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Livro dará R$ 1,2 milhão ao primeiro leitor que desvendar seu mistério
1À agência de notícias EFE, o autor não esconde o propósito da ação. “Não tenho vergonha de dizer que espero vender milhões de cópias com este livro”

Fazendo uma verdadeira competição global, o autor lançou o livro em 30 países na semana passada, inclusive no Brasil (Divulgação)
Luiza Belloni Veronesi, no InfoMoney
SÃO PAULO – Com o mercado editorial em crise, o escritor James Frey decidiu explorar o lado
“Sherlock Holmes” dos leitores para alavancar as vendas de sua mais nova obra. Frey acabou de lançar o
projeto “Endgame: O Chamado”, “um romance do século 21”, que esconde pistas que levarão a um
prêmio de US$ 500 mil (ou R$ 1,2 milhão) para o primeiro leitor que resolver seu mistério.
À agência de notícias EFE, o autor não esconde o propósito da ação. “Não tenho vergonha de dizer que
espero vender milhões de cópias com este livro e que ele tem uma vocação comercial”, disse Frey. “Isso
não significa que eu seja um cínico que escreve pensando em uma ideia milionária. Simplesmente tentei
oferecer ao leito a coisa mais legal que veio na minha cabeça.”
Fazendo uma verdadeira competição global, o autor lançou o livro em 30 países na semana passada,
inclusive no Brasil. Ele garante que o mistério presente na obra é “incrivelmente difícil” de ser
solucionado. A editora estima que, no melhor dos casos, levará cerca de nove meses para relacionar as
provas.
“Não importa os motivos que levarão as pessoas a lerem meu livro, desde que o leiam e desfrutem da história”, disse Frey. A obra conta a história de 12 linhagens milenárias que lutam entre si para sobreviver, escolhendo um representante que esteja preparado para uma catástrofe iminente.
Amazon assina com editoras e vai vender livros em formato físico
2Mariana Barbosa, na Folha de S.Paulo
A Amazon já assinou contrato com praticamente todas as grande editoras de livros do país e se prepara para iniciar a venda de livros físicos pela internet até o início de maio, apurou a Folha.
A varejista americana iniciou operações no Brasil em dezembro de 2012, mas passou os primeiros 13 meses vendendo apenas livros digitais e aplicativos.
Os notórios desafios logísticos e tributários do país atrasaram o início da venda de produtos físicos, que começou de forma quase experimental em fevereiro, apenas com o leitor de livros digitais Kindle e acessórios para o aparelho.
Procurada, a Amazon afirmou que não comenta rumores de mercado. Em entrevista à Folha em fevereiro, o presidente da Amazon no Brasil, Alex Szapiro, afirmou que a empresa só entra em um novo mercado quando se vê preparada para oferecer um atendimento que “melhore a experiência do cliente”.
Diferentemente dos EUA, onde a empresa trabalha com um gigantesco centro de distribuição, no Brasil a Amazon optou por terceirizar a operação para a transportadora Directlog e para os Correios.
“A chegada da Amazon terá um impacto grande no mercado e acredito que eles vão crescer muito rápido pela qualidade do serviço”, afirma Carlo Carrenho, consultor editorial e fundador do PublishNews, portal dedicado ao mercado editorial.
Para Carrenho, a Amazon vai imprimir um novo padrão de eficiência ao mercado, pressionando editoras e distribuidoras a agilizar processos logísticos.
“Quando você tenta comprar um livro que não está no estoque das livrarias virtuais, é comum a entrega levar 15, 20 dias. Isso demonstra a falta de eficiência logística na cadeia do livro”, diz Carrenho.
“A Amazon vai exigir o cumprimento de prazos e isso pode gerar um efeito positivo em todo o mercado.”
Independentemente da política de preços, Carrenho acredita que a qualidade do atendimento e a valocidade da entrega serão determinantes para a Amazon conquistar espaço no Brasil.
“Quando a gente fala em Amazon a gente pensa em descontos, mas a velocidade de entrega é crucial na venda de livros”, diz. Ele lembra que mesmo em países como Alemanha, em que o preço de novos lançamentos é controlado por lei para proteger pequenas editoras, a Amazon tem ganhado mercado.
Extra: homem-livro é visto no Juvevê
0Gaúcho radicado em Curitiba reúne mais de sete mil pensamentos e cria estratégia própria para divulgar livros em bares e restaurantes da cidade
Cristiano Castilho, na Gazeta do Povo
O Oil Man que se cuide. Paramentado com um colete de plástico recheado de livros, dotado de alto poder de convencimento, munido de frases feitas afiadas e com brilho natural devido à carequinha que o anuncia de longe – e que, com a ajuda dos óculos, o faz parecer com o Dr. Abobrinha –, Antônio Ribeiro, o homem-livro, está prestes a se tornar o mais novo super-herói lado B de Curitiba.
