrar os dois lados da moeda, criando opções para que o locutor use da forma que ele entender ser mais adequada”, explica a professora.
A coordenadora lembra, porém, que existem situações que os vÃcios de linguagem não são admitidos. “A importância de se saber bem a gramática normativa é que existem situações em que ela é necessária. Nas universidades, por exemplo, não dá para usar a linguagem informal em trabalhos acadêmicos. à preciso que as pessoas dominem as regras, desde a escola”, sugere.
Fabiane conta que observou uma das faixas em um parque de Maringá e presenciou uma situação inusitada. “A faixa me chamou a atenção, até porque sou da área. Envolvia a palavra cadarço. Lembro que havia uma pichação muito curiosa. Escreveram: ‘Você sabi o que é linguÃstica? (sic)’, com a letra “i”. Olha que curioso. A pessoa sabe o que é a linguÃstica e qual é a importância dela, mas tropeça em um erro de gramática”.
dica do Chicco Sal
Gasto por aluno do ensino básico cresce acima de 100% em apenas seis anos, graças a mais gastos e menos alunos
0Publicado por Folha de S.Paulo
Uma das deficiências mais notórias do ensino público brasileiro foi drasticamente atenuada da década passada para cá, como mostram dados ainda pouco divulgados e analisados.
De acordo com números apurados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais AnÃsio Teixeira, ligado ao MEC), o gasto dos governos por aluno da educação básica mais que dobrou em apenas seis anos.
Em média, cada aluno da educação básica mereceu dos cofres federais, estaduais e municipais, em 2011, R$ 4.267. O valor não passava de R$ 1.933 em 2005, em valores corrigidos pela inflação.
A expansão das despesas foi impulsionada pelo Fundeb (Fundo da Educação Básica), uma das principais inovações da administração petista. Além dos repasses obrigatórios ao fundo, o governo Dilma também elevou as verbas para convênios com Estados e prefeituras.
Já a queda do número de alunos resulta das transformações demográficas do paÃs: as famÃlias, incluindo as mais pobres, têm cada vez menos filhos.
A educação é a principal despesa dos governos estaduais e municipais, e uma das que mais crescem na União. Nos Estados e nas prefeituras, a saúde é possivelmente a despesa que mais cresce.
Com tais progressos, caiu a disparidade entre o gasto público no ensino básico _infantil, fundamental e médio_ e no ensino superior, uma das distorções do modelo brasileiro.
Cada aluno das universidades públicas custou, em média, R$ 20.690 em 2011, quase cinco vezes a despesa nas escolas da educação básica. Em 2001, eram mais de dez vezes.
Apesar de obviamente positivos, os números são tratados com discrição no setor; possivelmente, porque enfraquecem a bandeira dos militantes que defendem a elevação do gasto público em educação dos atuais 5% para 10% do Produto Interno Bruto.
A elevação da despesa por aluno não produziu, ao menos até agora, um ganho da mesma proporção do desempenho dos estudantes _o que pode ser interpretado tanto como um sinal de necessidade de mais dinheiro quanto como uma evidência de gestão insuficiente. Ou, simplesmente, de que é preciso mais tempo.
Leitura e conhecimento
0Luiz Carlos Amorim, na Gazeta de São João Del Rei
Ensinar Literatura nas escolas no Ensino Fundamental implica levar o aluno a ter prazer em ler â não significa obrigá-lo a ler. Se ali não conseguirmos incutir-lhes o gosto pela leitura, o problema será muito maior quando estiverem no Ensino Médio: lerão, quando muito â e por obrigação â apenas resumos e orelhas dos livros.
A Literatura é o registro da realidade, de costumes, espaço e tempo de um povo, ainda que visto por ângulos diferentes. E aà reside a sua riqueza. Ela sempre estará associada a alguma realidade: são realidades verdadeiras, possÃveis ou apenas imagináveis, dependendo do que o leitor conseguir recriar.
Isso porque sabemos que a obra literária existe enquanto lida, enquanto está sendo recriada pelo leitor. E cada leitor pode recriá-la com nuances diferentes, pessoais. Essa é a caracterÃstica mais marcante da literatura ficcional. A emoção do autor, ao produzir seu texto, não será, necessariamente, a mesma do leitor ao recriá-la.
Então a leitura nos provoca emoções, nos dá referência, faz-nos refletir, pode mudar nossa maneira de pensar e até de agir. Ela é viagem pelo desconhecido, é aquisição de conhecimento, é aprendizado e exercÃcio de criatividade, é experiência adquirida. Isso é Literatura e é isso que os nossos leitores em formação precisam buscar nas páginas de um livro. Ou de vários. O ensino da Literatura dividindo-a em âescolasâ, acaba fazendo-a parecer, para o estudante, uma coisa velha, ultrapassada, sem utilidade imediata. Faz a produção literária parecer algo feito a partir de receitas, como se fosse um bolo, sem originalidade, sem criatividade.
Literatura é arte, por isso não pode ser tratada como uma disciplina estanque. Precisa ser explorada como algo dinâmico e estimulante, que alarga os horizontes de quem lê, algo que vai acrescentar subsÃdios para o crescimento do leitor.