No Juvevê, é batata. Almoço ou jantar, não importa: o homem-livro sempre estará a postos, pronto para vender ou oferecer de graça seus livrinhos coloridos, coletâneas de pensamentos sobre a felicidade, o sucesso, o dinheiro, a amizade, a ajuda, o amor e o pensar. “Esse aí é alimento para a alma”, costuma dizer Antônio, ao apontar o dedo para a macarronada da sua “vítima”. “Este daqui, alimento para a mente”, completa, ao mostrar sua obra. O homem-livro já peregrinou por 35 restaurantes da região. E, dizem, ninguém reclama.
Sua história lembra a de um caixeiro-viajante moderno. Gaúcho de Porto Alegre, começou a vender livros de porta em porta quando era adolescente. Os Quitutes da Tia Marilu fizeram sucesso estrondoso entre as donas de casa que acompanhavam o programa da Ofélia. Depois, a Biblioteca Científica da Life seduziu professores. A mala que carregava a tiracolo era pesada – “hoje eu sou a mala!”, ri –, mas Antônio se orgulha dos calos que têm nas mãos.
Irmão de sete, o homem-livro ajudava a família com a grana do que vendia. “Em casa, tinha o sorteio do bife”, lembra. Mas a coisa engrenou mesmo quando começou a vender livros para dentistas, já em São Paulo, para onde se mudou aos vinte e poucos anos, depois de largar a faculdade de Agronomia. Porque livros sobre implantes em português eram a maior novidade – os poucos que existiam eram em inglês e espanhol. “Foi uma beleza. Os livros eram baratos, bons e desconhecidos.”
Antônio fez um pé de meia. Até carro comprou, à vista. Pagou a faculdade de Administração no Mackenzie. E montou uma empresa que vende produtos odontológicos. Conheceu alguém. Casou-se com uma curitibana. Separou. Casou novamente. “O terceiro casamento foi com Curitiba, e continuo fiel!”, exalta-se.
Por aqui, continuou com a empresa – a Odontex existe há 35 anos. Antônio é arroz de feira odontológica. E faz questão de divulgar seus livros técnicos – estes ele mesmo escreveu – pessoalmente. Astuto, percebeu que a maioria dos potenciais interessados passava as páginas rapidamente até se deparar com um pequeno pensamento, posicionado estrategicamente no início de cada capítulo. “Toda grande ideia tem um parto”, justifica.
Além de coloridos, os livros de pensamento que vende hoje são pequenos. “Ideal para ler na sala de espera, no ônibus, no avião e no con-ges-tio-na-men-to”, avisa Antônio, irradiante. Fora que “livro grande incomoda e é caro”. Os pensamentos que recolhe são fruto de pesquisa e contribuições de amigos. Somam quase sete mil. Ousado, o homem-livro marcou presença na Bienal do Livro de São Paulo e até em Paraty, na pomposa Flip, ano passado. Ninguém deu bola. Mas ele insiste.
Nas próximas semanas sairão do forno o Livro da Vida, o Livro dos Sonhos, o Livro da Fé, o Livro da Alegria e o Livro do Sexo. “Ah, esse precisa ser vermelho, né?”.
dica do Jarbas Aragão
Exportação de livros infantis brasileiros deve aumentar
0Publicado no HNews
Editoras brasileiras de livros infantis e juvenis apostam na Feira Internacional de Bolonha, na Itália, que começa no próximo dia 24, para expandir seus negócios. O evento, aberto apenas para o público profissional do mercado editorial, dura quatro dias e homenageará o Brasil. A expectativa da Câmara Brasileira do Livro (CBL) é que sejam vendidos US$ 330 mil em livros e direitos autorais. Em 2013, foram negociados na feira, pelo mercado brasileiro, US$ 273 mil.
Em todo o país, o volume de exportações do setor aumentou 143% em três anos. Números da CBL, que consideram 66 editoras integrantes do projeto Brazilian Publishers, da câmara, junto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), mostram que as vendas saltaram de US$ 495 mil, em 2010, para US$ 1,2 milhão, em 2012. Tradicionalmente, as nações que mais importam a literatura brasileira são Portugal, o México e a Argentina.
Desde o início do projeto Brazilian Publishers, em 2008, os principais destinos dos livros brasileiros foram a Alemanha, Argentina, Angola, o México, a Colômbia, Portugal, o Japão, Peru e os Estados Unidos. Os países mais interessados no direito autoral brasileiro foram a Coreia do Sul, Itália, Argentina, o Reino Unido, os Estados Unidos, o México, Portugal, a Espanha e Colômbia.
Para concorrer no mercado editorial mundial, os escritores precisam respeitar vários fatores, destaca Karine Pansa, presidenta da CBL. “O livro tem que ser internacional a ponto de não ter preconceitos locais ou regionalismos. Se quiser vender um livro, por exemplo, na Índia, tem que pensar que lá a vaca é sagrada. Você não pode colocá-la no meio de uma história, em uma festa de churrasco”, disse.
Karine explica que as editoras brasileiras estão presentes, anualmente, em feiras literárias como a de Frankfurt e a de Guadalajara. “Dependendo de como está o mercado, a gente vai se adaptando. No momento, o projeto está focado em vender nessas feiras”. O principal objetivo, acrescentou, é promover a profissionalização do setor. “Cada vez mais, você começa a ver produto nacional no mesmo patamar de qualidade [internacional]. Então, a gente aprendeu a negociar, aprendeu a vender. Um processo que se desenvolveu muito rapidamente”, disse ela.
Esta será a sexta participação dos membros do Brazilian Publishers, com 39 editoras dividindo um estande, além das editoras que cresceram e conseguiram montar estande próprio. Em 2013, estavam presentes 17 editoras e, em 2009, quando o projeto começou, foram seis editoras. O investimento para 2014 foi estimado em R$ 340 mil.
Compra de livros cresce, mas pequenas livrarias, não
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O consumo de livros pelos brasileiros cresceu 7,2% em 2011 em comparação a 2010 (Foto: Dreamstime/Terra)
Publicado por Terra
Pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgada na Câmara Brasileira do Livro (CBL) aponta que no ano de 2011 foram vendidos 470 milhões de livros no País. Isso representou um crescimento de 7,2% no total de exemplares comercializados em relação ao ano anterior. As editoras atingiram a casa dos R$ 4,837 bilhões em faturamento – um crescimento de 7,36% sobre 2010.
Segundo dados da Associação Nacional das Livrarias (ANL), o Brasil tem cerca de 88,2 milhões de pessoas que leram um livro nos últimos três meses. Os dados mostram que o mercado como um todo está realmente aquecido, mas as livrarias não acompanham o mesmo ritmo. Elas fecharam o ano de 2011 com um aumento de faturamento de 5,26%, o que não chegou a recuperar a inflação do período, que foi de 6,5%. E o crescimento veio principalmente das grandes empresas do setor. As redes com mais de cinco lojas representavam 29,41% do mercado em 2010 e subiram para 34,88% em 2011. “E estão em plena expansão”, conta o presidente da ANL, Ednilson Xavier.
Vera Lúcia Souza, proprietária da Livraria BKS, com duas lojas no centro de São Paulo, acredita que o comercio de livros por grandes redes tem características que dificultam a vida das pequenas empresas. “Eles têm outros produtos, além dos títulos. Podem abaixar os preços e até vender ao valor de custo, embutindo isso em outras coisas, como televisores. E quem vende só livro não pode fazer o mesmo”, afirma.
A livreira, que está há 15 anos no mercado, conta que há sete anos resolveu segmentar o negócio na venda de livros de arquitetura, para competir com as grandes. Há um ano e meio, inaugurou uma loja na Vila Buarque, no centro de São Paulo. Com tudo isso, aumentou seu faturamento em 6% em 2011 em comparação ao ano anterior. “Sendo uma livraria especializada, conseguimos oferecer títulos e exclusividades que as grandes, por serem mais genéricas, não conseguem. É assim que sobrevivemos no mercado”, diz.
Vagner Chimenes, gerente da Capítulo 4, localizada no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, afirma que as grandes são uma ameaça principalmente pela presença nos shopping centers. Para ele, a solução é apostar nas plataformas de comunicação e nas mídias sociais, visando conhecer melhor o público e criar interesse. Eventos, como palestras com autores ou encontros com contadores de histórias infantis, podem fazer das pequenas lojas um espaço mais visitado.
Venda online
Para Alexandre Martins Fontes, diretor e proprietário da Livraria Martins Fontes, que conta com três livrarias em São Paulo, a venda online é uma opção para reforçar a presença física. “Geralmente, o cliente entra no site olha o que lhe agrada, mas vem buscar na loja. Não vejo isso como um grande problema”, conta.
Segundo Alexandre, o que deve preocupar o mercado livreiro não são as novas formas de venda, mas a falta de leitores. “É excelente que o brasileiro esteja lendo mais. Quanto mais gente vendendo e divulgando, melhor. Afinal, o temor deve estar na falta de consumo do nosso produto”, pontua.
E-books
Vera afirma que os e-books ainda têm uma presença muito pequena no País e, por isso, até o momento não os vê como um concorrente forte. “Acredito que eles podem atrair os jovens para a leitura, mas não são uma ameaça aos livros”, diz.
A chegada da Amazon.com ao Brasil, no entanto, deve trazer mais movimentação a esse mercado. A empresa americana deve iniciar as atividades no País ainda neste ano. Vagner acredita que o impacto dos e-books na venda dos livros tradicionais é uma realidade distante. “Em outros países, eles já estão há algum tempo no mercado e não diminuíram as vendas”, avalia.
dica do Jarbas Aragão